O Governo do Estado definiu uma série de critérios para a realização de eventos abertos ao público no Paraná. As regras, que incluem capacidade máxima de 50%, uso obrigatório de máscara e distanciamento físico de no mínimo 1,5 metro entre as pessoas, estão previstas no decreto nº 8060/20, assinado na quarta dia 4, pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e publicado no Diário Oficial do Estado na mesma data.
A normativa altera o decreto 4.230/20, editado em meados de março para definir as regras de distanciamento social logo no início da pandemia do novo coronavírus no Paraná, e também permite algumas atividades curriculares em estabelecimentos da rede de educação básica que ofertam ensino profissionalizante e de estágios obrigatórios das instituições de ensino superior da rede estadual.
As novas regulamentações não valem para eventos de massa que concentram um grande número de pessoas, conforme determina a normativa nº 595/17, da Secretaria de Estado da Saúde. Aqueles que proporcionam risco de aglomeração e não garantam o distanciamento físico também permanecem suspensos. Caso as orientações definidas no decreto sejam descumpridas, os responsáveis poderão sofrer penalidades civis ou penais.
As novas regras foram possíveis a partir da anuência da Secretaria da Saúde. O secretário Beto Preto esclarece, contudo, que os cuidados devem ser mantidos de forma rigorosa. “Embora pareça que os números estão baixando e que a situação é de estabilidade, reforçamos que a continuidade dos cuidados é fundamental”, afirma.
O secretário reforça que cada indivíduo tem a responsabilidade sobre o seu cuidado, o uso de máscara é obrigatório, a higienização das mãos deve ser constante e ainda é importante evitar encontros desnecessário e aglomerações. “A pandemia da Covid-19 segue e precisamos cumprir os compromissos e atividades que temos com muito cuidado para evitar que mais pessoas morram e mais pessoas fiquem em estado grave”, ressalta.
EDUCAÇÃO – O novo decreto reforça que continuam suspensas as aulas presenciais em escolas públicas e privadas, inclusive nas entidades conveniadas com o Estado, e em universidades públicas. De outra parte, ficam autorizadas a acontecer no modo presencial, em caráter excepcional, as aulas práticas de laboratório e estágios supervisionados obrigatórios do Ensino Médio Profissionalizante.
Ainda assim, as atividades precisam seguir os seguintes critérios: devem ocorrer em ambientes previamente autorizados a funcionar pela Secretaria de Estado da Saúde; de acordo com planos de estudo devidamente aprovados no âmbito institucional; e mediante assinatura de termo de livre consentimento por parte do estudante ou responsável.
Com relação ao Ensino Superior, o decreto autoriza, também em caráter excepcional, os estágios supervisionados obrigatórios de todos os cursos das universidades estaduais durante o período de suspensão das aulas presenciais, obedecendo os mesmos protocolos definidos para o Ensino Profissional. As atividades nas instituições privadas de ensino superior ou federais são determinadas pelo Ministério da Educação.
A medida contribui principalmente com os estudantes dos últimos períodos, muitos dos quais precisam apenas completar o estágio obrigatório para se formar. Mário de Athayde Junior, assessor da Coordenadoria de Ensino Superior da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, ressalta que o retorno à atividade fica a critério do próprio estudante.
“As aulas teóricas estão acontecendo neste período a distância, mas as atividades práticas acabaram ainda mais prejudicadas pela pandemia. A retomada dos estágios fora da universidade, seguindo todos os critérios definidos pela Secretaria da Saúde, atende à necessidade dos alunos que precisam cumprir essa carga horária. As universidades estavam sendo muito demandadas neste sentido”, explica Athayde.
