O Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (6), o Programa de Qualificação do Sistema Nacional de Transplantes por meio da avaliação de critérios e indicadores, o QualiDot.
A medida visa reclassificar todos os centros transplantadores do país para aperfeiçoar os mecanismos de controle relativos aos resultados dos transplantes.
Podem aderir ao programa hospitais com atividades transplantadoras de, no mínimo, 2 anos. O QualiDot vai monitorar e avaliar os serviços de transplantes de órgãos e de medula óssea, mediante acompanhamento de indicadores quali-quantitativos e a concessão de incentivo financeiro adicional para serviços de alta performance.
De acordo com Ministério da Saúde, a novidade da ferramenta está na redefinição e criação de incentivo sobre indicadores de qualidade em doação e transplantes, passando pela estrutura e processo até chegar nos resultados. Após a reclassificação de todos os centros transplantadores. Serão investidos R$ 26 milhões no programa.
O programa inclui 34 procedimentos, além de outros que foram recentemente incluídos: pâncreas e pâncreas-rim, além de acompanhamento pré e pós-operatório de pacientes.
A classificação será renovada a cada 2 anos, mediante apresentação, pelos hospitais, das mesmas comprovações e instrumentos de avaliação atualizados por meio da respectiva Central Estadual de Transplantes e Secretaria de Saúde do Estado.
Recursos
Para a liberação do incentivo financeiro sobre indicadores de qualidade do QualiDot serão considerados, entre outros pontos, a porcentagem de doações efetivas em relação ao total de notificações de morte encefálica nos últimos 2 anos; a média do número de transplantes realizados por órgão ou célula, por estabelecimento na UF, em 24 meses; a sobrevida dos pacientes em 1 ano e 2 anos pós-transplante, dependendo da modalidade; e o tempo médio de espera em lista, em dias, para transplante de órgãos.
Sistema Nacional
Atualmente, existem no Brasil uma central nacional e 27 centrais estaduais de transplantes; 648 hospitais, 1.253 serviços e 1.664 equipes de transplantes habilitados; 78 organizações de procura por órgãos; 516 comissões intra-hospitalares de doação de órgãos e tecidos para transplantes; 52 bancos de tecido ocular; 13 câmaras técnicas nacionais; 12 bancos de multitecidos; além de 48 laboratórios de histocompatibilidade. Trata-se do maior sistema de transplantes do mundo.
Por - Agência Brasil
Entrou em vigor nesta segunda-feira (6), no Sistema Único de Saúde (SUS), a versão ampliada do teste do pezinho, que aumenta o número de doenças que podem ser detectadas nos primeiros dias de vida da criança. Atualmente, a versão ampliada está disponível apenas na rede particular de saúde do país.
No dia de hoje, é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, data que tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do exame. O médico geneticista Roberto Giugliani, professor do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, disse que este é um grande passo, por ampliar de seis para cerca de 60 o número de doenças que podem ser detectadas pelo teste, como já ocorre nos países mais avançados.
Giugliani disse à Agência Brasil que o teste do pezinho pode detectar precocemente doenças para as quais existe tratamento, que, entretanto, não pode ser iniciado enquanto não se tem o diagnóstico. As manifestações da doença, quando não têm diagnóstico, podem demorar algumas semanas ou meses e, quando esta já estiver instalada, pode já ser tarde para obter os melhores resultados no tratamento. A detecção precoce dá melhores benefícios ao paciente, ressaltou o professor.
Ele destacou que o número de doenças que podem se beneficiar do teste do pezinho vai aumentando, na medida em que mais exames podem ser feitos a partir das gotinhas de sangue colhidas dos recém-nascidos. E mais doenças podem ser tratadas por terapias que estão sendo desenvolvidas. “É algo muito positivo”, reforçou Giugliani. “Necessariamente, o teste tem que ganhar maior abrangência.”
A ampliação do teste ocorrerá de forma escalonada e caberá ao Ministério da Saúde estabelecer os prazos para implementação de cada etapa do processo. Na primeira etapa, está prevista a adição da toxoplasmose congênita às seis doenças hoje detectadas. Na segunda etapa, serão incluídas a galactosemia, as aminoacidopatias, os distúrbios do ciclo de ureia e os da betaoxidação de ácidos graxos.
