Lottopar autoriza mais uma empresa no mercado regulado de apostas esportivas

Mais uma empresa aderiu ao credenciamento da Lottopar para exploração das apostas esportivas no Paraná nesta quinta-feira (14).

A Concessionária de Loteria do Estado do Paraná Laguna Serviços e Tecnologia (Nossabet) é a quinta empresa cadastrada nessa operação no Estado. Ela poderá começar a operar após passar por todas as etapas de teste e integração com a Plataforma de Gestão e Meios de Pagamento.

A empresa também pagou uma outorga de R$ 5 milhões para a Lottopar. Esse recurso corresponde à licença de operação, prevista na regulamentação da exploração lotérica. 

Até o momento, o Estado arrecadou R$ 25 milhões apenas com as outorgas. Os recursos serão utilizados em programas de habitação e segurança pública. Além do valor pré-fixado já pago, as cinco empresas que operarão as apostas esportivas no Paraná pagarão 5% de royalties e 1% de outorga variável em cima da receita bruta mensal com a comercialização das apostas, descontados os valores repassados como premiação aos apostadores no período.

O diretor-presidente da Lottopar, Daniel Romanowski, destacou que essa nova adesão ajuda a consolidar o segmento de apostas esportivas. “O Estado tem sido atrativo para as empresas de apostas esportivas pois oferece um modelo de regulamentação com segurança jurídica para o operador lotérico, com garantia de respeito às leis e à territorialidade. Dessa forma conseguimos trazer entretenimento para nossa população com segurança e ainda reverter parte dessa arrecadação para ações sociais”, ressaltou.

“Estamos muito felizes em obter a licença no Paraná, já que o mercado regulado é o futuro do País, uma vez que o brasileiro é um dos povos que mais fazem apostas no mundo”, afirmou a representante da Nossabet, Luciana Macorin de Azevedo.

O Paraná foi um dos pioneiros no processo de regulamentação das loterias estaduais. O Estado foi o primeiro a estabelecer regras próprias referentes às apostas esportivas, um dos primeiros a abrir credenciamento para esta modalidade lotérica e a credenciar laboratórios de teste e certificação para os jogos. As medidas foram tomadas para garantir a segurança e a confiança para os operadores e apostadores.

ALERTA – A Lottopar também alerta que o paranaense só deve utilizar os sites de apostas devidamente autorizados a operar no Estado, cuja lista completa de operadores autorizados pode ser consultada diretamente no site da autarquia. Essa página contém informações das empresas e links para seus sites.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Gin, vinho e cerveja: bebidas do Paraná acumulam prêmios internacionais

O mercado de bebidas do Paraná ganha a cada dia mais destaque internacional.

Os produtores locais vêm agregando valor às bebidas, sejam destiladas ou fermentadas, atraindo novos consumidores e curiosos. O trabalho conta com incentivo do Governo do Estado e também tem sido reconhecido em concursos fora do Brasil.

É o caso do Ivaí Gin, que além do zimbro – fruto essencial na produção da bebida – é destilado em um alambique de cobre com outras 18 especiarias, entre elas lavanda, alcaçuz, emburana e dois ingredientes que dão um toque paranaense: pinhão e nó de pinho de araucária. A referência ao Paraná também está na embalagem, com uma gravura em alto relevo do Rio Ivaí e uma araucária na tampa.

Além da versão pura (London Dry), a Destilaria Água da Glória, dona da marca no município de São João do Ivaí, no Noroeste, produz gin em mais cinco sabores: seriguela, abacaxi com maracujá, tangerina com gengibre, hibisco com lichia e framboesa com limão.

A ideia do fundador da destilaria, o inglês Dominic Chambers, que vem de uma família tradicional de produtores da bebida na Inglaterra, era produzir um gin genuinamente brasileiro e que representasse o Paraná. A destilaria tem capacidade para produzir 50 mil litros de gin por mês.

