Antes mesmo de tomar posse como presidente do Corinthians - o que acontecerá em 2 de janeiro - Augusto Melo já cumpre a promessa de ter uma postura agressiva no mercado da bola. O Timão ultrapassa a marca de R$ 115 milhões em contratações de jogadores nesta janela de transferências. E quer mais.
O maior investimento do clube até o momento foi para adquirir o zagueiro Lucas Veríssimo, que estava emprestado pelo Benfica, de Portugal, até junho de 2024. O Corinthians concordou em pagar 8 milhões de euros (cerca de R$ 43 milhões) pelo defensor.
O caso de Veríssimo simboliza a estratégia adotada pela diretoria alvinegra na busca por reforços: esticar prazos de pagamentos. O Timão vai pagar o Benfica em três prestações, em outubro de 2024, 2025 e 2026.
As outras operações fechadas nesta janela também serão parceladas.
Confira abaixo os investimentos feitos pelo Corinthians nesta janela:
- Lucas Veríssimo - 8 milhões de euros (cerca de R$ 43 milhões);
- Félix Torres - 5,5 milhões dólares mais bônus por metas (R$ 26,6 milhões);
- Raniele - 2,5 milhões de euros (R$ 13,4 milhões);
- Maycon - 500 mil euros (R$ 2,7 milhões);
- Rodrigo Garro - entre 6 e 7 milhões de dólares (em torno de R$ 32 milhões e R$ 37 milhões).
O Corinthians ainda tem acordo com três atletas que estavam em fim de contrato e não demandaram compra de direitos econômicos, apenas pagamento de luvas: o zagueiro Adriano Martins e os laterais-esquerdos Hugo e Diego Palácios.
O Timão entra em 2024 de olho em mais jogadores, sobretudo para o setor de ataque. O clube tem sonhos ousados, como Gabigol, do Flamengo, e ainda busca mais um camisa 10 e um lateral-direito para fazer sombra para Fagner.
Segundo a cúpula alvinegra, as contratações estão sendo feitas sem prejudicar a saúde financeira do clube, que segue com um endividamento alto, na casa de R$ 900 milhões (sem contar o financiamento da Neo Química Arena).
O Corinthians conta com a entrada do dinheiro da venda de Moscardo. O meio-campista de 18 anos foi negociado com o Paris Saint-Germain por 20 milhões de euros (aproximadamente R$ 108 milhões). Os franceses também pagarão de forma parcelada, mas o Timão tentará antecipar o valor total da transferência junto a instituições financeiras.
Além disso, o clube tem valores a receber pela venda de outros atletas, como Murilo, negociado no meio do ano com o Nottingham Forest, da Inglaterra, e Felipe, vendido recentemente ao Cercle Brugge, da Bélgica.
Na última sexta-feira, a cúpula corintiana, ainda sob o comando do presidente Duilio Monteiro Alves, emitiu nota oficial em que prometeu quitar em breve pendências financeiras com atletas. Segundo o comunicado, a direção "deixará entrada imediata de recursos efetivos para a nova diretoria que assumirá em janeiro na ordem de R$ 100 milhões."
Por Globo Esporte
As eleições nos Estados Unidos possuem características únicas, entre elas, a autonomia dos estados para estabelecerem suas próprias regras eleitorais. Em uma decisão histórica, os estados do Colorado e do Maine determinaram recentemente que Donald Trump, ex-presidente dos EUA, está inelegível.
Decisões estaduais barram candidatura de Trump
Em 19 de dezembro, a Suprema Corte do Colorado e, em 28 de dezembro, a Secretária de Estado do Maine, decidiram que Trump não poderá mais concorrer à presidência. A alegação para ambas as decisões foi o envolvimento de Trump em um ato de insurreição durante seu mandato presidencial, algo que, segundo um artigo da Constituição americana, desqualifica qualquer pessoa que ocupava um cargo público a ser nomeada para outro novamente.
