Sanepar autoriza que lodo de esgoto seja gerido por empresas privadas

Premiada e reconhecida mundialmente por iniciativas sustentáveis com o uso do lodo de esgoto, como o programa de aplicação na agricultura e a secagem térmica para emprego em cimenteiras, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) inova na área mais uma vez. A partir de agora, empresas privadas poderão tratar e distribuir o material - que é residual das estações de tratamento de esgotos (ETEs). 

A primeira empresa a obter licença de operação de uma UGL Privada é a Zero Resíduos, de Ponta Grossa. Atualmente ela recebe parte do lodo da ETE Belém, de Curitiba, a maior do Estado. “Este é um importante avanço, ampliando a capacidade da Sanepar de fazer destinação agrícola, aumentando o volume de lodo tratado e distribuído, otimizando o tratamento e permitindo que mais produtores rurais tenham acesso ao produto”, comemora o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley.

Outras empresas já estão buscando licenciamento para prestar este serviço. “Queremos estimular e ajudar a desenvolver este nicho de mercado, sempre com a qualidade e nos mesmos moldes em que a Sanepar já executa esse trabalho, incluindo o tratamento por meio de caleação, que é a aplicação de cal”, destaca.

A nova estratégia da Companhia também traz outra importante vantagem. “Permite que a Sanepar redirecione os recursos que seriam destinados à infraestrutura para o lodo a outros objetivos, como obras de ampliação de sistemas de água e esgoto, cumprindo com um de seus propósitos, que é alcançar a universalização do saneamento antes de 2033”, afirma o diretor de Inovação e Novos Negócios da Sanepar, Anatalício Risden Junior.

De acordo com ele, com a implementação de várias tecnologias de destinação sustentáveis, a Sanepar amplia a segurança operacional e a recuperação de recursos. “Por meio dessas ações pioneiras, a Sanepar não apenas cumpre com os requisitos legais, mas também se credencia com uma referência para a gestão sustentável de resíduos no setor de saneamento”, reforça.

GRANDES VOLUMES, MUITO TRABALHO – Em 2024, a Sanepar gerou e destinou cerca de 400 toneladas de lodo de esgoto por dia. Isto equivale a, aproximadamente, 15 carretas de resíduos diariamente. Isso, sem contar outros resíduos dos processos de tratamento de água e esgoto, como lodo de água, resíduos de gradeamento, escumas e areias.

Poucas companhias de saneamento do Brasil têm números satisfatórios em termos de destinação final desses resíduos. As soluções de desaguamento e destino de lodos ainda são muito restritas e a grande maioria dos resíduos carecem de soluções mais sustentáveis. No País, a principal alternativa de disposição de lodos ainda é o aterro sanitário. Os aterros estabelecem livremente suas próprias políticas de preços, gerando diferenciações regionais extremas em termos de preços e serviços praticados, além de ser uma opção frágil e não sustentável, devido aos riscos ambientais e operacionais.

Até 2023, a Sanepar tinha apenas três opções de destinação do lodo: reciclagem agrícola, biodigestão (ETE Belém) e aterro sanitário. Com melhorias de gestão e desenvolvimento operacional nessa área, em 2025 já são nove as estratégias postas em escala.

Segundo o especialista e responsável por este projeto na Sanepar, Charles Carneiro, além das anteriores, foram implementadas: caldeira; coprocessamento; secagem térmica mais combustão e canteiro de mineralização; a PPP Centro-Litoral; além da Central de Tratamento de Resíduos Padilha (CTR Padilha) e, agora, a UGL Privada.

"A Sanepar vem aprimorando sua política e estratégia de gerenciamento do lodo. Esse amplo plano de ação envolve diversas iniciativas e tarefas, desde diretrizes e normas até o desenvolvimento de novas rotas tecnológicas de destinação. A UGL Privada é só mais uma dessas estratégias”, explica o especialista. 

