Médico do esporte e cirurgião ortopédico, Dr. Marco Bruno lista quais são os alimentos ricos em cálcio e vitamina D, destacando o que deve ser evitado; confira
Criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Dia Mundial da Saúde, comemorado em 7 de abril, tem por razão discutir questões sérias relacionadas ao tema, entre elas, a conscientização da população sobre qualidade de vida. Com este objetivo, convidamos o médico do esporte e cirurgião, Dr. Marco Bruno, para conversar a respeito da importância de uma boa alimentação em relação à saúde dos ossos. Além de explicar quais são os alimentos ricos em cálcio e vitamina D, ele destaca o que não comer em excesso, listando 8 cuidados que devem ser sempre mantidos quando se fala no assunto. Vem ver!
1 - Inclua alimentos ricos em cálcio na sua dieta
“O cálcio, presente nos dentes e ossos, é o mineral mais abundante no organismo humano, responsável por cerca de 2% do peso corporal. Para manter a massa óssea, é recomendada a ingestão de alimentos ricos em cálcio, como os produtos lácteos – leite, iogurte, queijos, dentre outros. Aqueles que possuem restrições alimentares podem consumir o mineral através dos vegetais escuros como espinafre e brócolis, frutas (ameixas, banana e açaí) e grãos”, aconselhou Dr. Marco Bruno.
2 – Exercite-se!
“Os exercícios de força e resistência possuem um importante papel na proteção contra a osteoporose e na redução do risco de fraturas. A prática regular é indispensável na manutenção da massa óssea. Importante ressaltar que as atividades físicas devem ser personalizadas de acordo com as suas capacidades e limitações funcionais”, ressaltou o especialista.
3 - Consuma alimentos ricos em vitamina D
“A vitamina D promove a absorção do cálcio pelos ossos [...]. Além dos alimentos derivados do leite, a vitamina D também pode ser consumida através dos ovos, peixes e frutos do mar, como mariscos, salmão, sardinha e bacalhau”, ponderou o médico do esporte.
4 – Luz solar tem seu grande valor
“Para evitar a carência da vitamina D é fundamental a exposição à luz solar sem proteção. A recomendação é tomar sol pelo menos de 15 a 20 minutos, todos os dias. A exposição à luz solar garante entre 80 a 90% da síntese deste nutriente, especialmente em mulheres após a menopausa, quando o risco de osteoporose aumenta significativamente”, complementou Marco Bruno.
5 – Cuidado com alguns alimentos
Caso você tenha propensão a perder massa óssea, o médico indicou alguns alimentos que devem ser evitados. “Evite sal e alimentos ricos em sódio, como processados, embutidos, comida pronta congelada e fast food. Não consuma cafeína, presente no café, chá preto, chá verde e refrigerantes. Retire da dieta o ácido oxálico e o fitato, presentes no chocolate, gérmen de trigo, nozes, tomate e acelga. Evite manteiga e carnes gordurosas, pois o excesso de gordura saturada diminui a absorção de cálcio no organismo”, alertou.
6 – O excesso de proteínas pode reduzir a absorção do cálcio
Outro fator que pode prejudicar quem possui perda de massa óssea é o consumo elevado de proteínas. “Cuidado com as proteínas em excesso, presentes principalmente nas carnes, peixes e frango. O excesso de proteínas aumenta a eliminação de cálcio na urina e pode reduzir sua absorção no intestino, pois normalmente as proteínas estão presentes em alimentos que também são ricos em ferro, mineral que compete pelo cálcio para ser absorvido no intestino”, completou o médico.
7 – Faça acompanhamento regular com um médico
Marco Bruno ressalta a importância de um acompanhamento contínuo relacionado ao tema. “Além de consultar regularmente um especialista e realizar os exames indicados, para manutenção da saúde óssea é importante incluir todos estes cuidados na sua rotina”.
8 – Comece a prevenção já
De acordo com o especialista, não existe uma idade limite para a prevenção ter início, pois ela deve ser feita ao longo da vida. “A idade para começar a cuidar da saúde óssea é a partir do primeiro minuto de vida, pois a amamentação é fundamental para saúde óssea ao longo de toda vida do indivíduo”.
