Criado em junho de 1973, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) comemora 50 anos colecionando contribuições importantes ao Paraná, que vão da avaliação de programas públicos para populações rurais, como o Paraná 12 Meses, nas primeiras décadas, até o duro trabalho na pandemia, quando projetou taxas de ocupação de leitos de UTI e enfermarias.
Ao longo da história, a autarquia estadual trabalha fornecendo informações e análises que ajudam a orientar as tomadas de decisão dos gestores públicos e empresariais, além de realizar, através de suas equipes técnicas, recorrentes avaliações de políticas públicas implementadas no Estado.
Ao comemorar o Jubileu de Ouro, e de olho no futuro, o presidente do Ipardes, Jorge Callado, cita que, rumo ao próximo cinquentenário, o instituto enfatiza ciência, tecnologia, inovação e construção de indicadores, tendo o importante trabalho de embasar programas como o de planejamento plurianual. “Junto a isso, buscamos parcerias e cooperação técnica com instituições como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Ministério Público, para que nossa base de dados seja uma fonte de informação”, diz.
O aprimoramento contínuo das metodologias, infraestrutura e equipamentos, além da melhoria do corpo técnico atual e das exigências para o que virá mediante concursos, são os passos, segundo Callado, para que o instituto siga fazendo frente a novas matrizes de análise, e que as respostas cheguem cada vez mais claras e fidedignas à sociedade e aos tomadores de decisão.
“Esses passos são importantes para que o nosso centro de informações e estudos esteja sempre capilarizado e disponível para a sociedade, e que todas as informações aqui geradas possam ser transformadas em conhecimento, atendendo às atuais e futuras demandas da sociedade, uma vez que essas exigências são alternadas de acordo com o momento econômico, social e ambiental”, afirma.
Como parte das comemorações desta data, o órgão promoverá ações ao longo deste ano. Uma das atividades programadas será uma cerimônia no Museu Oscar Niemeyer, nesta terça-feira (13), a partir das 19 horas, e contará com a presença de diversas autoridades e homenagens a grandes nomes que ajudaram a construir a instituição.
Já no dia 23 de junho acontecerá um evento acadêmico que contará com apresentações de Cimar Azeredo Pereira, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e de Rebeca de La Rocque Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. As palestras iniciarão às 9h30, no Auditório Gregor Mendel da Pontifícia Universidade Católica do paraná (PUC-PR). A entrada será gratuita, mediante inscrições limitadas, através da Escola de Governo do Estado do Paraná.
PARANÁ EM PAUTA – O secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, comemora o meio século de Ipardes apontando que, em parceria com a Secretaria, o instituto tem fornecido importante subsídio técnico em apoio à elaboração do Plano Plurianual 2024 2027. “O Ipardes ajuda a definir, com indicadores econômicos e sociais, para onde o Estado deve seguir. É um instrumento poderoso que orienta - ao traduzir para nós, gestores, que tomamos as decisões nas secretarias e com o governador - qual o melhor caminho que o Paraná deve percorrer”, explica.
Segundo Silva, outro foco atual da parceria da SEPL com o instituto tem sido debruçar sobre o novo Censo do IBGE, que teve prévia divulgada e que deve ser publicado integralmente nos próximos meses, porque é ele quem vai dar a leitura de como vai se comportar o Paraná no futuro. “Um indicador importante que nós já temos avaliado, por exemplo, diz respeito ao progressivo envelhecimento da população do Paraná, o que exige uma leitura do instituto que vai ajudar a mostrar quais deverão ser os investimentos na área de saúde e nos cuidados da pessoa idosa”, diz.
O diretor do Centro de Pesquisa, Júlio Takeshi, destaca, entre os inúmeros trabalhos de grande relevância feitos ao longo dos anos pelo instituto, as atividades de avaliação de programas como do Paraná 12 Meses, nos anos 1980-1990, iniciativas que se multiplicaram nos anos seguintes.
“No início dos anos 2000, realizamos outro trabalho que até hoje é referência, abordando a heterogeneidade socioeconômica do Paraná, intitulado Vários Paranás, que contribuiu para a elaboração de inúmeras ações públicas. Depois, na década passada, foi elaborado o Zoneamento Ecológico-Econômico, trabalho multidisciplinar que envolveu vários atores do Estado, incluindo servidores do Ipardes, e que redundou em um trabalho até hoje inédito no âmbito da federação”, complementa.
