Desenvolver uma cadeia do hidrogênio verde, objetivo da recente criação de um Grupo de Trabalho pelo governo federal, unindo ministérios de Minas e Energia e de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, é uma iniciativa que já tem dado passos no Paraná.
Considerado o futuro da energia limpa, o também chamado hidrogênio renovável está no centro das atenções após a Europa começar a lançar as primeiras concorrências internacionais para aquisição dessa matriz energética, criando novos capítulos da corrida.
Soma-se a este movimento a criação, por iniciativa da Presidência do Senado Federal, em meados de março, de uma comissão especial que irá debater políticas públicas sobre este sistema energético. O objetivo é fomentar políticas sobre o tema e ter um ganho em escala da tecnologia.
No Paraná, na última terça-feira (28), durante a terceira reunião do ano sobre o tema promovida pelo Governo do Estado e coordenada pela Secretaria do Planejamento, foram encaminhadas resoluções importantes, com a participação de diversos atores regionais, como Copel, Sanepar, Invest Paraná, Parque Tecnológico de Itaipu, Receita Federal, Compagas e Secretaria do Desenvolvimento Sustentável.
O hidrogênio (H₂) é uma matriz energética proveniente do processo da quebra das moléculas ou da água (H₂O) ou do metano (CH₄) e que pode ser conseguido por eletrólise, via energia elétrica, e por biogás. Quando a energia catalisadora desse processo é limpa, aí o hidrogênio produzido pode receber a designação hidrogênio verde. Hoje, esse combustível é usado em maquinários pesados, indústrias como a de siderurgia e em aviões.
“O Paraná se prepara para uma grande política de energias renováveis, que envolve matrizes como o biogás e seus derivados, como o hidrogênio renovável, com ações em licenciamento, de caráter tributário e voltadas a consolidar o Estado como indutor da cadeia”, disse o secretario do Planejamento, Guto Silva.
“Programamos para 3 de maio um grande evento sobre essa energia no Estado, quando deve ser enviado à Assembleia Legislativa do Paraná o projeto de lei da criação do Plano de Hidrogênio Renovável e a assinatura do decreto desonerando a cadeia, com mecanismos que despertem o interesse de players do setor”, informa o secretário do Planejamento, Guto Silva.
Além da participação de pesquisadores e da apresentação de iniciativas na área, na ocasião será feito o lançamento de um livro produzido por pesquisadores envolvidos na iniciativa paranaense, tendo como o tema mais amplo o de energias renováveis, além do planejamento das etapas associadas com os Planos Estaduais de Energia e de Hidrogênio.
Também será entregue a primeira etapa de um estudo do panorama do potencial do Estado para a exploração dessa energia feito pela Paraná Projetos, em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Haverá, ainda, a assinatura do novo Plano de Energia, uma ação em conjunto da Copel e Fiep (Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná). O estudo para a criação de um Descomplica Energia Renovável, que aceleraria o licenciamento voltado à produção de energia renovável, também foi colocado em pauta.
Como a geração dessa nova matriz envolve, no processo da quebra das moléculas (que resulta no H2), o uso de energia que também deve ser renovável (eletrólise via energia elétrica, ou por biogás), a preocupação com toda a cadeia é importante, para que esse hidrogênio produzido possa receber a designação que o qualifica como renovável.
ASSUNTOS DA REUNIÃO – Entre os temas levantados durante a reunião, estiveram a construção de um Mapa de Ativos relacionados ao hidrogênio renovável no Paraná e o levantamento das etapas da cadeia de produção que deverão ser desoneradas, listando quais negócios e quais elos devem receber esses estímulos para que essa cadeia produtiva seja desenvolvida.
Inicialmente, a modelagem do negócio (estruturação da cadeia) é vista, neste momento, como um dos pontos principais relacionados ao encaminhamento do assunto, seguido de geração da energia, armazenamento, comercialização/distribuição e transmissão.
