Um jovem de 23 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (2) em operação da Polícia Federal por suspeita de armazenagem de arquivos de abuso sexual contra crianças e adolescentes, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Segundo a polícia, o caso tomou "maior gravidade" por ter indícios de que ele também possa ter cometido parte dos crimes armazenados, o que ainda será apurado.
No cumprimento do mandado, os policiais identificaram crianças morando na vizinhança, o que levou os agentes a verificar "eventuais danos aos menores na região".
As investigações continuam para identificar outros envolvidos na prática do crime e também na identificação das vítimas de abusos expostas em fotos e vídeos na internet.
A PF reforça a importância da denúncia, que também pode ser feita de forma anônima.
Por - G1
Peças centrais no xadrez da conservação ambiental no Paraná, as Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs) ganham cada vez mais relevância na proteção à natureza.
O Estado conta atualmente com 327 espaços devidamente catalogados pelo Instituto Água e Terra (IAT) ou instituições parcerias como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), compondo 55.487,31 hectares de vegetação nativa preservada.
Desses, 16% foram implementados a partir de 2019. Esse conjunto mais recente está dividido em reservas municipais (37), estaduais (10) e federais (5), totalizando 52 complexos – o cadastro é feito de forma voluntária pelos proprietários das áreas.
Para além da proteção ao meio ambiente e o estímulo à educação ambiental, o selo de RPPN é uma marca de sustentabilidade. “Como as RPPNs podem ser registradas em qualquer lugar do Paraná, elas ampliam significativamente o conjunto de áreas protegidas do Estado, ajudando na conservação de espécies nativas e de paisagens importantes”, explica a gerente de Biodiversidade do IAT, Patrícia Accioly Calderari da Rosa.
Esse é o caso da RPPN Observatório Ornitológico Nascentes do Iguaçu. Localizada em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), a Unidade de Conservação ajuda na proteção de uma grande variedade de fauna e flora nativas, com destaque para as mais de 458 espécies de aves registradas no local.
“O observatório é composto por um mosaico de 11,9 hectares de territórios urbanos, que possuem uma grande biodiversidade e um manancial de nascentes extenso. E para proteger o local da expansão imobiliária, nós adquirimos as áreas e transformamos em uma RPPN em 2022. A reserva também pode ser frequentada pelo público em visitas com agendamento prévio, para que todos possam apreciar essa diversidade de espécies e entender melhor como cuidar do meio ambiente é importante”, afirma o responsável pela reserva, Carlos Amaral.
A visitação programada está incluída no pacote restauração e recuperação ambiental das RPPNs. A legislação permite que as reservas possam abrigar outros tipos de atividade, desde que estejam previstas nos planos de manejo da propriedade. As possibilidades incluem pesquisa científica com fins conservacionistas, turismo sustentável, recreação e ações de educação, treinamento e capacitação.
MUNICÍPIOS – Os municípios que abrigam RPPNs também contam com benefícios. O local passa a ser qualificado para o recebimento do ICMS Ecológico por Biodiversidade, programa paranaense que faz o repasse de recursos financeiros para municípios que possuam Unidades de Conservação. O Estado, por meio do IAT, transferiu às cidades R$ 283,3 milhões nesta modalidade em 2023. Nos primeiros três meses deste ano o volume de recursos já ultrapassou R$ 70 milhões.
Já o proprietário da área preservada passa a ter participação em projetos de Pagamento por Serviços Ambientais, um incentivo econômico para proprietários de imóveis rurais ou urbanos que possuam territórios capazes de fornecer serviços de conservação ambiental. O terreno onde a reserva está inserida também pode receber a isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, seguindo o Art. 8º do Decreto Federal 5.746/2006.
COMO FAZER – O Paraná abriga 327 RPPNs, contemplando 55.487,31 hectares de vegetação nativa preservada. Elas estão divididas entre as categorias municipal (60), estadual (244) e federal (23). A diferença entre as classificações é apenas o local onde a reserva foi inscrita. As estaduais são reconhecidas pelo IAT, as municipais pelas respectivas prefeituras e as federais pelo ICMBio.