PIONEIRA – A Sanepar é pioneira em destinação de lodo para  áreas agrícolas. No último ano, 32 mil toneladas do biossólido foram distribuídas gratuitamente a 132 agricultores de 59 municípios do Paraná. O programa da Sanepar já foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como referência em agricultura sustentável e serve de modelo para outras companhias de saneamento no Brasil e no mundo. O projeto não só beneficia os agricultores, que recebem o material sem custo, como promove práticas ambientais sustentáveis.

 

 

 

 

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 Procons do Paraná orientam beneficiários do INSS sobre descontos indevidos

A Secretaria da Justiça e Cidadania do Paraná (Seju), por meio da Coordenação Estadual de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor (Procon-PR), em conjunto com os Procons Municipais, orienta aposentados e pensionistas do INSS a verificar os holerites do seu benefício, a fim de prevenir descontos não autorizados por sindicatos e associações inexistentes ou que não tenham nenhuma relação com o usuário do INSS. A orientação está sendo feita após uma reunião virtual entre o Procon-PR e os Procons Municipais nesta segunda-feira (5)

O alerta vem após a realização da Operação Sem Desconto da Polícia Federal, que identificou fraude de R$ 6 bilhões nessa modalidade de desconto. Foram registradas 721 reclamações no Procon-PR, relacionadas a 11 empresas investigadas pela operação.

Se o beneficiário possuir acesso à internet e a senha do serviço Meu INSS, deve acessar o site ou aplicativo e consultar o extrato do seu benefício. Caso identifique alguma cobrança não autorizada, deve, no próprio aplicativo, clicar em “Mais Serviços”, depois em “Mensalidade Associativa”, e escolher a opção “Exclusão de Mensalidade de Associação ou Sindicato no Benefício”. Se não possuir acesso à internet e senha do Meu INSS, o segurado deve agendar atendimento presencial junto ao INSS pelo fone 135.

“Nós já havíamos identificado um crescimento no número de reclamações relacionadas a descontos ilegais no INSS". disse o secretário, informando que em abril de 2024 oficiou o Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), do Ministério da Justiça, cobrando orientações e providências. "A nova funcionalidade do aplicativo Meu INSS, que permite que o próprio usuário cancele esses descontos é fruto dessa cobrança”, diz Santin Roveda, secretário da Justiça e Cidadania.

“Estamos acompanhando de perto os desdobramentos desta investigação pois é uma fraude que prejudica milhares de cidadãos, muitos que têm na aposentadoria a única renda. Esperamos uma resolução célere que possa reaver os valores perdidos e punição exemplar aos envolvidos no fraude”, destacou Roveda.

 

 

 

 

 

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 Saem telas, entram tabuleiros: restrição a celulares nas escolas revela novos interesses

Se até o fim do ano passado era comum observar alunos conectados aos seus celulares nos intervalos das aulas, o ano letivo de 2025 começou bem diferente com a restrição do uso dos aparelhos dentro das escolas.

Somados três meses sob a nova rotina, em substituição às telas, a rede pública do Paraná adota alternativas mais analógicas que não estão decepcionando. Ao contrário, atraem cada vez mais o interesse dos alunos para além do período de descanso entre uma aula e outra, seja por iniciativa das instituições ou de forma natural. 

No Colégio Estadual José de Anchieta, em Londrina, no Norte do Estado, por exemplo, um projeto saiu do papel: a criação de um clube de jogos analógicos e um componente eletivo que abordasse o tema dos jogos.

“Desde o ano passado, eu costumava deixar alguns jogos em meu armário e no intervalo do almoço me reunia para jogar com os estudantes que tinham interesse”, conta o professor de História e Projeto de Vida, Henrique Bueno Bresciani, que aproveitou a proibição do Ministério da Educação para implementar, junto à direção, um curso, uma  disciplina eletiva intitulada “Aprender Jogando” para os alunos do Ensino Médio.

A direção recebeu tão bem a proposta que disponibilizou o espaço da biblioteca para o desenvolvimento do projeto, sinalizando o interesse em adquirir mais jogos para o colégio. A ideia é criar por lá uma ludoteca, um local onde os alunos possam interagir através de jogos e atividades criativas, e também  instalar uma caixa de jogos que possa ser levada para as salas de aula e usada em propostas pedagógicas. 