“Ele importou toda a tecnologia da Inglaterra para fazer um gin de alta qualidade aqui no Vale do Ivaí”, aponta o gerente de Relacionamento da marca, Igor Pereira. “O pinhão dá uma nota de nozes e prolonga o paladar do gin. Já o nó de pinho traz uma nota amadeirada à bebida”.

Com apenas um ano de produção, o Ivaí Gin já conquistou 15 medalhas de ouro em concursos internacionais. A mais recente, e também a mais importante até aqui, foi em maio, quando a marca paranaense deixou para trás gins renomados mundialmente e conquistou o duplo ouro no San Francisco World Spirits Competition.

O título no torneio nos Estados Unidos levou a Forbes, uma das revistas mais prestigiadas do mundo, a citar o Ivaí Gin entre os melhores do mundo. O duplo ouro na disputa em São Francisco veio com a versão London Dry, além da prata com o gin de seriguela e o bronze com os outros quatro sabores da marca.

“O grande diferencial do Ivaí Gin é a preocupação com a qualidade. E esses prêmios estão trazendo o olhar do mundo para São João do Ivaí, que é um município pequeno. O curioso é que pessoas que não gostavam de gin estão tendo uma nova experiência com a nossa bebida, estão mudando a percepção sobre o gin”, aponta Igor.

Além do San Francisco World Spirits Competition, outras conquistas do Ivaí Gin valem ser destacadas. Entre elas, o ouro no London Gin Of The Year 2022 e no London Spirits Competition 2023, ambos em Londres. “A Inglaterra é o berço do gin. Conquistar prêmios lá tem um peso muito grande para nós”, complementa o gerente.

SUSTENTABILIDADE – Além dos prêmios internacionais, a Destilaria Água da Glória também se destaca pela produção sustentável. A empresa é a única destilaria do Brasil a atuar com emissão negativa de carbono. Ou seja, não só neutraliza a emissão na produção, como adquire créditos de CO2 para compensar ainda mais a emissão.

Toda a energia elétrica usada vem de painéis solares. Já o resíduo da produção vira fertilizante para o pomar que produz frutas para a própria destilaria. Há coleta de água da chuva, além de reutilização da água. Todas as embalagens e garrafas são de materiais reciclados e a primeira fase da destilação, que normalmente é descartada por ter teor etílico muito alto, vira álcool de limpeza.

Com essas ações e mais a aquisição de créditos de carbono no mercado, a Ivaí Gin consegue retirar do meio ambiente 1,4 kg de carbono a cada garrafa de gin comercializada.

Outras bebidas paranaenses premiadas internacionalmente são os vinhos da Vinícola Franco Italiano, de Colombo.
Censurato Cabernet Sauvignon e Paradigma Rotto Cuvée Tannat foram reconhecidos na França. Foto: Gabriel Rosa/AEN


VINÍCOLA FRANCO ITALIANO – Outras bebidas paranaenses premiadas internacionalmente são os vinhos da Vinícola Franco Italiano, de Colombo. Em março, dois rótulos da propriedade da Região Metropolitana de Curitiba foram os únicos brasileiros a conquistar em Bordeuax, na França, a medalha de ouro no Vinalies Internationales, um dos concursos mais prestigiados do mundo, organizado pelo Ofício Internacional do Vinho (OIV).

Os rótulos premiados são dois tintos: o Censurato Cabernet Sauvignon safra 2018 e o Paradigma Rotto Cuvée Tannat safra 2012/2014. 

“Nunca imaginei que a gente ia dar esse passo tão longe, de ter um vinho premiado internacionalmente. Isso é um orgulho fantástico”, comemora Dirceu Rausis, patriarca da vinícola.

