A primeira Previsão Subjetiva para a safra paranaense 2024/25, divulgada nesta quinta-feira (29) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), aponta para recuperação de produção em soja, milho e feijão, principais culturas do período.
A produção de batata também cresce. No entanto, o trigo da safra 2023/24, que começou a ser colhido, terá redução.
Na soja, a previsão inicial é que sejam plantados 5,8 milhões de hectares, o que representa aumento de 0,5% sobre os pouco mais de 5,7 milhões de hectares do ciclo anterior. No entanto, a produção pode alcançar 22,3 milhões de toneladas, com substancial acréscimo de 20% sobre as 18,5 milhões de toneladas da última colheita.
A área plantada na primeira safra representa mais de 90% do plantio entre os principais grãos produzidos no Paraná. “A soja é o principal item da agricultura paranaense e em geral tem ótimo retorno ao longo do tempo”, explicou o técnico Edmar Gervásio, analista da cultura no Deral. O plantio estará liberado em 10 de setembro, quando termina o vazio sanitário da ferrugem asiática.
MILHO – Para o milho primeira safra, as estimativas iniciais da safra 2024/25 apontam para 2,7 milhões de toneladas, ligeiramente superior às 2,5 milhões de toneladas do período 23/24. Há projeção de área 9,6% menor, ocupando 267,7 mil hectares, o que seria a menor da história. No ciclo anterior, a primeira safra teve 296 mil hectares.
Em 2010 a primeira safra já chegou a cobrir 900 mil hectares paranaenses, com redução de cerca de 70% agora. “A safra de milho de verão é hoje uma safra de nicho e os produtores são em geral especializados e com altas produtividades”, disse Gervásio. “Essencialmente esta redução está ligada à migração para soja, produto que tem maior liquidez e potencialmente maior lucratividade”.
FEIJÃO – O feijão de primeira safra paranaense, depois de muitos anos com perda de área, tende a ter um aumento de 22%, passando de 107,8 mil hectares em 2023/24 para 131,2 mil hectares agora. “É o incremento mais importante pelo menos dos últimos 10 anos, quando vinha sistematicamente perdendo área para a soja”, disse o agrônomo Carlo Hugo Godinho.
Segundo ele, os produtores têm agora uma nova opção de venda, que é a exportação de feijão preto. “Isso fez com que os preços se mantivessem mais estáveis e atrativos”, disse. A previsão é de aumento de 57% na produção da primeira safra, passando de 160 mil toneladas em 2023 para 251 mil toneladas na nova safra.
BATATA – Os plantios da batata de primeira safra 24/25 começaram. Até agora foram semeados 14% da área, o que corresponde a 2,2 mil hectares dos 15,8 mil estimados. “Uma média de 18% seria normal para este período, no entanto o tempo seco predominante desacelerou a ação”, afirmou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, do Deral. O plantio deve se estender até novembro, quando começa a colheita.
A expectativa é que o campo responda com 478,2 mil toneladas de batatas, cerca de 22% superior às 392,2 mil toneladas extraídas no mesmo período de 2023.
Em julho os produtores foram remunerados em R$ 94,33 pela saca de 25 quilos, 19,5% menor que os R$ 117,14 de junho. Na Ceasa Curitiba, a saca da batata comum ficou em R$ 120,00, valor estável em relação a junho. Já no varejo os preços tiveram queda de 15,2%, saindo de R$ 10,22 o quilo em junho para R$ 8,67 em julho.
TRIGO E CEVADA – O trigo da safra 2023/24, que começou a ser colhido no Paraná, tende a alcançar 3,1 milhões de toneladas, redução de 14% em relação às 3,6 milhões de toneladas do ano passado e de 17% sobre o potencial da safra (3,8 milhões de toneladas). “A seca tem sido o maior problema no Norte do Paraná, onde se concentram as lavouras colhidas até agora”, afirmou o agrônomo Carlos Hugo Godinho, analista da cultura.
Ele salientou que, apesar de essa ser a maior preocupação, também há perdas relacionadas às geadas. O levantamento de quanto isso vai impactar no resultado final ainda não está completo, o que será possível assim que a colheita evoluir nas áreas mais afetadas. Até agora foram colhidos pouco mais de 70 mil dos 1,1 milhão de hectares.
A cevada foi menos impactada pelo clima e deve render 331,5 mil toneladas. “Apesar de problemas pontuais, este número está dentro do intervalo de produção da cultura”, explicou Godinho. Se confirmado, será 19% superior às 278 mil toneladas do ano passado. “A seca tem sido menos crítica no Sul do Paraná e o ciclo mais longo da cultura evitou que a maior parte estivesse em fases suscetíveis a perdas durante as geadas”.