Confira os critérios para a realização de eventos abertos ao público:
- O local deve assegurar condições para o distanciamento físico mínimo de 1,5 metro entre as pessoas, em todas as direções (9 m²/pessoa), considerando frequentadores e trabalhadores;
- Cada estabelecimento deve elaborar seu Plano de Contingência e dimensionar a capacidade do local, inclusive da disposição dos mobiliários, a fim de assegurar as condições para o distanciamento físico e demais medidas de prevenção;
- A capacidade de pessoas no local deve ser definida pelo responsável do estabelecimento de forma a garantir o distanciamento exigido e de forma a não ultrapassar 50% do total;
- Todos os frequentadores do evento devem obrigatoriamente usar máscara, conforme Lei Estadual n.º 20.189/20;
- O local deve ser mantido constantemente arejado. O uso do ar-condicionado deve ser evitado, mas caso seja imprescindível, o aparelho deve ser mantido com seus componentes limpos e com a manutenção preventiva em dia, sob responsabilidade de um profissional habilitado, adotando estratégias que garantam maior renovação do ar e maior frequência na limpeza dos componentes;
- O local deve disponibilizar dispensadores de álcool gel 70% para higienização das mãos, dispostos em condições de fácil acesso e mantidos constantemente abastecidos;
- Em nenhum local do evento deve ser permitida a formação de pontos de aglomeração;
- O local deve disponibilizar recursos para o controle do número de pessoas no evento, como senha, pré inscrição, QR-code e outros;
- Quando necessária, a venda de ingressos deve ocorrer preferencialmente online;
- Para eventos que possuem período definido de término, como palestras, teatros e outros, deve haver organização de fluxo de entrada e saída, para evitar aglomeração de pessoas também nestes pontos. (Com AEN)
O Governo do Estado definiu uma série de critérios para a realização de eventos abertos ao público no Paraná. As regras, que incluem capacidade máxima de 50%, uso obrigatório de máscara e distanciamento físico de no mínimo 1,5 metro entre as pessoas, estão previstas no decreto nº 8060/20, assinado na quarta dia (4) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e publicado no Diário Oficial do Estado na mesma data.
A normativa altera o decreto 4.230/20, editado em meados de março para definir as regras de distanciamento social logo no início da pandemia do novo coronavírus no Paraná, e também permite algumas atividades curriculares em estabelecimentos da rede de educação básica que ofertam ensino profissionalizante e de estágios obrigatórios das instituições de ensino superior da rede estadual.
As novas regulamentações não valem para eventos de massa que concentram um grande número de pessoas, conforme determina a normativa nº 595/17, da Secretaria de Estado da Saúde. Aqueles que proporcionam risco de aglomeração e não garantam o distanciamento físico também permanecem suspensos. Caso as orientações definidas no decreto sejam descumpridas, os responsáveis poderão sofrer penalidades civis ou penais.
As novas regras foram possíveis a partir da anuência da Secretaria da Saúde. O secretário Beto Preto esclarece, contudo, que os cuidados devem ser mantidos de forma rigorosa. “Embora pareça que os números estão baixando e que a situação é de estabilidade, reforçamos que a continuidade dos cuidados é fundamental”, afirma.
O secretário reforça que cada indivíduo tem a responsabilidade sobre o seu cuidado, o uso de máscara é obrigatório, a higienização das mãos deve ser constante e ainda é importante evitar encontros desnecessário e aglomerações. “A pandemia da Covid-19 segue e precisamos cumprir os compromissos e atividades que temos com muito cuidado para evitar que mais pessoas morram e mais pessoas fiquem em estado grave”, ressalta.
EDUCAÇÃO – O novo decreto reforça que continuam suspensas as aulas presenciais em escolas públicas e privadas, inclusive nas entidades conveniadas com o Estado, e em universidades públicas. De outra parte, ficam autorizadas a acontecer no modo presencial, em caráter excepcional, as aulas práticas de laboratório e estágios supervisionados obrigatórios do Ensino Médio Profissionalizante.
Ainda assim, as atividades precisam seguir os seguintes critérios: devem ocorrer em ambientes previamente autorizados a funcionar pela Secretaria de Estado da Saúde; de acordo com planos de estudo devidamente aprovados no âmbito institucional; e mediante assinatura de termo de livre consentimento por parte do estudante ou responsável.
Com relação ao Ensino Superior, o decreto autoriza, também em caráter excepcional, os estágios supervisionados obrigatórios de todos os cursos das universidades estaduais durante o período de suspensão das aulas presenciais, obedecendo os mesmos protocolos definidos para o Ensino Profissional. As atividades nas instituições privadas de ensino superior ou federais são determinadas pelo Ministério da Educação.