Também têm relevância e são projetos perenes, cita Takeshi, o Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM), que elabora índices para todos os 399 municípios do Estado; o cálculo do PIB Paranaense e dos Municípios do Estado, atividade feita desde 1990, em conjunto com o IBGE; e as publicações periódicas Análise Conjuntural e a Revista Paranaense de Desenvolvimento.
Segundo Takeshi, entre os trabalhos decisivos no âmbito da história do Paraná, as projeções demográficas que apontam prováveis caminhos do contingente populacional do Estado em nível municipal, em um horizonte temporal bastante longo, ajudou muito na definição das futuras demandas da população pelos serviços públicos, por exemplo.
“Os estudos recentes relacionados aos casos da Covid-19 também auxiliaram no enfrentamento dos inúmeros desafios à gestão pública paranaense impostos pela pandemia, com o Ipardes contribuindo sobremaneira para o atendimento da população”, diz.
“É um ‘privilégio’ acompanhar a evolução do instituto dentro do contexto econômico paranaense em seus vários segmentos, que muda conforme muda o mundo, mas seguindo firme no seu propósito, sempre engajado em prol da economia paranaense, brasileira e também mundial”, afirma Maria Laura Zocolotti, supervisora editorial que está na instituição há cerca de 40 anos.
Ela destaca algumas publicações e projetos importantíssimos para a economia dos quais participou na execução e coordenação dos trabalhos e que continuam até hoje: a Revista Paranaense de Desenvolvimento, que sempre publica artigos inéditos, Paraná Rural, Paraná 12 Meses, Vários Paranás, Leituras Regionais, Paraná Highlights, Perfil dos Municípios, Perfil das Regiões, Anuário Estatístico, Boletim de Comércio Exterior, Boletim de Análise Conjuntural e o mais recente, o Boletim do Índice de Preços Regional (IPR).
Para a técnica administrativa e de acervo bibliográfico Liliam Iara Mendes, a criação do Ipardes fez com que o Estado do Paraná observasse um crescimento mais amplo em estudos e projetos no âmbito econômico-social e que os 50 anos da instituição devem ser comemorados por todos. “É peça fundamental na elaboração de projetos para o planejamento do Estado do Paraná e, hoje, crescer em qualidade, credibilidade e responsabilidade é o que o Paraná deseja - e essas qualidades o instituto tem de sobra para atender essa demanda”, diz.
FUNDAÇÃO – Fundado em 1973, o Ipardes surgiu no contexto de criação do Sistema Nacional de Planejamento. No início da década de 1970, diante da crescente mudança no comportamento econômico do Paraná e das novas tendências da economia no setor agroindustrial, criou-se no Estado uma equipe denominada Grupo de Estudos para as Atividades Agroindustriais do Paraná (GEAAIP), atrelada ao extinto Banco de Desenvolvimento Econômico do Paraná (Badep).
Este grupo foi o embrião para o surgimento da Fundação Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, como órgão vinculado à futura Secretaria de Estado do Planejamento, nos moldes do que já ocorria no Governo Federal entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Ministério do Planejamento.
A criação foi formalizada pela lei 6.407, aprovada pela Assembleia Legislativa em 7 de junho de 1973. Posteriormente, a lei 7.550, de 17 de dezembro de 1981, alterou a denominação Fundação Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social para Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - Fundação Édison Vieira.
Em 3 de junho de 1987, passou a incorporar as atribuições e funções da extinta Fundação Instituto de Desenvolvimento de Recursos Humanos do Paraná (Fidepar), no que concerne aos programas de treinamento para o desenvolvimento em nível de pós-graduação lato sensu. Também o Departamento Estadual de Estatística (DEE) repassou suas atribuições, pessoal e patrimônio.
Em 16 de julho de 1991, a lei 9.663 transformou o órgão em autarquia e o denominou Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Em 17 de novembro de 2021, a lei 20.778 atribuiu ao instituto como sendo uma instituição científica e tecnológica e de inovação do estado do Paraná.
Com foco atual na inovação e na sustentabilidade, tem como competências:
- Realizar pesquisas e estudos aplicados;
- Prover informações e análises qualificadas;
- Contribuir na elaboração de projetos e programas;
- Acompanhar a evolução da economia estadual;
- Fornecer apoio técnico nas áreas econômica, social e ambiental à formulação das políticas estaduais de desenvolvimento sustentável;
- Coordenar, orientar e desenvolver indicadores e estudos de natureza estatística voltados ao conhecimento da realidade socioeconômica e ambiental do Estado.