Segundo Giancarlo Rocco, diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, após esse passo inicial o Estado estará pronto para se aproximar de possíveis investidores, que já estão de olho na iniciativa paranaense. “Primeiramente, vamos fazer o mapeamento da cadeia e de possíveis conexões, fomentaremos parcerias que possam fazer sentido dentro de uma possível cadeia produtiva e, também, quem vai ser desonerado nessa cadeia”, disse.
Em âmbito estadual, já há iniciativas em relação à energia em andamento. Ao longo de 2022, a Sanepar realizou estudos conceituais para produção dessa energia a partir da reforma catalítica a seco do biogás, baseada no tratamento de esgoto.
A Sanepar teve um projeto submetido e aprovado em primeiro lugar no âmbito da Seleção Pública MCTI/FINEP/FNDCT (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Financiadora de Estudos e Projetos e Fundo Nacional de Desenvolvimento de Científico e Tecnológico). A Seleção Pública destina-se a apoio a projetos de incentivo ao uso de combustíveis e hidrogênio obtidos de forma sustentável com aplicação no setor de transporte/combustíveis do futuro.
Orçado em cerca de R$ 12 milhões, envolve também a Copel como investidora e coexecutora e tem o Cibiogas e a UFPR como Instituições de Ciência e Tecnologia parceiras.
O projeto prevê, entre outras ações, a construção de uma inédita unidade de referência, com capacidade de produção de 14 kg de H2/dia (o equivalente ao abastecimento de três carros elétricos). Nesse projeto o hidrogênio renovável será utilizado para fins de eletromobilidade.
Essa será a primeira planta do Brasil de produção de hidrogênio renovável focada na reforma catalítica a seco do biogás oriundo do esgoto e deve ter o projeto contratado ainda em 2023, assim que for assinado o termo de outorga com a Finep.
Também em 2022, a Sanepar, em parceria com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha - Rio de Janeiro (AHK Rio), apresentou proposta de projeto para o Ministério Federal do Meio Ambiente, Natureza, Segurança Nuclear e Proteção (BMUV) da Alemanha visando o desenvolvimento de estudo de viabilidade para a introdução de tecnologias renováveis (verdes) de produção de hidrogênio em estações de tratamento de esgoto no Paraná.
Uma equipe de consultores trabalhará em parceria com a Sanepar avaliando aspectos mercadológicos, regulatórios e modelos de negócios. O projeto, já aprovado pelo governo alemão, tem previsão de o início de suas atividades no Paraná no mês de abril deste ano.
"O hidrogênio se apresenta como uma perspectiva promissora e disruptiva para o setor de saneamento, sendo aderente aos conceitos de economia circular e de transição energética, e convergente com as ações de inovação para a sustentabilidade da Companhia", afirmou Claudio Stabile, diretor-presidente da Sanepar.
SISTEMA DE AGRICULTURA – Também com foco na produção do hidrogênio renovável pelo processo que utiliza biogás, porém produzido por dejetos de animais e resíduos agroindustriais, em novembro do ano passado foi criado um grupo de trabalho visando a elaboração de uma política pública de aproveitamento, por meio do Sistema Estadual de Agricultura, como continuidade nas ações de apoio e incentivo aos produtores rurais, dentro do escopo do Programa Paraná de Energia Rural Renovável (RenovaPR), que já apoia o financiamento de usinas sustentáveis.
Segundo o coordenador do programa RenovaPR no Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Herlon Almeida, o hidrogênio renovável não é um produto para agora, é para o futuro. “Na agricultura, temos que preparar o Paraná para essa energia, e a rota preferencial do hidrogênio renovável no Paraná passa pelo metano, que é uma alternativa ao modo mais ‘badalado’ de se conseguir essa molécula, que envolve a eletrólise da água”, disse.
O metano (CH4) é produzido normalmente pela decomposição de material orgânico, dejeto animal e resíduos agroindustriais, e é mais agressivo para efeitos do aquecimento global que o gás carbônico, então é preciso estabelecer estratégias para sua recuperação energética.
