Estado inicia entrega de 6 mil cestas básicas para comunidades indígenas

Nos próximos 15 dias, todas as comunidades indígenas do Paraná receberão cestas básicas.

Os caminhões com a primeira remessa partiram nesta segunda-feira (3) do Centro Logístico da Defesa Civil, em Curitiba, em direção às primeiras comunidades beneficiadas. Esta é uma ação emergencial devido à dificuldade pontual de atendimento dessa natureza pelo órgão federal responsável. Perto de 6 mil cestas básicas serão distribuídas.

O carregamento das primeiras cestas foi acompanhada pela secretária estadual da Mulher e Igualdade Racial, Leandre Dal Ponte, e pelo coordenador executivo da Defesa Civil, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Adriano de Mello.

“O nosso governo assumiu o compromisso com os povos indígenas e comunidades tradicionais do Estado, através de ações emergenciais ou ações estruturantes. Neste momento, estamos atendendo todas as famílias indígenas com cestas básicas, uma demanda essencial”, afirmou a secretária.

“A atuação conjunta em prol da sociedade é fundamental. Por isso, estamos aqui apoiando essa ação com a Secretaria, Ministério Público e outras agências para garantir que esse alimento chegue com celeridade aos indígenas”, acrescentou o coordenador executivo da Defesa Civil.

Ainda de acordo com Leandre, com a criação do Ministério dos Povos Indígenas, no governo federal, com a Defesa Civil, e Ministério Público, o objetivo a longo prazo é avançar em um programa de segurança alimentar com as comunidades tradicionais, tirando as famílias, de forma gradativa, da situação de vulnerabilidade e colocando-as em uma condição de auto sustentabilidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Governador entrega mais 173 ônibus escolares para a rede pública do Paraná

O governador Carlos Massa Ratinho Junior entregou nesta segunda-feira (03) mais 173 ônibus escolares do programa Caminho da Escola.

Os veículos foram adquiridos por aproximadamente R$ 58,5 milhões, com recursos do Governo do Estado e de emendas parlamentares através do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE).

A partir de agora, os ônibus serão utilizados para o transporte de estudantes matriculados na rede pública de ensino de 139 municípios paranaenses. A entrega faz parte de uma renovação da frota escolar, cujo objetivo é garantir mais conforto e segurança aos alunos e funcionários da educação envolvidos.

Desde dezembro de 2022, o Caminho da Escola recebeu um investimento de R$ 117 milhões para a aquisição de 340 veículos. Metade dos recursos é proveniente do tesouro estadual e outra metade de emendas da bancada federal do Paraná, beneficiando 204 cidades dos 32 Núcleos Regionais de Educação.

Os ônibus foram adquiridos por meio de um pregão eletrônico organizado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed). Os veículos são do modelo Ônibus Rural Escolar (ORE), com capacidade para transportar até 29 alunos sentados, ao custo unitário de R$ 338 mil. Com a entrega, os estudantes poderão utilizá-los ainda no primeiro semestre letivo de 2023.

Segundo o governador, a conclusão da entrega dos novos veículos faz parte de uma ampla estratégia de fortalecimento da educação pública paranaense. Ele citou como exemplos as obras de reformas e melhorias das escolas, aquisição de novos materiais e equipamentos, reforço na merenda, inclusão de novas disciplinas no currículo escolar, adoção de novas ferramentas digitais de ensino e programas de intercâmbio para estudantes e professores.

“Estes ônibus garantem um transporte de qualidade e com segurança aos alunos, além de toda a acessibilidade necessária para aqueles que têm alguma dificuldade motora”, afirmou Ratinho Junior. “Eles fazem parte do projeto educacional do Paraná. Nosso Estado é considerado o que possui a melhor educação pública do Brasil, resultado dessa parceria que construímos com os deputados que formam a bancada federal”, acrescentou o governador.

PRIORIDADE - De acordo com o secretário estadual da Educação, Roni Miranda, a aquisição dos novos ônibus é prioridade da atual gestão estadual, cujos aportes dobraram o alcance da iniciativa.“É um programa feito em conjunto com os deputados federais e senadores, em que o Estado se comprometeu em investir o mesmo valor repassado através das emendas parlamentares”, explicou.

Para Miranda, o transporte escolar é fundamental para garantir o acesso das crianças e adolescentes à escola, reduzindo a evasão escolar e aumentando os índices de ensino da rede pública. “Além de adaptações para pessoas com deficiência, os ônibus também têm ótima performance nas estradas rurais, podendo transportar aqueles alunos que residem nas áreas mais distantes do município, o que ajuda a explicar porque o Paraná entrega atualmente os melhores resultados educacionais do Brasil”, concluiu o secretário.

VALORIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS – Na avaliação do prefeito Marcelo Roque, de Paranaguá, município que recebeu sete veículos desde o início do Caminho da Escola, a iniciativa garante mais tranquilidade aos estudantes e familiares. “Essa entrega demonstra o empenho do Governo do Estado com os municípios para dar mais qualidade ao transporte escolar, que é uma necessidade especialmente grande em municípios como os do Litoral, com grandes áreas rurais, dando segurança para que o pai e a mãe deixem os seus filhos irem para a escola”, afirmou.

Outro a destacar a medida foi o prefeito de Mallet, na região Centro-Sul, Moacir Szinvelski. Segundo ele, a renovação da frota escolar municipal conta com a aprovação de toda a comunidade escolar. “Isso significa economia para o município, mais tranquilidade e conforto para os estudantes, atendendo desde crianças que estão começando a vida escolar até os que estão terminando o ensino médio. Com o ônibus passando na porta de casa não tem motivo para eles não estudarem”, declarou.

A prefeita de Sertanópolis, Ana Ruth, contou que seu município, na região Norte, possui mais de 560 quilômetros de estradas rurais, tornando o transporte escolar um fator determinante na política municipal de educação. “É mais um investimento que Sertanópolis recebe para a educação, que é o que nossas crianças precisam. Os investimentos feitos nos últimos anos valorizam as nossas escolas”, frisou.

PRESENÇAS – Também participaram da entrega o vice-governador Darci Piana; o senador Oriovisto Guimarães; o secretário chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega; os secretários estaduais da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni; da Segurança Pública, Hudson Teixeira; e da Mulher e Igualdade Racial, Leandre Dal Ponte; os deputados federais Toninho Wandscheer, Marco Brasil, Paulo Litro, Sandro Alex, Geraldo Mendes, Diego Garcia, Aliel Machado, Vermelho e Estacho, além de deputados estaduais e 120 prefeitos e vice-prefeitos de todas as regiões do Paraná.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Estudantes com autismo têm acompanhamento especializado na rede estadual de ensino

Logo nos primeiros anos de vida, o contato visual e a comunicação se mostraram grandes desafios para Gabriel da Mota Souza, hoje com 15 anos.

Nos primeiros anos após o nascimento do menino, seus pais se esforçavam para entender o que acontecia. Foi somente em 2011, quando Gabriel completou quatro anos, que o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi confirmado. A notícia tirou um grande peso das costas de Daniele Aparecida, mãe de Gabriel, que a partir de então, com o diagnóstico, começou uma verdadeira maratona terapêutica para tratar do filho.

Neste domingo, 2 de Abril, foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, data que se inclui no “Abril Azul”, mês dedicado ao tema. Estabelecida em 2007, pela ONU, a iniciativa tem por objetivo difundir informações sobre o transtorno do espectro autista (TEA) e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas pelo transtorno.

Na rede estadual de educação do Paraná, há cerca de 5.696 estudantes com o TEA. Aqueles que necessitam de apoio para a escolarização são acompanhados pelos 2.282 professores capacitados que atuam na rede. Além disso, outros recursos são disponibilizados para esses alunos, como as salas de recursos multifuncionais — são 2.501 salas para atendimento a estudantes com deficiência intelectual e transtornos funcionais específicos, incluindo o autismo. Cerca de 2,8 mil professores especializados trabalham nas salas de recursos na rede de educação do Estado.

“O Paraná é um dos poucos estados que têm esse atendimento diferenciado com professor especializado no turno da escolarização do estudante com TEA. É um apoio tanto para o professor regente em sala de aula quanto para o aluno que necessita desse profissional para orientar como fazer melhor uma atividade, acompanhar o rendimento dele e trabalhar junto com os demais professores e atender às necessidades dos alunos”, afirma Roni Miranda, secretário de Estado da Educação.

Importantes para o desenvolvimento intelectual e social dos alunos, esses recursos têm contribuído para uma educação cada vez mais consciente e inclusiva. Assim, para marcar a data na rede estadual, a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) foi em busca de histórias inspiradoras, como a de Gabriel, que mostram a importância da educação inclusiva para toda a comunidade escolar.

PONTO MÁXIMO - Gabriel estuda desde 2011 no Colégio Estadual Pedro de Macedo, em Curitiba. “A escola é o ponto máximo do dia dele. Acho que só perde para a hora que passa o ônibus”, brinca Daniele, a mãe do aluno. Segundo ela, o adolescente é fã dos ônibus de Curitiba e tem verdadeiro fascínio por ficar de frente à canaleta observando o ir e vir dos veículos. “Quem vê pode até imaginar que ele é disperso, mas coloca o Gabriel numa quadra de esportes pra você ver”, provoca.

Torcedor do Athletico Paranaense e do time americano de basquete Los Angeles Lakers, Gabriel afirma que a Educação Física é sua matéria favorita. Matriculado no 1° ano do ensino médio, ele acompanha as aulas numa das salas de recursos da escola, sendo orientado por uma das três professoras do atendimento educacional especializado (PAEE) presentes na escola. 