Por - AEN
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) alerta a população sobre os perigos e o crime de soltar balão, prática ainda comum nas festividades de junho e julho.
A legislação brasileira proíbe a fabricação, venda, transporte e a soltura de balões. A manipulação é considerada crime ambiental. A prática pode causar danos irreparáveis a famílias e ao meio ambiente.
De acordo com o delegado titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, Guilherme Dias, o balão é produzido com material inflamável e permite uma rápida propagação do fogo. Por tanto, a prática é perigosa. “Na queda do balão, há o risco de incêndio de graves proporções, atingindo não só matas e florestas como também ambientes habitados, colocando em risco a vida de inúmeras de pessoas”, alerta.
Conforme a Lei de Crimes Ambientais (9.605/98), a pena para esse crime é de detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Em 2022, a DPMA instaurou quatro inquéritos policiais para investigar a soltura de balões em Curitiba.
A lei de crimes ambientais surgiu da necessidade de proteger o meio ambiente, assim como a mancha urbana, até porque a soltura de balões pode causar incêndios imensuráveis.
A PCPR orienta que em casos de emergências, incêndios ou incidentes envolvendo balões, entrar em contato com o Corpo de Bombeiros através do telefone 193. A Polícia Militar também pode ser acionada se o crime for flagrante.
Por - AEN
A Escola de Saúde Pública do Paraná (ESPP) e o Centro Formador de Recursos Humanos Caetano Munhoz da Rocha (CFRH), vinculados à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), estão com as inscrições abertas para o Curso de Formação Inicial em Cuidador de Idoso.
O objetivo é qualificar o cuidado da pessoa idosa. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pela internet, no site da ESPP, até o dia 30 de junho.
O curso será na modalidade presencial e direcionado aos profissionais das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), cuidadores informais e familiares, auxiliares e técnicos de enfermagem, além dos trabalhadores dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e serviços privados. São 200 vagas disponíveis, com carga horária de 160 horas teóricas (noturnas) e 20 horas práticas, em cinco diferentes localidades do Estado.
O curso de formação inicial será realizado nas regiões Noroeste (Paranavaí), Sudoeste (Bom Jesus do Sul), Oeste (Missal), Centro-Sul (Irati) e no Litoral do Estado (Paranaguá). Em cada um dos municípios serão ofertadas 40 vagas. As aulas estão previstas para iniciar em agosto, e acontecerão de segunda a sexta, das 19h às 22h45. O horário das aulas práticas poderá ser diurno ou noturno, de acordo com a disponibilidade do local a ser realizado.
O resultado preliminar das inscrições estará disponível no site da ESPP a partir do dia 12/07/2023, após às 17 horas.
Confira o edital completo AQUI.
Por - AEN
A Polícia Militar do Paraná registrou um aumento de 66% no número de prisões ocasionadas por embriaguez ao volante nas rodovias estaduais durante o feriado de Corpus Christi. A operação foi iniciada na última quarta-feira (7) e encerrada nesta segunda-feira (12).
Ao longo de todo o feriado, 10 pessoas foram presas por dirigir sob efeito de bebidas alcoólicas. No feriado de 2022, foram seis pessoas presas por este mesmo crime de trânsito.
Além disso, foram registradas 31 notificações por embriaguez, número 387% maior do que o registrado em 2022, com apenas 8 notificações.
Em relação aos autos de infração por irregularidades como falta do uso do cinto de segurança, falta da cadeirinha para crianças e demais infrações, foram 1.860 em 2023, contra 1.417 no ano passado.
O Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) registrou 88 acidentes em 2023, um aumento de 35% em relação ao Corpus Christi do ano passado, com 65 acidentes.
Também houve aumento no registro de feridos e mortos durante o feriado. Ao todo, 12 pessoas morreram e 100 ficaram feridas em 2023, contra 11 mortes e 87 feridos em 2022.
Por outro lado, o número de pessoas flagradas por excesso de velocidade nas rodovias reduziu em 50%, passando de 8.907 em 2022 para 4.519 em 2023.
Ao todo, os militares estaduais realizaram a abordagem a 3.573 veículos, sendo que 19 foram recolhidos pelas equipes. A fiscalização durante os cinco dias foi realizada com radares, etilômetros, pontos-base e patrulhamento móvel. O BPRv contou com equipes com cães farejadores, possibilitando fiscalização rápida nos veículos para a localização de drogas e armas.
A PMPR também realizou neste período a apreensão de 333 quilos de drogas nas rodovias estaduais.
