O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (foto), afirmou neste sábado, 30, em coletiva de imprensa, que Israel está “lutando em todas as frentes”.
Segundo o premiê, é preciso de mais tempo para alcançar a vitória contra o Hamas. Ele disse que a guerra ainda durará muitos meses e prometeu que os combates continuarão até que todos os objetivos da ofensiva sejam alcançados.
“Gaza não será uma ameaça para Israel”, disse, acrescentando que as forças israelenses eliminarão os grupos terroristas da região.
Afirmou ainda que mais de 8 mil terroristas foram mortos desde o início das operações terrestres em Gaza. Disse que Israel está empenhado em restaurar a segurança ao longo da fronteira norte, perto do Líbano.
“Se o Hezbollah ampliar os combates, receberá ataques com os quais nunca sonhou. O mesmo acontece com o Irã”, acrescentou.
“Lutaremos por todos os meios até restaurarmos a segurança dos residentes do norte.”
Netanyahu disse também que o Irã lidera o “eixo do mal” e a agressão contra Israel “nas várias frentes”, além de ameaçar todo o mundo livre.
Nesta semana, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que o país luta em frente não apenas em Gaza e na Cisjordânia, território palestino fora do controle do Hamas, mas também no Líbano, na Síria, no Irã, no Iêmen e no Iraque.
Além dos territórios palestinos, todos esses países têm algum tipo de envolvimento no conflito entre Tel Aviv e o Hamas.
O Líbano sedia o Hezbollah, que oficialmente está em guerra com Israel desde a década de 1980 quando o grupo terrorista foi fundado.
A Síria, cujo regime de Bashar al-Assad, e o Iraque, que, como grande parte do Oriente Médio, não reconhece a soberania de Israel, tem servido de palco e corredor para ataques contra Tel Aviv.
Por O Antagonista
O salário mínimo brasileiro sofrerá um aumento de R$ 1.320 para R$ 1.412, válido a partir de 1° de janeiro de 2024. Esse reajuste não afetará apenas os que recebem o piso nacional, mas também resultará na atualização de inúmeros benefícios e pagamentos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a mudança na quarta-feira (27), que supera a inflação em 3%.
Como funciona a correção do salário mínimo?
A fórmula de correção será a mesma que vigorava até 2019, que foi a penúltima vez quando ocorreu um reajuste real no salário mínimo, ou seja, superior à inflação. Esse valor leva em consideração a inflação do ano anterior e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.Em 2022, houve um aumento de 7,42% no salário mínimo, elevando-o de R$ 1.212 para R$ 1.302. Em seguida, no mês de maio, o governo federal promoveu outro aumento, fixando o salário mínimo em R$ 1.320, o que resultou em um ganho real (acima da inflação). Com a confirmação do novo valor para 2023, há uma alta de 6,8% em relação ao valor vigente.
Benefícios afetados pelo aumento do salário mínimo
Com este ajuste, benefícios como o seguro-desemprego, abono do PIS/Pasep, Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), aposentadorias e pensões vinculadas ao salário mínimo aumentarão. Também ocorrerão alterações nos limites das indenizações judiciais, tanto em Juizados Especiais Cíveis como Federais. A renda mínima definida pelo Cadastro Único, que é a porta de entrada para os programas sociais do governo federal, sofrerá alterações.
Contribuição previdenciária e suas alterações
O aumento do salário mínimo também trará mudanças para as alíquotas previdenciárias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), impactando especialmente aqueles que contribuem pelo salário mínimo. Neste caso, os contribuintes facultativos ou autônomos, que hoje pagam alíquotas de 11% e 20%, passarão a pagar R$ 155,32 e R$ 282,40, respectivamente. Os Microempreendedores Individuais (MEIs), que recolhem 5% sobre o valor do salário mínimo, passarão a pagar R$ 70,60.
Quem mais será impactado pelo reajuste?