Os jogos analógicos ou físicos são os que não precisam de dispositivos eletrônicos para serem jogados, e necessitam de tabuleiros, cartas, dados e outros tipos de peças. De acordo com os professores da instituição, boa parte dos alunos menores demonstrou interesse por jogos do tipo de dedução social, em que os participantes devem descobrir a identidade secreta dos demais jogadores, na modalidade detetive.

Entre os alunos do Ensino Médio, a aptidão foi para jogos que têm como uma de suas características a diminuição do fator sorte como elemento essencial para vencer. Nesse sentido, os participantes precisam colocar em ação uma série de habilidades cognitivas, como as que estimulam a criatividade, o raciocínio lógico, o pensamento abstrato e mesmo a colaboração entre os jogadores, não apenas para vencer um ao outro, mas para ganhar do próprio tabuleiro, os chamados jogos colaborativos. 

CLUBE – No fim do mês de abril, alunos da 1ª série do Ensino Médio e do 6º Ano do Ensino Fundamental fundaram o Clube de Protagonismo de Jogos Analógicos do Colégio José de Anchieta. O objetivo: proporcionar entretenimento aos estudantes no horário do almoço e também promover a aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.

“Um dos valores do clube é a integração entre os estudantes, bem como o seu acolhimento e a sua  inclusão. É comum que alunos atípicos, por exemplo, sintam-se bem jogando. O jogo pode fornecer um espaço controlado, com regras, favorecendo interações sociais positivas entre eles”, afirma o professor Henrique. 

O resultado dessa integração foi a relação dos estudantes do 6º ano com os do Ensino Médio, neste primeiro momento, os envolvidos na proposta, já que são as turmas que fazem parte da Educação em Tempo Integral. “Penso que os jogos têm mediado um bom relacionamento entre eles. As turmas passam mais tempo na escola e é comum que alunos do 6º ano, por exemplo, joguem com estudantes mais velhos do Ensino Médio e isso é muito saudável", acrescenta o professor.

Todos os jogos são bem-vindos ao projeto. No entanto, o mercado de jogos analógicos passou por uma intensa evolução nos últimos anos e atualmente há uma infinidade de jogos de cartas e de tabuleiro que podem ser classificados como analógicos contemporâneos, com potencial para o desenvolvimento dos alunos, ampliando seus horizontes. Os estudantes estão animados com essa perspectiva.

Mariah Inês Lelis, 15 anos, da 1ª série do Ensino Médio, conta que soube do projeto durante o almoço no pátio da escola, quando descobriu os jogos nos intervalos e se interessou. “Como sou fã de jogos, comecei a participar. O meu preferido é o Coup, porque é estratégico e dá pra jogar com bastante gente. Eu gosto bastante da rotina de jogos durante o almoço. É o meu momento favorito do dia, já que posso relaxar, aprender mais sobre os jogos e até sobre meus colegas”, diz Mariah.

Para ela, se não estivesse no clube, seria mais difícil conhecer os colegas de outras turmas. “É sempre legal conhecer pessoas novas e de idades diferentes. Tanto que até planejamos fazer algumas reuniões aos sábados para jogos que têm uma duração maior e que, às vezes, não cabem no nosso horário de almoço na escola”.

APRENDER JOGANDO – As primeiras aulas do curso eletivo semanal foram com leituras de matérias jornalísticas de divulgação científica apontando os benefícios dos jogos analógicos para a aprendizagem e para o desenvolvimento das habilidades. Paralelamente, os alunos têm se familiarizado com mecânicas diferentes de jogos, feito anotações sobre a experiência de jogar e refletido sobre os efeitos que tais atividades podem produzir na aprendizagem e no relacionamento interpessoal. 