Por - AEN
O desmatamento diminuiu 42% entre 2021 e 2022 no Paraná, a segunda maior redução entre todos os estados do País, de acordo com o relatório publicado nesta segunda-feira (12) pelo MapBiomas, uma iniciativa do Observatório do Clima.
A diferença corresponde a quase 3 mil hectares preservados, reflexo das políticas públicas implementadas a partir de 2019 com foco na educação ambiental, planejamento e repressão qualificada.
De acordo com o relatório, Paraná perdeu 4.069 hectares de área com vegetação nativa em 2022, 0,2% do total do Brasil, ante 7.031 hectares em 2021. O número também é inferior a 2020 (5.770 hectares). Com isso, o Estado figura em 18º na lista da instituição.
Apenas o Rio Grande Norte apresentou desempenho superior, com queda de 47% (de 6.597 hectares para 3.500 hectares). No período, a área desmatada no Brasil cresceu 22,3%, totalizando 2.057.251 hectares. Pará, Amazonas e Mato Grosso são os líderes do ranking.
O Paraná também foi o único que apresentou redução de desmatamento em área entre os estados das regiões Sul e Sudeste. Espírito Santo (236%), Rio de Janeiro (208%), São Paulo (66%), Santa Catarina (58%), Rio Grande do Sul (39%) e Minas Gerais (7%) tiverem aumento no número de árvores derrubadas no mesmo intervalo.
Em relação ao número de eventos, também houve diminuição, de 22%, de 1.901 em 2021 para 1.491 em 2022, o que representou apenas 1,96% do recorte nacional.
O MapBiomas listou também os 50 municípios que mais desmataram entre 2019 a 2022 no Brasil. Não há nenhuma cidade paranaense. Segundo o relatório, Lábrea, no Amazonas, liderou o ranking com 62.419 hectares desmatados, seguido por Altamira (PA), com 61.446 hectares; Apuí (AM), com 61.036 hectares; Porto Velho (RO), com 48.140 hectares; e São Félix do Xingu (PA), com 46.892 hectares. Considerando os últimos quatro anos, apenas 1.426 municípios (25,6%) não tiveram desmatamento detectado no País.
“É uma ótima notícia para o Paraná porque reflete um trabalho bem sério que estamos desenvolvendo. Reforça que nossas ações de monitoramento, fiscalização, repressão e educação ambiental, implementadas lá em 2019 pelo governador Ratinho Junior, estão surtindo os efeitos desejados”, destacou Everton Souza, diretor-presidente do Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
“Obviamente que ainda não é o ideal, mas estamos caminhando para conter cada vez mais essa ilegalidade no nosso Estado por meio da conscientização da população e contratação de novas tecnologias para monitorar e acabar com essa atividade praticamente em tempo real. Aqui no Paraná a tolerância com o desmatamento é zero. Temos o desenvolvimento sustentável como meta e esse trabalho está ganhando cada vez mais corpo junto aos municípios”, acrescentou.
Ele também ressaltou que o Paraná é formado em quase sua totalidade pela Mata Atlântica, único bioma brasileiro a apresentar redução de desmatamento entre 2021 e 2022. Foram suprimidos 30.012 hectares de Mata Atlântica no País no ano passado, contra 30.184 hectares de 2021, redução de 0,6%. Por outro lado, houve incremento na área desmatada nos outros cinco biomas – os maiores aumentos ocorreram na Amazônia (190.433 hectares) e no Cerrado (156.871 hectares).
“Esse relatório mostra que o Paraná está conseguindo implementar políticas sérias e que aos poucos dão resultado. O Paraná é muito grande, mas estamos conseguindo chegar rapidamente em todos os lugares com problema, por isso nos tornamos referência para o País em desenvolvimento sustentável”, afirmou Souza.
“Essa redução significativa de 42% é reflexo de vários fatores, como uma fiscalização efetiva, planejamento, tecnologia, rapidez no julgamento e efetivação das cobranças de multas. Queremos e trabalhamos para baixar ainda mais esse nível de desmatamento no Paraná”, ressaltou o diretor de Licenciamento e Outorga do IAT, José Volnei Bisognin.
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REFORÇO NA FISCALIZAÇÃO – O combate ao desmatamento se tornou muito mais intenso no Paraná nos últimos anos. De 2018 a março de 2023 foram expedidos 13.644 Autos de Infração Ambiental (AIA), com multas que somam R$ 323 milhões – pouco mais de R$ 21 milhões apenas nos primeiros três meses deste ano.
