Governo anuncia Centro de Referência e ações para aprimorar o paradesporto no Paraná

O governador Carlos Massa Ratinho Junior lançou nesta quarta-feira (29), em Curitiba, o programa O Paradesporto que Queremos, que vai aprimorar as políticas públicas de incentivo e ampliar as ações voltadas às modalidades deste segmento, seguindo os princípios do Sistema Esportivo Federal e da Lei Geral do Esporte do Estado do Paraná.

Ao mesmo tempo, Curitiba se estrutura para sediar o Centro de Referência Paralímpico Brasileiro, espaço destinado à prática esportiva para pessoas com deficiência.

Lançado para uma plateia repleta de paratletas e atletas paranaenses, o programa promovido pela Superintendência Geral do Esporte inova com a estruturação de uma rede de desenvolvimento do paradesporto, que contará com metodologia específica, infraestrutura, materiais adaptados e capacitação.

“O paradesporto foi tratado, por muito tempo, de forma marginal, no sentido de estar à margem das prioridades financeiras ou de poder contar com equipes técnicas para preparar os atletas”, afirmou Ratinho Junior.

“Quando assumimos o governo, resolvemos mudar essa página e passamos a colocar o paradesporto como prioridade, com investimento em equipamentos e treinamento para os técnicos e educadores. Em especial, criando uma atmosfera para que os nossos atletas se preparem cada vez mais, tornando o Paraná uma grande referência nessa área”, ressaltou o governador.

A iniciativa conta, neste primeiro momento, com a adesão de sete municípios com infraestrutura adequada para a proposta, além da Capital. São eles: Ponta Grossa, Campo Mourão, Cascavel, Telêmaco Borba, Cornélio Procópio, Maringá e Francisco Beltrão.

“Esses municípios assinaram um protocolo de intenções e contarão com ginásios adaptados, alguns deles já em andamento, para as atividades paradesportivas. Em Curitiba, os paratletas têm acesso às estruturas dos ginásios do Tarumã e do Capão da Imbuia, além das unidades da prefeitura, que terão programas desportivos”, explicou o superintendente-geral do Esporte, Helio Wirbiski.

KITS – Durante o evento, Ratinho Junior entregou 10 kits de materiais esportivos multimodalidades adaptados, no valor de R$ 20 mil cada, e 10 kits de cadeiras de rodas, no valor de R$ 5 mil cada. Esses materiais foram adquiridos por meio do Programa Paraná Mais Cidades, que conta recursos de emendas parlamentares apoiando uma série de ações do Estado, incluindo as voltadas ao desenvolvimento esportivo regional.

Somente nos últimos quatro anos, o programa fez a entrega de 50 cadeiras de rodas, 109 parques adaptados, além de equipamentos e instalações esportivas para mais de 50 Associações dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), totalizando um investimento de R$ 450 mil.

AÇÕES – O Paraná é referência nacional no desenvolvimento de ações voltadas à prática paradesportiva, como os Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná (Parajaps), que em suas duas últimas edições tiveram um investimento médio de R$ 2,4 milhões e a participação de 3.500 atletas. Neste ano, o Parajaps contará com o Termo de Cooperação Técnica com o município de Londrina, onde o evento será sediado.

Outra ação de sucesso é o programa Geração Olímpica e Paralímpica, que atua com bolsa-atleta, e se tornou uma grande vitrine esportiva dentro e fora do Estado e também uma referência em todo Brasil, inspirando diversos estados a criarem projetos seguindo o mesmo modelo.

Em sua 11ª edição, o programa vem a cada ano ganhando mais interesse de paratletas e técnicos, com o apoio do Governo do Estado e o patrocínio da Copel. Nos últimos quatro anos, o Geração Olímpica e Paralímpica realizou 650 atendimentos ao paradesporto e teve um investimento de R$ 3,4 milhões. Como resultado, os bolsistas do programa conquistaram nove medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.

Um dos beneficiados é o atleta curitibano de paratriatlo Ronan Cordeiro, segundo colocado no ranking mundial da modalidade e participante da Paralimpíada de Tóquio 2020. O foco do atleta já está em Paris 2024.

“Graças ao programa, eu realizei o meu grande sonho, que era estar nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Agora estou cada dia mais próximo de um sonho mais ousado, que é conquistar a medalha inédita para o paratriatlo brasileiro na Paralimpíada de Paris”, afirmou.

Além do Geração Olímpica e Paralímpica, o Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte (Proesporte) investiu, nos últimos três editais, aproximadamente R$ 3,6 milhões decorrentes de renúncia fiscal, distribuídos para 27 projetos voltados a iniciativas do paradesporto. Em fase de análise, já está separado R$ 1,8 milhão para mais 25 projetos.

