A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta sobre a oscilação nas temperaturas e orienta como manter o corpo mais protegido e saudável.
Além do desconforto que sentimos na pele, essas quedas ou altas bruscas nos termômetros podem favorecer o aparecimento de infecções respiratórias e de crises alérgicas, afetar os batimentos cardíacos e a pressão arterial, assim como desencadear a baixa imunidade.
As vias aéreas costumam dar sinal de alerta, causando uma crise de asma em quem já tem o diagnóstico, com tosse, falta de ar, chiado no peito, entre outros sintomas. Resfriados e gripes também são comuns. As recomendações dos profissionais de saúde da Sesa são dirigidas à população em geral, mas crianças e idosos devem ter atenção redobrada nesse cenário. Dentre elas estão evitar ambientes com aglomerações de pessoas, manter ambientes ventilados com livre circulação de ar, higienização das mãos e evitar contato próximo com pessoas que apresentem sintomas respiratórios.
“Quando o ambiente aquece ou esfria repentinamente, o equilíbrio térmico do corpo será afetado e a imunidade diminuirá. Como resultado, o corpo fica suscetível a gripes e resfriados, bem como a infecções causadas por bactérias. Os cuidados básicos e a vacinação são fortes aliados na proteção da saúde”, alerta a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr. “Ambos os extremos, calor e frio, afetam a qualidade e a velocidade da capacidade do corpo de se defender".
Outro cuidado significativo, segundo Acácia, é com a hidratação e alimentação, sendo ainda mais importante o consumo de água e alimentos in natura, evitando os ultraprocessados. Frutas, verduras, legumes, arroz e feijão em geral possuem alto teor de nutrientes importantes para garantir uma boa imunidade, diferente dos ultraprocessados, que são ricos em sódio, aditivos e escassos em água. “Os refrigerantes, néctares e refrescos, apesar de possuírem alto teor de água, são ricos em açúcar ou adoçantes e aditivos, não sendo uma fonte adequada para hidratação”.
De acordo com a nutricionista da Divisão de Promoção da Alimentação Saudável e Atividade Física da Sesa, Cristina Klobukoski, a quantidade de água que precisa ser ingerida por dia é muito variável e depende de vários fatores, como a idade, o peso, a atividade física, bem como o clima e a temperatura do ambiente. “Para alguns, a ingestão de dois litros por dia pode ser suficiente, outros precisarão de um litro e meio ou três litros. Uma forma de verificar se a ingestão hídrica está adequada é prestando atenção à coloração da urina, que deve estar sempre bem clarinha”, afirma.
Veja os cuidados que devem ser adotados com as oscilações de temperaturas:
- Ingerir água, independente da temperatura. Em dias muito frios a ingestão de líquidos quentes, como chás sem adição de açúcar ou adoçante, pode ajudar a manter o corpo aquecido, porém não devem substituir totalmente a ingestão de água, que precisa ser mantida.
- Mantenha a higiene doméstica, evitando o acúmulo de poeira, que desencadeia diversos problemas alérgicos.
- Evite banhos com água muito quente, que provocam ressecamento da pele.
- Evite exposição prolongada a ambientes com ar-condicionado, quente ou frio.
- As pessoas com alergia devem ficar atentas a cobertores que soltam pelos.
- Pacientes com antecedentes como bronquite e rinite costumam ter crises nesta época. É importante procurar um médico e seguir suas recomendações.
- Atenção ao sol. Mesmo com o frio é importante manter o cuidado com o sol, utilizando protetores.
Por - AEN
Paraná tem a melhor educação do Brasil tanto no ensino médio quanto no ensino fundamental (anos iniciais e finais).
É o que apontam os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023 divulgados nesta quarta-feira (14) pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília.
Entre 2021 e 2023, o Paraná aumentou de 4,8 para 4,9 a sua nota no Ideb no ensino médio, o que inclui as escolas públicas, sob gestão do Governo do Estado, e as escolas privadas e institutos federais. Com isso, o Estado manteve a liderança nacional alcançada em 2021, permanecendo à frente de Goiás e do Espírito Santo, ambos com nota 4,8. A média nacional é de 4,3.