Na terceira etapa, entram as doenças lisossômicas de depósito, que incluem as mucopolissacaridoses (MPS) e, na quarta, problemas genéticos no sistema imunológico. A quinta e última etapa incluirá a atrofia medular espinhal. Isso significa que ainda levará alguns anos até que o exame ganhe abrangência nacional no sistema público.
Desafios
Segundo Giugliani, existem dificuldades técnicas para a implementação da Lei do Teste do Pezinho Ampliado (Lei nº 14.154), publicada em 27 de maio de 2021. Ele disse que não há problema quanto à coleta da amostra de sangue, mas ressaltou que os laboratórios estaduais e municipais precisam estar capacitados em termos de equipamentos e de treinamento de pessoal para fazer o diagnóstico das doenças que serão incorporadas ao exame. “Este é um dos desafios para implantar a ampliação do teste nacionalmente”, afirmou o médico, que destacou ainda a necessidade de protocolos muito claros do que será feito com os testes positivos, com os pacientes que necessitarão de tratamento e onde será o tratamento.
De acordo com artigo do médico Marcelo Ferraz de Oliveira Souto, professor da Universidade Federal de Minas Gerais, intitulado Triagem Neonatal/Teste do Pezinho no Brasil e no Mundo, alguns estados e municípios adotaram medidas próprias para ampliar a triagem neonatal, usando o orçamento público local.
O Distrito Federal foi pioneiro na área, com a Lei Distrital nº 4.190, de 6 de agosto de 2008, que acrescentou ao exame doenças como galactosemia, toxoplasmose congênita, deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase e leucinose. Mais recentemente, foram incluídas a imunodeficiência combinada grave e doenças lisossômicas. Foram aprovadas leis semelhantes na capital de São Paulo, na Paraíba, no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, todas sancionadas a partir de 2019, informou Souto.
Além disso, a cobertura da triagem neonatal convencional ainda não é satisfatória em muitas regiões, seja pela falta de ferramentas que compõem o sistema, seja por fatores socioeconômicos e culturais. Conforme dados do SUS, estados das regiões Norte, Sul e Nordeste têm menor percentual de recém-nascidos participantes do programa, abaixo de 40% de cobertura.
Atenção
Giugliani observou que, além de fazer o teste do pezinho nos bebês, os pais precisam ficar atentos a sinais de alerta. Nem todas as doenças genéticas apresentam sintomas antes de causar grandes e irreversíveis danos à saúde da criança, mas há indicadores que pedem avaliação mais profunda.
O geneticista chamou a atenção, em especial, para sinais de mucopolissacaridose do tipo 1 e 2, principalmente quando aparecem combinados, ao mesmo tempo, como deficiências respiratória e auditiva, aparecimento de hérnia, por exemplo. Nesse caso, é necessário buscar um médico para uma avaliação adicional. Quando os sinais surgem combinados, deve-se suspeitar de alguma doença e levar a criança ao pediatra, para que tenha o encaminhamento devido. “É sempre um benefício, em relação a detectar mais tarde.”
Estudos mostram que o resultado do tratamento de MPS é bem melhor quando começa a ser feito nos primeiros meses de vida. “Esta é a razão pela qual os MPS já foram incluídos no teste do pezinho nos Estados Unidos, pela vantagem de ter um diagnóstico precoce, porque já existe um método que vai permitir iniciar o tratamento mais cedo, com maiores benefícios”, afirmou.
A ampliação do alcance do teste do pezinho não cria casos novos, apenas apresenta o diagnóstico mais precoce, o que proporciona melhores resultados no tratamento..
Anvisa
Para Giugliani, um tratamento capaz de agir em todas as partes do corpo, incluindo o sistema nervoso, será capaz de atender a todos os pacientes e mudará o curso de muitos dos que têm mucopolissacaridoses. Esse tratamento precisa ultrapassar a barreira que separa o sangue do cérebro, algo que as medicações atuais não fazem.
O geneticista conduz estudos clínicos sobre MPS 1 e 2 no Brasil com a primeira terapia de reposição enzimática que, embora administrada no sangue, é capaz de chegar ao cérebro. Tal terapia já está aprovada no Japão e está em análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Giugliani explicou que foi feita uma modificação na enzima, permitindo que esta cruze as barreiras que separam o sangue do cérebro. Assim, mesmo administrada na veia, ela chega ao cérebro. “É o mesmo tipo de tratamento de infusão na veia, com a vantagem de conseguir chegar ao cérebro. Para ter sucesso, esse tipo de tratamento deve ser adotado o mais cedo possível.”