“Como o Paraná tem muitos criatórios animais, temos que aproveitar para fazer desse material o biogás, do qual pode-se obter o hidrogênio renovável, ao liberar a molécula de carbono. E esta é a rota preferencial dos alemães, por exemplo, que são quem mais demandam hidrogênio renovável no mundo, e querem importar 70% de todo hidrogênio que irão usar até 2030”, diz.
A aposta da Secretaria de Agricultura é que o domínio tecnológico desemboque em boas condições comerciais, e que isso se reflita em acesso ao mercado. “Sabemos que esta energia representa o futuro, mas não sabemos muito quando isso irá ocorrer e a que custo. Por enquanto há uma projeção laboratorial, a partir da qual obteremos indicadores e a projeção de preços”, diz ele.
Herlon lembra que, em fevereiro, a Secretaria de Agricultura participou da assinatura de um acordo com o governo alemão, pela Agência de Cooperação Alemã, voltado a duas cooperativas, sendo uma de Toledo e outra de Nova Santa Rosa, no Oeste do Estado, onde serão produzidos, além do biogás e biometano, que vão gerar energia elétrica para uso veicular, estudos de viabilidade econômica para a produção do hidrogênio renovável.
“Se em três anos, se o estudo andar na rapidez que esperamos, teremos informações concretas de mercado, com custo de produção real, sabendo quanto custaria produzir hidrogênio e a quanto chegaria no mercado em Toledo e para ser transportado à Alemanha”, diz Herlon, assinalando que, neste momento, o importante é preparar estrategicamente o Paraná, estudando fontes, mercados, fornecedores, compradores, o que irá gerar uma série de informações e tentar atrair investidores para o desenvolvimento dessa cadeia de produção.
CHAMADA PÚBLICA – Em meados do mês de março, a Copel também comemorou o recebimento de 71 propostas cadastradas na chamada pública para projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de tecnologias para produção de hidrogênio de baixo carbono oriundo de biomassa, biocombustíveis e outros resíduos de natureza orgânica.
Os projetos foram apresentados por 53 empresas e instituições de pesquisa de 17 estados brasileiros. Uma comissão interna irá analisar todas as propostas ao longo das próximas semanas e o resultado da seleção deverá ser divulgado até o final de maio.
Está prevista a aplicação de até R$ 7,6 milhões nas iniciativas contempladas nesta seleção, direcionada para quatro linhas de pesquisa: desenvolvimento de metodologia para produção de hidrogênio de baixo carbono, busca de soluções inovadoras para a logística e distribuição, para armazenamento e para novas aplicações e uso do hidrogênio de baixo carbono. Serão firmados contratos com prazo máximo de execução de 48 meses.
A proposta dos estudos financiados pela Copel é avaliar as alternativas de biocombustíveis e respectivas vantagens e desvantagens em termos de eficiência energética, disponibilidade de matéria-prima e custos.
Outra iniciativa da Copel, mas dentro do programa de inovação aberta Copel Volt, também tem relação com a produção do hidrogênio verde. A companhia selecionou as cinco startups que irão desenvolver provas de conceito em 2023, sendo que uma delas, a colombiana Solenium, que será incubada dentro da Copel tendo como uma das metas construir uma planta experimental de produção do hidrogênio renovável.
A startup colombiana baseou sua proposta no desafio de soluções com hidrogênio verde, armazenamento de energia e demais energias limpas. Para isso, propõe um piloto para produção, armazenamento e reeletrificação de hidrogênio verde, diretamente integrado com a produção de energia solar, com um sistema para gerenciar o consumo e a geração de eletricidade em tempo real.
“A Copel tem uma vocação natural de investir e criar condições para que cadeia produtiva do hidrogênio se torne viável economicamente e, por extensão, venha fomentar o desenvolvimento do Paraná”, afirma Cássio Santana, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copel.
Dentro das iniciativas que podem representar bons ganhos no futuro para o Paraná, foi indicada, durante a reunião ocorrida na Secretaria de Planejamento, a possibilidade de um estudo para a produção da amônia verde, alcançada a partir do hidrogênio renovável.
