A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) está promovendo neste mês a campanha Janeiro Roxo, que visa conscientizar a população contra o estigma e o preconceito vinculados à hanseníase.
Segundo o presidente da SBD, Heitor Gonçalves, a iniciativa destina-se ainda às autoridades públicas, no sentido de chamar a atenção para a necessidade de mais investimentos para o controle da hanseníase, aos profissionais de saúde, para reacender a discussão técnica e política sobre a problemática da hanseníase e à imprensa, para que tome conhecimento e seja aliada da campanha.
Gonçalves disse que o nome da campanha decorre do fato de a cor roxa sinalizar a criatividade e o aprofundamento sobre o estudo das questões “e, principalmente, a luta contra uma causa sem amarras e sem preconceitos. Daí o lema Janeiro Roxo, um mês de combate ao preconceito contra a hanseníase”.
Informações sobre a campanha podem ser obtidas no site da campanha. O Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase é comemorado no último domingo de janeiro.
Bacilo
O bacilo causador da hanseníase foi identificado no século 19, pelo médico norueguês e pesquisador de saúde pública Gerhard Armauer Hansen. Naquela época, a doença já carregava preconceito, segregação e era chamada de lepra, em tom pejorativo. Por conta do sobrenome do pesquisador, a doença passou a ser chamada hanseníase. Passados quase 150 anos, profissionais da saúde ainda promovem campanhas de esclarecimento e ações na mídia para desmitificar a hanseníase.
O chefe do Departamento de Hanseníase da SBD, Egon Daxbacher, disse à Agência Brasil que a doença não é contagiosa, desde que sejam tomadas medidas de prevenção e precaução. No passado, os pacientes eram isolados e segregados.
Ao perceber sintomas como manchas mais claras que a pele, ou avermelhadas, que têm alteração de sensibilidade quando testadas, além de sensação de choque, dormência ou fisgada nos pés e mãos, a pessoa deve procurar uma unidade básica de saúde ou um dermatologista. Isso deve ser feito também por pessoas da família que moram com o paciente ou que tiveram contato prolongado e próximo com ele, porque têm mais risco de adoecimento.
O dermatologista advertiu que esses sintomas podem evoluir para deformidades, caroços, quando a doença adquire uma forma mais avançada. A procura por tratamento se explica, do mesmo modo, porque, se não for hanseníase, pode ser outra doença de pele que necessita de diagnóstico.
A identificação precoce evita danos aos nervos e movimentos, afirmou Daxbacher. Diferentemente do que se imagina, a hanseníase não está presente apenas em locais mais carentes e sem saneamento básico, podendo ocorrer em todas as camadas da sociedade. A doença é gerada pela bactéria Mycobacterium leprae e transmitida para outras pessoas caso não haja tratamento. Qualquer indivíduo pode ser acometido.
Quando já instalada no organismo, é percebida alteração ou perda da sensibilidade ao calor e ao frio, dor, fraqueza muscular dos membros e até incapacidade da visão.
Quadro preocupante
A Sociedade Brasileira de Dermatologia considera preocupante o quadro da hanseníase no Brasil. Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde sobre hanseníase, em 2019, antes da pandemia de covid-19, foram notificados 27.864 novos casos no país, o equivalente a 93% de todos os registros da região das Américas e a 13,7% dos números globais do ano.
Em 2020, foram informados à Organização Mundial da Saúde (OMS) mais 127.396 casos, dos quais 19.195 (15,1%) ocorreram na região das Américas, sendo 17.979 notificados no Brasil, ou seja, 93,6% do número de casos novos das Américas. Brasil, Índia e Indonésia reportaram mais de 10 mil casos novos, correspondendo a 74% das notificações feitas em 2020. Em número de casos de hanseníase, o Brasil é o segundo no mundo, atrás apenas da Índia.
O boletim epidemiológico publicado neste ano sobre a doença, com dados referentes a 2021, informa que o Brasil diagnosticou 15.155 casos novos de hanseníase. Para o médico Egon Daxbacher, esses números mostram queda, que pode chegar a até 50% em algumas regiões, relacionada à pandemia de covid-19. “Isso foi decorrente, realmente, da dificuldade de acesso [ao tratamento], por conta da pandemia”. A pandemia prejudicou a procura de tratamento, disse Daxbacher. A preocupação da SBD é orientar a população, dar acesso ao tratamento, fazer com que as pessoas conheçam os sintomas e se curem, antes de ocorrerem danos maiores, quando a doença alcança os nervos e prejudica os movimentos.