Por - Sonia Schneiders, Receitas
Um estudo com participação de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) descreveu o processo inflamatório causado pelo SARS-CoV-2 em casos graves de covid-19. O trabalho foi desenvolvido em parceria com a Escola de Medicina da Universidade Harvard e publicado ontem (6) na revista Nature, um dos principais periódicos científicos do mundo.
A contribuição do estudo foi explicar o que desencadeia o processo inflamatório excessivo que ocorre nas formas graves da doença e como ele se desenvolve.
Os pesquisadores observaram que, ao tentar combater a infecção pelo vírus SARS-CoV-2, o sistema imunológico produz um tipo específico de anticorpo, chamado afucosilado.
A ação desse anticorpo consegue neutralizar o vírus e impedir que ele entre nas células epiteliais do pulmão, mas também desencadeia um processo que leva à produção descontrolada de células de defesa.
A cadeia de eventos que leva à inflamação excessiva começa quando os monócitos, que são células de defesa do organismo, capturam o vírus e o destroem em um processo de digestão chamado de fagocitose.
Esse mecanismo termina com a destruição do próprio monócito, o que libera componentes que causam um estado de alerta no organismo. O corpo, então, reforça a produção de células de defesa, e isso leva a uma inflamação cada vez maior, já que quanto mais células são produzidas, maior é o alerta emitido por elas.
É esse processo que leva à chamada tempestade de citocinas, que são proteínas que regulam a resposta imunológica. O descontrole dessa resposta com a inflamação excessiva cria uma situação em que as próprias células de defesa causam danos ao corpo do paciente, que evolui para um estado de saúde crítico.
A pesquisadora Caroline Junqueira, do grupo de Imunopatologia da Fiocruz Minas, explica que o estudo mostra a importância da imunidade adquirida pelas vacinas, que levam à produção de um tipo diferente de anticorpo.
"Muitas pessoas pensam que é bom pegar a covid-19 para se tornar imune. A questão é que, nesse caso, a pessoa vai correr o risco de ter uma inflamação sistêmica. Com a vacina, não tem essa possibilidade. Nossa pesquisa constatou que o plasma de indivíduo vacinado não induz a produção do anticorpo afucosilado. Ou seja, a infecção gera anticorpos maléficos, e a vacina produz anticorpos benéficos", destaca a coordenadora do estudo, em texto divulgado pela Fiocruz.
Como resultado, a pesquisa aponta ainda que há potenciais candidatos a medicamentos que podem inibir essa cadeia de eventos.
Por - Agência Brasil
No mês de prevenção e combate à cegueira, conhecido como Abril Marrom, as sociedades brasileiras de Retina e Vítreo (SBRV) e de Diabetes (SBD) se unem para mostrar à sociedade e educar as pessoas sobre doenças que podem acometer os olhos e ser detectadas preventivamente, para evitar perda irreversível da visão.
“Ou você pode reverter a condição e tratar, ou pode, detectando no estágio inicial, controlar para evitar que ela provoque dano”, disse o médico Fernando Malerbi, coordenador do Departamento de Saúde Ocular da SBD e diretor da SBRV. O marrom foi escolhido por ser a cor da íris (parte mais visível e colorida dos olhos) da maioria dos brasileiros.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de brasileiros com deficiência visual é de cerca de 6,5 milhões. Dados do Atlas Vision, publicado pela International Agency for Blindeness Prevention (IABV) em 2020, indicavam que o Brasil tinha estimativa de 28,6 milhões de pessoas com perda de visão.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das causas de deficiência visual podem ser prevenidas ou tratadas. O primeiro relatório mundial sobre visão, divulgado pela OMS em 2019, apontava que pelo menos 2,2 bilhões de pessoas têm deficiência visual ou cegueira, das quais pelo menos 1 bilhão são portadores de deficiência visual que poderia ter sido evitada ou que ainda não foi tratada.