Por - Agência Brasil
A 6ª edição da campanha Junho Lilás, iniciada no último dia 1º, chama a atenção para a realização do teste do pezinho e, especialmente, do teste do pezinho ampliado.
A campanha é encabeçada pelo Instituto Jô Clemente (IJC), antiga Apae de São Paulo, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM) e União Nacional dos Serviços de Referência em Triagem Neonatal (Unisert).
“Nosso intuito é orientar a sociedade sobre a necessidade de se fazer o teste do pezinho e de expandir a todos os bebês brasileiros o acesso ao teste do pezinho ampliado para o diagnóstico precoce de dezenas de doenças graves e raras, que demandam intervenções clínicas, emergenciais e tratamentos específicos”, destaca a superintendente Geral do IJC e presidente da Unisert, Daniela Mendes.
Na maior parte do país, o teste do pezinho oferecido na rede pública pelo Sistema Único de Saúde (SUS) contempla a análise de seis doenças - fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme e demais hemoglobinopatias, hiperplasia adrenal congênita e deficiência biotinidase. Já o teste ampliado pode detectar 50 doenças. Na capital paulista, os bebês nascidos na rede pública já têm acesso ao teste do pezinho ampliado.
“O diagnóstico precoce é capaz de descobrir doenças genéticas, congênitas, infecciosas, erros inatos do metabolismo e da imunidade e, assim, realizar a intervenção precoce e oportuna, evitar danos relacionados ao desenvolvimento neuropsicomotor, sequelas, internações e mortes, proporcionando qualidade de vida à criança e à sua família”, ressalta a diretora da Saúde da Criança e do Adolescente da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, a médica Athenê Maria de Marco França Mauro.
O teste do pezinho, obrigatoriamente, deve ser oferecido a todas as crianças nascidas no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Lei 14.154 de 2021, sancionada em 26 de maio de 2021 pelo presidente Jair Bolsonaro, ampliou para 53 a lista de doenças a serem investigadas no teste do pezinho feito pela rede pública em todo o país.
“O grande número de erros no metabolismo existentes pode resultar em quadros clínicos diversos, variando desde pacientes assintomáticos até casos mais graves, incluindo situações em que o bebê vai a óbito.
O foco da Triagem Neonatal Ampliada é evitar sequelas como a deficiência intelectual, além de melhorar a qualidade de vida do paciente tratado precocemente”, afirma médica Fernanda Monti, consultora em Erros Inatos do Metabolismo, no laboratório do Instituto Jô Clemente.
Por - Agência Brasil
A partir de hoje (4), pessoas a partir de 50 anos de idade e trabalhadores da saúde de todas as idades podem tomar a segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19 em todo Brasil. O Ministério da Saúde publicou, neste sábado, duas notas técnicas que ampliam a aplicação da quarta dose.
Anunciada na quinta-feira (2) pelo ministro Marcelo Queiroga, a medida foi oficializada hoje. A recomendação vale para quem tomou a primeira dose de reforço há pelo menos quatro meses.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que as notas técnicas consideram a necessidade de reforçar a imunização nessa faixa etária e para os trabalhadores que estão na linha de frente dos serviços de saúde, com maior risco de contaminação. As vacinas da Pfizer, Janssen e AstraZeneca podem ser usadas, independentemente da dose aplicada anteriormente.
A pasta destacou que a combinação de vacinas diferentes para a dose de reforço tem se revelado eficiente em aumentar a imunização. “Uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, encomendada pelo Ministério da Saúde, mostrou que a combinação heteróloga para a dose de reforço, ou seja, de vacinas diferentes, é mais eficaz”.
“Os resultados mostraram ainda que a dose de reforço pode aumentar em até 100 vezes a produção de anticorpos contra a covid-19. Até agora, mais de 4,5 milhões de brasileiros tomaram a segunda dose de reforço”, ressaltou o comunicado.
Orientações
O Ministério da Saúde pediu que estados e municípios sigam as orientações da pasta para a campanha nacional de vacinação contra a covid-19. Segundo a pasta, a distribuição das doses é feita de forma equânime e proporcional em todo o país, conforme a necessidade de cada unidade federativa.
Até agora, informou o ministério, o governo federal distribuiu quase 500 milhões de doses em todo o Brasil, garantindo a proteção de 77% da população com as duas doses. Mais de 85,9 milhões de pessoas tomaram a primeira dose de reforço.