“Mesmo sendo a implantação de uma fábrica de fertilizantes algo complexo, poderiam ser reunidas cooperativas em torno dessa iniciativa, visto que, hoje, as empresas de fertilizantes adquirem os derivados e os misturam para alcançar o produto final”, explica o engenheiro de energias renováveis na Copel, Gustavo Ortigara, explicando que, a partir da transformação do hidrogênio renovável se chegaria à amônia e à ureia, que é a base dos fertilizantes. “Porém, ainda temos de levantar a apetite de empresas para esse negócio, que parece promissor”.
ENERGIAS RENOVÁVEIS – Além do hidrogênio renovável, na reunião foram levantadas outras oportunidades relacionadas a energias renováveis, como o metanol verde, que poderia vir a substituir o metanol proveniente de origem fóssil, utilizado para a produção do biodiesel e como resina na indústria de madeiras e compensados.
A Sanepar, por exemplo, também estuda iniciativas em hidroenergética em infraestruturas sanitárias, placas solares flutuantes, biogás e todos os seus derivados, como o biometano e o gás carbônico. Além disso, a Companhia pesquisa nos últimos anos novas perspectivas para valoração do lodo de esgoto, rico em matéria orgânica e nutrientes.
"Há quase três décadas possuímos um programa de reciclagem agrícola de lodo, reconhecido internacionalmente como prática sustentável. Porém, neste momento, estamos investigando a possibilidade de produzir fertilizantes orgânico e organomineral a partir do lodo de esgoto", informa Claudio Stabile.
Por - AEN
Com um saldo positivo de 11.681 vagas de trabalho ocupadas por mulheres em fevereiro deste ano, o Paraná manteve a liderança no ranking de contratações de mulheres entre os estados do Sul.
O Estado encerrou o mês de fevereiro com 13,87% mais vagas que Santa Catarina no recorte de gênero (10.258 mulheres), e 18,13% a mais que o Rio Grande do Sul, com 9.888 contratações formais no mesmo período. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.
Em âmbito nacional, o Paraná se manteve em 3º lugar, ficando atrás somente do estado de São Paulo, com um saldo de 39.226 mulheres empregadas em fevereiro, e Minas Gerais, com 13.826 empregos ocupados por elas. No geral (homens e mulheres), o Paraná terminou o mês com um saldo positivo de 24.081 empregos com carteira assinada. O resultado (diferença de 162.139 contratações e 138.058 demissões) faz do Estado o mais bem colocado da região Sul e o terceiro do Brasil.
No recorte segmentado, o saldo de emprego entre mulheres foi maior na classe de 18 a 24 anos, com 4.626 contratações formais. As que possuem idade entre 30 e 39 anos conquistaram 2.139 encaixes no mercado formal de trabalho.
O setor que mais empregou mulheres em fevereiro deste ano foi o de serviços, com um saldo de 3.864 colocações. Em seguida estiveram serviços em nível técnico (2.930), serviços administrativos (2.498), profissionais de ciências e artes (2.397), bens industriais (1.105)) e agropecuária (171).
Para o secretário estadual do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, a posição que o Paraná ocupa no ranking nacional de empregabilidade de mulheres, perdendo apenas para os dois estados mais populosos do Brasil, reflete os efeitos positivos das políticas adotadas pelo Governo do Estado para valorização da mulher no mercado de trabalho. "Através de nossas Agências do Trabalhador e postos de atendimento, temos intensificado as ações de empregabilidade de mulheres, com oferta de vagas de emprego para elas em todas as regiões do Estado", afirmou.
O secretário também destacou que os indicadores de março devem superar o saldo de mulheres empregadas em fevereiro. Durante o Mês da Mulher, o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado do Trabalho, Qualificação e Renda, promoveu mutirões de emprego para elas em todo o estado.
"O resultado do trabalho feito em toda a rede Sine estadual durante o mês de março deve ampliar a distância entre os estados do Sul e nos aproximar ainda mais do estado de Minas Gerais", disse Moraes. "Estamos em crescimento constante no saldo de geração de empregos, criando oportunidades para todos os paranaenses".