As duas decisões, entretanto, não são definitivas. Casos similares estão sendo julgados em mais de dez estados e, possivelmente, serão levados à Suprema Corte dos EUA para uma decisão final. O principal ponto a ser discutido pelos juízes será se Trump pode se candidatar novamente à presidência, considerando o ataque ao Congresso americano realizado no dia 6 de janeiro de 2021.
A base para tais decisões provém de um artigo da Constituição, aprovado após a guerra civil americana entre 1861 e 1865, cujo objetivo era impedir que ex-líderes envolvidos na tentativa de cisão retornassem a ocupar cargos públicos. Esse artigo, conhecido como Seção 3, que Trump supostamente violou, voltou à discussão após o ataque ao Congresso em janeiro de 2021.
O futuro das eleições americanas
Donald Trump, por sua vez, já enfrenta processos legais por suas tentativas de reverter os resultados das eleições de 2020, que o fizeram perder a presidência para Joe Biden. Ele também tem sido acusado de instigar a invasão ao Capitólio. Caso a Suprema Corte decida por sua inelegibilidade, isso poderá acarretar um cenário caótico para as próximas eleições.
Próximos passos do caso
A Suprema Corte, que nunca se posicionou sobre a Seção 3 ou sua aplicação, deverá agora deliberar sobre o caso, uma vez que tanto o Partido Republicano quanto Trump irão recorrer das decisões do Colorado e do Maine. Os especialistas jurídicos dos EUA alertam para a necessidade de uma definição clara da Suprema Corte para evitar futuras confusões eleitorais.
O embate dos argumentos
Os advogados de Trump e os grupos contrários à sua reeleição possuem argumentos distintos, entre eles, a aplicação da Seção 3 ao presidente, o direito ao discurso de Trump e a definição do ataque ao Congresso como uma insurreição. O futuro da candidatura de Trump e das eleições americanas ainda permanecem incertos.
Por O Antagonista
A desconfiança de parte da população em relação à imunização, fomentada por campanhas de desinformação e movimentos antivacina, continua sendo um desafio para o Brasil.
De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o fenômeno da “hesitação vacinal”, por parte de uma parcela dos brasileiros, começou a ganhar força por volta do ano de 2016.
Aliada a restrições orçamentárias na área da saúde e à pouca disposição do governo anterior em estimular a imunização da população, a desconfiança provocou a queda da cobertura de vacinação no país, nos últimos anos, avaliou.
Em 2019, o Brasil perdeu o certificado de eliminação do sarampo, devido, segundo a ministra, à baixa procura pela vacina contra a doença. “Esse cenário foi agravado no último governo, já claramente com o fenômeno do negacionismo científico. É importante destacar que esse é um fenômeno que permanece”, disse Nísia, em seminário sobre vacinação na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, no início de dezembro.
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), Juarez Cunha, lembra que desde meados da década passada há uma dificuldade em se atingir as metas de vacinação.
“Um aspecto fundamental é a confiança. Um dos aspectos que a gente sabe que foi muito abalado e continua sendo é a confiança nas vacinas. Não é só confiar naquele produto, na sua eficácia e na sua segurança. É um aspecto que deixa as pessoas com bastante dúvidas. Então, a gente tem que informar muito bem”, defende Cunha.
Para o diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa, esse não é um fenômeno exclusivo do Brasil, que ganhou força durante a pandemia da covid-19. Ele defende que é preciso que os governos façam um monitoramento permanente das redes sociais e esclareçam imediatamente quaisquer boatos que surjam sobre a vacinação.
“Temos procurado estimular os países a ter monitoramento diário de redes sociais e não deixar nenhum boato, rumor, desinformação, sem uma resposta apropriada, porque isso é como uma bola de neve que vai crescendo e fazendo com que as pessoas percam a confiança na vacina”, alertou Barbosa no evento da Academia de Medicina.
Um agravante, segundo Barbosa, é que as pessoas estão mais céticas em relação às informações oficiais, o que torna ainda mais difícil o trabalho de desmistificação dos boatos em relação às vacinas.