Sequelas
“Como é uma doença que, se diagnosticada tardiamente, pode trazer sequelas, como perda de movimento e deformidades, qualquer um que fale que tem a doença, as outras pessoas já ficam com preconceito”, ressaltou o médico. “Mas sabemos que, se for tratada logo no início, com o aparecimento de uma pequena mancha ou alteração da sensibilidade, a doença tem cura. Às vezes, a pessoa nem tem deformidade, mas já é vista como alguém fadado a ficar assim”, afirmou. “Isso gera preconceito desde os tempos bíblicos”. Daxbacher deixou claro que o isolamento não é necessário, uma vez que, cerca de 15 dias depois de iniciado o tratamento, o paciente deixa de transmitir a doença.
De acordo com o especialista, há também uma defesa natural nas pessoas contra a doença. “Não é fácil adquirir. Não é uma virose respiratória, como a gripe. Essa bactéria a gente consegue combater internamente, no nosso organismo, na maioria dos casos.” Daxbacher enfatizou que a campanha Janeiro Roxo objetiva manter ativa a lembrança da doença entre os profissionais de saúde, para que estes, ao se deparar com casos e sintomas parecidos, lembrem-se da hanseníase.
A SBD, que se dirige ainda a outros profissionais da área de saúde, principalmente os médicos de família, que ficam mais próximos da saúde pública da comunidade, destacou que seu site traz orientações, esclarece mitos e verdades sobre a hanseníase, além de responder a perguntas e dar mais informações à população.
Por - Agência Brasil
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou nesta segunda-feira (2) o primeiro medicamento injetável para sobrepeso e obesidade - o Wegovy (semaglutida 2,4mg).
A injeção, que deve ser aplicada semanalmente, promoveu uma redução média de 17% do peso corporal nos pacientes, segundo estudo (leia mais abaixo).
A semaglutida é um análogo ao GLP-1, hormônio que temos no intestino: toda vez que uma pessoa se alimenta, ele sinaliza para o cérebro que é hora de reduzir a fome, retardar o esvaziamento do estômago e aumentar a produção de insulina, que promove a absorção da glicose nas células.
"O nosso hormônio dura 10 minutos, já a semaglutida dura uma semana. Aquela sensação de 'comi e perdi a minha fome' é dada pelo GLP-1 e a semaglutida é um medicamento que imita essa ação. O paciente tem a sensação de que está sem fome. E, se ele come, para de comer porque o estômago enche rápido", explicou o endocrinologista João Eduardo Salles em entrevista ao g1 em 2021.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Paulo Miranda, a aprovação é um marco importante no combate à obesidade. "A aprovação traz para nós uma nova medicação, uma nova ferramenta farmacológica para o tratamento de pessoas com obesidade ou sobrepeso associado a comorbidades".
Apesar de positiva, a aprovação soma menos do que poderia na visão do presidente da SBEM, visto que o medicamento é caro e provavelmente demorará a chegar a maior parte da população, principalmente para aqueles que dependem do SUS.
Sobre a comercialização, a farmacêutica Novo Nordisk disse que ainda não há uma data definida para que a semaglutida chegue ao mercado brasileiro.
"Ainda não há uma data definida para que ele chegue ao mercado visto que, após a análise de conformidade pela Anvisa, deve-se aguardar a finalização de outros processos, como a definição de preços pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos", informou a farmacêutica em comunicado.
Redução média de 17% do peso corporal
A aprovação da Anvisa foi baseada nos resultados do programa de ensaios clínicos STEP (Semaglutide Treatment Effect in People with Obesity). Nele, os pacientes que utilizaram o Wegovy conseguiram uma perda de peso corporal média de 17% em 68 semanas, contra 2,4% do grupo placebo.
Além disso, um em cada três pacientes perdeu 20% do seu peso corporal e 83,5% dos pacientes alcançaram uma redução de 5% ou mais com a utilização do medicamento contra 31,1% do grupo placebo.
Caneta de semaglutida — Foto: g1
Por - G1
Neste dia 21 começa, oficialmente, o verão.