Confira o estudo completo
.
Por - AEN
Os assaltantes de agência bancária em Laranjal, no centro-sul do Paraná, fugiram após se envolverem em acidente de trânsito com caminhonete, na manhã desta sexta-feira (31).
Nas imagens, é possível ver quando o Volkswagen Gol, de cor vermelha, usado pelos bandidos, acelera para área de mata para escapar do motorista de uma caminhonete, conduzida por um morador.
De acordo com o 6º Batalhão da Polícia Militar, três criminosos armados praticaram o roubo por volta das 11h30. Os suspeitos efetuaram a fuga em automóvel com capô preto. A Polícia Militar atende a ocorrência. Um agente de segurança da instituição foi ferido com estilhaços de vidro e encaminhado para atendimento hospitalar.
O Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) lamentou o ocorrido e afirmou que oferece todo o apoio necessário aos colaboradores, ao profissional ferido, aos associados que estavam na agência de atendimento no momento do crime.
Além disso, o Sicredi afirmou estar colaborando com as entidades policiais para resolução do conflito. Por conta da ação criminosa, a unidade bancária permanecerá fechada nesta sexta-feira (31).
Ainda assim, os associados do município podem utilizar as agências de Marquinhos (PR) ou de Diamante do Sul (PR), assim como realizar transações bancárias pelo aplicativo da instituição.
Confira a nota na íntegra:
"O Sicredi lamenta o roubo ocorrido na manhã desta sexta-feira, 31 de março de 2023, na agência de Laranjal (PR). A Polícia Militar foi acionada imediatamente e o profissional de segurança que se feriu com os estilhaços de vidro foi encaminhado para atendimento médico. Além disso, o Sicredi vem oferecendo todo o apoio aos colaboradores, ao profissional de segurança da agência e aos associados que estavam no ponto de atendimento no momento da ocorrência, bem como cooperando com as entidades policiais para a solução do caso.
O Sicredi reafirma que investe continuamente em segurança com o objetivo de proteger as pessoas, o patrimônio e para atender às necessidades dos seus associados e da comunidade onde atua.
A agência ficará fechada nesta sexta-feira (31). Para maior comodidade, os associados podem utilizar a agência do município de Marquinho (PR) ou de Diamante do Sul (PR), assim como realizar transações bancárias pelo aplicativo do Sicredi, disponível para smartphones e tablets, e pelo Internet Banking. Outra comodidade para minimizar os impactos aos associados é a possibilidade de realização de saques nos caixas eletrônicos da rede conveniada Banco 24 Horas."
Por - Catve
Profissionais que atuam no Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública, da Secretaria estadual da Saúde, se reuniram nesta sexta-feira (31), de forma virtual, com técnicos do Ministério da Saúde, para debater questões e estratégias sobre o enfrentamento da dengue e chikungunya no Paraná.
A reunião se deu por meio da Coordenação Geral de Vigilância das Arboviroses (CGARB) do País, e contou com a participação de outros estados.
"Um encontro importante, pois permite estreitar as relações do Estado com o Ministério da Saúde, garantindo um combate mais eficiente às arboviroses. A Secretaria da Saúde vem monitorando todo o contexto epidemiológico no Paraná e providenciando ferramentas para assegurar o melhor cenário possível a toda a população”, comentou o secretário da Saúde, César Neves.
Segundo a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, o encontro buscou alinhar com o Ministério a recomendação de ações, a partir dos registros epidemiológicos no Estado.
“O Paraná tem realizado uma gama de medidas, desde capacitações até a abertura de leitos exclusivos para dengue. Esse encontro com o Ministério da Saúde e outros estados é uma maneira eficiente de contextualizar o enfoque no combate ao mosquito, atualizar panoramas e, sobretudo, fortalecer as estratégias de controle”, observou Goretti.