“Nesse contexto, o papel dos profissionais de saúde é fundamental. Quando a família chega na sala de vacinação, ela já tomou uma decisão [de se imunizar]. Essa família aproveita uma consulta ao serviço de saúde para tentar tirar sua dúvida sobre a vacina com o profissional de saúde. Se aquele profissional não tem uma informação adequada, provavelmente perdemos a oportunidade de ampliar o sucesso da vacinação”, esclarece.
Assim como aconteceu com a volta do sarampo ao país, alguns anos atrás, a baixa procura pela vacinação coloca em risco a saúde pública ao possibilitar o ressurgimento de doenças controladas ou eliminadas.
“A partir do momento em que a gente tem baixas coberturas vacinais, tem o risco de retorno dessas doenças. Um risco que a gente considera muito alto é o retorno da poliomielite”, alerta Juarez Cunha.
Governo
A luta contra a desinformação tem sido uma das bandeiras do governo brasileiro, que criou, em outubro, uma plataforma de esclarecimento à população chamada Saúde com Ciência.
Segundo a ministra Nísia Trindade, a postura do atual governo é diferente daquela adotada pelo governo anterior. Em fevereiro deste ano, o governo federal lançou o Movimento Nacional pela Vacinação.
“O presidente da República [Luiz Inácio Lula da Silva] fez questão de estar no lançamento do ato, em Brasília, se vacinando, num gesto exatamente oposto ao que nós vimos no governo anterior”, lembrou Nísia, no evento da Academia de Medicina. “Assumimos o governo sem estoques de vacinas necessárias a essa imunização, inclusive [sem] as vacinas do calendário infantil”.
A ministra disse que com ações como a recuperação de estoques e as campanhas de informação, entre outras, permitiram um aumento da cobertura vacinal no país.
“O ano de 2023 foi um dos mais desafiantes, porque, neste ano, concluímos o projeto pela reconquista das altas coberturas vacinais, que se iniciou em 2021. Além do aumento das coberturas vacinais já vistas em campanhas, a gente também viu o incremento nas rotinas. O mais importante para mim foi ter o pessoal treinado, voltando com aquela garra, aquela vontade de dizer ‘nós vamos conseguir’”, destaca Lurdinha Maia, coordenadora da Assessoria Clínica da Bio-manguinhos, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Segundo Jarbas Barbosa, o fato de o presidente da República usar o broche do Zé Gotinha, mascote do Programa Nacional de Imunizações (PNI), “demonstra um alto grau de compromisso político que, tenho absoluta certeza, vai se refletir nesse processo de fortalecimento das atividades de imunização”.
Juarez Cunha reconhece que o Ministério da Saúde e a sociedade científica têm trabalhado para ampliar a cobertura vacinal no país, mas destaca que é preciso ter ações que vão além da luta contra a desinformação.
Segundo ele, é importante ampliar o acesso da população à vacinação, aumentando, por exemplo, o horário de funcionamento dos postos de saúde e levar a vacina a outros lugares além das unidades de saúde, com instrumentos como os postos drive thru.
Outra ação importante defendida por Juarez é traçar um diagnóstico amplo da situação vacinal no país, com dados detalhados por municípios, bairros e comunidades. “Às vezes, dentro de cada município, se tem realidades completamente diferentes. Pode haver situações em que há populações mais vulneráveis, com menos acesso [às vacinas] e esse é um aspecto que tem ser melhor trabalhado”, afirma Juarez.
No evento da Academia Nacional de Medicina, a ministra Nísia Trindade afirmou que o governo tem trabalhado em ações de microplanejamento com os estados e tem buscado sistematizar as informações, garantindo dados integrados e confiáveis que permitam monitorar as coberturas vacinais.
Jarbas Barbosa afirmou, no mesmo evento, que sem novos registros de casos de sarampo no Brasil há mais de 1 ano, o país deve recuperar, em breve, seu certificado de eliminação da doença.