Apenas na rede estadual a nota do Ensino Médio do Paraná é de 4,7, muito próxima de Goiás, com 4,8. Houve uma evolução de 0,1 em relação ao ranking de 2021.
Nos últimos anos do ensino fundamental, que engloba estudantes do 6º ao 9º ano, o Ideb do Paraná passou de 5,4 para 5,5. A alta fez com que o Estado, que era 3º colocado na avaliação de 2021, assumisse a liderança também neste recorte, empatado com os estados do Ceará e Goiás, que também obtiveram índice 5,5. A média nacional ficou em 5.
O Paraná também lidera a classificação de rede pública nessa faixa etária, com 5,4, acima de Ceará e Goiás.
Durante a divulgação dos dados, o Paraná foi citado pelo MEC como exemplo por ter adotado uma estratégia de forte estadualização das escolas responsáveis pelos últimos anos do ensino fundamental. A medida segue tendência contrária à boa parte do restante do País, em que a gestão da maioria das unidades é feita pelos municípios.
“Novamente o desempenho dos estudantes paranaenses colocaram o Estado como melhor do País no ranking geral, reflexo da competência e dedicação dos diretores, professores, pedagogos e funcionários das escolas, principalmente das estaduais”, afirmou Ratinho Junior.
“Mesmo entre os líderes em todos os segmentos, queremos continuar melhorando os nossos índices no Ideb para que o Paraná seja uma referência de ensino público na América Latina”, acrescentou.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, cuja gestão é feita pelos municípios, o Paraná também aparece na liderança do Ideb com nota 6,7, acima do Ceará, que teve um índice de 6,6, e de São Paulo, com 6,5. O resultado é reflexo do programa Educa Juntos, no qual a Secretaria de Estado da Educação orienta as gestões municipais com materiais didáticos, formação de professores e seminários.
Segundo o Ministério da Educação, os dados estratificados do Ideb e os dados individuais de cada escola devem ser divulgados ao longo desta quarta-feira (14).
ÍNDICE – Criado em 2007 pelo MEC, o Ideb é o principal indicador de qualidade da Educação do Brasil, sendo divulgado a cada dois anos pelo Inep. A avaliação considera o índice de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), conjunto de avaliações aplicadas pelo Inedp em larga escala que permite traçar diagnósticos sobre a educação brasileira. O índice é calculado a partir da multiplicação entre os indicadores de desempenho e rendimento, no intervalo de 0 a 10.
Em 2021, o Inep estabeleceu novas diretrizes para o Saeb que previam aplicação digital da avaliação, ampliação das séries abrangidas a partir do 2º ano do ensino fundamental e avaliação das quatro áreas do conhecimento da Base Nacional Comum Curricular: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Até a edição mais recente do Saeb, no entanto, apenas as áreas de conhecimento avaliadas foram alteradas.
Confira os resultados do Ideb Paraná (todas as redes, estadual, municipal, federal e privada):
Ensino Médio – 4,9
Últimos anos do Ensino Fundamental – 5,5
Ranking nacional dos estados:
Ensino Médio
1º – Paraná – 4,9
2º – Espírito Santo – 4,8
2º – Goiás – 4,8
Média nacional – 4,3
Últimos anos do Ensino Fundamental
1º – Paraná – 5,5
1º – Ceará – 5,5
1º – Goiás – 5,5
Média nacional – 5,0
Evolução do Ideb do Paraná
Últimos anos do Ensino Fundamental
2017 - 4,9 (8º lugar)
2019 - 5,3 (4º lugar)
2021 - 5,4 (3º lugar)
2023 - 5,5 (1º lugar)
Ensino médio
2017 - 4,0 (9º lugar)
2019 - 4,7 (3º lugar)
2021 - 4,8 (1º lugar)
2023 - 4,9 (1º lugar)
Por - AEN
Mais mil profissionais da saúde já foram capacitados para aplicar a vacina BCG, que protege contra formas graves da tuberculose, em bebês nascidos em maternidade de alto risco.