Por - Agência Brasil
O Dia Mundial de Ação dos Transtornos Alimentares, comemorado hoje (2), tem como foco este ano o movimento Cuidando de quem cuida.
A data foi criada em 2015 pela Academy for Eating Disorders, e seu objetivo principal é promover ações mundiais para conscientizar, sensibilizar e informar a população sobre os problemas relacionados a esses distúrbios.
Em todo o mundo, estima-se que mais de 70 milhões de pessoas sejam afetadas por alguma forma de transtorno alimentar, seja anorexia, bulimia, transtorno de compulsão alimentar, entre outras. O coordenador da Comissão de Transtornos Alimentares da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), José Carlos Appolinário, disse que os transtornos alimentares são doenças mentais diferentes, “porque o limite entre a doença mental e a doença clínica, às vezes, é muito tênue”.
Pessoas com anorexia nervosa, por exemplo, podem atingir graus de desnutrição muito grandes, perda de proteínas, baixa de pressão arterial e de potássio, podem até morrer em função da desnutrição. As pessoas com bulimia nervosa, com vômitos autoinduzidos e uso de laxativos e diuréticos, podem causar alterações hidroeletrolíticas que também podem levar à morte. Essas alterações ocorrem quando os níveis de hidratação e de eletrólitos corporais, como sódio, potássio, cálcio, magnésio, entre outros, estão descompensados. “São transtornos mentais com consequências muito importantes sobre a saúde física dos indivíduos”.
Multiprofissional
Segundo o médico psiquiatra, a ABP tem incentivado a divulgação desta data e de todos os tópicos da campanha. Como associação de psiquiatras e profissionais de saúde mental, a entidade tem o papel importante de ajudar a população a ter um conhecimento maior sobre transtornos alimentares. De acordo com ele, isso pode fazer com que as pessoas tenham um diagnóstico precoce, porque quanto mais cedo é iniciado o tratamento, melhor é o prognóstico. “Essa conscientização da população em relação a transtornos alimentares é uma atividade que a ABP desenvolve, inclusive divulgando o dia mundial e levando informação à sociedade. Os pais e familiares vão ser muito ajudados nisso para levar mais precocemente seus filhos, parentes e pessoas conhecidas que tenham esses problemas a suspeitar antecipadamente da doença”, afirmou.
O tratamento para pessoas com transtornos alimentares tem que ser multiprofissional. Deve ser conduzido por um psiquiatra, um psicólogo, um nutricionista e um clínico. “Esses quatro profissionais têm que atuar conjuntamente. Várias dessas condições vão necessitar de conhecimentos específicos”, lembrou o especialista, acrescentando que a anorexia nervosa é considerada a doença de maior mortalidade na psiquiatria.
Treinamento
A ABP realiza também treinamentos e programas de desenvolvimento dos próprios psiquiatras, para que tenham, cada vez mais, melhor capacitação no tratamento da doença. No Brasil, o maior número de transtornos alimentares inclui bulimia, anorexia nervosa e compulsão alimentar. Considerando todos os transtornos alimentares, conjuntamente, há uma prevalência em 3% a 4% da população. José Carlos Appolinário advertiu, entretanto, que há casos que não são ainda transtornos propriamente ditos, mas que necessitam acompanhamento e tratamento.
“A gente chama de síndromes parciais. Você ainda não tem um baixo peso, mas um comportamento alimentar muito restrito. Está em queda de peso muito acentuada. Ou, então, não tem ainda uma frequência muito alta, mas já começou a induzir vômitos depois de episódios de compulsão, ou seja, não tem um diagnóstico completo, mas já necessitaria de acompanhamento”. De acordo com o médico, se somarmos tudo isso, podem ser identificadas síndromes parciais.
Diante dessas doenças complexas, que alteram o comportamento do indivíduo e, geralmente, a partir de idade muito jovem - em geral, fim da infância ou início da adolescência - com a pessoa ainda muito ligada aos pais, os familiares ficam perturbados com todas as modificações, disse o coordenador da Comissão da ABP, também professor da Universidade Federal do Rio.