De acordo com a publicação "As Condições da Saúde Ocular no Brasil 2019", do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a cegueira atingia 1,577 milhão de brasileiros (0,75% da população), sendo que 74,8% dos casos teriam prevenção ou cura, o que significa que essas pessoas poderiam estar enxergando, se tivessem recebido tratamento apropriado a tempo.
Causas
Fernando Malerbi disse que as principais causas da cegueira em adultos são a catarata, o glaucoma, a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e o diabetes (ou edema macular diabético – EMD). A catarata é uma doença que, geralmente, vai provocar baixa acuidade visual progressiva. “A pessoa vai começar a ver a imagem mais embaçada, mais enevoada”. É uma doença cujo tratamento se faz por meio de cirurgia, e o paciente consegue recuperar a visão. Das quatro doenças mencionadas, a catarata é a que tem tratamento que mais assegura a regressão. As outras três têm características diversas e necessitam prevenção.
Há vários tipos de glaucoma, doença que deve afetar 111,8 milhões de pessoas em 2040, segundo projeção da OMS. O tipo mais comum é o glaucoma crônico simples. “É uma doença silenciosa, não dá sintomas. Só fica perceptível quando é terminal. E, ao contrário da catarata, a perda que ele (glaucoma) provoca é irreversível”. Por isso, existe grande preocupação dos oftalmologistas e dos médicos em geral, em detectar inicialmente, quando a doença se instala. “Quando a gente detecta no início, consegue controlar. A doença não tem cura, mas é possível controlar com o uso de colírios para pressão ocular, de modo a evitar dano no nervo óptico, que pode causar a perda de visão”.
A degeneração macular relacionada à idade atinge a população mais idosa, após os 60 ou 70 anos. A OMS estima que cerca de 30 milhões de pessoas no mundo têm DMRI atualmente. A doença tem duas formas: seca e úmida. Para a forma seca, a proposta é um composto de vitaminas para retardar a evolução. Para a forma úmida, quando em atividade, o tratamento é com farmacoterapia intraocular que, muitas vezes, consegue controlar.
Malerbi destacou a importância da consulta periódica ao oftalmologista, a partir dos 40 anos, pelo menos uma vez ao ano, para detectar, além de alterações de refração, de grau e, eventualmente, a catarata, se há indício de glaucoma e, em pacientes mais idosos, sinais precoces da degeneração macular, para orientar o acompanhamento, a frequência de retorno ou o uso de compostos vitamínicos para retardar a progressão ou, no caso da doença ativa, o tratamento.
Diabetes
A diabetes é considerada a principal causa de perda visual evitável na população economicamente ativa, em diversos países. Considera-se que 95% dos casos de perda visual pelo diabetes são evitáveis ou tratáveis. A pessoa que tem diabetes vai precisar de uma avaliação oftalmológica, que inclui exame da retina (membrana do fundo do olho) pelo menos uma vez por ano. Nesse exame, podem ser detectadas alterações que as pessoas, às vezes, não percebem nem afetam sua visão naquele momento, mas que já podem representar um dano e devem ser tratadas.
O fato de existir no Brasil entre 13 milhões e 14 milhões de pessoas com diabetes dá grande ênfase à importância dos exames preventivos. “A grande batalha da classe médica é conseguir realizar a cobertura diagnóstica dos pacientes que precisam do exame”, afirmou Fernando Malerbi.
A fim permitir a realização desse exame em número amplo de pacientes diabéticos, a SBD lançou programa para que médicos recebam voluntariamente, em seus consultórios, pacientes jovens com diabetes que não têm acesso a esse tipo de investigação. O projeto piloto foi lançado no Rio de Janeiro e é coordenado pela vice-presidente da instituição, Solange Travassos. Outras entidades se engajaram no projeto, como a SBRV, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
Uma rotina de visitas ao oftalmologista é fundamental para melhorar as condições de saúde ocular das pessoas no país”, disse André Gomes, médico integrante do conselho consultivo da SBRV. Ele afirmou que três fatores são decisivos para a manutenção da saúde ocular: estilo de vida equilibrado, diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Pesquisa
Pesquisa sobre saúde ocular, realizada presencialmente pelo Instituto Datafolha em outubro do ano passado, com 2.088 brasileiros com 16 anos ou mais, em todas as regiões do país, apurou que metade da população tinha alguma dificuldade para enxergar. A maioria (58%) não tinha o hábito de ir ao oftalmologista anualmente e 10% afirmaram ter diabetes, principal causa de cegueira evitável.