BOLETIM – O Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 23 a 29 de agosto, também divulgado nesta quinta-feira, comenta as primeiras estimativas de safra e traz dados sobre outras culturas agropecuárias do Estado. Sobre o couro bovino, destaca que o Paraná foi o quarto maior produtor no Brasil, com 788.658 peças, atrás de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul.
Os suínos de corte atingiram um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 8,5 bilhões em 2023, acréscimo de 2% sobre os R$ 8,3 bilhões do ano anterior. A suinocultura de corte está predominantemente concentrada nas regiões Oeste e Centro-Oriental do Paraná, onde estão os maiores frigoríficos. Toledo é o principal produtor, com VBP de R$ 1,4 bilhão.
O documento do Deral destaca ainda a celebração do Dia do Avicultor em 28 de agosto. A atividade engloba a produção de carne e de ovos. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2023 o Brasil produziu 14,8 milhões de toneladas de carne de frango, com exportação de 5,1 milhões de toneladas e consumo per capita de 45,1 quilos. Do total, cerca de 65% abastecem o mercado interno e o restante vai para exportação.
A estimativa da ABPA é que a produção cresça 1,8% em 2024, chegando a 15,1 milhões de toneladas. O Paraná, maior produtor e exportador de carne de frango do país, produziu 4,6 milhões de toneladas, com exportação de 2 milhões de toneladas. Estima-se que o setor gere mais de 4 milhões de empregos e que 1 milhão estejam no Estado.
Por - AEN
O Ministério da Saúde investiga uma morte suspeita por febre do Oropouche no Paraná.
Segundo o secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio, embora o óbito tenha sido notificado em solo paranaense, trabalha-se com a hipótese de que o local provável da infecção seja o estado de Santa Catarina.

No fim de julho, o Ministério da Saúde confirmou duas mortes pela doença no interior da Bahia. Até então, não havia relato na literatura científica mundial sobre óbitos por Oropouche. As duas vítimas eram mulheres, tinham menos de 30 anos e não registravam comorbidades. Ambas apresentaram sinais e sintomas semelhantes ao quadro de dengue grave.
“Tivemos, a partir de 2023, uma novidade: a expansão da circulação do vírus Oropouche para outras áreas do Brasil além da região amazônica, onde, tradicionalmente, desde a década de 1960, a doença era restrita”, destacou o secretário adjunto nesta quinta-feira (29), durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite, em Brasília.
Diagnóstico laboratorial
“A partir de observações iniciais em 2023, foram produzidos insumos para o diagnóstico laboratorial, distribuídos em larga escala para os estados brasileiros, para laboratórios centrais de saúde pública. A partir do insumo disponível, que nós não tínhamos nessa escala até 2023, começamos a observar uma realidade um pouco preocupante em relação ao Oropouche,” explicou.
Rivaldo lembrou, a seguir, que, apesar de se tratar de uma arbovirose, a febre do Oropouche é transmitida sumariamente pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Por causa da predileção do mosquito por materiais orgânicos, a recomendação é manter quintais limpos, evitando o acúmulo de folhas e lixo orgânico doméstico.
O Amazonas lidera o ranking de casos de Oropouche no Brasil, com 3.230 infecções. Em seguida, estão Rondônia (1.710), Bahia (886), Espírito Santo (444) e Roraima (261). Já os estados com menos registros são Paraíba e Mato Grosso do Sul, ambos com um caso. Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Paraná, Goiás e Distrito Federal ainda não contabilizam casos.
Por -Agência Brasil
O Paraná tem a 5ª maior população do Brasil, segundo estimativa divulgada nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com uma população estimada de 11.824.665 habitantes (5,6% do País), o Estado fica atrás apenas de São Paulo (45,9 milhões), Minas Gerais (21,3 milhões), Rio de Janeiro (17,2 milhões) e Bahia (14,8 milhões).
A população do Paraná variou 3,32% em relação ao Censo de 2022, que apontava 11.444.380 pessoas residentes no Estado. É também a maior população da região Sul, concentrando 38% do total de 31.113.021 habitantes. O Rio Grande do Sul conta com 11,2 milhões (36%) e Santa Catarina, 8,05 milhões de moradores (25,9%).