A medida contribui principalmente com os estudantes dos últimos períodos, muitos dos quais precisam apenas completar o estágio obrigatório para se formar. Mário de Athayde Junior, assessor da Coordenadoria de Ensino Superior da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, ressalta que o retorno à atividade fica a critério do próprio estudante.
“As aulas teóricas estão acontecendo neste período a distância, mas as atividades práticas acabaram ainda mais prejudicadas pela pandemia. A retomada dos estágios fora da universidade, seguindo todos os critérios definidos pela Secretaria da Saúde, atende à necessidade dos alunos que precisam cumprir essa carga horária. As universidades estavam sendo muito demandadas neste sentido”, explica Athayde.
Confira os critérios para a realização de eventos abertos ao público:
- O local deve assegurar condições para o distanciamento físico mínimo de 1,5 metro entre as pessoas, em todas as direções (9 m²/pessoa), considerando frequentadores e trabalhadores;
- Cada estabelecimento deve elaborar seu Plano de Contingência e dimensionar a capacidade do local, inclusive da disposição dos mobiliários, a fim de assegurar as condições para o distanciamento físico e demais medidas de prevenção;
- A capacidade de pessoas no local deve ser definida pelo responsável do estabelecimento de forma a garantir o distanciamento exigido e de forma a não ultrapassar 50% do total;
- Todos os frequentadores do evento devem obrigatoriamente usar máscara, conforme Lei Estadual n.º 20.189/20;
- O local deve ser mantido constantemente arejado. O uso do ar-condicionado deve ser evitado, mas caso seja imprescindível, o aparelho deve ser mantido com seus componentes limpos e com a manutenção preventiva em dia, sob responsabilidade de um profissional habilitado, adotando estratégias que garantam maior renovação do ar e maior frequência na limpeza dos componentes;
- O local deve disponibilizar dispensadores de álcool gel 70% para higienização das mãos, dispostos em condições de fácil acesso e mantidos constantemente abastecidos;
- Em nenhum local do evento deve ser permitida a formação de pontos de aglomeração;
- O local deve disponibilizar recursos para o controle do número de pessoas no evento, como senha, pré inscrição, QR-code e outros;
- Quando necessária, a venda de ingressos deve ocorrer preferencialmente online;
- Para eventos que possuem período definido de término, como palestras, teatros e outros, deve haver organização de fluxo de entrada e saída, para evitar aglomeração de pessoas também nestes pontos. (Com AEN).
O Pitch Paraná, iniciativa promovida pelo Governo do Estado por meio da Celepar e da Superintendência Geral de Inovação da Casa Civil, teve mais uma etapa realizada nesta quarta dia 4 Desta vez o tema abordado nas apresentações foi Saúde – Health Tech e Biotecnologia.
As cinco startups finalistas deste tema que apresentaram seus pitchs foram aFarma, Check: Acesso Fácil, Dedetizadora Brio Limp, Diagnosi e Voit. A banca de avaliação foi composta por representantes da Celepar, Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Sebrae/PR e Assespro/PR. A moderação ficou a cargo da Casa Civil. A vencedora desta final será anunciada na próxima etapa, a ser realizada quarta-feira da semana que vem (11.11).
“A saúde é sempre um tema muito necessário a ser debatido. Em tempos de pandemia, ela se torna ainda mais essencial. Saúde e tecnologia podem ser grandes parceiras para salvar vidas e melhorar ainda mais a assistência ao cidadão paranaense”, disse o presidente da Celepar, Leandro Moura. “Nos orgulha encabeçar este projeto em parceria com a Superintendência Geral de Inovação, pois estamos dando voz a startups, com ideias fantásticas que só tem a somar com serviços públicos no Estado”, afirmou.
VENCEDORA - A startup IrrigaTech, de Paranavaí (Noroeste), foi a vencedora da etapa do Pitch Paraná realizada quarta-feira da semana passada (28/10) e que teve como tema Agronegócio – AgroTech. O projeto é de um sistema de irrigação Inteligente wireless, de baixo custo com controle via internet, capaz de proporcionar economia de água e energia elétrica. Ela faz parte do grupo que irá para a grande final no dia 02 de dezembro, reunindo os vencedores de cada tema.