NÚMEROS – De acordo com o último boletim divulgado pela Sesa, o Paraná registrou, em relação a dengue, 85.204 notificações, 44.212 casos descartados, 11.102 casos confirmados e 11 mortes, desde o início do período epidemiológico, em agosto do ano passado. O Paraná soma 77 casos de chikungunya confirmados, além de um óbito e outros 438 casos em investigação.
Como medida de enfrentamento, o Governo do Estado anunciou, nesta semana, a antecipação do pagamento do Programa Estadual de Fortalecimento da Vigilância de Saúde (Provigia), num valor de R$ 9 milhões, a todos os municípios, que poderá ser utilizado para compra de medicamentos e insumos, além de outras demandas voltadas para o combate da dengue, zika e chikungunya.
Uma das regiões mais afetadas pelas doenças, Foz do Iguaçu recebeu, ainda, 50 leitos exclusivos para o tratamento da dengue, garantindo maior capacidade de atendimento aos pacientes.
MAIS AÇÕES – Para fortalecer o combate às doenças, o Estado tem executado, ainda, diversas capacitações a profissionais da saúde, que vão desde instruções sobre vigilância, até manejo clínico e diagnóstico de pacientes, além de emitir notas orientativas para garantir o melhor controle das arboviroses.
Outra medida adotada se dá pelas campanhas de conscientização quanto ao combate aos focos larvários do mosquito, algo fundamental, como enfatiza o secretário César Neves. "O Estado tem adotado ações de diferentes níveis para assegurar um combate amplo e incisivo. No entanto, é nosso papel reafirmar a responsabilidade coletiva. O cuidado com possíveis focos do mosquito, como pneus, calhas e outros ambientes propícios é indispensável para eliminar as larvas do Aedes aegypti, impedindo assim a sua reprodução", completou.
Por - AEN
Com pouco mais de um mês desde o início da vacinação, o Paraná registrou a aplicação de 388.565 doses da bivalente contra a Covid-19, segundo os dados do Vacinômetro Nacional extraídos nesta sexta-feira (31).
O número é considerado baixo pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), visto que a pasta já distribuiu 1.194.036 vacinas aos municípios e há, ainda, 52.416 em estoque no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar).
Na última semana, o Ministério da Saúde recomendou a ampliação da bivalente para todos os grupos prioritários definidos para o reforço. São eles: idosos acima de 60 anos, pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência a partir de 12 anos e trabalhadores dessas instituições, imunocomprometidos (também a partir de 12 anos), indígenas, ribeirinhos e quilombolas (acima de 12 anos), gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos), população privada de liberdade e adolescentes em medidas socioeducativas e funcionários dessas unidades.
“Temos mais de 2,6 milhões de paranaenses dentro dos grupos prioritários elegíveis para receberem a bivalente, já enviamos mais de um milhão de doses e a adesão é de pouco mais de 32%”, disse o secretário de Estado da Saúde, César Neves. “Precisamos da conscientização coletiva sobre o perigo da falsa sensação de segurança que tem impedido que as pessoas voltem a se vacinar e aumentem a proteção contra o vírus”.
Atualmente o Paraná é o 5º estado do País com maior número de doses aplicadas, em números absolutos, atrás de São Paulo (2.384.740 doses), Rio de Janeiro (791.339), Minas Gerais (699.722) e Rio Grande do Sul (471.949). As cidades que mais aplicaram a vacina no Estado foram: Curitiba (96.929 doses), Londrina (23.002), Maringá (18.029), Cascavel (10.458), Ponta Grossa (9.933), Colombo (6.905), Pinhais (5.569), Apucarana (5.001), Guarapuava (4.927) e Araucária (4.680).
A capital paranaense também aparece em 7º lugar dentre as cidades com maior número de aplicações no Brasil, atrás de São Paulo (826.253 doses), Rio de Janeiro (517.907), Belo Horizonte (131.450), Brasília (116.423), Salvador (105.270) e Porto Alegre (104.929).