O nome Censurato (Censurado, em italiano) vem das críticas que o vinho recebeu nas primeiras safras. Todos os especialistas que a Franco Italiano procurava à época desmereciam a bebida. Alguns até se negavam a prová-lo ao saber que o produto era de Colombo, tradicional berço do vinho colonial do Paraná. Até que um sommelier resolveu pôr o vinho em uma degustação às cegas junto com rótulos internacionais. E o vinho fino de Colombo recebeu elogios da maioria dos especialistas.

De família de origem francesa, Dirceu fundou em 1973 a Franco Italiano junto com a esposa, Ivone Ceccon, de família italiana. Por cerca de 30 anos, a vinícola se dedicou exclusivamente aos vinhos coloniais ou de mesa, como são conhecidos.

“A gente sempre foi acostumado a fazer vinho colonial, desde os tempos da minha mãe. Então no começo, quando meu filho sugeriu fazer vinho fino, até eu fiquei com o pé atrás. Ficava me perguntando como seria para vender, porque aqui todo mundo só toma vinho colonial. Mas deu tudo certo”, lembra Dirceu.

Ele diz que a primeira safra, de 2004, deu errado. “Tenho até hoje vinagre de uva cabernet sauvignon. Isso é produto raro!”, brinca. Por insistência do filho Fernando, seu Dirceu aceitou tentar outra vez. E a safra de 2005 já foi a primeira premiada no Brasil. 

Além do parreiral de um hectare cultivado desde o fim do século 19 em Colombo, a vinícola passou a cultivar em parceria com produtores de outras regiões uvas de linhagens europeias para produção de vinhos finos. São cerca de 50 toneladas por ano de uvas vindas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia, além do Interior do Paraná.

No total, a Franco Italiano produz 22 rótulos de quatro bebidas diferentes, totalizando 100 mil litros por ano. São 12 vinhos finos, 5 coloniais, 4 espumantes, além de limoncello (licor de limão típico italiano).

“Os dois ouros no Vinalies Internationales são um reconhecimento internacional de qualidade, uma certificação de que nossos produtos encantaram jurados habituados a provar e a avaliar grandes vinhos do mundo todo”, aponta o sommelier da Franco Italiano, João Vinícius Trautmann. “Uma certificação dessa faz bastante diferença no reconhecimento também dos consumidores, que passam a se interessar mais pelos nossos produtos”.

Para o futuro, a Franco Italiano planeja mais prêmios. E não só com vinhos. “Um dos membros da família esteve um ano em Champagne, na França, de onde trouxe muito conhecimento. Todos nossos espumantes já receberam premiações nacionais. Sem dúvida, o próximo passo é o reconhecimento internacional também dos espumantes”, aponta.

 

Entre as cervejarias paranaenses, o destaque em premiações é a Bodebrown, no bairro Hauer, em Curitiba, que já conquistou cerca 170 prêmios.
A Bodebrown, no bairro Hauer, em Curitiba, já conquistou cerca 170 prêmios. Foto: Gabriel Rosa/AEN


BODEBROWN – Entre as cervejarias paranaenses, o destaque em premiações é a Bodebrown, no bairro Hauer, em Curitiba, que já conquistou cerca 170 prêmios. Aproximadamente 70 deles em concursos internacionais nos mais diferentes países, como Bélgica, Inglaterra, Canadá, Estados Unidos, Austrália Chile e Argentina, entre outros.

Referência e pioneira na produção de cervejas artesanais na capital paranaense, a empresa também é a primeira cervejaria-escola do Brasil. O que ajudou a fomentar o mercado na capital paranaense, hoje um dos grandes polos de cerveja artesanal do País.

Dos troféus que guarda em uma galeria na empresa, o CEO da Bodebrown, Samuel Cavalcanti, tem carinho especial por alguns. Entre eles, o prêmio Gary Sheppard de maior revelação no Australian International Beer Awards de 2012, na Austrália – torneio em que a cervejaria curitibana ganhou mais outras duas medalhas de bronze no ano seguinte.