O IBGE também divulgou a estimativa de população dos 5.570 municípios brasileiros. O Paraná, que possui 399 cidades (5º maior número do País), tem apenas Curitiba na casa do milhão de habitantes. São 1.829.225 pessoas que vivem na capital paranaense, 8ª cidade com maior população do Brasil e também a 8ª capital mais populosa.
A Região Metropolitana de Curitiba (RMC) tem o 8º maior índice populacional do Brasil, concentrando 3.697.928 habitantes. É a 2ª maior Região Metropolitana da região Sul, atrás apenas de Porto Alegre (RS), com 4.167.025 pessoas, e à frente de Florianópolis, com 1.461.218. A Região Metropolitana de Londrina, no Norte do Estado, tem 1.125.446 habitantes, 29ª a nível nacional.
Londrina é também a segunda maior cidade do Estado, com 577.318 pessoas, única paranaense a figurar na lista de municípios com mais de 500 mil habitantes (com exceção de capitais), ocupando a 17ª posição nacional.
É seguida por Maringá (425.983), Ponta Grossa (372.562), Cascavel (364.104), São José dos Pinhais (345.644), Foz do Iguaçu (295.500), Colombo (240.720), Guarapuava (188.710) e Fazenda Rio Grande (161.506), sendo que a última registrou o segundo maior aumento proporcional entre os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes entre os Censos de 2010 e 2022.
A estimativa também traz outro crescimento: o de municípios com mais de 100 mil habitantes, em que no Paraná passou de 22 para 24. Enquanto Fazenda Rio Grande, Piraquara, Sarandi, Umuarama e Cambé entraram no grupo no Censo de 2022, Campo Mourão e Francisco Beltrão ultrapassaram a barreira dos 100 mil residentes na estimativa de 2024.
Município do Centro-Oeste do Paraná, Campo Mourão passou de 99.432 para 103.340 habitantes, crescimento de 3,93%. Já Francisco Beltrão, no Sudoeste, cresceu 4,79%, de 96.666 para 101.302. Completam a lista de cidades com mais de 100 mil habitantes Araucária, Toledo, Paranaguá, Campo Largo, Apucarana, Pinhais, Almirante Tamandaré e Arapongas.
Na outra ponta, Nova Aliança do Ivaí (1.327), Jardim Olinda (1.353), Santa Inês (1.760) e Esperança Nova (1.858) são as menores cidades paranaenses, com menos de dois mil habitantes. As duas primeiras ocupam o 13º e 15º lugar, respectivamente, entre os menores municípios do Brasil.
O diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Jorge Callado, afirma que tanto os dados do Censo 2022 quanto as estimativas populacionais ajudam o Estado a se preparar para o futuro. “As tendências populacionais vêm sendo acompanhadas com atenção pelo Governo do Estado, com o reconhecimento de que as políticas públicas possam contemplar esses movimentos”, destaca.
DIVISÃO – O Paraná conta com 101 municípios com até cinco mil habitantes; 104 entre 5.001 e 10 mil; 99 entre 10.001 e 20 mil; 59 entre 20.001 e 50 mil; 22 entre 50.001 e 100 mil; 12 entre 100.001 e 500 mil; e dois acima de 500 mil moradores.
Os municípios com população entre 5.001 e 10 mil habitantes representam 26,1% do total de cidades paranaenses, seguida de perto pelos municípios com até cinco mil habitantes, 25,3%. Entre 10.001 e 20 mil são 24,8%. Curitiba e Londrina, únicas com mais de 500 mil pessoas, representam apenas 0,5%.
Quando vista a distribuição da população por municípios, 35,6% residem em cidades entre 100.001 e 500 mil habitantes; 20,4% em cidades acima de 500 mil; e 15,9% em municípios entre 20.001 e 50 mil. Apenas 3% dos paranaenses moram em cidades com até cinco mil habitantes.
PROJEÇÃO – O IBGE também divulgou na última semana a projeção da população para os próximos anos. No caso do Paraná, a população deve alcançar os 12 milhões de habitantes já em 2027 e continuará crescendo até 2044, quando a curva será invertida, com queda no número geral de habitantes.
BRASIL – A estimativa da população brasileira, segundo o IBGE, é de 212.583.750 habitantes em 2024, 4,68% a mais do que o registrado no Censo de 2022, quando foram contabilizadas 203.080.756 pessoas, após ajuste. A região mais populosa é a Sudeste, com 88,6 milhões, seguida pelo Nordeste, 57,1 milhões; Sul, 31,1 milhões; Norte, 18,6 milhões; e Centro-Oeste, com 17 milhões.