Por - Agência Brasil
O anúncio de um rombo bilionário nas contas da Americanas pegou todo mundo de surpresa logo no começo do ano, mas foi apenas um prenúncio de que 2023 seria repleto de pedidos de recuperação judicial e falências de grandes nomes corporativos do país.
Como mostrou reportagem do g1, eram 3.872 as companhias em recuperação judicial no Brasil até o terceiro trimestre deste ano, segundo dados da RGF Consultoria. Além da Americanas, também estão na lista grandes nomes como Light, Grupo Petrópolis, 123 Milhas e Grupo M5 (dona da marca de roupas M.Officer).
Outras, como a Livraria Saraiva e a Livraria Cultura, tiveram falência decretada pela Justiça, sendo que a segunda conseguiu uma decisão para paralisar o processo.
Relembre, a seguir, os principais casos de recuperação judicial e falência de 2023.
Americanas
Lojas Americanas do Resende Shopping, no Rio de Janeiro, em 2018 — Foto: Emille Rodrigues/g1
A lista começa pelo caso mais emblemático. A gigante varejista Americanas informou um rombo contábil bilionário no dia 11 de janeiro. Naquele momento, a companhia disse que havia identificado "inconsistências em lançamentos contábeis" nos balanços corporativos no valor de quase R$ 20 bilhões.
Sergio Rial, então presidente da empresa, decidiu deixar o comando do negócio e os investidores — pessoa física e institucionais — iniciaram uma corrida para se desfazer dos papéis. Isso fez com que as ações da companhia despencassem quase 80% em um único dia, e a fuga continuou nos pregões seguintes.
No dia 19 de janeiro, a Americanas pediu a recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro e teve suas ações retiradas da B3. A primeira versão do plano de recuperação foi apresentada em março, mas a empresa só teve um plano aprovado no último dia 19 de dezembro, exatamente 11 meses depois.
A dívida final apresentada no plano foi de R$ 50 bilhões e o processo de recuperação envolverá um aporte de R$ 12 bilhões dos "acionistas de referências — o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles — e a venda de ativos, inicialmente o Hortifruti Natural da Terra e a Uni.Co (empresa de franquias das marcas Imaginarium e Puket).
Oi
Sede administrativa da Oi funciona no Leblon, Zona Sul do Rio — Foto: Marcos Serra Lima/G1
Apenas poucos meses depois da Americanas, a operadora de telefonia móvel Oi entrou com um novo pedido de recuperação judicial em 1° de março. A empresa já era velha conhecida dessa realidade: a segunda recuperação começou alguns meses após a conclusão de outro processo semelhante, que levou seis anos para ser concluído.
No primeiro processo, a Oi vendeu uma série de ativos, com destaque para suas operações de telefonia móvel para as rivais Telefônica Brasil, TIM e Claro.
O plano de recuperação da empresa foi aceito pelo seu Conselho de Administração em 19 de maio. Com isso, a dívida de dezenas de bilhões de reais do grupo foi suspensa mais uma vez. O processo também suspendeu a penhora da bens ou mandados de busca e apreensão contra a companhia por parte de seus credores.
Grupo Petrópolis
O Grupo Petrópolis, é dono das marcas Itaipava, Crystal e Petra, dentre outras — Foto: Divulgação
O Grupo Petrópolis, dono das cervejarias Itaipava e Petra, entrou com o pedido de recuperação judicial em 27 de março, com uma dívida estimada em R$ 5,6 bilhões.
O plano de recuperação correu rápido e foi aceito em setembro pelos credores, com aprovação de 96,4% dos votantes. O grupo tinha uma lista de mais de 5 mil credores.
Segundo a empresa, a razão para sua dívida foi uma grande queda no consumo das bebidas produzidas pelas suas marcas.
Em nota, a companhia disse que "31,2 milhões de hectolitros de bebida [foram] vendidos no ano de 2020. [Já], nos anos de 2021 e 2022, o volume caiu para 26,4 e 24,1 milhões de hectolitros, respectivamente", uma redução de 15,4% e 22,7%, respectivamente.