Um em cada três brasileiros admitiu não ir ao consultório de um especialista e entre os que costumavam ir, 34% informaram que a última consulta foi há dois anos ou mais. Somente cerca de 40% realizaram outros exames e não apenas o teste para medir grau de lente de correção. De acordo com a pesquisa, 95% das pessoas que visitaram um oftalmologista realizaram apenas o “teste de letrinha”, para medir grau de correção visual. Outros exames, como o mapeamento de retina, foram realizados por quatro em cada dez pacientes e 5% dos que se consultaram com especialistas não realizaram nenhum teste.
O diretor da SBRV disse que a grande maioria dos pacientes, cuja queixa de problemas visuais esteja relacionada a óculos, só vai saber se tem alguma coisa mais grave se fizer exame de fundo de olho, medição da pressão ocular com o oftalmologista, com frequência anual.
Por - Agência Brasil
Quando o assunto é câncer infantojuvenil, informação e diagnóstico precoces são as armas mais poderosas para chegar a cura.
Apesar de, no Brasil, o câncer já ser a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos (8% do total), o progresso no tratamento desse público, nas últimas quatro décadas, foi muito significativo, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
“Hoje, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado”, diz o Inca.
Entre os tumores mais frequentes na infância e na adolescência estão as leucemias (que afetam os glóbulos brancos) e os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático). Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).
Semelhança com doenças comuns
Segundo o diretor do Hospital de Amor Infantojuvenil, em Barretos (SP), Luiz Fernando Lopes, referência no tratamento de câncer no país, o maior problema do diagnóstico precoce por profissionais de saúde nesses casos é a semelhança dos primeiros sintomas com os de doenças comuns na infância.
“Um dos nossos grandes problemas é que crianças e adolescentes chegam aos centros especializados de tratamento com a doença em estágio avançado por diversos fatores: desinformação dos pais, o medo do diagnóstico e até desinformação da equipe de saúde”, ressalta.
O médico aponta que sinais como caroços no pescoço, axila e virilha, gânglios que não somem, dores nas pernas que não passam e atrapalham as atividades das crianças, manchas arroxeadas e pintinhas vermelhas na pele, além de vômitos, dores de cabeça e perda de equilíbrio frequentes devem ser investigados.
Situações como aumento no tamanho da barriga e brilho branco em um ou dois olhos quando as crianças são fotografadas com flash também podem ser um alerta para alguns tipo de câncer infantil.
Informação
Em Barretos, o médico teve a prova de que informação pode fazer toda a diferença. Lá, desde 2012, no mês de novembro, é realizada a Caminhada Passos que Salvam. Uma das importantes ações da campanha é a chance de que municípios participantes enviem um médico para realizar uma capacitação no Hospital de Amor. Esses profissionais passam a reconhecer os tumores precocemente e ficam em contato direto com os profissionais do hospital, permitindo que as crianças e adolescentes cheguem o quanto antes para tratamento, aumentando suas chances de cura.
“Graças à Passos que Salvam nós conseguimos reduzir em 20% o diagnóstico tardio e, com as próximas edições, acreditamos que vamos conseguir ainda mais! É uma mobilização que só nos traz ganhos!”, disse o médico Luiz Fernando Lopes à Agência Brasil.
A primeira edição da Passos que Salvam teve a mobilização de 19 municípios do estado de São Paulo e dois de Rondônia. Em 2019, 650 cidades, em 19 estados do país, além de um grupo de brasileiros que reside em Londres, no Reino Unido, se uniram em favor dessa causa. Com a pandemia, as últimas edições tiveram formato online.