Confira as tabelas com as estimativas de população dos estados e municípios.
Por - AEN
Com 124.647 novos postos de trabalho entre janeiro e julho de 2024, o Paraná registrou o maior saldo de empregos com carteira assinada para os primeiros sete meses do ano desde 2021.
Os divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Há três anos, o saldo de empregos no Estado foi de 130.470, quando a economia começava a se recuperar do período mais crítico da pandemia da Covid-19. Em 2022, foram criadas 110.502 vagas, e em 2023, 78.372 novos postos – o que significa que, na comparação entre 2024 e o mesmo período do ano anterior, o aumento na criação de vagas foi de 59%.
Em relação aos outros estados do Brasil, o Paraná registrou o terceiro maior saldo de empregos no ano, atrás apenas de São Paulo (445.061) e Minas Gerais (175.345), que são estados mais populosos. No entanto, considerando a variação relativa de novas vagas, em que se compara o saldo de vagas em relação ao estoque total de empregos no começo do ano, o Paraná registrou um aumento de 4,04%, superior à variação de São Paulo (3,21%) e Minas Gerais (3,68%).
O crescimento é fruto de um cenário de criação de vagas constante ao longo de todo o ano. Em todos os meses de 2024, o Paraná registrou saldo positivo nas contratações, e em julho, o Estado alcançou a segunda melhor marca do Brasil para o mês, com 14.185 novos empregos, atrás apenas de São Paulo (61.847) e à frente de Santa Catarina (12.150), Minas Gerais (11.133) e Rio de Janeiro (10.598).
SETORES – Em contratações totais, o setor de serviços do Paraná foi o que mais contribuiu para o resultado acumulado no ano. Foram 65.763 novas vagas abertas. Na sequência estão a indústria (31.677), construção (15.532), comércio (11.085) e agropecuária (594).
Já na comparação com o estoque de empregos que existiam no começo do ano, os dados mostram que o setor da construção foi o que teve o maior aumento relativo entre janeiro e julho, com crescimento de 9,69% no número de empregados com carteira assinada. Os setores de serviços (4,95%) e indústria (4,18%) também registraram aumentos significativos, seguidos do comércio (1,53%) e agropecuária (0,5%).
MUNICÍPIOS – Entre os municípios paranaenses, a cidade com maior saldo de empregos no ano, entre janeiro e julho, foi Curitiba, com 36.724 novas vagas. Na sequência estão Londrina (5.624), Maringá (5.453), São José dos Pinhais (5.002), Cascavel (4.797), Ponta Grossa (4.655), Araucária (2.472), Colombo (2.416), Toledo (2.373) e Foz do Iguaçu (2.177).
BRASIL – Em todo o Brasil, o saldo entre janeiro e julho deste ano foi de 1.492.214 empregos, com uma variação de 3,28% em relação ao estoque de trabalhos com carteira assinada que existiam no início de 2024.
O setor com maior saldo positivo no período foi o de serviços, com 798.091 vagas e variação de 3,61%. Na sequência estão a indústria, com 292.165 novas vagas e aumento de 3,39%; a construção, com 200.182 novos postos e crescimento de 7,28%; o comércio, com 120.802 vagas e variação de 1,81%; e a agropecuária, com saldo positivo de 80.999 empregos e aumento de 4,54%.
Por - AEN
A Secretaria estadual da Saúde (Sesa) chama a atenção de toda a população, especialmente as gestantes, sobre os malefícios do fumo, especialmente nesta quinta-feira (29), Dia Nacional de Combate ao Fumo.
Com o tema “Tabagismo – os danos para a gestação do bebê”, a data reforça a importância da conscientização e ainda incentiva o tratamento contra a dependência.
No Paraná, uma das principais estratégias do Estado para diminuir o uso do tabaco está no Programa Estadual para Controle do Tabagismo, que visa reduzir a prevalência de fumantes e a mortalidade decorrente do consumo de produtos derivados. As ações englobam capacitações, comunicação ativa, ações educativas junto à população, prevenção da iniciação do tabagismo, proteção acerca do tabagismo passivo, entre outras.
O tabagismo carrega várias ameaças à saúde, e em gestantes, por exemplo, afeta negativamente o feto. Caso a gestante fume, os males do tabaco se estendem aos recém-nascidos, crianças, adolescentes e jovens que compartilham o mesmo ambiente, pois ficam expostos ao fumo passivo, aumentando assim, a probabilidade de iniciação ao tabagismo.