Light
Light — Foto: Reprodução/Instagram/@lightcomvoce
Em 12 de maio, outro grande nome entrou com um pedido de recuperação judicial. Dessa vez foi a Light S.A., controladora do Grupo Light, fornecedora de energia elétrica do Rio de Janeiro, que fez o pedido à Justiça em caráter de urgência, com uma dívida de R$ 11 bilhões, alegando que "os desafios oriundos da atual situação econômico-financeira" se agravavam.
A principal fonte do problema financeiro da Light é a sua subsidiária de distribuição de energia. Embora seja o segmento mais relevante da empresa, também é a área mais desafiadora, já que a companhia sofre, cada vez mais, com os furtos de luz no Rio de Janeiro, o que reduz a arrecadação e gera prejuízos financeiros.
Em setembro, circularam boatos de que a companhia havia desistido da recuperação judicial, mas a Light mantém o processo e, no começo de outubro, pediu à Justiça uma extensão de 180 dias do prazo da suspensão das ações de execuções — que impede a cobrança de dívidas por parte dos credores para que a empresa possa manter suas operações.
A primeira assembleia de credores para discutir um plano de recuperação judicial deve acontecer em março de 2024.
Grupo M5
Vitrine de uma das lojas físicas da M. Officer — Foto: Reprodução/Instagram
Sucesso nos anos 1990 e 2000, o Grupo M5, dono da marca de roupas M. Officer, teve o pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça de São Paulo em 6 de setembro, com uma dívida estimada em R$ 53,6 milhões.
Na decisão, a juíza do caso, Maria Rita Rabello Pinho Dias, aceitou o pedido ressaltando que a crise enfrentada pela companhia tem como principais motivos:
- a concorrência desequilibrada com as gigantes varejistas asiáticas;
- as consequências econômicas trazidas pela pandemia de covid-19, período em que a M. Officer alega ter perdido 91% do seu volume de vendas;
- a grande inadimplência dos consumidores.
O escritório TWK Advogados, que representa a M5 no processo, destaca que a empresa gera cerca de 130 empregos diretos e outras centenas de empregos indiretos, justificando a importância da recuperação.
123 Milhas
Banner da 123 Milhas — Foto: Reprodução/TV Globo
Depois de suspender os pacotes e a emissão de passagens de sua linha promocional em agosto, a agência de viagens 123 Milhas entrou com um pedido de recuperação judicial em 29 de agosto, alegando que fatores internos e externos "impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos".
A empresa disse que os resultados esperados com seu pacote promocional não foram atingidos, ao mesmo tempo em que os preços das passagens aéreas subiram muito no pós-pandemia.
O pedido foi aceito e, em setembro, suspenso de forma provisória após um pedido do Banco do Brasil, um dos principais credores da companhia. A Justiça de Minhas, no entanto, determinou a retomada da recuperação em 16 de dezembro.
SouthRock
A loja da Starbucks no Boulevard Shopping, em Belo Horizonte — Foto: Starbucks Brasil/Divulgação
A gestora SouthRock, empresa responsável pelas operações do Starbucks e Eataly no Brasil, pediu recuperação judicial em 31 de outubro, alegando uma dívida de R$ 1,8 bilhão.
Segundo informações da companhia, o pedido de recuperação acontece por conta do baixo grau de confiança e alta instabilidade no Brasil, além da volatilidade da Selic, taxa básica de juros e constantes variações cambiais.
Essas questões, diz a SouthRock, "desequilibram o mercado e atingem fortemente o empreendedor brasileiro". A companhia também culpou a crise econômica trazida pela pandemia de covid-19.
O pedido foi aceito pela Justiça em 12 de dezembro.
Livraria Saraiva
Livraria Saraiva — Foto: Divulgação
A Livraria Saraiva teve falência decretada pela Justiça de São Paulo. O pedido foi feito pela própria empresa dentro do processo de recuperação judicial, em razão de dívida de R$ 675 milhões.