“São só cerca de 20 troféus Gary Sheppard concedidos até hoje e um deles está aqui com a gente. Fomos o primeiro representante da América do Sul a conquistar esse título”, explica Samuel. “Esse prêmio foi um grande reconhecimento para a Bodebrown logo no início. Depois dele, vencemos várias outras competições em diversos países”, aponta.

O prêmio internacional mais recente que a Bodebrown levou foi em outubro, no Rio de Janeiro: o Mbeer Contest, premiação do festival Modial de La Bière que, além do Brasil, é disputado em etapas no Canadá e na França. Com a conquista de duas medalhas – a única de platina e uma das 13 de ouro em disputa –, a cervejaria soma agora 23 premiações no Mondial La Bière, torneio organizado desde 1994 que em 2014 passou a ter uma etapa no Brasil.

A cerveja premiada com a medalha platina no Rio de Janeiro foi a Saint Arnold 10, uma Belgian Dark Strong Ale envelhecida em barris de carvalho. A medalha de ouro, por sua vez, ficou com Lupulol Mosaic, uma Hazy Strong Pale Ale.

“O Mondial La Bière avalia cervejas com características inovadoras. Portanto, ter 23 medalhas nessa disputa é algo muito expressivo para uma cervejaria nova e pequena de Curitiba”, avalia Samuel. “Ter uma medalha La Bière, reconhecida pela escola canadense e franco-belga, é maravilhoso porque te coloca em destaque em um universo de cervejas que têm controle de qualidade e características específicas em uma avaliação que envolve diversos fatores técnicos”.

Segundo a gerente de Produção da Bodebrown, Gianna Surek, as disputas internacionais ajudam a não só divulgar o nome da cervejaria entre os consumidores, como também a elevar o ânimo da equipe que produz as bebidas. “Quando a gente conquistou a medalha de platina o pessoal ficou muito motivado. Em especial, o pessoal da linha de produção, que a cada concurso fica na expectativa”, explica.

Além dos prêmios, a Bodebrown também tem destaque no universo pop. A cervejaria curitibana criou em parceria com a banda inglesa de heavy metal Iron Maiden duas cervejas: a Trooper Brasil IPA e a Aces High – título que é um clássico da banda e que foi provada e aprovada pelo próprio vocalista Bruce Dickinson em visita à Bodebrown ano passado.

A cervejaria também fechou um acordo com o King Syndicate de Nova York (entidade que distribui cerca de 150 tiras e charges nos Estados Unidos) para lançar a primeira cerveja do personagem Popeye, a qual, como não poderia deixar de ser, terá espinafre na sua composição.

BENEFÍCIOS FISCAIS – O Paraná oferece alguns incentivos para produtores de vinho e microcervejeiros, o que ajuda a fomentar os dois segmentos. Para os microcervejeiros, foi estendido até 31 de dezembro de 2024 crédito presumido de 13% no valor do ICMS nas vendas de cervejas e chopes artesanais dentro do Estado, limitadas a 200 mil litros por mês. São consideradas microcervejarias aquelas que produzem até 5 milhões de litros por ano.

A cerveja precisa ter pelo menos 80% de malte em sua composição para se enquadrar no benefício. O abatimento no imposto se aplica também às vendas diretas que as microcervejarias fazem aos consumidores.

“O nosso desenvolvimento tem reconhecimento do Estado com a renovação do decreto em apoio às pequenas fábricas de cerveja, que passaram muitas dificuldades com a pandemia”, avalia Samuel Cavalcanti, CEO da Bodebrown. “Com esse incentivo, o Estado reconhece ser importante manter ativo esse ecossistema de geração de emprego. Afinal, quando se fala de cerveja artesanal não dá para se referir apenas à parte industrial, tem que se referir também ao turismo e à gastronomia”.