PRÓXIMA ETAPA - Quarta-feira que vem (11) será realizado outro pitch com temas voltados a tecnologia governamental e cidades inteligentes. Neste dia também será anunciada a equipe vencedora do tema saúde. Esta e mais informações podem ser obtidas no site www.pitchparana.pr.gov.br
TRANSMISSÕES - As apresentações podem ser acompanhadas pelo portal www.sgi.pr.gov.br ou pelo canal da Superintendência Geral de Inovação
PROJETO – O projeto da Superintendência Geral de Inovação, vinculada à Casa Civil, e Celepar, com apoio da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e a parceria da Assespro-PR, do Sebrae e da Fiep.
Objetivo é identificar ideias inovadoras e tecnologias inclusivas que possam ser adotadas no Paraná nas áreas de Agronegócio, Saúde, Governo, Transformação Digital e Empreendedorismo Social. Os projetos escolhidos são apresentados em uma live no Youtube.
A cada semana, cinco novas startups de cada área temática fazem um pitch (apresentação de até três minutos) a uma banca de composta por especialistas, mentores e investidores.
Pitch é uma apresentação rápida e direta dirigida a possível mentor ou investidor. Em poucos minutos, o empreendedor tem que dizer quem é e o que faz, explicar o problema que motivou sua ideia e apresentar a solução que criou para resolvê-lo. (Com AEN)
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), apreendeu, em conjunto com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), 1.015 quilos de maconha na noite de terça dia (3), em Cascavel.
Por volta das 20h15, agentes da PCPR, após análise do setor de inteligência da PRF, localizaram uma residência que servia de depósito para drogas e ilícitos, em Cascavel. Ao chegarem no local, verificaram dois veículos, um Hyundai Tucson e uma Fiat Strada. No depósito estava um casal.
Durante a vistoria, os agentes encontraram, dentro da casa e na caminhonete, 1.015 quilos de maconha.
Foi verificado ainda, que o Hyundai fazia o serviço de batedor para a caminhonete Strada. Diante dos fatos, o casal (ele, de 18 e ela de 27 anos) foi detido e conduzido, com a droga e os veículos, para o Denarc de Cascavel, para o registro do crime de tráfico de drogas. (Com Ag. PRF).
Uma nova tecnologia que será usada pela Polícia Científica do Paraná vai ajudar a elucidar os cerca de dois mil casos de crimes de estupros ocorridos no Estado e que ainda não foram solucionados. Trata-se da Plataforma de Automatização Starlet ID: um “robô” que acelera a extração de amostras dos materiais genéticos relacionados a crimes, otimizando tempo na obtenção de perfis genéticos dos possíveis autores.
A tecnologia foi apresentada nesta quarta-feira (04), em Curitiba. O equipamento, que amplia a capacidade prática de exames de DNA do Laboratório de Genética Molecular Forense, foi doado pela Secretaria Nacional da Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJ), devido ao fato de a Polícia Científica paranaense apresentar bons resultados a nível nacional e cumprir todos os requisitos exigidos. Isso coloca o Paraná entre os seis estados, e o primeiro da região Sul, a contar com essa tecnologia contra o crime.
O secretário Nacional de Segurança Pública, Carlos Renato Machado Paim, conta que a entrega do equipamento é fruto de uma parceria entre o governo federal e o governo estadual, em que o Paraná assumiu o compromisso de coletar DNA e inserir na Rede Integrada de Banco de Perfis Genético (RIBPG). “Isso é uma ação estruturante, que visa atingir todo país, para formar um grande banco de DNA e valorizar os profissionais. É incentivador ver as pessoas trabalhando com capacidade para desenvolver as suas atribuições”, disse ele.
A nova tecnologia possibilita fazer mais em menos tempo e isso é mais que importante para segurança pública como um todo, destaca o secretário estadual da Segurança Pública, coronel Romulo Marinho Soares. “Ainda mais ao Instituto Médico Legal e ao Instituto de Criminalística, que apontam fatos por meio da ciência. Poder contar com a automatização dentro do nosso Laboratório de Genética é mais um grande passo para transformarmos a Polícia Científica do Paraná em uma das melhores do Brasil”, afirmou o secretário.