Corrigindo o valor do salário mínimo, os beneficiários de aposentadorias e pensões do INSS que recebem o piso nacional também enfrentarão alterações. O BPC/Loas, concedido a idosos e pessoas com deficiência em situação de carência, passará a equivaler a salário mínimo nacional. O seguro-desemprego terá seu valor mínimo reajustado para R$ 1.412 e a compensação máxima em ações judiciais movidas nos Tribunais Especiais Cíveis e Federais também será reajustada conforme o novo mínimo.Era dia 6 de dezembro de 2023 quando o Palmeiras confirmou o título brasileiro, tornou-se dodecampeão nacional e assim promoveu uma mudança no cenário do futebol da América do Sul: virou o primeiro clube brasileiro líder no ranking da Conmebol desde 2016, quando a entidade passou a utilizá-lo como critério para chaveamento na Libertadores.
Em oito anos, portanto, o Palmeiras arrastou taças, ultrapassou rivais e subiu de 31º até a liderança na classificação.
Só três clubes, aliás, passaram pelo primeiro lugar desde 2016: o Boca Juniors, entre 2016 e 2017, o River Plate, dominante de 2018 a 2023, e por fim o Palmeiras, alçado ao topo para 2024.
Tudo começou no fim de 2015, quando a Conmebol decidiu lançar um novo formato de ranking, que serviria para definir os cabeças de chave e os integrantes de cada pote do sorteio de grupos para a Libertadores - válido desde 2016. Em 2021, foram incluídos os números na Sul-Americana.
Atualmente, os critérios adotados pela Conmebol são: desempenho nos últimos 10 anos da Libertadores e Sul-Americana, coeficiente histórico - com uma pontuação para o retrospecto entre 1960 e 2013 - e bônus para títulos nacionais. Uma tentativa de conciliar novos feitos e a história escrita.
No ranking de 2022, por exemplo, o Palmeiras permaneceu em segundo, atrás do River Plate, mesmo com o bicampeonato da Libertadores, justamente por conta do sistema de pontuação adotado. Mas à medida que o Verdão manteve a sequência, e o River não, a liderança mudou.
Como era antes?
Antes de 2015/2016, inicialmente a entidade somava as participações em todas as competições organizadas desde 1960, considerando o número de jogos, independentemente do resultado, e fazia rankings por países. Esse formato foi descontinuado em 2013.
Entre 2011 e 2013, a entidade ainda fez um ranking paralelo considerando o desempenho nos cinco anos anteriores (contando com Libertadores, Copa Sul-Americana, Recopa Sul-Americana, Copa Suruga e Mundial de Clubes) e passou a ter uma versão unificada, de todos os países juntos.
As atualizações eram semanais, em vez da versão anual como agora, e nesse período o Internacional chegou a ser líder.
A arrancada do Palmeiras
No caso do Palmeiras, ao mesmo tempo em que a Conmebol passou a adotar o ranking como critério para os sorteios da Libertadores, ao fim de 2015, o clube alviverde começava a se reestruturar.
O clube havia passado por um rebaixamento em 2012, conviveu com graves problemas financeiros, subiu para a Série A, mas ainda brigou para não ser rebaixado no ano seguinte. Em 2013, por exemplo, toda a receita para o ano terminou em abril. Ela era de apenas 25% do valor total previsto, porque os 75% restantes haviam sido adiantados por outras gestões.
Entre 2014 e 2015, o Palmeiras iniciou um movimento de mudanças de gestão, além da chegada de um novo patrocinador e a impulsão do programa de sócio-torcedor. No futebol, Alexandre Mattos assumiu como diretor executivo - onde permaneceu até 2019, saindo para a chegada de Anderson Barros.
Assim, quando a Conmebol lançou o primeiro ranking para a Libertadores, ao fim de 2015 e válido para 2016, o Palmeiras estava em 31º. O argentino Boca Juniors liderava a lista, e o primeiro brasileiro era o Cruzeiro, em 4º.