Já para os fabricantes de vinho, até 31 de dezembro de 2025 há a opção de crédito presumido do ICMS nas operações com vinhos feitos exclusivamente a partir de uvas cultivadas no Paraná. O crédito presumido, neste caso, pode ser até o valor total do imposto a pagar, dependendo do caso. O abatimento vale para vendas dentro ou fora do Estado. A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento também desenvolve o Revitis, que apoia financeiramente pequenos produtores de uvas.

Além disso, de forma mais geral, um incentivo que pode beneficiar também a cadeia de bebidas produzidas localmente é o diferimento no pagamento de ICMS com insumos agrícolas dentro do Estado do Paraná.

 

 

 

 

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 Sancionada lei que exige curso superior para ingresso nas carreiras da PM e Bombeiro

Além das provas e outros critérios técnicos, os novos editais de concurso da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná exigirão o ensino superior completo como escolaridade mínima para aprovação dos candidatos. A mudança consta na lei estadual 21.828 , sancionada nesta quarta-feira (13) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior.

O projeto, de autoria do próprio Executivo, passou pelo crivo da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) em dezembro. Ele alterou dispositivos da lei 1.943/1.954, que dispõe sobre a estruturação das forças de segurança pública no Estado.

Para o ingresso de soldados da Polícia Militar do Paraná (PMPR), a exigência da formação, que antes exigia nível médio completo, passa a ter como critério mínimo ter concluído ao menos um curso de graduação. Aqueles que desejam seguir carreira como oficiais da PMPR deverão ter a formação específica de Bacharel em Direito. Já no caso de quem desejam participar do Curso de Formação de Oficiais Bombeiros Militares, será exigida o nível de bacharelado em qualquer área de conhecimento.

Atualmente, outros dez estados brasileiros também adotam a exigência de nível superior para o ingresso de soldados. No caso da solicitação do curso superior em Direito para os oficiais, a mesma regra já é aplicada em 15 estados.

As mudanças passam a valer já para o novo concurso público que foi autorizado pelo governador e que prevê o preenchimento de 360 vagas, sendo 230 para a Polícia Militar e 130 para o Corpo de Bombeiros. O edital deverá ser publicado em 2024.

Recentemente foram formados 2,4 mil policiais militares e 419 novos bombeiros militares no Paraná. Eles já estão atuando na segurança pública.

 

 

 

 

 

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 Estado e Senar-PR vão ampliar capacitação em gestão de colmeias do Poliniza Paraná

O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná (Senar-PR) assinaram um Termo de Cooperação Técnica para capacitar os gestores fiscais dos municípios que participam do Poliniza Paraná.

Esse projeto do governo estadual visa conservar as abelhas nativas sem ferrão (ASF) e divulgar a importância do seu serviço ecossistêmico na polinização. A iniciativa também já levou à instalação de colmeias em diversos espaços públicos. Até o momento 52 municípios e 10 unidades de conservação receberam as colmeias.

O termo foi assinado nesta quarta-feira (13) pelo secretário da Sedest, Valdemar Bernardo Jorge, e o presidente do Sistema Federação da Agricultura do Paraná (Faep/Senar-PR), Ágide Meneguette. A solenidade foi na na sede da Faep, em Curitiba.

A parceria também tem como objetivo ampliar as ações de educação ambiental previstas no projeto, com a distribuição de livretos educativos sobre as abelhas nativas sem ferrão, através do Projeto Agrinho.

O trabalho conjunto é uma forma de fortalecer o projeto Poliniza Paraná, que é uma iniciativa pioneira e inovadora, que busca recuperar as populações de abelhas sem ferrão. As ASFs são responsáveis pela polinização de cerca de 90% da Mata Atlântica, bioma predominante no Estado.

“Queremos capacitar os gestores para que eles possam fiscalizar e acompanhar as colmeias garantindo o seu bom funcionamento e a sua sustentabilidade. Além disso, essa ação é fundamental para ampliar o projeto para outros municípios e unidades de conservação do Estado, levando o Poliniza Paraná para mais lugares e beneficiando mais pessoas”, afirmou.