A chegada desta estação nos proporciona lindos dias de sol e calor. Mas, infelizmente, a exposição prolongada ao sol é um fator de preocupação. Entre as 10 e 16 horas, a incidência da radiação solar é mais agressiva, pois é neste período em que mais se concentra a emissão de radiação UVA (representando 95% dos raios solares que chegam até nós). Por isso, de bebês a adultos, nessa faixa horária é importante evitar a exposição direta ao sol para que haja menos riscos de surgimento de câncer de pele. A campanha Dezembro Laranja faz este alerta todos os anos, desde 2014, atuando pela conscientização e prevenção do câncer de pele, cada vez mais comum no Brasil.
Atualmente, o câncer de pele é considerado a segunda principal causa de morte no Brasil e no mundo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. No país, ele corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados anualmente. De acordo com a pesquisa do Instituto Nacional do Câncer, nos anos de 2023, 2024 e 2025 serão diagnosticados 704 mil casos por ano. Globalmente, a OMS afirma que haverá 27 milhões de novos casos até 2030, com 17 milhões de óbitos e 75 milhões de pessoas vivas anualmente com câncer. O maior efeito desse aumento vai incidir em países de baixa e média rendas. Porém, inúmeros estudos mostram que os cuidados de prevenção e o diagnóstico precoce ajudam a desacelerar esse crescimento e a ampliar os casos em que a cura é possível.
O câncer de pele é resultado dos efeitos da exposição solar em médio e longo prazo e pode aparecer a partir do surgimento de lesões pigmentadas – conhecidas como pintas ou nervos melanocíticos, os quais podem evoluir ou não para um quadro maligno durante a vida. Ele aparece em adultos, crianças e adolescentes, pois nossa pele tem “memória” e acumula os danos solares ao longo da vida. Desta forma, os cuidados devem começar na infância e se estender por toda a vida.
Entre os tipos de câncer de pele, o não-melanoma é o de maior incidência e mais baixa mortalidade. Considerado o mais comum em pessoas acima dos 40 anos, o câncer de pele é relativamente raro em crianças. Pacientes portadores de doenças cutâneas anteriores, como o vitiligo, tem menor proteção da pele contra o sol e maior risco de incidência do câncer de pele carcinoma espinocelular (tumor maligno).
Embora mais comum em pessoas de pele branca, o câncer de pele pode surgir também em pessoas pretas e asiáticas. Outro fator a ser observado é que ele pode aparecer embaixo da unha, na planta do pé e por meio do HPV, tanto na região bucal quanto na genital.
Se for à praia ou passar o dia em um local com piscina, lembre-se de aplicar protetor solar com FPS a partir de 30, reaplicando-o a cada quatro horas e, caso se molhe, reaplicando-o logo depois, na pele seca. Tentar evitar o horário de pico é importante, mas no verão o calor nos atrai para o sol e para a água, não é mesmo? Assim, abuse do protetor solar e corra para a sombra nos intervalos entre um mergulho e outro. Além disso, usar roupas de proteção UV ou mesmo roupas comuns, bonés e chapéus constituem uma ótima alternativa de cuidado.
Evitar a exposição solar contínua é, sem dúvida, o melhor caminho. Hábitos saudáveis também são fundamentais: diminuir o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar, fazer atividades físicas constantes e manter uma alimentação saudável são atitudes que contribuem muito para evitar a doença. Cuide de si mesmo e cuide de suas crianças. O câncer de pele é evitável, mas depende diretamente da sua atenção na prevenção.
* Rossana Vasconcelos é médica dermatologista e professora do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa.
Você é um daqueles que gosta de atividade física e ao mesmo considera o alongamento como um “saco”?
Pois é, esse sacrifício antes do seu momento de lazer pode te livrar de muitos revezes. Nesse sentido, saiba na sequência as três vantagens do alongamento para o exercício físico.
Previne lesões
Não importa se você esperou por muito tempo para jogar aquele futebol com os amigos, beach tennis e qualquer outra atividade física, ou seja, cumpra com uma série de alongamentos para evitar possíveis danos. São alguns minutos de sacríficos que valem a pena.
“A falta de alongamento pode levar a várias lesões, principalmente nas nossas articulações e também nos nossos ligamentos”, disse com exclusividade para o Sport Life a professora do curso de Educação Física do CEUB (Centro Universitário de Brasília) Hetty Lobo.
Importância
“O alongamento é essencial para as nossas atividades diárias. Muitas vezes as pessoas confundem e pensam que não é necessário fazer o alongamento. O alongamento vai nos trazer o benefício junto com a flexibilidade, que deve ser trabalhada ao longo das nossas vidas. Porque nós vamos perdendo essa flexibilidade com o passar dos anos. Perdendo essa flexibilidade, pode sim nos levar a essas lesões”, orienta Lobo.