Ranking Conmebol 2016
- Líder: Boca Juniors (5.949)
- Primeiro brasileiro: Cruzeiro, em 4º (4.425)
- Palmeiras em 31º (772)
O Palmeiras subiu posições de forma tímida até a edição de 2018, em 22º lugar. Mas deu um salto para figurar no top-10 do ranking de 2019, subindo para o 7º lugar após a conquista do Brasileiro e a campanha até as semifinais da Libertadores do ano anterior (2018).
Ranking Conmebol 2019
- Líder: River Plate
- Primeiro brasileiro: Grêmio, em 3º
- Palmeiras: 7º
Mas foram os últimos quatro anos, de 2020 a 2023, que turbinaram o Palmeiras até a liderança do ranking. O clube conquistou 11 títulos, sendo uma Recopa Sul-Americana, duas Libertadores e dois Brasileiros válidos para a contagem. Assim, subiu para 6º, 4º, 2º e por fim 1º, ao longo dos últimos cinco anos.
Uma escalada que passa pela manutenção de peças decisivas no elenco e também pelo comando da equipe: o técnico Abel Ferreira.
Contratado em outubro de 2020, o português é uma das principais engrenagens deste Palmeiras multicampeão, tornando-se, inclusive, o segundo treinador com mais títulos na história do clube - são nove, atrás apenas de Oswaldo Brandão, que tem 10.
Abel levanta descontentamento em parte da torcida pela insistência em peças em baixo rendimento, ao mesmo tempo em que está há três anos no clube, conhece o elenco com a palma da mão e transformou o time em uma equipe que se reinventa, muda e está sempre se desafiando, como analisou o comentarista Cabral Neto, ainda em março de 2022, pouco antes do título paulista.
– Nada nesse Palmeiras funciona por improviso, há razão e propósito. O Palmeiras não é imbatível, o sucesso não vai durar para sempre, porque nenhum sucesso é eterno, mas a grande virtude desse time é o de não ter medo do erro – afirmou.
E a temporada de 2023 é exemplo disso.
A eliminação na semifinal da Libertadores, em outubro, parecia decretar o fim de um ano sob críticas e protestos da torcida. A equipe sentiu, emendou quatro derrotas seguidas no Brasileiro e chegou a ficar 14 pontos atrás do então líder, Botafogo.
Foi aí que o técnico mudo o esquema do time, passou a atuar com três zagueiros - para suprir a ausência do destaque Dudu -, contou com o brilho de Endrick e tirou a diferença de pontos para conquistar o bicampeonato.
– Ganhou a equipe que foi capaz de lidar melhor com os momentos de dificuldade. A equipe que não desistiu – disse o técnico após o título.
– Dissemos que só tínhamos um caminho, que era lutar pelo título até o fim, e outro que era nosso orgulho, nosso caráter, de uma equipe que ganha títulos de forma consistente. Era trazer esse orgulho que andou perdido em algum momento deste ano – completou.
Pouco mais de um mês depois, a Conmebol confirma - na divulgação do ranking - a ultrapassagem sobre o River Plate e o Palmeiras, líder pela primeira vez.
Por Globo Esporte
A cidade russa de Belgorod, situada a cerca de 30 km da fronteira com a Ucrânia, foi cenário de um violento ataque ucraniano que resultou na morte de 10 pessoas e deixou 45 feridos, segundo anúncio das autoridades de Moscou neste sábado (30).
Detalhes do ataque
“Nove adultos e uma criança morreram em Belgorod por bombardeios do Exército ucraniano”, afirmou o Ministério de Situações de Emergência da Rússia em uma publicação na plataforma Telegram. Foram feridas 45 pessoas, incluindo quatro crianças. As imagens divulgadas pelas autoridades russas mostram veículos em chamas e edifícios com janelas quebradas, que refletem uma cena de caos e destruição.