Dentre os grupos prioritários, a maioria das vacinas foi aplicada considerando a faixa etária (345.393 doses), seguidas pelo grupo de trabalhadores de saúde (15.900), comorbidades (8.874), pessoas institucionalizadas (4.688) e população indígena (3.665). Já com relação às idades dos vacinados, idosos de 70 a 74 anos destacam-se na imunização com 83.594 doses aplicadas, seguidos pela faixa de 65 a 69 anos com 76.527, pessoas acima de 80 anos com 68.431, 60 a 64 anos com 64.682 e 75 a 79 anos com 59.359 doses.
GRIPE – Nesta semana também começou a campanha de imunização contra a gripe. Os grupos prioritários podem tomar as duas vacinas no mesmo dia. A vacina é trivalente, produzida pelo Instituto Butantan, sendo composta pelo vírus H1N1 (Sydney), H3N2 (Darwin) e a cepa B (Victoria). Ela é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em dose única, exceto para as crianças menores de nove anos que nunca receberam a vacina da gripe. Para elas serão ofertadas duas doses com intervalo mínimo de 30 dias.
Por - AEN
O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta sexta-feira (31) um reajuste geral de 5,79% para os cerca de 271 mil servidores ativos e inativos do Estado do Paraná.
Ele também definiu um reajuste adicional para os professores do Quatro Próprio do Magistério (QPM) que ainda não recebiam o piso nacional da categoria (R$ 4.420,55). No Paraná, a remuneração final mínima ultrapassará R$ 6 mil no caso dos professores (40 horas semanais) porque a folha dos ativos engloba ainda vale-transporte de R$ 842,54 e gratificação de R$ 800.
A proposta de autoria do Governo do Estado será enviada para análise de Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) por meio de um projeto de lei, o que deve ocorrer em julho. O estudo técnico conduzido pelo Poder Executivo estima que o impacto aos cofres estaduais será de quase R$ 2 bilhões ao ano. Os reajustes devem começar a ser pagos a partir do mês de agosto a toda a folha.
No caso dos professores, a medida está dentro da portaria do Ministério da Educação que determinou o novo salário. Parte dos valores a serem pagos são oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), repassado pela União aos governos estaduais. O reajuste na tabela será aplicado para 134 mil servidores da educação (ativos e inativos, quadro próprio e PSS).
No caso da educação, a medida impacta tanto os profissionais que ocupam cargos de provimento via concurso público quanto aqueles que ingressaram por meio dos Processos Seletivos Simplificados (PSS), organizados pela Secretaria de Estado da Educação, para seleção dos profissionais temporários para trabalho no ano letivo corrente.
"Com essas duas medidas estamos garantindo que o piso nacional será respeitado no Paraná, uma evolução continuada em relação ao que estabelecemos no último piso e aos benefícios incorporados na remuneração dos servidores da ativa. O Estado tem a melhor educação do Brasil, o que se deve ao trabalho dos nossos docentes", afirmou Ratinho Junior. "E em relação ao reajuste geral chegamos num equilíbrio para aplicar a inflação de 2022 e manter a nossa capacidade de investimento e transformação do Estado".
EDUCAÇÃO – O Governo do Estado também publicou há uma semana o edital do novo concurso público para professores, que não era realizado há mais de 10 anos. Ele ofertará inicialmente 1.256 vagas para professores, sendo 1.109 para docência da Matriz Curricular e 147 vagas para professor-pedagogo, distribuídas nos 32 Núcleos Regionais. Como o prazo de validade do concurso é de dois anos, prorrogável pelo mesmo período, a expectativa é que o número de candidatos chamados seja muito maior, ou seja, ele servirá também para um grande cadastro de reserva.
De acordo com o edital, o concurso será dividido em cinco etapas: prova objetiva, prova discursiva e prova prática, de caráter eliminatório e classificatório, prova de títulos, de caráter classificatório, e avaliação médica, de caráter eliminatório. As inscrições vão de 10 de abril até o dia 09 de maio.
REAJUSTE GERAL – O reajuste de todos os servidores será feito com base na inflação acumulada de 2022. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano em 5,79%.
Por - AEN