Antes e depois
O fim do “play” já é o momento para se trocar no vestiário para depois confraternizar com a turma de amigos? Errado! Dedica alguns minutos para se alongar e posteriormente verá o quão será benéfico para o seu dia a dia.
“Realizar o alongamento antes e após o exercício físico. Vai trazer só benefícios para o nosso corpo e um alívio para as nossas dores. É de extrema relevância. Tão aí várias atividades como pilates, que trabalha o nosso fortalecimento muscular”, termina Hetty.
Ressalva
A ponderação é necessária apenas para os atletas de alto rendimento. A Universidade de Nevada, nos Estados Unidos, publicou um estudo no Journal of Strength and Conditioning Research em que mostrou que os alongamentos estáticos devem ser feitos somente depois do exercício. Esse tema foi publicado no ano de 2008 e até aqui não houve nenhum desdobramento sobre esse assunto.
Por Guilherme Faber
Tomar umas cervejas ou alguns bons drinks para celebrar uma noite de festas com os amigos sempre parece uma ideia divertida.
Porém, basta exagerar um pouco na medida para sentirmos na pele o peso da ressaca. No dia seguinte, acordamos com dores de cabeça, estômago embrulhado e o corpo extremamente cansado.
Não é preciso de muito para ver que o álcool minou as nossas resistências durante a noite e teve alguns impactos negativos em nossa saúde. Inclusive, inúmeros estudos associam o consumo excessivo de álcool ao câncer, à insuficiência cardíaca, à diabetes e por aí vai. Então, o que aconteceria conosco caso ficássemos um mês sem beber? Entenda!
Restaurando as energias
Após duas semanas sóbrio, você notará uma redução nas bolsas ao redor dos olhos e diminuição do cansaço em geral — sem contar que sua pele ficará mais radiante. Adicione mais uma semana e seus olhos estarão mais brilhantes e claros. No final do mês, a gordura no fígado reduzirá significantemente, aumentando sua capacidade de eliminar toxinas. Nessa fase, muitas pessoas observam uma redução do peso corporal.
Parar de beber também significa ter mais energia ao longo do dia, visto que o consumo de álcool em excesso pode aumentar a pressão arterial em níveis absurdos. Beber regularmente afeta a nossa qualidade de sono. Portanto, ao ficarmos limpos, estaremos aumentando nossas chances de dormir melhor, o bom humor se torna mais provável e estamos menos suscetíveis a ficar irritados. Curiosamente, pessoas que bebem menos chegam a ter até aumento na libido.
Benefícios psicológicos
Quando bebemos de montão, muitos de nós enfrentamos um tremendo mal estar psicológico. Inclusive, para quem consome álcool regularmente em grandes quantidades, esse estado de ansiedade pode se tornar constante. A ressaca moral pelas decisões questionáveis na embriaguez geram uma situação calamitosa na mente humana.
Portanto, parar de beber por um mês pode fazer com que você se torne uma pessoa mais calma em geral. De acordo com um estudo holandês publicado na revista Personality and Individual Differences, cerca de 12% dos consumidores de álcool sofrem da chamada "ansiessaca".
Pessoas que já são ansiosas costumam observar os efeitos em proporções maiores ainda. Dar um tempo na bebedeira te livrará de muitos desses sofrimentos. No entanto, é preciso ressaltar que só um tempinho não basta. O detox é extremamente bem-vindo, mas o ideal é que a pessoa consiga mudar seus hábitos para não sofrer com os excessos da bebida. Caso você volte a beber feito um maluco depois dos 30 dias de pausa, inevitavelmente verá que voltou à estaca zero.
O final do ano chegou e, com ele, as comemorações para reunir os amigos e a família, período propício para sair da dieta. As ceias e festas de final de ano são famosas pela variedade de pratos tradicionais e bebidas que complementam as confraternizações.
Para quem está buscando a manutenção ou a perda de peso este é um período que exige muito cuidado, força de vontade, mas acima de tudo, planejamento, tendo em vista que é possível driblar ou substituir alimentos e bebidas mais calóricas por opções menos calóricas.
Confira algumas dicas de profissionais - especialistas no tratamento da obesidade - para garantir que todos os seus esforços para manter a dieta não sejam perdidos nas festas de final de ano.