“As equipes têm trabalhado intensamente na conscientização para os males do tabaco. O tabagismo desponta como causa de primeira linha para várias neoplasias. Nosso programa e campanha estão espalhados por todo o Paraná e de fácil acesso a toda a população. Juntos venceremos essa luta”, disse o secretário de Estado da Saúde, Cesar Neves.
TRATAMENTO – Em 2023, 12.880 pessoas buscaram tratamento para cessar a dependência do tabagismo e, até abril deste ano, foram 3.672 pessoas.
Existem 1.040 estabelecimentos de saúde em 319 municípios do Estado, em sua maior parte em Unidades Básicas de Saúde, que oferecem o programa. Todo o atendimento à pessoa tabagista é organizado conforme as Diretrizes do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), do Instituto Nacional do Câncer, sendo implementado e coordenado pela Sesa, por meio das referências técnicas das 22 Regionais de Saúde.
O período de tratamento recomendado é de 12 meses, abrangendo avaliação, intervenção e manutenção da abstinência e orientado pelas equipes multidisciplinares de profissionais de saúde.
O programa ainda contempla o acesso à adesivos de nicotina, cloridrato de bupropiona e goma de nicotina para pacientes que necessitam de medicamentos no tratamento da dependência.
Ao longo do último ano, 15.248 pessoas participaram do programa, que busca modificar a percepção do usuário em relação ao vício.
AÇÕES – A Sesa lançou neste mês a campanha estadual Agosto Azul para a conscientização da população masculina da importância em manter hábitos de vida mais saudáveis. Com o tema “Prevenção de Doenças Crônicas e Tabagismo”, chamando a atenção dos homens para a importância do abandono do vício. Além disso, a Secretaria iniciou a oferta de tratamento do tabagismo para servidores/colaboradores, como uma das ações que visa contribuir na promoção da saúde do servidor.
PESQUISA NACIONAL – Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, a mais recente sobre tabagismo, 14,6% da população paranaense acima de 18 anos ainda faz uso do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilha, cachimbo, cigarros de cravo e narguilé) ou produtos derivados do tabaco que não fazem fumaça, como fumo para mascar ou rapé.
A data, instituída em 1986 pela Lei Federal número 7.488, busca fortalecer as ações de sensibilização e mobilização da população brasileira sobre os riscos à saúde e os impactos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo consumo de tabaco.
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o fumo é responsável por 71% das mortes por câncer de pulmão, 42% das doenças respiratórias crônicas e aproximadamente 10% das doenças cardiovasculares, além de ser fator de risco para doenças transmissíveis, como a tuberculose.
Por - AEN
O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) atende a mais de 100 mil ocorrências por ano.
A maior parte é respondida prontamente pelos efetivos das unidades operacionais de cada cidade ou região em questão - são os acidentes de trânsito, os combates a incêndios e as emergências médicas, por exemplo. A outra parcela desses acionamentos, por se tratar de situações muito particulares, demanda uma equipe especializada em atividades que fogem ao dia a dia da Corporação. É aí que entra em cena o Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST).
“Nossa missão principal é busca e salvamento. É o que mais fazemos, há mais tempo, e estamos mais especializados - com e sem o apoio dos cães. Depois, a parte de mergulho, que é a busca aquática, na qual também temos muita expertise”, explicou o comandante do GOST, major Ícaro Gabriel Greinert, sobre a unidade criada em 2006 e que tem atualmente 6 oficiais e 44 praças em suas fileiras.
“De uns anos para cá, pela nossa vocação, temos feito atendimento a desastres. Estivemos em Brumadinho (MG), no Rio de Janeiro. Assim, hoje temos entre nossas especialidades a busca e resgate em estruturas colapsadas - que é o desabamento -, além de enchentes e deslizamentos”, acrescentou o major. “A parte técnica no atendimento a suicídios também recai sobre a nossa unidade”, completou.
É dentro desse escopo, que envolve atividades em montanhas, meios aquáticos, deslizamentos de terra, desabamento de edificações e matas fechadas, que o GOST atua como primeira resposta em ações na Grande Curitiba e como apoio, sempre que necessário, às unidades no interior do Paraná. Na sua sede, no bairro Cajuru, em Curitiba, fica ainda o canil central do Corpo de Bombeiros, atualmente com 12 dos 24 cães de busca em atividade no Estado.
Além desse trabalho diário, o GOST tem a responsabilidade de coordenar as ações da Força-Tarefa de Resposta a Desastres, quando ela precisa ser mobilizada. Composta por 120 bombeiros de todo o estado, a Força-Tarefa age em casos de calamidade dentro e fora do Paraná, como ocorreu recentemente com as enchentes no Rio Grande do Sul e os incêndios no Pantanal, no Mato Grosso do Sul.