REDE INTEGRADA - A inovação tem o objetivo de atender as demandas da Rede Integrada de Banco de Perfis Genético (RIBPG), que é alimentada por 18 instituições estaduais, incluindo a Polícia Científica paranaense, além de um laboratório distrital e um laboratório da Polícia Federal. A diferença é que, agora, a rede poderá ser abastecida com os dados do estado de forma mais ágil e em mais quantidade, otimizando o tempo na elucidação de diversos crimes por meio do confronto de perfis genéticos.
O ROBÔ - Na prática, o robô permite que o DNA de mais de 80 amostras diferentes seja extraído, simultaneamente, no mesmo período que antes um único fragmento poderia ser processado. Com isso, a Polícia Científica visa analisar, em um ano, cerca de dois mil vestígios de crimes sexuais ocorridos no estado, cujas investigações ainda não puderam ser concluídas por não haver suspeitos para o confrontamento de DNA, de acordo com o diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, Luiz Rodrigo Grochoki.
“A plataforma vai contribuir para a melhoria do processamento de amostras de vestígios de violência sexual no Paraná. Neste primeiro momento planejamos para cumprir a meta estipulada pelo Ministério da Justiça extrair amostras de DNA de vestígios de estupros e mapear milhares de perfis genéticos de autores”, explicou. “Muitos desses crimes seguem em investigação há anos por não ter o DNA de suspeitos para uma comparação. A Plataforma de Automatização pode mudar isso e esse é o nosso foco: dar uma resposta significativa à sociedade em relação a essas amostras”, disse o diretor-geral.
Com os perfis genéticos mapeados e incorporados à Rede Integrada de Banco de Perfis Genético, o autor do estupro poderá ser identificado, de maneira rápida, caso ele já tenha tido sua amostra de DNA colhida em outras situações ou estados. Foi um cruzamento de dados de perfis genéticos como esse que, no ano passado, elucidou o homicídio da menina Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre, que tinha nove anos quando seu corpo foi encontrado dentro de uma mala na Rodoferroviária de Curitiba, em 2008.
O coordenador do Laboratório de Genética Molecular Forense e Científica da Polícia Científica do Paraná, Marcelo Malaghini, lembra que, por ser uma plataforma de automatização, ela permite acelerar grande parte do processo técnico-analítico e isso é um grande diferencial para todos os peritos criminais do Laboratório de Genética. “Com esse ganho de tempo, conseguiremos fazer as tratativas do que chamamos de backlog, que são os casos de vítimas de violência sexual que ainda não foram solucionados, como já aconteceu em algumas situações específicas como o caso da menina Rachel”, disse ele.
ACIDENTES - Além de indicar a autoria de estupros e também de outros tipos de crimes onde vestígios com amostras de DNA sejam coletadas, o robô também amplia a capacidade de identificação humana do Laboratório de Genética. Em casos de acidentes e desastres com múltiplas vítimas, por exemplo, a tecnologia poderá ser utilizada para identificar, de maneira célere, cada vítima.
“Contar com uma plataforma com esse porte grande de processamento de amostras, também é muito importante em casos de acidentes com múltiplas vítimas, visto que são muitos vestígios e um grande número de amostras para serem analisadas e por fim, identificar as vítimas. Isso quer dizer que a tecnologia também pode ser usada caso aconteça um grande desastre no Paraná, ou até mesmo em estado vizinhos”, completou Luiz Grochoki.
BANCO DE PERFIL GENÉTICO - A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) foi criada com o objetivo de manter, compartilhar e comparar perfis genéticos para ajudar na apuração criminal e no processo de investigação. Até a divulgação do último relatório, em maio de 2020, o Banco Nacional de Perfis Genéticos contava com mais de 82 mil perfis genéticos cadastrados, sendo mais de 5,4 mil mapeados pela Polícia Cientifica do Paraná. O dado coloca o estado na quinta colocação com a maior contribuição absoluta de perfis genéticos no Banco Nacional.