Nos próximos encontros, os alunos iniciarão a produção dos próprios jogos analógicos, sempre respeitando as orientações dos professores do colégio. Uma exigência para isso é que eles deverão abordar conteúdos programáticos de Matemática, Português, História e até desenvolver habilidades mensuradas pelos descritores utilizados em exames nacionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

“Minha expectativa é que possamos produzir um artigo a respeito de nossa experiência para apresentarmos em feiras de iniciação científica”, afirma o professor Henrique. 

O projeto envolve apenas os estudantes da Educação em Tempo Integral da escola, mas a ideia é expandir o conhecimento para os mais de 300 alunos do Ensino Regular do Fundamental. “Todo o Ensino Médio do Colégio José de Anchieta ocorre na modalidade de Ensino em Tempo Integral. A partir deste ano, iniciamos a transição das turmas do Ensino Fundamental II para a modalidade em Tempo Integral. Então, atualmente, o colégio ainda conta com turmas de sétimo, oitavo e nono anos na modalidade regular”, explica a diretora da escola, Jacinta Leite Cavalcante.

De acordo com Pedro Demarque Vendrame, de 14 anos, da 1ª série do Ensino Médio, que prefere os jogos de raciocínio, a experiência de estudar sobre jogos é benéfica, porque supre a ausência do celular.

“Acho uma ótima ideia, pois agora que o celular é proibido temos a oportunidade de ocupar o nosso intervalo para nos divertir com jogos analógicos e ainda trabalhar em equipe, ou seja, a interação é indispensável”, diz. “Queremos também que outras pessoas e escolas conheçam nosso trabalho e nosso clube e possam se inspirar. Aliás, nós pretendemos marcar uma data (sábados) na escola e convidar amigos e outras escolas de Londrina para participar”. 

EQUILÍBRIO E SAÚDE MENTAL – O Núcleo Regional de Educação (NRE) de Londrina é composto por 19 municípios e 122 escolas. Quem deverá estar entre as primeiras instituições a aceitar o convite do clube é o Colégio Cívico-Militar Professora Helena Kolody, de Cambé, que fica na mesma região. Por lá, de forma natural, desde a proibição dos celulares para uso recreativo, a rotina dos intervalos mudou. Os alunos passaram a utilizar mais a quadra poliesportiva em jogos de futebol, participam de partidas de pingue-pongue ou formam grupos para conversar.

Mesmo com a importância do celular como ferramenta pedagógica em caso de determinação do professor para auxiliar dentro de sala, a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) orienta que as equipes pedagógicas das instituições estimulem o diálogo e uma mudança de hábito gradativa nessa nova fase.

“Nenhuma mudança é fácil e contamos também com a parceria das famílias”, destaca o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “É preciso alertar aos nossos alunos que o celular pode e deve ser usado somente como ferramenta de estratégia pedagógica ao longo das aulas. E que a interação com os colegas é fundamental no recreio, até como ponto de equilíbrio para resguardar a saúde mental dos estudantes”.    

Na 3ª série do Ensino Médio da instituição, o aluno André da Costa, 16 anos, confessa que é difícil se acostumar sem o aparelho no bolso ou nas mãos, mas diz que tem se concentrado mais nas aulas e nos colegas. “Agora consigo prestar mais atenção ao conteúdo e converso mais com os colegas no horário do intervalo. As relações melhoraram bastante e o aprendizado também”.

 

 

 

 

 

 

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 Paraná recebe 80 mil doses de vacinas para proteger crianças contra a Covid-19

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) recebeu nesta segunda-feira (5) uma nova remessa de vacinas contra a Covid-19. São 80 mil doses da Pfizer Baby, imunizante destinado ao público infantil.

A distribuição das vacinas para as 22 Regionais de Saúde (RS) começará ainda nesta semana, seguindo o planejamento da Sesa, que prioriza a equidade entre os municípios. O objetivo é assegurar que todas as regiões recebam as doses de forma ágil, permitindo a continuidade da imunização de crianças, adolescentes e adultos, conforme os esquemas vacinais estabelecidos.

A Pfizer Baby é indicada para bebês de seis meses e crianças até quatro anos, 11 meses e 29 dias com esquema vacinal de três doses. A vacinação de rotina atualmente abrange crianças de 6 meses a menores de 5 anos, além de idosos, gestantes e outros grupos prioritários, como pessoas com comorbidades, puérperas, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde e pessoas com deficiência permanente.