Além da capacitação de médicos, o evento tem dois importantes focos. O primeiro é a conscientização da população sobre a existência do câncer em crianças e adolescentes e a importância do diagnóstico precoce com alerta para os principais sinais e sintomas. O segundo é voltado para a captação de recursos com a venda de kits, ajudando a custear exames e procedimentos que não são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Inca estima que para cada ano do triênio 2020/2022 sejam diagnosticados no Brasil 8.460 novos casos de câncer infanto-juvenis (4.310 em homens e 4.150 em mulheres). Os índices correspondem a um risco estimado de 137,87 casos novos por milhão no sexo masculino e de 139,04 por milhão para o sexo feminino.
Por - Agência Brasil
Com a chegada da campanha de vacinação contra gripe no Estado, nesta segunda-feira (4), as dúvidas voltam a ganhar espaço, especialmente considerando que muitos paranaenses ainda estão na fila das vacinas contra a Covid-19, que já estão na quarta fase.
Atualmente, o Paraná oferta a imunização contra a Covid-19 para toda a população adulta, da 1ª dose até o reforço (DR), e também ao público infantil, que já começou a receber a 2ª dose do imunizante. Ao todo, mais de 9 milhões de pessoas já completaram o ciclo primário de vacinação, ou seja, receberam duas doses ou a dose única da vacina. Também há orientação para idosos acima de 60 anos e imunossuprimidos buscarem a dose adicional, ou quarta dose. Para DR ou dose adicional, a orientação é de respeitar o intervalo de quatro meses da aplicação anterior.
Para a gripe, a previsão é de que a campanha ocorra em duas etapas. A primeira se estenderá entre o início das aplicações até o dia 2 de maio, com direcionamento para idosos acima de 60 anos e trabalhadores da saúde.
Já a segunda fase acontece entre os dias 3 de maio e 4 de junho, abrangendo os seguintes grupos: crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes e puérperas, povos indígenas, professores, comorbidades, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento e forças armadas, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.
No Paraná, a estimativa do Ministério da Saúde é que 4.308.575 pessoas elencadas como grupos prioritários, deverão ser vacinadas durante a campanha da gripe. A meta é atingir pelo menos 90% deste público. A nova vacina protegerá contra os subtipos da Influenza A (H1N1 e H3N2) e um subtipo da Influenza B. O imunizante também é ofertado por instituições privadas de saúde.
Neste guia estão algumas respostas, principalmente para as pessoas mais idosas.
Pode tomar as vacinas para Covid-19 e Influenza no mesmo dia?
A aplicação simultânea das doses pode ser realizada em toda a população acima de 12 anos, desde que não possua sintomas gripais ou não tenha contraído Covid-19 nos últimos 30 dias. Neste caso, é necessário aguardar o fim dos sintomas, de maneira que o organismo se recupere completamente para a administração das vacinas. Essa é uma nova orientação. Em 2021, com a novidade das fórmulas contra Covid-19, era preciso aguardar 14 dias. Mas há segurança e eficácia na aplicação conjunta.
Crianças podem tomar vacinas contra Covid-19 e Influenza no mesmo dia?
Nesse caso, para crianças entre 5 e 11 anos, é necessário aguardar um intervalo de 15 dias entre a aplicação das doses, independente da ordem. Aquelas crianças que não receberam nenhuma vacina devem receber primeiro contra a Covid-19, e após 15 dias a da gripe. No caso da Influenza, a vacina já está disponível a partir dos 6 meses de idade.
Como é realizada a aplicação dos imunizantes?
Seguindo as orientações previstas no Plano Nacional de Imunizações, o processo de aplicação simultânea é feito com a administração de uma dose em cada braço.
Quando não devo tomar as vacinas?
As vacinas não devem ser administradas para pessoas que possuam sintomas gripais, que tenham testado positivo para Covid-19 nos últimos 30 dias ou pessoas com história de anafilaxia grave a doses anteriores, segundo o Ministério da Saúde.
Como saber se posso tomar a dose de reforço ou a vacina contra a Covid-19?