Bombardeios russos na quinta-feira
A Rússia realizou o seu maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da invasão ao país em fevereiro de 2022. Quase 160 drones e mísseis foram disparados, resultando na morte de pelo menos 12 pessoas e deixando dezenas feridas.
A onda de ataques teve início durante a noite da última quinta-feira, 28 de dezembro, e atingiu diversas regiões do país.
Resposta da Ucrânia
As notícias do ataque acontecem após a declaração do presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, afirmando que seu país responderia ao maior ataque aéreo já realizado pela Rússia desde o início do conflito.
Na sexta-feira (29), cerca de 160 mísseis e drones russos atingiram diversas cidades ucranianas. Kiev relatou 39 mortes e 159 feridos em consequência do ataque, que classificou como o maior desde o começo da guerra, em fevereiro de 2023.
A escalada do conflito
Esse incidente marca mais um capítulo na escalada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que tem afetado diretamente não só os combatentes, mas também a população civil que reside nas zonas de guerra. Observadores internacionais temem que o conflito possa escalar ainda mais, gerando consequências humanitárias e políticas imprevisíveis.
O ataque a Belgorod serve como mais um triste lembrete do preço humano que é pago em situações de conflito armado. Resta esperar que as partes envolvidas consigam chegar a um acordo para a cessação das hostilidades, prezando pela segurança e bem-estar dos cidadãos afetados pela guerra.
Por O Antagonista
A temporada 2023 do futebol brasileiro foi marcada por diversas conquistas inéditas na história de clubes, de Norte a Sul do país, sejam em campeonatos estaduais, nacionais e internacionais. Nas principais competições do país, as taças foram para times paulistas. O Palmeiras faturou pela 12ª vez a Série A do Campeonato Brasileiro. Já o São Paulo festejou o título inédito na Copa do Brasil. Nas demais disputas nacionais, o Vitória venceu pela primeira vez a Série B do Brasileirão; o Amazonas (AM) foi o campeão da Série C; e na Série D o Ferroviário (CE) se tornou o primeiro clube a ter dois títulos do torneio.
O Brasil também brilhou no continente sul-americano. Na Copa Libertadores da América, o Fluminense finalmente conquistou seu primeiro título internacional reconhecido pela Fifa, ao vencer o Boca Juniors (Argentina), por 2 a 1, no Maracanã. Na Sul-Americana, outro fato histórico: o país foi representado por um time nordestino. Foi pelo Fortaleza, que ficou em segundo lugar no torneio, ao deixar escapar o título com derrota na final para a LDU (Equador), na cobrança de pênaltis, após empate no tempo nornal.
Botafogo faz campanha histórica, mas título do Brasileirão fica com o Palmeiras
O Alvinegro carioca roubou a cena do Brasileirão em 2023, mas no final quem levantou a taça foi o Palmeiras, comandado pelo técnico portuguê Abel Ferreira. No primeiro turno, o Botafogo totalizou 47 pontos, registrando a melhor campanha da história do Brasileirão nos pontos corridos. Em 2017, o Corinthians também somou 47 pontos, mas tinha uma vitória a mais que o Alvinegro (15 contra 14). O time carioca fechou a primeira metade do campeonato com 100% de aproveitamento como mandante e superou o Corinthians de 2010 por conta do saldo de gols: 20 a 18. Por fim, o Alvinegro se tornou o primeiro time a liderar a Série A por mais de 30 rodadas – foram 31 – e derrapar na reta final. Também entrou para a história do Brasileirão como primeiro time a perder a liderança após abrir 13 pontos de vantagem para o segundo colocado.