O principal critério para se tornar uma reserva é a presença de paisagens com características naturais que precisem de proteção, recuperação ou restauração. São levados em consideração também valores culturais, paisagísticos, históricos ou científicos dos espaços, assim como a importância dos locais para a continuidade de espécies de fauna e flora nativas.
Além disso, é necessário que propriedade esteja com todas as documentações válidas. É essencial, por exemplo, a regularidade da situação junto ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), sistema onde todas as propriedades rurais do Estado estão registradas. Outra avaliação envolve a elaboração de Planos de Manejo para gestão das áreas.
A partir disso, com a inscrição voluntária devidamente preenchida, o processo será submetido à vistoria presencial de técnicos do IAT para avaliar se a área atende aos objetivos e atributos desta modalidade de Unidade de Conservação. Após o parecer positivo do órgão, o local poderá ser reconhecido como RPPN. O instituto também é responsável por fazer avaliações anuais das reservas já instaladas, para fins de verificação dos indicadores qualitativos do ICMS Ecológico por Biodiversidade. Todos os passos estão no site do IAT.
Por - AEN
De janeiro a março de 2024, trabalhadores com idade entre 18 e 29 anos ocuparam 36.059 vagas de trabalho no Paraná, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.
O número representou 51% das 69.618 colocações com carteira assinada registradas no Estado no primeiro trimestre deste ano.
Em comparação ao mesmo período em 2023, quando 26.370 jovens foram colocados no mercado de trabalho, o avanço foi de 36%.
Com esse saldo, o Paraná liderou a contratação nesta faixa etária na região Sul do Brasil no primeiro trimestre, à frente de Santa Catarina (31.230 ) e do Rio Grande do Sul (26.118). No cenário nacional, o Estado ocupa a 3ª colocação, atrás de São Paulo (122.727) e Minas Gerais (48.312). Apenas um estado (Alagoas) não registrou saldo positivo no período.
Os setores que mais empregaram mão de obra jovem no Paraná nos três primeiros meses do ano foram serviços (19.939), indústria (10.135), construção (3.066), comércio (1.808) e agropecuária (1.111).
Para o secretário de Estado do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, a juventude no Paraná tem demonstrado sua força e importância no mercado de trabalho com excelente desempenho no Caged, superando a maior dificuldade enfrentada pelas faixas etárias mais jovens como a falta de experiência.
"O Paraná tem investido em ações pontuais, como mutirões de estágio e do primeiro emprego, para garantir a inserção de trabalhadores jovens em vagas formais. Na maioria dos mutirões procuramos contratantes que dispensam a exigência de experiência. Isso facilita sobretudo a contratação da juventude", explicou.
MARÇO – Somente no mês de março, 11.330 jovens entre 18 e 29 anos conseguiram um emprego formal no Estado, o melhor desempenho da região Sul. Santa Catarina e Rio Grande do Sul empregaram 8.286 e 6.471 trabalhadores nesta faixa etária, respectivamente. São Paulo (47.347), Minas Gerais (22.945) e Rio de Janeiro (14.641) lideram o ranking.
Apenas nesse mês, os setores que mais empregaram jovens foram serviços (4.866), indústria (3.430), comércio (1.866), construção (826) e agropecuária (342).
Confira a tabela de empregos
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Por -AEN
Milhares de pessoas estão desalojadas e desabrigadas em função das enchentes no Rio Grande do Sul, que já decretou estado de calamidade pública e define o cenário como a maior tragédia de sua história, com o registro de 31 óbitos e dezenas desaparecidos.
Para auxiliar a população afetada pelas fortes chuvas, o Paraná deu início nesta quinta-feira (2) à campanha solidária SOS RS, que vai arrecadar doações de alimentos e produtos de limpeza para atender as regiões atingidas.
A ação é promovida pelo Governo do Estado, por meio do Gabinete da Primeira-Dama e da Superintendência Geral de Ação Solidária, com apoio da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR).