Os números mostram uma evolução ano a ano, saltando de 1.168 em 2018 para 3.433 em 2022. Perto de 300 pessoas foram presas em flagrante nos últimos três anos, segundo levantamento da Polícia Ambiental-Força Verde. O valor das multas é repassado integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. A reserva financeira tem como finalidade financiar planos, programas ou projetos que objetivem o controle, a preservação, a conservação e a recuperação do meio ambiente, conforme a Lei Estadual 12.945/2000.
Um exército com aproximadamente 600 pessoas, entre fiscais do IAT e policiais militares, trabalham diariamente na proteção das florestas. O trabalho desse grupo ganhou apoio significativo da tecnologia nos últimos anos, já que o instituto ambiental do Estado passou a fiscalizar supressões de floresta natural a partir de alertas gerados por imagens de satélite.
Os Alertas MapBiomas são publicados na Plataforma MapBiomas Alerta e, a partir deles, o NGI analisa as imagens mais recentes, que tem um "delay" de cerca de um mês. Essa investigação resulta na elaboração de laudos técnicos com a delimitação da área do desmatamento, os possíveis autos de infração e áreas embargadas.
Além disso, a tecnologia permite verificar o licenciamento dos imóveis e também sua sobreposição com Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. Os laudos são enviados diretamente para as regionais do IAT para serem tomadas as devidas providências.
Esse núcleo de inteligência iniciou recentemente a análise de alertas de desmatamento detectados nos últimos cinco dias, via Plataforma Global Forest Watch. Ela integra alertas de desmatamento GLAD, criados pelo laboratório Global Land Analysis and Discovery (GLAD) da Universidade de Maryland, dos Estados Unidos.
Agora, está em andamento a contratação de um sistema próprio de detecção de mudança de uso e ocupação do solo. A plataforma busca identificar desmatamentos e movimentações de solo ilegais no Paraná utilizando imagens de alta resolução (3 metros), o que permite a detecção de áreas menores que 1 hectare, e praticamente em tempo real, o que pode levar policiais e fiscais a áreas sensíveis cada vez mais cedo.
O Estado também está investindo na implementação do Sistema de Fiscalização e Controle Ambiental (FICA) e outras aplicações geoespaciais. O FICA deve começar a funcionar em 2024 e modernizará todo o processo de gestão dos autos de infração, incorporando controle de todas as fases processuais em um ambiente web, integrando todos os sistemas do IAT, como o licenciamento ambiental, a outorga do uso da água e o de monitoramento. Assim possibilitará a elaboração de estratégias de fiscalização mais preditivas, proativas e com melhor embasamento técnico.
Um dos componentes do FICA é o APP Auto de Infração Ambiental Eletrônico – AIA-e, aplicativo para uso em dispositivos móveis, que permite o cadastro das autuações das infrações ambientais em campo. O AIA-e já está em fase de implantação e é baseado no uso da geotecnologia permitindo georreferenciar a ocorrência.
ÁREA VERDE EM CRESCIMENTO – Um levantamento preparado pelo Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do Instituto Água e Terra (IAT), com base em dados de 2021 do MapBiomas, também revela que o Paraná teve um aumento significativo de cobertura florestal natural nos últimos anos. Passou de 54.856 km² em 2017 para 55.061 km² em 2022, uma diferença de 205 km², o equivalente a uma área de 20,5 mil campos de futebol.
A evolução começou em 2004 e desde então o Estado vem registrando aumento da cobertura vegetal. É reflexo de um movimento que leva em conta novas áreas plantadas, fruto de processos de compensação ambiental e de políticas públicas estaduais e municipais; recuperação de mata ciliar ou áreas até então degradadas; educação ambiental; criação de novas áreas de preservação permanente; e combate incisivo ao desmatamento.
Também leva em conta uma legislação ambiental consideravelmente mais rigorosa para proteger florestas naturais e exigir a recuperação florestal.
O Paraná foi o único estado do Sul do País com aumento de cobertura vegetal no período. Santa Catarina reduziu a vegetação de 40,4 mil km² para 39,6 mil km² de 2017 a 2021. Já no Rio Grande do Sul passou de 27,9 mil km² para 27,7 mil km² no mesmo período. No primeiro caso, há um declínio constante da área desde 1985, com aumento da área entre 2010 e 2015, mesma realidade do Rio Grande do Sul, que observou uma pequena mudança de cenário entre 2012 e 2018.