Na decisão, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho reconheceu o "descumprimento do plano de recuperação judicial e determinou a suspensão de ações e execuções contra a falida e a apresentação da relação de credores".
A empresa estava em recuperação judicial desde 2018, depois de não conseguir renegociar dívidas com fornecedores. Uma referência do mercado editorial, com lojas enormes e catálogo variado, a Saraiva tentou, como último recurso, manter o funcionamento apenas no e-commerce e demitir todos os funcionários da operação presencial.
Na mesma semana em que a empresa revelou o fechamento de todas as suas lojas físicas, seu presidente e vice renunciaram aos cargos. Na semana seguinte, o pedido de autofalência foi protocolado.
Livraria Cultura
Livraria Cultura — Foto: Reprodução
A Justiça de São Paulo decretou a falência da Livraria Cultura em fevereiro. A decisão foi tomada mais de quatro anos após a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central Cível aceitar o pedido de recuperação judicial da companhia.
Na época, a livraria já alegava estar em crise econômico-financeira. O pedido de recuperação havia informado dívidas de R$ 285,4 milhões – a maior parte com fornecedores e bancos.
No dia 16, a empresa conseguiu uma liminar para ter seu processo de falência suspenso, pedindo revisão da quebra do processo de recuperação. Em maio, depois da avaliação, a Cultura voltou a ter sua falência decretada pela Justiça de São Paulo, e as lojas chegaram a fechar.
No fim de junho, a empresa conseguiu novamente uma liminar para suspender sua falência, desta vez no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na decisão, o ministro Raul Araújo determinou que sejam retomadas as obrigações do plano de recuperação judicial da empresa, que foi aprovado pela assembleia geral de credores e homologado pela Justiça em 2018.
"A falência da agravante, diante do global inadimplemento do plano de recuperação, tem como objetivo proteger o mercado e a sociedade, assim como fomentar o empreendedorismo e socializar as perdas provocadas pelo risco empresarial", disse o juiz na decisão.
Por - G1
O governo federal divulgou, nesta quinta-feira (28), os dias de feriados nacionais e estabeleceu os dias de ponto facultativo, para o ano de 2024.
De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, entre as 18 datas comemorativas, 8 são pontos facultativos e 10, feriados nacionais. Entre esses dias, quatro cairão em fins de semana. São eles.
1º de janeiro, Confraternização Universal (feriado nacional) – segunda-feira;
12 de fevereiro, Carnaval (ponto facultativo) – segunda-feira;
13 de fevereiro, Carnaval (ponto facultativo) – terça-feira;
14 de fevereiro, Quarta-Feira de Cinzas (ponto facultativo até as 14 horas) - quarta-feira;
29 de março, Paixão de Cristo (feriado nacional) – sexta-feira;
21 de abril, Tiradentes (feriado nacional) - domingo;
1º de maio, Dia Mundial do Trabalho (feriado nacional) - quarta-feira;
30 de maio, Corpus Christi (ponto facultativo) quinta-feira;
31 de maio (ponto facultativo) – sexta-feira;
7 de setembro, Independência do Brasil (feriado nacional) - sábado;
12 de outubro, Nossa Senhora Aparecida (feriado nacional) - sábado;
28 de outubro, Dia do Servidor Público federal (ponto facultativo);
2 de novembro, Finados (feriado nacional) - sábado;
15 de novembro, Proclamação da República (feriado nacional) - sexta-feira;
20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (feriado nacional) - quarta-feira;
24 de dezembro, véspera do Natal (ponto facultativo após as 14 horas) - terça-feira;
25 de dezembro, Natal (feriado nacional) - quarta-feira.
31 de dezembro, véspera do Ano Novo (ponto facultativo após as 14 horas) - terça-feira;
A lista é dirigida ao funcionalismo público de órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, sem prejuízo da prestação dos serviços públicos considerados essenciais e poderá ser seguida em todo o território nacional.