CENTRO DE REFERÊNCIA – Em parceria com a Prefeitura de Curitiba, o paradesporto paranaense ganha força com a implantação do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro, espaço destinado à prática esportiva para pessoas com deficiência. Será instalado nas dependências do Centro de Esporte e Lazer Vila Oficinas, onde passarão a ser desenvolvidas as modalidades de vôlei sentado, golfe 7, goalball, bocha paralímpica e rugby em cadeira de rodas.

O secretário municipal do Esporte, Lazer e Juventude de Curitiba, Carlos Pijaki, explicou que a estrutura da Capital quer atender o paradesporto de forma integral, incluindo as atividades praticadas como forma de recreação, o paradesporto formativo e educacional, com os Jogos Paradesportivos e a capacitação de professores para trabalhar com alunos com deficiência, e o esporte de excelência, com o incentivo e financiamento de paratletas e de equipes para praticarem o paradesporto de maneira competitiva.

“Curitiba está muito preparada e essa parceria com o Estado traz mais qualificação. Com o acordo de cooperação técnica, vamos pegar uma estrutura da prefeitura e transformar em um espaço para a prática de atividades paradesportivas”, disse. “O trabalho integrado também inclui a aquisição de materiais e a capacitação de professores, o que é importantíssimo para o incentivo ao paradesporto”.

CAPACITAÇÕES – Além disso, em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a Frente Paranaense pela Educação Paralímpica busca o desenvolvimento de cursos a distância, promovidos pelo CBP e certificados pela Universidade Federal de Uberlândia, com o objetivo de capacitar profissionais da educação física e demais profissionais para atuarem na inclusão escolar de alunos com deficiência.

PRESENÇAS – Participaram da solenidade o vice-governador Darci Piana; o diretor-presidente da Paraná Esporte, Walmir Matos; os deputados estaduais Douglas Fabrício, Alexandre Amaro, Galo e Francisco Bührer; o coordenador do Programa de Educação Paralímpica, Davi Farias Costa; representantes de entidades paradesportivas e prefeitos dos municípios beneficiados.

 

 

 

 

 

 

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 Cartão Comida Boa vai beneficiar mais de 22 mil novas famílias paranaenses

O Cartão Comida Boa, programa do Governo do Paraná voltado à população em situação de vulnerabilidade, auxiliará a composição de renda de mais 22 mil famílias do Estado.

A iniciativa garante, principalmente, a segurança alimentar dessas pessoas. A ampliação foi tema abordoado pelo secretário da Justiça, Família e Trabalho, Rogério Carboni, em encontro com gestores de municípios do Sudoeste do Paraná, nesta quarta-feira (29).

Mensalmente, o programa coordenado pela Secretaria da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf) atende a cerca de 90 mil famílias paranaenses com um crédito de R$ 80, para compra de alimentos e artigos de necessidade imediata. Os novos cartões emitidos vão substituir o benefício de famílias que deixaram de receber, após revisão de critérios que ocorre a cada três meses. Esta análise trimestral assegura que o público que mais precisam do auxílio seja priorizado.

“O governo Carlos Massa Ratinho Junior tem uma preocupação muito grande com as famílias mais vulneráveis. O Cartão Comida Boa é um complemento importante, pois além de viabilizar o reforço na segurança alimentar, também permite a compra de outros itens de necessidade que não estão incluídos na cesta básica”, ressaltou Carboni.

No Escritório Regional de Francisco Beltrão da Sejuf, que abrange 27 municípios do Sudoeste, o programa já atendeu a 4.667 famílias desde dezembro – quando foi regulamentado – até junho. O montante representa um investimento de R$ 1,146 milhão. Nesta nova revisão cadastral serão emitidos 1.178 novos cartões na região.

BOM MOMENTO – Soeli Marques Pereira, de 57 anos, moradora de Boa Esperança do Iguaçu, é uma das 22 novas famílias que serão beneficiadas no município. Segundo ela, o cartão vem em um bom momento. “Vai ajudar muito em casa, para comprar comida. Será muito importante para a nossa família”, contou.

Em Santa Izabel D'Oeste, 45 novos cartões foram emitidos. Um deles vai atender a família de Maristela Caetano de Souza, de 40 anos. “O cartão é essencial para nós. Com o orçamento cada vez mais apertado, fica difícil comprar as coisas para casa, ainda mais que tenho criança. Esse crédito vai ajudar a comprar uma mistura melhor, ou um leite que às vezes não tenho condição”, disse.

Outras 15 famílias foram beneficiadas no município de Salgado Filho, incluindo a de Marilete Canesso, de 47 anos, que vive no distrito de São Roque. Para ela, o Cartão Comida Boa será um importante complemento de renda. “A pandemia complicou muito a economia, e eu sou a chefe da casa, então esse dinheiro vai ajudar na compra de algumas coisas para mim e para o filho que mora comigo”, relatou.

Também de Salgado Filho, do distrito de Novo Mundo, Maria dos Santos, de 52 anos, destacou a importância do programa. “Eu estou sem renda neste momento e o Cartão Comida Boa será uma ajuda fundamental para minha vida”, explicou.