Relação familiar
“Isso perturba, principalmente, uma função de relação familiar, que é a alimentação”, afirma Apolinário. A pessoa com anorexia nervosa rejeita comida, não senta com a família para fazer as refeições. Isso mexe com a relação familiar e provoca sobrecarga em relação à doença e ao tratamento. Por isso, ele sugere que a família participe do tratamento desde o início das alterações. Também reforça a importância de se tratar não só os doentes, mas dar apoio e suporte aos familiares, amigos, companheiros (as), pessoas que estão ajudando a cuidar de quem está com transtornos alimentares.
Muitas vezes, a pessoa com esse tipo de distúrbios não aceita que está com a doença e que precisa buscar tratamento. Por isso, é preciso cuidar também dos cuidadores, que vão precisar de muito apoio e suporte. O papel do cuidador é de extrema importância no processo de recuperação dos afetados por transtornos alimentares. A ABP destacou que para cuidar do outro faz-se necessário o autocuidado.
A associação sugeriu algumas estratégias simples que podem ajudar na qualidade de vida do cuidador, como dividir tarefas, dedicar um tempo para si, cuidando da própria saúde física, e construir uma rede de apoio para que possa pedir ajuda. Segundo a ABP, os transtornos alimentares, quando tratados precoce e corretamente, têm importante taxa de recuperação.
Agente de transformação
Para marcar a data, a Associação Brasileira de Transtornos Alimentares (Astral), que congrega mais de 40 grupos especializados de diversas regiões do país, promove campanha com o tema Seja um agente de transformação!.
A campanha inclui a publicação de uma série de vídeos e pequenos informativos para as redes sociais da entidade, produzidos em colaboração com profissionais de saúde especializados.
A Astral defende que a prevenção dos transtornos alimentares se faz estimulando uma alimentação saudável e adequada, livre da cultura da dieta e da culpa, “um estilo de vida ativo, sem foco exclusivo no peso corporal, e o incentivo à construção de uma imagem corporal positiva”.
Por - Agência Brasil
O Ministério da Saúde iniciou hoje (1º) à terceira edição da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil), para identificar as condições de saúde bucal da população e subsidiar a elaboração de políticas públicas na área. Até o final do mês, a pesquisa vai coletar dados da população em 422 municípios.
O estudo inclui 395 municípios do interior, 26 capitais e o Distrito Federal.
O SB Brasil é o maior estudo sobre as condições de saúde bucal da população brasileira. Este ano, o estudo será realizado com 50.800 pessoas. Na primeira etapa, os profissionais da Atenção Primária à Saúde Bucal passarão de porta em porta para convidar a população para a pesquisa e buscar pessoas dentro das faixas etárias selecionadas. Na segunda fase, serão coletados dados socioeconômicos, por meio de questionário, com realização do exame bucal.
O Ministério da Saúde considera que a participação da população é muito importante porque, além de contribuir na pesquisa, o participante que apresentar algum problema bucal já será encaminhado para a Unidade Básica de Saúde (UBS) local.
Participação
O secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Parente, ressaltou a importância da ação. “A participação é importante para o ministério conhecer melhor a saúde bucal da população. O nosso compromisso é garantir o acesso de toda a população brasileira ao serviço odontológico”, disse o secretário.
Farão parte da pesquisa pessoas de cinco grupos, com idades de 5 anos, 12 anos, 15 a 19 anos, 35 a 44 anos e 65 a 74 anos. Será verificada também a necessidade de tratamento dentário, de urgência de tratamento e de próteses dentárias.
No interior dos estados, serão pesquisadas 100 pessoas de cada idade índice ou grupo etário, totalizando 500 pessoas. Nas capitais, foram definidas 250 pessoas para as idades índices de 5 e 12 anos e de 300 pessoas para os outros grupos etários (15 a 19 anos, 35 a 44 anos e 65 a 74 anos), totalizando 1.400 pessoas. Somando as cidades do interior com a capital, cada estado participará da pesquisa com um total de 1.900 pessoas.
Continuidade
O SB Brasil 2022 dá continuidade às pesquisas realizadas em 2003 e 2010. Os investimentos do Ministério da Saúde nessa primeira fase da pesquisa somam cerca de R$ 4 milhões.
Por meio da pesquisa, busca-se identificar as doenças bucais mais prevalentes, como a cárie dentária e a doença periodontal, bem como a necessidade de próteses dentárias, condições de oclusão, traumatismo dentário e o impacto das condições de saúde bucal na qualidade de vida, entre outros aspectos.
Por - Agência Brasil