O objetivo é vacinar os recém-nascidos na própria maternidade, de forma a irem para casa já imunizados. Normalmente, a aplicação da BCG é feita nas Unidades de saúde e habitualmente até nos 30 primeiros dias de vida.
As equipes materno-infantil são treinadas com aulas teóricas e práticas para garantir que a criança receba a vacina o mais precocemente possível, ficando protegida logo nas primeiras semanas de vida.
“Estamos dando um novo passo no fortalecimento de uma rede assistencial, garantindo maior proteção e cobertura vacinal”, diz o secretário estadual da Saúde, Cesar Neves. “A tuberculose é uma das mais antigas ameaças à saúde pública. Após a aplicação da vacina demora algum tempo para que o sistema imune esteja apto, por isso é importante essa nova dinâmica”.
A ação atende a proposta feita pela Secretaria estadual da Saúde (Sesa) na Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB/PR) aos municípios para a implementação da vacina nas 24 maternidades de alto risco pertencentes ao Estado ou que prestam atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 15 delas os profissionais já passaram pela qualificação e estão aptos a vacinar. A medida abrange também a Mater Dei, que não é de alto risco mas faz grande número de partos.
Somente 13 maternidades, sendo cinco de alto risco, já aplicavam o imunizantes na própria unidade antes dos 30 dias.
A vacina BCG tem uma característica bem conhecida, deixando uma pequena cicatriz no braço. O tempo habitual da evolução da cicatrização é de 6 a 12 semanas, podendo prolongar-se raramente até a 24ª semana. Porém, a ausência de uma cicatriz de BCG não é indicativa de não proteção e nem constitui indicação de revacinação. Estima-se que aproximadamente 10% dos vacinados não desenvolvam cicatriz.
REGIONAIS EM AÇÃO – A 19ª Regional de Saúde de Jacarezinho já realizou a capacitação. Nesta segunda-feira (12) ocorreram as primeiras vacinações no Hospital Regional do Norte Pioneiro, em Santo Antônio da Platina. Dezoito bebês deixaram a unidade já protegidos contra a tuberculose.
Nesta terça-feira (13), a 1ª Regional de Paranaguá ofertou o aprendizado e qualificação a 28 profissionais do Hospital Regional do Litoral, que também faz parte da Linha de Cuidado Materno Infantil. As egionais Metropolitana, Guarapuava, Pato Branco, União da Vitória, Francisco Beltrão, Cianorte, Maringá, Londrina já realizaram a capacitação das equipes das maternidades para a implementação desta nova fase.
Confira as maternidades que aplicarão a vacina BCG antes da alta hospitalar do bebê:
- Hospital Regional do Litoral – Paranaguá
- Complexo do Hospital de Clínicas da UFPR – Curitiba
- Hospital Angelina Caron – Campina Grande do Sul
- Hospital Universitário Evangélico Mackenzie – Curitiba
- Hospital e Maternidade Municipal de São José dos Pinhais – São José dos Pinhais
- Hospital do Rocio – Campo Largo
- Santa Casa de Irati – Irati
- Hospital de Caridade São Vicente de Paulo – Guarapuava
- Instituto Virmond – Guarapuava
- Associação de Proteção a Maternidade e a Infância – União da Vitória
- Hospital São Lucas – Pato Branco
- Hospital Regional do Sudoeste Walter Alberto Pecóits – Francisco Beltrão
- Hospital Santa Casa de Misericordia – Campo Mourão
- Norospar – Umuarama
- Hospital São Paulo – Cianorte
- Santa Casa de Paranavaí – Paranavaí
- Santa Casa de Maringá – Maringá
- Hospital Universitário Regional de Maringá – Maringá
- HNSG Hospital Providencia Materno Infantil – Apucarana
- Hospital Evangélico de Londrina – Londrina
- Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná – Londrina
- Santa Casa de Cornélio Procópio – Cornélio Procópio
- Hospital Bom Jesus – Ivaiporã
- Hospital Nossa Senhora das Graças/Maternidade Mater Dei – Curitiba
Por - AEN
O Paraná registrou nesta terça-feira (13) o dia mais frio de 2024, com -5,3°C em General Carneiro, além de sensação térmica de -9,2°C. Em vários municípios as temperaturas foram as menores do ano, como no caso de Curitiba, que teve mínima de 1,4°C, chegando à máxima a 12°C. Veja a lista de mínimas .