Para o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, a vacinação infantil é prioridade. “Essa remessa é fundamental para mantermos a proteção das nossas crianças contra a Covid-19. É essencial que os pais e responsáveis estejam atentos ao calendário vacinal e levem os pequenos às unidades de saúde. Temos mais de 1.800 salas de vacinação no Paraná preparadas para atender todas as faixas etárias”, ressaltou.

 

 

 

 

 

 

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 Com 7,8 mil projetos, Banco do Agricultor libera R$ 1 bilhão para produtores rurais no Paraná

O programa Banco do Agricultor Paranaense chegou ao primeiro R$ 1 bilhão em financiamentos contratados para produtores rurais paranaenses.

Lançado em 2021, o programa já beneficiou mais de 7,8 mil projetos de melhoria no meio rural. São projetos de apoio à pecuária, bovinocultura de leite, cadeias produtivas como café, olericultura, fruticultura e produção agroecológica, irrigação e sistemas de geração de energia de fontes renováveis.

O programa é gerenciado pela Secretaria de Estado da Agricultora e Abastecimento (Seab) e tem apoio do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), administrado pela Fomento Paraná, para subsidiar e reduzir os juros em financiamentos de crédito rural contratados junto às instituições financeiras credenciadas: Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e as cooperativas de crédito Sicoob, Sicredi e Cresol.

A proposta é impulsionar investimentos por meio da redução dos juros para financiamentos em projetos de atividades agropecuárias, além de promover inovação tecnológica, sustentabilidade, geração de emprego e melhoria da competitividade do produto paranaense.

“Com a ação do Estado, por meio do programa Banco do Agricultor, o agricultor está deixando de pagar mais de R$ 300 milhões em juros de financiamentos do crédito rural”, diz Claudio Stabile, diretor-presidente da Fomento Paraná. “É uma medida importante, porque contribui para reduzir os custos de produção, que impactam no preço dos alimentos ao consumidor, ao mesmo tempo em que melhora a renda e a qualidade de vida do produtor rural”.

O diretor administrativo​​ do BRDE, Heraldo Neves, informa que o banco já formalizou mais de 1.100 contratos, que representam quase R$ 100 milhões em juros sendo equalizados, pagos pelo Tesouro do Estado. “Boa parte desses contratos, quase metade, são muito importantes para o Paraná. São projetos de irrigação, de alternativa energética, performando quase R$ 300 milhões somente nessas operações”, destaca.

Segundo o gerente de Mercado do Agro do Banco do Brasil no Paraná, Luis Felipe Guimarães, desde 2021 já são mais de 5 mil famílias atendidas pelo Banco do Brasil com operações rurais abrangidas pelo o Banco do Agricultor Paranaense, fortalecendo o papel da instituição de principal parceiro do agronegócio e da agricultura familiar paranaense. “Nos orgulha mais essa parceria com o governo do Estado, com o Paraná como sempre na vanguarda, proporcionando condições para que o campo fique cada vez mais forte e eficiente”, afirma.

O presidente da Central Cresol Baser, Alzimiro Thomé, diz que com as condições facilitadas e foco na agricultura familiar, o Banco do Agricultor Paranaense está alinhado aos princípios da cooperativa, permitindo que a Cresol cumpra o seu papel de apoiar o crescimento no campo.

“Ao facilitar o acesso ao crédito para investimentos na agricultura, a Cresol desempenha um papel no desenvolvimento econômico e social das regiões onde atuamos, especialmente aqui no Paraná. O programa impulsiona a produção, gera empregos e renda no campo, fortalecendo as comunidades locais e a própria atuação da cooperativa”, destaca.

Gilson Farias, gerente de Desenvolvimento de Negocias da Central Sicredi PR/SP/RJ, destaca o Banco do Agricultor Paranaense por dinamizar as propriedades no Paraná através da inserção de tecnologia, melhoria no campo, agregando qualidade de vida, agregando renda ao produtor rural, e nós temos a honra de participar.