COMO AJUDAR – A denúncia é a melhor forma de contribuir para minimizar cada vez mais os crimes contra a flora silvestre. O principal canal do Batalhão Ambiental é o Disque-Denúncia 181, o qual possibilita que seja feita uma análise e verificação in loco de todas as informações recebidas do cidadão. Quem pratica o desmatamento ilegal está sujeito a penalidades administrativas previstas na Lei Federal nº 9605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e no Decreto Federal nº 6514/08 (Condutas Infracionais ao Meio Ambiente).
Por - AEN
Industriais de todo o Paraná poderão tirar suas dúvidas sobre o mercado livre de energia, modelo de contratação sob demanda que permite obter descontos e confere maior previsibilidade nos gastos com energia.
Nesta terça (13), a equipe da comercializadora da Copel participa de um evento na sede da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), em Curitiba, para dar orientações e tirar dúvidas dos clientes que têm interesse em migrar para esse modelo de compra de energia. Organizada pela Fiep, a iniciativa integra uma série de reuniões que acontecerão em todo o Paraná ao longo dos próximos meses para disseminar informações sobre o assunto.
Atualmente, o mercado livre de energia é limitado aos clientes que contratam, no mínimo, 500 quilovolts (kW) de demanda. A partir de 2024 essa limitação deixará de existir e todos os consumidores que são atendidos em alta tensão poderão migrar para o ambiente de contratação livre. Essa ampliação deverá beneficiar pequenas e médias empresas como mercados, padarias, açougues e outros centros comerciais que hoje ainda são atendidos no ambiente de contratação regulada, como a maioria dos clientes.
No ambiente livre, os consumidores contam com maior previsibilidade, porque firmam contratos com antecipação, de acordo com a demanda de energia que possuem, e conseguem se proteger das variações do valor da energia no curto prazo. A migração possibilita economia de até 30% em comparação com a energia adquirida no ambiente regulado.
Das 3,2 mil unidades consumidoras industriais no Paraná que já estavam aptas, cerca de 2,8 mil já migraram para o Mercado Livre, o que representa 90% do total. “Esse número demonstra a atratividade e o diferencial competitivo dos preços de energia no mercado livre em relação ao regulado”, ressalta João Acyr Bonat, superintendente de Compra e Venda de Energia da Copel.
“A empresa tem liberdade para escolher o fornecedor. Há ganho de competitividade, ao adquirir energia a preços mais baixos e maior flexibilidade na definição de preços, volumes e prazos contratuais, que podem ser negociados com preço fixo, indexado a um índice de inflação, no qual bandeiras tarifárias não influenciam”, acrescenta.
A partir do próximo ano, cerca de 12.800 unidades consumidoras poderão migrar para o mercado livre de energia. “Os novos contemplados são consumidores atendidos em tensão superior ou igual a 2,3 kV. Eles terão a opção de compra no modelo varejista, o qual simplifica em muito as exigências para participação no mercado livre”, explica Bonat.
O MERCADO LIVRE DE ENERGIA - O mercado livre de energia é um ambiente de contratação onde vendedores e compradores podem negociar energia elétrica e têm liberdade para negociar preço, quantidade a ser adquirida, período de fornecimento e condições de pagamento. Esse sistema se diferencia do mercado tradicional cativo, pelo qual a maioria dos clientes compra energia das distribuidoras.
No mercado livre, os consumidores podem escolher de quem vão comprar energia, o que o torna mais diversificado e competitivo e leva a uma redução de preços e a um aumento na eficiência das comercializadoras, que vendem energia aos consumidores.
Além disso, os preços são pré-definidos em contrato, o que permite que os consumidores possam planejar seus gastos com energia e se proteger de oscilações no custo da energia, reajustes do mercado cativo e mudanças das bandeiras tarifárias.
AGENDA DE EVENTOS - A partir de junho, o Conselho Temático de Energia da Fiep promove uma série de eventos sobre esse tema. Eles serão organizados nas Casas da Indústrias espalhadas pelo estado para mostrar aos empresários como economizar por meio do mercado livre de energia, o que fazer para ingressar no grupo e os benefícios que podem ser obtidos no curto, médio e longo prazos. Confira a agenda de eventos:
13/6 – Curitiba
0/7 – Maringá
11/7 – Londrina
12/7 – Arapongas
13/7 – Apucarana
8/8 – Cascavel
9/8 – Francisco Beltrão
10/8 – Pato Branco.
Por - AEN








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