Tudo isso fez com que a conquista do Palmeiras, a 12ª da história do clube, se tornasse inédita. Pois, se olharmos pelo lado do Verdão, ele é o primeiro time a “roubar” do líder um título, estando com tamanha desvantagem na tabela. Além disso, com a conquista, o Palmeiras entrou para um seleto grupo de três clubes, que foram campeões brasileiros sem liderarem um turno sequer. Este ano o Verdão encerrou o primeiro turno do Brasileirão na terceira posição (34 pontos) e o returno na segunda colocação (36). O Flamengo de 2009 e o Fluminense de 2012 são as duas outras equipes campeãs que completam o trio.
Com o título de 2023, o Palmeiras superou o São Paulo e passou a ser o time com o maior número de vitórias na história do Brasileirão, desde 1937. São 707, deixando o Tricolor paulista em segundo lugar, com 703.
Mas a Série A deste ano registrou também a queda do Santos para a segunda divisão, algo inédito na história do Alvinegro Praiano. O time de Pelé se juntou a Goiás, Coritiba e América-MG na zona de rebaixamento (Z4). Com isso, apenas Flamengo, em 54 edições de Brasileirão, e o São Paulo, em 51, resistem no grupo dos que nunca foram rebaixados no Brasileirão. O Cuiabá, que disputou a Série A três vezes, também nunca caiu.
O G4 do Brasileirão teve ainda como vice-campeão o Grêmio, e Atlético-MG e Flamengo ficaram, respectivamente, em terceiro e quarto lugares.. O Botafogo e o Bragantino fecharam o G6 e se classificaram para a fase preliminar da Copa Libertadores. Na sequência, garantiram vaga na Copa Sul-Americana as equipes do Athletico-PR, Internacional, Fortaleza, Cuiabá, Corinthians e Cruzeiro.
Corrida maluca na Série B
Dois fatos inéditos marcaram a Série B deste ano. O primeiro e mais importante foi o título do Vitória. O Rubro-Negro baiano, que liderou o torneio por 26 rodadas, incluindo as 15 últimas, garantiu o acesso à elite do futebol brasileiro com duas rodadas de antecedência. O Leão está de volta à Série A de 2024 após seis temporadas. O outro fato emocionante foi a disputa pelas duas vagas restantes no G4, na última rodada. Com Vitória e Juventude já classificados, seis times entraram em campo com chances de subir à Série A, um recorde no atual formato da disputa. Foram eles Juventude, Vila Nova, Atlético-GO, Novorizontino, Mirassol e Sport.
O Criciúma somava 64 pontos na última rodada, mas acumulava 19 vitórias e, com isso, não tinha como ser superado. Logo abaixo vinham Juventude (62 pontos), Vila Nova (61), Atlético-GO (61), Novorizontino (60), Mirassol (60) e Sport (60). Na rodada final (38ª), após os 90 minutos de partida, o Juventude confirmou o acesso ao vencer o Ceará, fora de casa, por 3 a 1, e o Atlético-GO não só derrotou o Guarani por 3 a 0, como contou com a derrota do Vila Nova para o ABC, em Natal, por 3 a 2, para voltar à elite do Brasileirão.
Na parte de baixo da tabela, caíram para a Série C Sampaio Corrêa, Tombense, Londrina e ABC.
Marcas inéditas nas Séries C e D
Em um ano repleto de novidades, a Série C não poderia ficar de fora. O Amazonas sagrou-se campeão e deu a seu estado, o Amazonas, o primeiro título nacional da história. A façanha foi obtida após vitória na final sobre o Brusque (SC). As duas equipes garantiram acesso à Série B, junto om Paysandu (PA) e Operário (PR).
A Série D também teve seus ineditismos. A começar pelo campeão, o Ferroviário (CE), que já tinha um título do torneio, mas ao vencer a edição de 2023 se tornou o primeiro clube a ter dois troféus. O time nordestino bateu a Ferroviária (SP) na decisão. Os finalistas subiram para a Série C, ao lado de Athletic (MG) e Caxias (RS).