DENTRO DO GOST – O trabalho no GOST tem uma rotina diferente das demais unidades operacionais. Por tratar de missões menos comuns, a frequência dos acionamentos é menor. Em contrapartida, o tempo de duração de cada atendimento é sempre uma incógnita, podendo levar muitas horas ou até dias, no caso de busca por desaparecidos. Além disso, várias ocorrências demandam viagens, muitas das quais em horários fora do expediente normal.
“Para vir para cá, o voluntário precisa ter cursos em áreas afins, como montanha, mergulho, estruturas colapsadas, entre outros. Ser preparado. E ter também perfil. Nem todo mundo tem disponibilidade pessoal ou familiar para se deslocar de emergência, em qualquer horário, e ficar dias fora de casa”, contou o major Gabriel.
Para chegar sempre preparado para missões tão delicadas, a capacitação é palavra chave dentro do Grupo de Operações de Socorro Tático. “O treinamento é diário e há um treinamento mensal que é maior, de nivelamento de conhecimentos, que dura uma semana. A gente também ministra e participa de diversos cursos no Brasil inteiro”, destacou o comandante do GOST.
A unidade dispõe de 12 viaturas, sendo 4 veículos maiores, para transporte de materiais e dos cães, além de embarcações para uso em ambientes aquáticos. Há ainda uma viatura que serve de posto de comunicação, possibilitando recebimento e transmissão de dados via satélite em locais remotos.
EM AÇÃO – Os tipos de ocorrência que mais colocam o GOST em ação são sazonais, ou seja, variam conforme o período do ano. “No frio, estamos na temporada de montanha. Está mais fresco, o pessoal vai fazer trilha, vai para o mato, e temos uma incidência maior de pessoas que se machucam, caem. Em geral, não são situações graves, mas demandam algumas horas para a gente finalizar”, explicou o major Gabriel. “E temos as pessoas que se perdem, aí demora mais, cada operação leva dois a três dias. Essa fase começa no final de abril e vai até outubro”, complementou
Quando a temperatura começa a subir, em novembro, os holofotes da unidade voltam-se aos lagos, rios, cavas e mar. “Passamos a ter os afogamentos, a busca por corpos submersos. Nesse período, todo fim de semana atendemos esse tipo de situação, infelizmente.” Os atendimentos a suicidas ocorrem o ano todo.
DESDE O INÍCIO – Quem conhece bem de perto o trabalho do GOST é o sargento Ângelo de Souza. Desde 1997 em atividade na Corporação, ele se juntou à unidade logo na sua criação, em 2006, por conta de sua atuação na área aquática do 6º Grupamento de Bombeiros (6ºGB), de São José dos Pinhais. A mudança surgiu de maneira inesperada, mas se tornou um presente para a carreira, recheada de participações em momentos importantes da Instituição.
“Naquele momento, acabei não escolhendo; fui inserido em um processo. Mas eu sempre gostei de busca e salvamento e aqui, para ficar tanto tempo, é preciso gostar muito da atividade”, comentou o sargento de 48 anos, cuja primeira grande missão no GOST ocorreu em 2009, no Piauí. Depois dessa, foram tantas que ele não consegue escolher uma como mais marcante.
“Tenho participado de quase todas as missões fora do Paraná. Estive nos desastres do Rio Grande do Sul, Minas Gerais. Todas têm sua parte marcante, faz parte da nossa atividade se envolver com os problemas dos outros. Impossível destacar um momento específico”, acrescentou o bombeiro, que elenca dois grandes desafios que encara ao fazer parte do GOST hoje.
“Com a idade, a parte física vai pegando mais. Um jovem se prepara muito mais rápido. Minha vantagem está na cabeça, que está bem mais forte do que antes”, disse. “E o grande fator que pesa também é essa disponibilidade. A gente não sabe nunca quando voltará de uma missão e nem pode ficar com isso em mente. O que nos preocupa é como fica nosso familiar, sabendo que a nossa volta vai depender de como a ação se desenvolver no local da ocorrência”, comentou.
Esses 18 anos de dedicação ao GOST, raridade em uma unidade que costuma trocar com alguma frequência seus integrantes, pelo desgaste mental e físico que ela acarreta, o sargento Ângelo resumiu em poucas palavras: “eu abracei a causa”.
Por - AEN


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