As vacinas contra a Covid-19 já estão disponíveis nas unidades de saúde. A orientação é fazer o reforço com Pfizer, AstraZeneca ou Janssen em todos os adultos a partir dos 18 anos. O intervalo para a aplicação adicional considera a marca do imunizante no esquema vacinal inicial. Para Coronavac, Pfizer e AstraZeneca, o reforço é quatro meses após a segunda, preferencialmente com a Pfizer e alternativamente com Janssen ou Astrazeneca. Para Janssen, o reforço é após dois meses a dose única, também com Janssen ou Pfizer (alternativa). A quarta dose vale apenas para idosos acima de 60 anos e imunossuprimidos, com intervalo de quatro meses.
O cronograma da campanha da gripe segue a orientação do Ministério da Saúde, começando em grupos prioritários. Confira as fases AQUI.
Por - AEN
O ator Bruce Willis suspendeu sua carreira na última quarta-feira (30), após ter sido diagnosticado com a condição chamada afasia.
O nome é dado para uma disfunção que faz com que o paciente tenha dificuldade de se comunicar adequadamente, afetando a compreensão de imagens e sons, bem como distintas modalidades de expressão.
O paciente com afasia pode enfrentar problemas para ler textos, entender falas e sons, falar e escrever. A condição não se confunde com outras, como disartria (dificuldade de articular palavras da forma correta), disfonia (que causa rouquidão) ou da doença de Alzheimer.
“Temos basicamente duas áreas principais relacionadas com a linguagem. A área primária, relacionada com a parte motora, que utiliza músculos apropriados para verbalização. Outra área é da compreensão. Entre elas há uma conexão. É bem comum que pacientes com lesões nessa localização apresentam alterações na linguagem”, explica o neurocirurgião Ricardo Santos de Oliveira.
Há dois tipos de afasia. A mais grave é denominada pelos médicos de primária. Ela está associada a doenças degenerativas e provoca a morte de neurônios. Neste caso, a evolução da condição é mais progressiva.
Segundo a neurologista Jane Machado de Castro, do Hospital Anchieta, em Brasília, neste tipo não há tratamento ou capacidade de recuperar o paciente mas de lidar com os desconfortos que ela produz.
“Geralmente é doença incurável, intratável e que requer tratamento multidisciplinar. Na afasia primária, um tratamento é tentar retardar os sintomas. Mas ela vai evoluir progressivamente”, explica a profissional.
Afasia secundária
O segundo tipo é nomeado de afasia secundária, e está relacionado a doenças ou episódios que ocasionam lesões no cérebro. São exemplos o traumatismo craniano, o acidente vascular cerebral (AVC) e doenças infecciosas.
Nessa situação, os pacientes sofrem também com os efeitos vinculados a dificuldades na compreensão da linguagem e em formas diferentes de expressão. Mas conforme a médica Jane de Castro é possível tratar a condição.
“Quando você tem AVC e o paciente não consegue falar, se ele tiver potencial para se recuperar da lesão ele pode conseguir. Mas ele vai precisar de acompanhamento fonoaudiológico e de outras áreas. Numa infecção localizada também pode acontecer de recuperar”, diz a médica.
Na afasia secundária, é possível adotar medidas para prevenir a lesão ou o episódio causador da condição. A profissional lembra que há práticas importantes para evitar AVCs ou doenças cardiovasculares, como controle de peso, hábitos saudáveis, o afastamento do tabagismo e comportamentos regulares do sono.
Os sintomas da doença vão aparecer na dificuldade de comunicação, como frases curtas ou com palavras, enunciados sem sentido, trocas de palavras e fonemas e incapacidade de entender conversas com outras pessoas.
O diagnóstico é clínico, depende da análise de um médico, especializados em neurologia. O neurocirurgião Ricardo dos Santos Oliveira recomenda a procura do profissional adequado assim que os sintomas se manifestarem.
“Qualquer alteração da linguagem é simples de se notar. Isso indica que possa estar ocorrendo algum problema na linguagem. Essas alterações assim que notadas precisam ser avaliadas. Fazemos um exame chamado ressonância nuclear magnética, que avalia com precisão todo o cérebro”, explicou.
Por - Agência Brasil