CONHECIMENTO TÉCNICO – Para que as colmeias do meliponário possam permanecer saudáveis e íntegras, é fundamental que seus gestores tenham conhecimento técnico para o manejo adequado das colmeias e para o trabalho pedagógico com a população.

Por isso, a parceria entre a Sedest e o Senar-PR vai oferecer cursos de capacitação aos gestores fiscais dos municípios e das Unidades de Conservação Estaduais, que são os responsáveis pela fiscalização e pelo acompanhamento dos meliponários instalados em seus territórios.

A capacitação vai abordar temas diversos como biologia, ecologia, instalação, sanidade das ASF, além de fomentar a utilização de material didático para trabalhar o tema da meliponicultura nas escolas.

Ágide Meneguette destacou que o Senar-PR tem uma longa experiência na capacitação de produtores rurais e de agentes públicos, com mais de 30 anos de atuação. Segundo ele, o Senar-PR vai disponibilizar instrutores capacitados e material didático de qualidade para os cursos de capacitação dos gestores fiscais.

“A meliponicultura tem se desenvolvido e crescido no Paraná, permitindo que muitos produtores rurais diversifiquem as atividades dentro da porteira e aumentem a renda. Como o Senar-PR tem diversos cursos na área e instrutores atualizados, podemos contribuir para o avanço do programa Poliniza Paraná, que estimula a instalação de colmeias de abelhas nativas sem ferrão em diversos espaços públicos”, ressaltou.

POLINIZA PARANÁ – O projeto foi lançado em janeiro de 2022, seguindo o exemplo dos Jardins de Mel de Curitiba, e utiliza sete espécies de ASF: Guaraipo, Jataí, Mandaçaia, Mirim, Manduri, Tubuna e Iraí. A iniciativa busca reintroduzir os polinizadores nativos em seus locais de origem, contribuindo para a reposição das populações de ASF na natureza e para a manutenção da biodiversidade paranaense. Além disso, visa sensibilizar a sociedade sobre a consciência ecossistêmica e a compreensão do funcionamento harmonioso da natureza.

 

 

 

 

 

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 Educação e ressocialização: programa Mãos Amigas vira lei estadual

O programa Mãos Amigas acaba de se tornar lei estadual . O projeto tramitou na Assembleia Legislativa no fim deste ano e foi sancionado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta quarta-feira (13).

O programa utiliza mão de obra de pessoas privadas de liberdade na execução de serviços de conservação, manutenção e reparos em escolas estaduais. Ele tem 11 anos, mas agora ganha um instrumento normativo definitivo.

O Mãos Amigas é realizado de forma conjunta pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), vinculado à Secretaria de Estado da Educação (Seed), e pelo Departamento de Polícia Penal (Deppen) e a Paranaeducação. 

Atualmente, ele tem 140 apenados distribuídos em 22 equipes em 14 Núcleos Regionais de Educação (NRE). Apenas neste ano o projeto atendeu 803 instituições de ensino, com investimento total de R$ 1,8 milhão. A novidade deste ano foi a atuação de uma equipe feminina, composta por cinco mulheres, que atua por meio do convênio com o Núcleo de Atendimento à Pessoa com Monitoração Eletrônica (Nupem). A previsão para 2024 é a implantação do programa em todos os Núcleos Regionais de Educação. 

Além de reduzir os custos de manutenção para o Estado, o Mãos Amigas promove ressocialização, uma vez que as pessoas privadas de liberdade recebam 75% de um salário mínimo e tem remição de pena de um dia a cada três trabalhados, de acordo com a Lei de Execução Penal.

Pela nova lei estadual, os recursos para a execução do programa podem ser liberados pelo Fundepar, Fundo Penitenciário do Paraná ou Paranaeducação. O programa também poderá receber recursos, bens e serviços decorrentes de transferências voluntárias e doações de entidades públicas ou privadas.

 

 

 

 

 

 

 

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