É o que aponta o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
Temperaturas negativas foram observadas principalmente nas cidades mais ao Sul do Estado. Os cinco municípios que apresentaram as menores temperaturas foram General Carneiro, na região Sul (-5,3°C); Palmas, no Sudoeste, (-3,6°C); São Mateus do Sul, também no Sul (-3,4°C); Castro, nos Campos Gerais (-2,8°C); e Pinhão, no Centro-Sul (-2,6°C). Quinze cidades, entre as 57 com estações, registraram temperaturas abaixo de zero no Paraná. No começo da manhã a temperatura mais alta foi registrada em Paranaguá: 8,6°C.
Como explica o meteorologista William Max de Oliveira Romão, do Simepar, a queda drástica dos termômetros nesta semana tem relação com um fenômeno climático específico. “Atualmente, nós temos um anticiclone passando por cima do Paraná. É uma massa de ar de alta pressão que joga o ar frio de níveis mais altos da atmosfera para a superfície. Assim, as temperaturas ficam mais baixas por conta da retenção desse ar”, destaca.
PRÓXIMOS DIAS – O Simepar também aponta que essa pressão do ar se afastará do continente a partir desta quinta-feira (15), dando espaço para a entrada de um sistema de baixa pressão, fazendo com que as temperaturas se elevem gradualmente.
Para os próximos dias, a previsão é que no Litoral, na Região Metropolitana de Curitiba e no Leste do Paraná as temperaturas fiquem com mínima de 7°C e máxima de 24°C. Já no Sul, a mínima será de 10°C e a máxima de 24°C, enquanto no Sudoeste de 13°C e 25°C, respectivamente. Mais ao norte do Estado, a mínima será de 11°C e a máxima baterá os 33°C. No Noroeste, a mínima fica em 14°C e a máxima em 30°C, e o Norte Pioneiro terá mínima de 10°C e máxima de 29°C.
Antes dos termômetros subirem, entretanto, há previsão de geada. Nesta quarta (14), o fenômeno ocorrerá com mais intensidade em Guarapuava, no Centro do Estado, Palmas e Pato Branco, no Sudoeste, e em União da Vitória, no Sul. Ela deve ocorrer de forma moderada em Curitiba e Região Metropolitana, Lapa, Jaguariaíva, Ponta Grossa e Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, em Cascavel, na região Oeste, e em Palmital, na região Central. Já na quinta-feira, o fenômeno será mais brando, com possibilidade de geada apenas na Lapa e União da Vitória.
INFORMAÇÃO EM TEMPO REAL – No site do Simepar estão disponíveis informações atualizadas sobre as condições do tempo no quadro Palavra do Meteorologista. Pode ser consultada a previsão para até 15 dias por município e região do Paraná. Também é possível visualizar imagens de satélite, radar, raios, modelo numérico e telemetria (temperaturas e chuvas).
ALERTA GEADA – O Simepar disponibiliza também, até o final do inverno, previsões de geadas para todas as regiões por categorias de intensidade (fraca, moderada ou forte) com antecedência de até 72 horas. Avisos são lançados no serviço Alerta Geada, mantido em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e disponível nos seguintes canais: aplicativo IDR Clima, site do IDR-Paraná e pelo telefone (43) 3391-4500 (WhatsApp).