“Entendemos que é um ótimo programa, que permite que o agricultor pague menos juros, através do subsídio, e realize os projetos. Já fizemos uma parceria com o BRDE de mais de R$ 186 milhões e diretamente pelo Sicredi mais de R$ 70 milhões financiados aos produtores rurais no Paraná. É um programa que está tendo muita procura por parte dos agricultores e um programa excelente para o Paraná”, avalia Farias.

FIDC AGRO PARANÁ – Outra ação do Governo do Estado com participação da Fomento Paraná que vai ajudar a reduzir os custos para ampliar os investimentos na estrutura das cadeias produtivas do agronegócio é o FIDC Agro Paraná, lançado recentemente pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior na B3, a Bolsa de São Paulo.

O FIDC é um fundo estadual inédito — o primeiro instrumento de crédito voltado ao agronegócio criado por um Estado — que pode alavancar até R$ 2 bilhões em negócios envolvendo as cadeias produtivas do agro no Estado.

Os projetos devem beneficiar produtores cooperados a grandes cooperativas ou vinculados a empresas integradoras, que terão acesso a crédito com taxas equivalentes às do crédito rural, em torno de 9% ao ano, mais baixas, portanto, do que os juros de mercado neste momento em que a taxa básica da economia (SELIC), beira os 15% ao ano).

“Estamos colocando R$ 150 milhões neste primeiro fundo, que poderá investir em outros fundos de direitos creditórios vinculados que estão sendo preparados, e ainda dispomos de outros R$ 200 milhões para colocar nesse tipo de dispositivo”, detalha Stabile.

SEGURO RURAL – A Fomento Paraná também apoia o produtor rural paranaense por meio do Programa de Seguro Rural, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE). O programa é gerenciado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e visa mitigar o risco das atividades agropecuárias e reduzir o endividamento agrícola.

Desde 2009, quando foi aprovada a Lei 16.166/2009, que concede Subvenção Estadual ao Prêmio de Seguro Rural, já foram pagos mais de R$ 88,6 milhões em subvenção para 47,1 mil apólices de seguro.

Em 2024 foram pagos aproximadamente R$ 4 milhões em subvenção. Para 2025 o FDE destacou R$ 12 milhões, com mais de dois terços desse valor já usados para contratos principalmente para atendimento da cultura do milho segunda safra.

A subvenção cobre 29 culturas, entre a produção de frutas, grãos (exceto soja), pecuária de leite e de corte, e funciona de forma complementar ao programa do governo federal. O Estado do Paraná subvenciona 20% do valor da apólice e o Ministério da Agricultura e Pecuária subvenciona outros 20%. O produtor deve pagar apenas 60% do valor da apólice. Cada produtor pode contratar até R$ 4,4 mil por CPF/CNPJ, por cultura ou espécie animal e até R$ 8,8 mil por CPF/CNPJ por ano civil (janeiro a dezembro).

Nos últimos dois anos o desembolso para subvenção do prêmio do seguro rural vinha diminuindo, por conta do aumento dos riscos envolvidos na produção, como os fatores climáticos, considerando-se os períodos de plantio estabelecidos pelo Zoneamento Agrícola de Risco Agroclimático (Zarc), e em parte por conta da reformulação da base legal de normas que regem o credenciamento e contratação das seguradoras, realizada em 2024.

Agora em 2025, foi lançado novo edital que manterá as subvenções no mesmo patamar anterior e as seguradoras estão em fase de encaminhamento de documentos para credenciamento e posterior contrato com a Fomento Paraná.

“Os eventos climáticos extremos que têm ocorrido nestes últimos anos, como chuvas em excesso, estiagem, granizo e geadas, estão comprometendo não só a produção de alimentos e também a renda dos produtores e o seguro rural contribui com o não endividamento e continuidades destes nos processos produtivos da agricultura”, informa a Coordenação Estadual do Seguro Rural do Departamento de Economia Rural (Deral) da Seab.

 

 

 

 

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