O título do Ferroviário veio de forma invicta, com aproveitamento de 75%, o que fez o Tubarão da Barra se tornar o time campeão nacional com a maior sequência invicta na história do futebol brasileiro, com 24 jogos (15 vitórias e nove empates). Também foi inédita a goleada de 10 a 0 do Brasiliense (DF) sobre o Interporto (TO), a maior da história de todas as divisões do Brasileirão.
Outras Copas
A temporada de conquistas do Palmeiras começou no início do ano, na disputa da Supercopa do Brasil, que abre oficialmente o o calendário do futebol brasileiro. Em Brasília, no Estádio Mané Garrincha, o Verdão paulista, campeão brasileiro de 2022, venceu o Flamengo, campeão da Copa do Brasil (2022), por 4 a 3.
Na Copa do Nordeste, o Ceará levou a melhor sobre o Sport. A conquista do Vozão, a terceira na história da competição, teve o sabor especial de, nas quartas de final, eliminar o grande rival, Fortaleza. Na decisão em dois jogos, uma vitória para cada lado e, nos pênaltis, o Ceará levou a melhor, em Recife, e garantiu vaga na terceira fase da Copa do Brasil de 2024.
E mais um campeão inédito foi registrado na Copa Verde. O Goiás conquistou a primeira taça dele e do futebol goiano na competição. O Verdão ainda quebrou um jejum de cinco anos sem títulos, já que o último havia sido o Estadual de 2018. Na final contra o Paysandu (PA), que tentava o tetracampeonato, o Goiás venceu os dois jogos e também está na terceira fase da Copa do Brasil de 2024.
Brilho tricolor no Continente
Os times brasileiros se sobressaíram nas duas principais competições do calendário sul-americano, as Copas Libertadores e Sul-Americana. O Fluminense faturou o título inédito da Libertadores, a primeira conquista internacional reconhecida pela Fifa. Na Sul-Americana, o Fortaleza chegou à final, mas ficou com o vice-campeonato, o que não tirou o brilho do Tricolor do Pici, primeiro time do Nordeste a chegar à decisão do título sul-americano.
Sem deixar as polêmicas para trás, o ex-presidente Jair Bolsonaro delineia uma astuta estratégia para 2024, concentrando-se em metas judiciais, no fortalecimento de aliados políticos, e na projeção internacional.
A Luta pela Absolvição
Em primeiro lugar, Bolsonaro almeja ser absolvido, na Justiça, de acusações derivadas de investigações da Polícia Federal. Neste contexto, a esperança reside na Procuradoria-Geral da República, tendo como anseio que nenhuma denúncia seja formalmente apresentada. Além disso, existe a aspiração de que o caso seja avaliado por instâncias judiciais inferiores, evitando assim a participação do ministro Alexandre de Moraes, atual relator do caso no STF.
Inelegibilidade e TSE
Além das questões penais, Bolsonaro busca apoio dentro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reverter a inelegibilidade imposta pela instituição em 2023. Com modificações recentes na composição do TSE, ele acredita ter possibilidades reais de disputar a eleição presidencial de 2026.
Aliados nas Prefeituras
No âmbito mais amplo da política, Bolsonaro pretende eleger aliados para governar as 95 cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes. Tais municípios são considerados estratégicos tanto pela quantidade de eleitores quanto pelo poder de influenciar as regiões circundantes.
Projeção Internacional
No cenário internacional, a esperança de Bolsonaro reside no sucesso de Donald Trump nas próximas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Se somarmos a vitória de Javier Milei na Argentina, o sucesso de Trump poderia ser um grande trunfo para Bolsonaro no campo internacional. Tal vitória poderia ajudar a contestar uma eventual condenação pelo STF ou pressionar o TSE a permitir sua elegibilidade novamente.
Todo esse planejamento aponta que Bolsonaro, alheio às tempestades políticas, está construindo seu próprio caminho para 2024, por meio de estratégias formadas por manobras judiciais, reforços políticos, e sua influência cada vez maior no cenário internacional.
Por O Antagonista