De acordo com o IDR-Paraná, no caso de geadas é recomendável a proteção das lavouras passíveis de cuidados preventivos no campo e nos viveiros. Os cafeeiros até dois anos devem ser protegidos com palhada (mistura de palha e farelo) ou terra. Os canteiros e estufas de hortaliças em geral necessitam de aquecimento, irrigação ou cobertura. Também devem ser protegidas as mudas recém-plantadas de frutíferas e espécies florestais tropicais. Em caso de forte resfriamento, as granjas de aves e suínos também precisam ser aquecidas.
Por - AEN
Nesta semana, 45 técnicos pedagógicos dos 32 Núcleos Regionais de Educação (NREs) se reúnem em Curitiba para participar da capacitação "KhanMigo para Melhoria do Aprendizado da Matemática".
O evento, promovido pela Secretaria da Educação, visa preparar os profissionais, que também atuam como embaixadores do componente de Matemática, a usarem a plataforma pedagógica KhanMigo, que será incorporada ao ensino de Matemática nas escolas a partir deste mês de agosto. Os técnicos deverão, depois, orientar as equipes pedagógicas de suas regiões.
A plataforma, pioneira no Brasil, é uma extensão da já utilizada da ferramenta Khan Academy, implementada há dois anos na rede. A KhanMigo foi desenvolvida para enriquecer o processo educacional através do uso de Inteligência Artificial (IA) como "professor auxiliar", proporcionando suporte individualizado aos alunos, respondendo dúvidas em tempo real e adaptando estratégias de ensino às necessidades específicas de cada estudante.
A plataforma já vem sendo utilizada desde julho em 100 escolas estaduais no formato de projeto-piloto. Agora, será disponibilizada para as turmas do nono ano de todas as escolas da rede estadual. A previsão é que até o mês de setembro a plataforma tenha sido incorporada à rotina de aprendizagem de cerca de 125 mil alunos.
De acordo com o secretário estadual da Educação, Roni Miranda, o grande diferencial do KhanMigo é a utilização da IA como "tutor digital", que guia o processo de resolução de problemas e criação de textos, incentivando a reflexão e a compreensão dos conceitos, sem fornecer respostas diretamente. Para ele, o mecanismo pode alavancar enriquecimentos significativos no processo educacional.
"O uso dessa nova tecnologia pode oferecer um ensino mais personalizado e eficaz, possibilitando que os alunos avancem em seus próprios ritmos e recebam suporte imediato, conforme suas necessidades", destaca o secretário. Ele enfatiza que, além de beneficiar os alunos, a plataforma também oferece suporte aos professores, atuando como assistente no planejamento de aulas, atividades, avaliações e acompanhamento do desempenho dos estudantes, tanto em nível de turma quanto individualmente.
"Com o KhanMigo, os docentes terão à disposição ferramentas mais avançadas para monitorar o progresso dos alunos, identificar áreas de dificuldade e ajustar suas estratégias pedagógicas, tornando o processo educacional mais abrangente, inclusivo e personalizado", reforça Lorena Pantaleão, coordenadora do Departamento de Educação Digital da Seed-PR.
Segundo ela, a plataforma permite múltiplas aplicações em sala de aula, como revisão de conceitos, apoio na elaboração de planos de aprendizagem e avaliação da compreensão dos alunos. Ela reforça que, por este motivo, é essencial familiarizar e capacitar as equipes pedagógicas para a utilização da ferramenta, de modo a explorar ao máximo suas potencialidades.
“Ao finalizarem a capacitação em Curitiba, os técnicos dos Núcleos deverão orientar as equipes pedagógicas de suas regiões para que possam integrar a plataforma de maneira eficaz ao cotidiano escolar, garantindo que os professores estejam preparados para utilizar todos os recursos disponíveis e, assim, promover um aprendizado mais dinâmico e, consequentemente, fortalecendo o ensino da matemática no nosso Estado”, destaca.