Equilíbrio
A primeira orientação é manter a alimentação equilibrada. Seja para pessoas que estão em processo de emagrecimento ou para os que já atingiram seu objetivo, o mês de dezembro acaba tirando as pessoas da rotina.
A nutricionista, Natalie Marques, reforça a importância de continuar com o planejamento alimentar nesse período. “É normal que as pessoas saiam um pouco da dieta na noite de natal, e por isso é essencial manter uma alimentação saudável nos outros dias. O planejamento é fundamental para saber o que vai comer ao longo do dia e evitar o consumo de alimentos industrializados na hora da fome”, afirma Natalie.
Já o cirurgião e especialista no tratamento cirúrgico da obesidade, José Alfredo Sadowski, lembra que alimentos calóricos e gordurosos em excesso - comuns nesta época do ano, também influenciam e são prejudiciais para pacientes que estão buscando o controle do peso e de doenças como a hipertensão e o Diabetes. "É importante pensar na saúde como um todo para evitar que estes 15 últimos dias do ano impactem no tratamento que vem sendo feito nos últimos meses", reforça Sadowski.
Trocas inteligentes
Com armários e geladeira cheios de opções saudáveis e naturais, fica mais fácil cuidar do peso. “Antes de ir ao mercado, faça uma lista dos alimentos que irão compor a sua semana ou ceia de natal, e se atente apenas aos itens listados. Invista em frutas e verduras e evite produtos industrializados, gordurosos e ultraprocessados”, orienta Natalie. Algumas trocas inteligentes também podem deixar a sua ceia de natal ou de ano novo mais saudável. “Evite comprar as carnes que já vêm temperadas. O tempero natural é sempre melhor. Ervas finas, sal, pimenta do reino e outras especiarias podem deixar sua ave ainda mais deliciosa e saudável”, explica a nutricionista.
Confraternizações
Antes de ir para aquela festa de final de ano procure fazer um pequeno lanche para reduzir o apetite. Chegando lá, dê preferências para as saladas e carnes magras. "Evite colocar muitos alimentos gordurosos no seu prato, e faça combinações com frutas como abacaxi para ajudar na digestão”, diz Natalie.
Outra dica importante, lembrada pelo cirurgião José Alfredo Sadowski, é mesclar o consumo de bebidas alcoólicas. "Para pacientes em tratamento clínico, manutenção de peso e, especialmente, para pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica, a bebida alcóolica é um grande sabotador. Muitas vezes, pacientes que passaram pela redução de estômago, preferem o líquido ao alimento. O consumo de álcool não é proibido, mas deve ser muito reduzido e, se possível, mesclado com água. Isso ajudará a manter a hidratação e reduzir os efeitos do álcool", enfatiza.
Atividade física
Manter o corpo ativo é fundamental no processo de emagrecimento e uma recomendação de todos os profissionais de saúde. Nessa reta final do ano, investir em exercícios diários, como uma caminhada matinal, yoga, natação ou outra atividade de sua preferência, mesmo nas férias, ajudará a contrabalancear o consumo calórico e a manter a saúde em dia.
Sucos detox, chá e água
"Sucos verdes naturais, chás e muita água são sempre bem-vindos após essas refeições mais calóricas e que fogem da dieta", enfatiza a nutricionista Natalie Marques. Ela lembra que água de coco, laranja, cenoura, gengibre, beterraba e couve são algumas opções que podem compor o suco detox após uma refeição, ceia de natal ou de ano novo.
Obesidade x doenças crônicas
Para a população geral, ganhar alguns quilos no fim do ano não representa grande perigo, mas esse panorama muda quando se trata de pessoas com histórico de doenças crônicas como a obesidade, hipertensão, diabetes, entre outras associadas ao excesso de peso.
Segundo o Dr. José Alfredo Sadowski, o aumento do peso da população é motivo de preocupação. De acordo com o médico, até o início da próxima década serão aproximadamente 50 milhões de brasileiros com obesidade.
"A educação nutricional deveria ser parte do currículo obrigatório do ensino básico. Levando conhecimento para a população e, a longo prazo, mudanças para hábitos de vida mais saudáveis", diz. "Parte disso é conscientizar as pessoas de que a obesidade é uma doença que precisa ser tratada o quanto antes, inclusive na infância e na adolescência”, completa o especialista.
Por Maria Claudia Batista