No Paraná, de acordo com o mesmo relatório, 65 coincidências de vestígios e nove coincidências de indivíduos confirmadas no Banco Nacional de Perfis Genéticos auxiliaram em investigações criminais no país, até maio de 2020. Dentre os perfis genéticos mapeados no estado, condenados, vestígios de crimes e restos mortais identificados e não identificados são as situações mais recorrentes em que os materiais genéticos foram analisados.
A obrigatoriedade da identificação do perfil genético de condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra pessoa, está prevista desde 2012. (Com AEN).
O governador Carlos Massa Ratinho Junior se reuniu nesta quarta dia (4) com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, em Brasília, e pediu apoio da União no enfrentamento da crise hídrica que assola o Paraná desde o começo do ano. O Estado passa por uma das maiores estiagens da sua história e está sob regime de emergência nessa área há mais de 180 dias – o decreto que prorroga essa condição por mais 180 dias foi editado na semana passada.
“Estamos muito preocupados com essa situação. É uma dificuldade adicional em meio à pandemia. Estamos tentando novas parcerias com a União para acelerar investimentos que serão essenciais nos próximos meses”, afirmou o governador. “Nesse momento precisamos do apoio da população e de todos os entes públicos, de Brasília ao menor município do Estado”.
De agosto a outubro, o regime de chuvas ficou entre 50% e 70% abaixo da média no Paraná, com uma situação ainda mais preocupante na Região Metropolitana de Curitiba. O déficit hídrico na região, onde o impacto no abastecimento público é mais grave, foi de 650 milímetros nos últimos 12 meses. O rodízio atual nas unidades consumidoras é de 36 horas em 36 horas, dada a situação crítica dos reservatórios, que estão com 27,5% de capacidade.
E não é apenas o abastecimento de água que fica comprometido com a falta de chuvas. A estiagem é ruim para o meio ambiente, aumenta o risco de queimadas e reduz a qualidade do ar, causando vários problemas respiratórios, além dos impactos danosos para a economia, afetando a agricultura, a produção industrial e o fornecimento de energia.
A solução ainda vai demorar, segundo o Simepar. A previsão é que a estiagem se prolongue, pelo menos, até as próximas chuvas de verão, entre dezembro e fevereiro do ano que vem. Além disso, o Paraná pode ser impactado pelo fenômeno La Ninã. O resfriamento das águas do Pacífico pode ter como consequência um verão mais seco no Estado, justamente quando são esperadas as chuvas mais intensas.
“É um momento urgente. Estive em Brasília para buscar apoio nessa pauta que tem nos preocupado. É uma luta que envolve nossa bancada de senadores e nossos deputados. Precisamos encontrar alternativas para minimizar o impacto da seca e para estimular, ainda mais, o uso consciente da água”, destacou o governador.
MONITOR – O Paraná integra o Monitor de Secas do Brasil, instituído pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que faz o acompanhamento regular da escassez hídrica no País. No balanço mais recente, divulgado pelo monitor em setembro, o Paraná era o Estado com a situação mais crítica entre as 19 unidades da federação monitoradas.
INVESTIMENTOS – Como parte dos investimentos nessa área, a Sanepar corre contra o tempo para entregar a Barragem de Miringuava, em São José dos Pinhais. Com investimentos de R$ 160 milhões, a barragem vai incrementar 38 bilhões de litros de água na reservação do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba (Saic), formado pelas barragens Iraí, Passaúna, Piraquara I e Piraquara II. A capacidade de produção de água passará dos atuais 1.000 litros/segundo para 2.000 litros/segundo, abastecendo cerca de 650 mil habitantes.
Em meio à crise hídrica, o Governo do Estado e a Sanepar também pretendem criar uma reserva hídrica junto ao Rio Iguaçu. A proposta prevê a implantação de um sistema de reservatórios lineares capaz de armazenar volume superior a 100 bilhões de litros de água.
Pelo projeto, serão feitas intervenções em uma área total de 17 mil hectares, abrangendo as quatro barragens do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana. Ao todo, haverá estruturação em 97 quilômetros lineares ao longo do traçado do Rio Iguaçu, entre os municípios de Quatro Barras e Porto Amazonas. Os reservatórios lineares serão criados com a interligação de cavas já existentes. (Com AEN).






