PLATAFORMAS – A educação gamificada e o uso das plataformas pedagógicas como métodos essenciais ao apoio da aprendizagem dos estudantes e na mensuração do desempenho escolar foram destaque da rede estadual de ensino do Paraná no primeiro semestre de 2024. O investimento feito até agora, neste ano, foi de R$ 9,64 milhões.
Viabilizadas para facilitar a prática pedagógica, as plataformas digitais de aprendizagem incorporam variedade de recursos interativos, como vídeos e quizzes, ampliando as oportunidades educacionais e tornando a jornada de aprendizado mais envolvente, flexível e personalizada. Atualmente a rede estadual de ensino conta com recursos digitais, que vão de suporte à leitura, redação e inglês, até capacitação em tecnologia e ensino de matemática, além de sistemas de avaliação da aprendizagem.
Por - AEN
Limpa, renovável e rentável. Mais do que uma solução energética sustentável, que evita o despejo de resíduos no meio ambiente, a produção de biogás a partir dos dejetos e carcaças de porcos se transformou em uma fonte de renda extra para os suinocultores do Paraná.
Com sistemas de biodigestores e geradores instalados dentro das propriedades, os granjeiros têm segurança energética para consumo próprio e ainda conseguem distribuir o excedente gerado para a rede, vendendo energia.
É o caso da família Baratto, de Medianeira, na região Oeste do Estado. Desde que passaram a produzir biogás dentro da propriedade com os resíduos da suinocultura, eles conseguiram zerar a conta de luz e ainda lucram com a sobra de energia. “A energia, que antes nós pagávamos, agora é abastecida pela nossa própria produção e o restante a gente ainda consegue vender”, explica o produtor Rodrigo Baratto.
Após três meses do sistema instalado, ele gera cerca de 25 mil kilowatts por mês, dos quais 2 mil kilowatts são usados para cobrir o consumo da propriedade, enquanto o restante é vendido. Dessa forma, a família economiza entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil que da antiga fatura mensal de energia e ainda vende o excedente por aproximadamente R$ 12 mil mensais.
A soma entre o valor economizado e o lucro com a comercialização da energia encurtam o tempo para que o investimento feito para viabilizar a produção de biogás na propriedade se pague. Ao todo, a família investiu R$ 680 mil para a instalação do sistema.
A história da família é tema da série de reportagens “Paraná, energia verde que renova o campo”, que mostra exemplos de produtores rurais de todo o Estado que aderiram ao programa RenovaPR para implantar sistemas de energias sustentáveis em suas propriedades.
JURO ZERO – A família teve como incentivo o Programa Paraná Energia Renovável (RenovaPR), do Governo do Estado, que estimula a transformação energética no campo com juros subsidiados por meio do Banco do Agricultor Paranaense. No caso dos Baratto, o investimento foi feito a juro zero. “Toda ajuda é bem-vinda, ainda mais quando você faz um investimento destes. A atividade agropecuária é muito suscetível a riscos e imprevistos, então quando você tem um parceiro que te ajuda, fica muito mais fácil”, explicou Rodrigo.
O programa é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná). Desde 2021, mais de 8 mil produtores rurais contaram com apoio do programa para levar energia renovável às suas propriedades, com repasse de R$ 231 milhões do Governo do Estado para subvenção dos juros. Juntos, esses projetos representam R$ 1,4 bilhão em investimentos.
“Nestas condições, é um investimento que se paga em menos de dez anos. Então essa perspectiva de economizar com a conta de energia e conseguir uma renda extra, além de todos os outros benefícios, é o que fez com que a gente instalasse o biodigestor e o gerador aqui”, disse o produtor.
SISTEMA – Para conseguir gerar a energia dentro da propriedade, é preciso instalar um biodigestor e um gerador. O biodigestor é o sistema onde são depositados os dejetos orgânicos para que eles passem por uma série de reações químicas que produzem o biogás.