“O Rio Grande do Sul está passando por um momento muito difícil e delicado. O Estado já encaminhou reforços para salvamento, mas precisamos nos unir e ajudar os milhares de desabrigados que estão sofrendo com as fortes chuvas. Vamos juntos mostrar mais uma vez que os paranaenses são solidários. Contamos com todos”, declarou a primeira-dama Luciana Saito Massa.
Os quartéis do Corpo de Bombeiros receberão, até o dia 8 de maio (quarta-feira), quatro tipos de produtos para serem distribuídos no Rio Grande do Sul: alimentos não perecíveis, água, produtos de higiene e produtos de limpeza.
MISSÕES – A ajuda humanitária é mais uma etapa do apoio do Paraná ao Rio Grande do Sul. Desde a madrugada desta quinta-feira (2), 32 bombeiros militares estão atuando em diversas missões, especialmente no resgate a pessoas ilhadas. Um helicóptero do BMPOA (Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas) também se deslocou para a região.
Ao todo, mais de 150 municípios foram afetados pelas cheias dos rios no território gaúcho. O quadro ainda pode se tornar mais delicado se as previsões de mais chuvas fortes nos próximos dias se concretizarem. A Defesa Civil local afirma que há 14,8 mil pessoas fora de casa, sendo 4.645 pessoas em abrigos e 10.242 desalojados.
Serviço:
Campanha SOS RS
De 2 a 8 de maio
O que doar: alimentos não perecíveis, água, produtos de higiene, produtos de limpeza
Onde doar: qualquer quartel do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná
Por - AEN
O Governo do Paraná, por meio da Secretaria da Fazenda, repassou R$ 1,29 bilhão aos municípios do Estado em abril.
As transferências constitucionais integram as receitas públicas correntes, ou seja, são recursos que podem ser aplicados em saúde, educação, segurança pública, transporte e demais serviços essenciais das prefeituras.
Do total repassado, R$ 917,6 milhões foram provenientes do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que representa aproximadamente 25% das receitas totais do Estado.
O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2024, cuja quarta parcela venceu em abril, contribuiu com R$ 366,9 milhões. Royalties do petróleo (R$ 711,5 mil) e recursos do Fundo de Exportação (R$ 10,3 milhões) também foram transferidos às cidades.
As transferências de recursos às cidades são feitas de acordo com o Índice de Participação dos Municípios (IPM), e seguem as regras constitucionais. Os índices são calculados anualmente e levam em consideração uma série de critérios estabelecidos pelas leis estaduais. Cada ajuste no índice é aplicado no ano subsequente à alteração.
Confira as 10 cidades que mais receberam repasses em abril de 2024:
Curitiba (R$ 161,6 milhões)
Araucária (R$ 66,9 milhões)
São José dos Pinhais (R$ 44,8 milhões)
Londrina (R$ 43,1 milhões)
Maringá (R$ 40,3 milhões)
Ponta Grossa (R$ 34,2 milhões)
Cascavel (R$ 34 milhões)
Foz do Iguaçu (R$ 26,3 milhões)
Toledo (R$ 21,4 milhões)
Guarapuava (R$ 19,6 milhões)
Paranaguá (R$ 14,1 milhões)
Colombo (R$ 13,9 milhões)
Castro (R$ 13,3 milhões)
Pinhais (R$ 12,7 milhões)
Campo Largo (R$ 11,9 milhões)
Os valores destinados a cada um dos municípios do Estado, bem como seu detalhamento, podem ser acessados pelo Portal da Transparência.
Por - Agência Brasil
A produção de mandioca no Paraná está projetada em 3,69 milhões de toneladas para 2024, 6% acima das 3,49 milhões de toneladas colhidas em 2023.
A informação está no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 26 de abril a 2 de maio. O documento é elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
O aumento de produção se deve à expectativa de que se colha, neste ano, uma área 2% maior do que em 2023. Em 2024, a área a ser colhida está estimada em 139,6 mil hectares. No ano passado a colheita atingiu 137,5 mil hectares.