“Hoje a escola conta com pelo menos um aluno autista por turma”, revela Marcia Godoy Lepca, diretora auxiliar do colégio, que atende um total de 3.880 alunos do ensino fundamental, ensino médio, técnico e subsequente. “Incluir alunos autistas no sistema de ensino melhora não somente a socialização com os colegas, mas também em casa. O aluno passa a tomar iniciativas e é acolhido pelos colegas de classe”, afirma.

No caso de Gabriel, a evolução é evidente. “Antes, quando queria alguma coisa e não podia alcançar, ele não pedia. Me pegava pela mão e levava até o objeto. Agora ele se comunica. Pede, fala com mais clareza. Continuaremos contando com o apoio dos professores o máximo de tempo possível. Este trabalho tem sido muito importante no desenvolvimento dele e na qualidade de vida na nossa casa”, afirma Daniele.

ARTHUR - Arthur Eckel, de 16 anos, também tem autismo. Matriculado no 2° ano do ensino médio – também no Colégio Estadual Pedro de Macedo – o jovem está ansioso para o vestibular cada vez mais próximo. “Tenho dúvida entre os cursos de programação e de robótica. Mas sei que pretendo trabalhar com tecnologia”, afirma. O gosto pela área surgiu a partir das aulas de robótica ministradas na escola e também pela paixão por games online.

Consciente da importância dos estudos e da escola no seu dia a dia, com o apoio do monitor da turma, o jovem se percebe cada vez mais confortável socialmente quando compara sua infância com a adolescência. “Eu tinha dificuldade para socializar. Particularmente eu preferia ficar sozinho. Com a atenção dos professores, aos poucos, fui me aproximando dos colegas. Ainda é um pouco difícil, mas me sinto entusiasmado por encontrar meus amigos”, afirma.

Segundo a diretora Marcia Godoy, casos como o de Arthur mostram a importância da escola se adequar e buscar capacitação de seus profissionais para que o processo de inclusão agregue tanto para o aluno quanto para os colegas e professores. “Incluir é muito mais que facilitar o direito de ir e vir ao aluno, mas fazer com que ele se adapte e seja acolhido por todos, livre de discriminação”, ressalta.

LAURA - A história de Laura Verdi Figueiredo, de 15 anos, é parecida com a de Arthur. Livre de medicamentos, a jovem tem apoio multiterapêutico cognitivo e fonoaudiológico que, somados ao suporte da escola, têm surtido efeitos positivos desde que ela foi matriculada na rede estadual, há quatro anos.

Segundo o pai de Laura, Luiz Frederico da Mota Figueiredo, 43, a insegurança comum a todos os pais de autistas, principalmente, em relação ao bullying – logo foi superada depois que a própria Laura apresentou melhoras comportamentais significativas. “É normal que os pais queiram proteger os filhos autistas por medo, principalmente da incompreensão e do preconceito. Mas o ambiente escolar, com aulas, atividades físicas e convívio, faz parte fundamental no processo terapêutico”, revela. 

“O conhecimento e a ampliação das informações sobre a inclusão desses alunos e o reconhecimento da importância do investimento em cursos de aperfeiçoamento e capacitação dos professores e de toda a comunidade escolar, e não somente na infraestrutura em si, são pautas prioritárias na educação do Paraná”, afirma a diretora do colégio Pedro de Macedo.

ATENDIMENTO - Os profissionais de apoio educacional especializado do Paraná possuem formação em educação especial e estão presentes em 877 escolas estaduais localizadas em 247 municípios. O trabalho desenvolvido por eles consiste em atuar como mediadores no atendimento da educação especial, ajudando nas relações interpessoais, comunicação, na atenção para o desenvolvimento das atividades e acolhida do estudante.

A Secretaria da Educação, por meio dos Núcleos Regionais de Educação (NREs), realiza formação continuada em exercício para atualizar os profissionais sobre as novidades relacionadas ao Transtorno do Espectro Autista, avaliações, propostas curriculares e acompanhamento especializado, tendo em vista a necessidade de alinhar o Atendimento Educacional Especializado consoante com as necessidades específicas dos estudantes.

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE) – O AEE está organizado para ocorrer, prioritariamente, no contraturno por meio de Salas de Recursos Multifuncionais. Para as escolas em tempo integral é ofertado o Atendimento Educacional Especializado Integral. Além disso, caso seja identificada a necessidade, é disponibilizado no turno da escolarização o professor de apoio educacional especializado.

O professor de apoio possui formação que o habilita para a docência e especialização em Educação Especial. O trabalho desenvolvido por ele consiste em atuar como mediadores, desenvolvendo um trabalho colaborativo com os professores de diferentes disciplinas, propondo estratégias didáticas adequadas ao perfil de aprendizagem de cada estudante.

SOBRE O TEA - O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino. A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível, podem levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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