Em geral, o biodigestor é um tanque cavado no chão e coberto por uma lona especial que compõe um sistema próprio para a produção do gás. Dentro dele, os restos de ração, fezes, urina, resíduos da lavagem das baias dos porcos e carcaças se transformam em biogás. São as próprias bactérias desta massa orgânica que fazem a degradação deste composto e produzem o gás.
Os gases vão para um gerador que os transforma em energia. No caso da propriedade da família Baratto, que tem 2,5 mil suínos, o gerador com capacidade para 60 kilowatts por hora tem material para produzir energia ao longo de 15 horas por dia. “Com mil porcos a mais, poderíamos gerar energia por até 22 horas por dia, aumentando a quantidade excedente que poderíamos comercializar jogando para a rede”, revelou Rodrigo.
O processo químico de biodigestão ainda produz um composto líquido rico em nutrientes como nitrogênio e fósforo, que pode ser usado para a fertirrigação das áreas de pastagem e lavoura da propriedade. É o caso da propriedade dos Baratto que, além da produção de suínos, também conta com gado de corte e plantação de soja e milho, ao longo de 108 hectares.
“Esse ciclo todo forma um casamento perfeito. Os dejetos se transformam em energia e em fertilizante, o que faz com que a gente economize em várias etapas da produção. Nós usamos este resíduo para melhorar a pastagem destes animais”, contou o produtor.

MANEJO – No geral, a adoção do sistema também facilita o manejo dos resíduos da suinocultura. Sem o tratamento ideal, os dejetos da produção de porcos podem ser difíceis de lidar. De acordo com Ângelo Baratto, pai de Rodrigo e quem levou a família a trabalhar com suinocultura nos anos 1960, o tratamento das sobras orgânicas com os biodigestores melhora inclusive as condições de trabalho nas granjas, diminuindo o mau cheiro e as moscas.
“A maneira de trabalhar com o porco mudou muito ao longo dos anos. Desde que começamos até agora, deixou de ser um trabalho braçal, em que a gente tinha que preparar o alimento do animal com quirera, para ter uma alimentação pronta que é distribuído automaticamente pela granja. Agora, com o biodigestor, também diminuiu muito o problema do mau cheiro dos resíduos”, disse Ângelo.
O processo também resolve um passivo ambiental dos produtores. Muitos granjeiros deixam de aumentar suas produções pela dificuldade de fazer a destinação correta dos resíduos orgânicos.
Com o tratamento pelo biodigestor, e a consequente transformação dos dejetos em energia e fertilizante, o problema da destinação dos resíduos é resolvido de maneira sustentável. “A tendência é que todos os produtores adotem um biodigestor na propriedade para eliminar o esterco e poder usá-lo na lavoura e no pasto”, afirmou Ângelo.
MERCADO – O Paraná é o segundo maior produtor de suínos do Brasil, e o tamanho do mercado mostra o potencial da produção de biogás a partir dos resíduos da suinocultura no Estado. Segundo o a Pesquisa Trimestral de Abate de Animais, 3,1 milhões de suínos foram abatidos no Paraná no primeiro trimestre de 2024. Apenas Santa Catarina teve uma produção maior, com 4,1 milhões de abates. Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor, com 2,3 milhões de animais abatidos, e Minas Gerais o quarto, com 1,4 milhão de porcos abatidos.
“O Paraná é responsável por 21% da produção nacional, com muitos produtores espalhados pelo Estado, principalmente nas regiões Oeste, Sudoeste, Sudeste e Central. Essa é uma tradição histórica, principalmente pela força das cooperativas, que são muito fortes nestas regiões”, avaliou a médica veterinária do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral-PR), Priscila Cavalheiro Marcenovicz.
Do ponto de vista econômico, o Valor Bruto da Produção (VBP) da suinocultura, que mede o desempenho econômico de atividades rurais, foi de R$ 12,5 bilhões em 2023. O montante representando cerca de 6% de toda a produção agropecuária do Paraná no ano passado.
Por - AEN





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