No segundo semestre de 2024, três dos cinco feriados caem em fins de semana (7 de setembro, 12 de outubro e 2 de novembro). Os dois feriados do último semestre do próximo ano que caem em dias úteis são o da Proclamação da República (15 de novembro), em uma sexta-feira e do Natal (25 de dezembro), a penúltima sexta-feira de 2024.
Crítica
Em 10 de novembro deste ano, durante a reunião ministerial do Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou da quantidade de feriados prolongados de 2023. Na ocasião, o presidente fez a ponte entre o número e feriados e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. “Exageradamente, neste ano, teve muito feriado prolongado. No ano que vem, os feriados vão cair mais no sábado, o que significa que o PIB vai crescer um pouco mais, porque as pessoas vão ficar um pouco mais a serviço do mundo do trabalho”, prevê Lula.
Porém, no início deste mês, o presidente tornou feriado nacional o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, em homenagem à data de morte da liderança negra Zumbi dos Palmares Até então, a data era feriado em seis estados - Mato Grosso, Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá e São Paulo - e em mais de 1,2 mil cidades, decretado em leis municipais e estaduais.
Economia
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) calcula que os feriados em dias úteis favorecem alguns setores da economia, como o turismo, mas geram prejuízos ao comércio, devido à queda no nível de atividade e elevação dos custos de operação, por exemplo, com o pagamento de horas extras aos trabalhadores.
A entidade estima que, com mais dias úteis, em 2024, as perdas do comércio com os feriados serão um pouco menores, na comparação com 2023. O cálculo médio da CNC é de que cada feriado em dias úteis tenha gerado o prejuízo de R$ 3,22 bilhões ao varejo nacional, em 2023.
Com base nisto, no próximo ano, o prejuízo do setor por conta de feriados nacionais deverá ser de R$ 27,92 bilhões, 4% menor do que em 2023, quando o prejuízo fechará o ano em R$ 28,99 bilhões, projeta a CNC.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, defende o equilíbrio. “Nossos segmentos ligados ao turismo se beneficiam desse calendário, o que é muito positivo. Mas segmentos econômicos como o varejo registram perdas com lojas fechadas e menor movimentação de público, por exemplo. A validade desse levantamento é dar luz sobre o cenário e orientar as melhores decisões”.
Por - Agência Brasil
Entra ano e saí ano, e as discussões acerca do arroz servido na ceia de Natal permanecem em todo final de ano. Há quem defende que o carboidrato seja incrementado com uva-passa, cenoura, nozes e o que mais a imaginação permitir. Outros, argumentam que o tradicional é mais gostoso.
O debate é, de fato, acirrado. Mas um levantamento realizado pela C. Lab, laboratório de pesquisa da Nestlé, mostrou que 53% dos brasileiros não abrem mão do prato polêmico nas festas de final de ano. Pensando nisso, a Globo Rural separou uma receita fácil para quem faz parte do time “arroz com passas”.
Aprenda a fazer arroz de Natal de um jeito fácil
por Receitas Nestlé *
Ingredientes:
- 1 colher de manteiga sem sal
- 2 xícaras de chá de arroz
- 2 sachês de caldo em pó sabor galinha
- 4 xícaras de chá de água fervente
- 1 xícara de chá de uva-passa preta
- 1/2 xícara de chá de nozes
- Se quiser incrementar ainda mais, adicione cenoura, castanha, amêndoas e outras frutas secas
Modo de preparo:
Em uma panela, aqueça a manteiga e refogue o arroz. Adicione a água fervente e dissolva o caldo de galinha em pó na mistura. Cozinhe em fogo baixo por 15 minutos até o arroz secar.
Retire a panela do fogo e acrescente as uvas-passas e as nozes. Tampe a panela, deixe descansar por mais 10 minutos, coloque em uma travessa e está pronto para servir.
Com o auxílio de uma escumadeira, retire as nozes que forem subindo até a superfície. Pressione cada uma entre os dedos, e assim, a pele se soltará facilmente.
A receita de arroz com uva-passa e nozes garante seis porções e leva 30 minutos o tempo de preparo.
Por Globo Rural