Outra razão para o volume mais expressivo está nas maiores produtividades obtidas até o momento. O incremento de 25,4 toneladas por hectare para 26,4 toneladas por hectare foi possibilitado pelas variedades de maior potencial e pela preferência momentânea para a colheita das áreas de dois ciclos em detrimento às de um ciclo.
Tal situação, porém, tem dificultado o recebimento do produto nas fecularias, pressionado os preços. Em abril, o valor recebido pelo produtor foi de R$ 433,14, em média, representando um recuo de 3,9% em relação a março (R$ 450,52) e de 53% em relação a abril de 2023 (R$ 918,03).
O excesso momentâneo de produção pode se regular à medida que as colheitas cheguem às áreas de menor produtividade, de um ciclo. Caso contrário, a área colhida deverá ser menor do que a estimada atualmente, com mais áreas sendo deixadas para se colher em 2025.
O Deral destaca, ainda, a rusticidade da cultura, pois abril foi um mês de poucas chuvas na maior região produtora, no Arenito Caiuá e, mesmo assim, as produtividades têm se mantido, diferentemente do que se observa na produção de grãos. Por outro lado, o solo excessivamente seco dificulta o arranquio da raiz, o que pode impactar o ritmo da colheita.
MILHO – A segunda safra de milho 23/24 começa a entrar na fase final de desenvolvimento. Nesta semana, 5% da área total de 2,4 milhões de hectares está em maturação. Enquanto a maioria da área ainda está em frutificação (59%), 24% está em floração e 12% em desenvolvimento vegetativo. Já as condições de lavoura continuam piorando, porém de forma mais lenta. Nesta semana, de acordo com o Deral, 67% da área tem condição boa, 22% condição mediana e 10% ruim.
CEBOLA – O plantio da nova safra de cebola no Paraná terá início em meados de maio, quando cerca de 10,0% da área projetada de 3,6 mil hectares será cultivada. Esta superfície segue a média dos últimos cinco anos, bem como a expectativa de produção, de 104 mil toneladas.
A colheita deve iniciar em setembro e a comercialização se estende até maio de 2025, de acordo com o Deral. O Paraná é o sexto estado no ranking de produção de cebolas, respondendo por 7,1% da produção nacional, dentre os 16 que exploram a cultura no país.
O boletim destaca ainda que, nos dias 9 e 10 de maio, acontece em João Dourado (BA) o XXXIV Seminário Nacional da Cebola e o XXV Seminário da Cebola do Mercosul. O município é conhecido como a Capital da Cebola.
LEITE – O Boletim mostra que o preço recebido pelo produtor de leite no Paraná segue renovando as altas com a proximidade do inverno. Atualmente comercializado a R$ 2,40 por litro posto na indústria, segundo o Deral, o produto apresentou alta de 2,87% na média mensal. Na comparação com março de 2023, porém, a queda ainda é de 15,3%. Além do melhor valor nos últimos sete meses, o produtor também conta com a baixa nos preços dos grãos.
SUÍNOS – Na mais recente atualização dos dados de exportação de 2023 do Comtrade/ONU (consultados em 30/04/2024), o Brasil figura como o segundo maior exportador global de cortes cárneos congelados de suínos, detendo uma significativa participação de 26,1%. Em primeiro está a União Europeia, com uma fatia de mercado de 31,8%, em terceiro os Estados Unidos, com 23,9%, e em quarto o Canadá, com 12,0%.
FRANGO – De acordo com dados do Agrostat Brasil, do Ministério da Agricultura e Pecuária, no primeiro trimestre de 2024 as exportações brasileiras de carne de frango apresentaram uma queda significativa de 16,8% em termos de faturamento, totalizando US$ 2,105 bilhões, em comparação com o período acumulado de 2023, que registrou US$ 2,531 bilhões.
Em relação à quantidade exportada, houve um recuo de 7,4%, com 1.190.027 toneladas em 2024 e 1.285.049 toneladas em 2023. Durante o período analisado, a maior parte das exportações (97,5%) consistiu em carne de frango in natura, enquanto apenas 2,5% foram de produtos industrializados, totalizando 29.466 toneladas.
Por - AEN