CRITÉRIOS – O público-alvo do programa é formado, prioritariamente, por famílias que não são atendidas pelo Auxílio Brasil, programa de transferência de renda do governo federal. Em todo o Paraná, desde dezembro de 2021, foram alcançadas 197.816 famílias, com um investimento de quase R$ 50,4 milhões.

As famílias ou indivíduos atendidos pelo programa são aqueles devidamente cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), que possuam renda família per capita mensal não superior a R$ 210. Em caso de disponibilidade orçamentária, o programa amplia seu atendimento para famílias que também recebam o Auxílio Brasil.

Nestes casos, são definidos critérios complementares para priorizar aquelas que mais precisam, como o atendimento a famílias indígenas, quilombolas, com membro resgatado de trabalho análogo à escravidão, famílias com catadores de materiais recicláveis, com crianças de até seis anos e, ainda, famílias com menor renda per capita.

Este programa trabalha diretamente em prol de três Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): erradicação da pobreza, agricultura sustentável e redução das desigualdades. As metas fazem parte da Agenda 2030, um plano de ação estabelecido pela Organização das Nações Unidas para promover a erradicação dos principais problemas mundiais.

COMIDA BOA – O Cartão Comida Boa conta, além de operacionalizado pela Sejuf, conta com fiscalização da Controladoria Geral do Estado (CGE), avaliação da secretaria estadual de Planejamento e Projetos Estruturantes (SEPL) e do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), e processamento de dados da Celepar. Mais informações, esclarecimento de dúvidas e consultas para verificar se a família é beneficiária podem ser encontrados em www.justica.pr.gov.br/ComidaBoa.

 

 

 

 

 

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 Com os projetos Falcão e Olho Vivo, Paraná amplia e moderniza sistemas de segurança pública

Policiais, treinamentos, equipamentos, tecnologia e inteligência. Muita inteligência

. É essa a equação que norteia o planejamento estratégico das forças de segurança do Paraná. Por isso, dois projetos já em desenvolvimento pela Secretaria da Segurança Pública (Sesp) prometem transformar a fiscalização, monitoramento e repressão no Estado, fazendo da Inteligência Artificial (IA) uma das principais aliadas contra o crime organizado.

Lançado neste ano, o projeto Olho Vivo visa fortalecer e modernizar a estrutura através da implementação e aplicação do sistema de integração de videomonitoramento por câmeras de segurança em batalhões da Polícia Militar do Paraná (PMPR). Já o Projeto Falcão, oficializado nesta quarta-feira (29) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, em cerimônia na Academia do Guatupê, aposta na utilização de drones e aeronaves tripuladas para garantir suporte aéreo às equipes policiais em terra. O investimento do Governo do Estado nos dois é de R$ 61,4 milhões.

“As diretrizes para se ter uma segurança pública de qualidade são a presença física do policial na rua e muita tecnologia e inteligência. Por isso essa modernização, esse crescimento da estrutura disponibilizada para a Segurança Pública. São viaturas, helicópteros, drones e o que existir de alta tecnologia para garantir o bem-estar dos paranaenses”, afirmou o governador. “É uma repaginação de investimentos para mudar a história da Segurança Pública do Paraná”.

O Paraná ganha mais recursos tecnológicos e mobilidade por meio do Projeto Falcão. São helicópteros equipados com sistemas de última geração e mais seis drones a serviço das tropas de segurança. “O Falcão é um projeto inovador. Teremos a primeira e única polícia da América Latina a ter aeronaves equipadas com essa tecnologia. Ainda aguardamos a chegada de helicópteros dos Estados Unidos, prevista para setembro, e então teremos toda a estrutura desse projeto em pleno funcionamento”, completou o governador.

As aeronaves e todos os equipamentos de Inteligência Artificial embarcada são alugadas, ao custo de R$ 17 milhões por ano, confirmadas por licitação pública. Estão em fase final de montagem e serão incorporadas ao dia a dia da Polícia Militar neste segundo semestre. Terão como bases Curitiba e Cascavel, mas apenas como pontos de referência.

Cada helicóptero terá espaço para até três tripulantes. Contará com câmera HD termal (permite distinguir a temperatura de pessoas e objetos) já com sistemas operacionais especializados que possibilitam o acompanhamento de alvos, geolocalização com o banco de dados completo do Paraná, ferramentas para identificar e delimitar áreas desmatadas com sobreposição de imagens e misturas e adaptações de luminosidade como forma de melhorar as imagens.

 

Além disso, possuem farol de busca, filtro para operar com óculos de visão noturna, alto-falante externo e streaming para transmissão em tempo real via 4G ou micro-ondas. Por contrato, a atualização tecnológica precisa ocorrer a cada dois anos.

“É algo pioneiro, não existe nada igual no Brasil ou na América do Sul, baseado com aeronaves de baixo custo de aquisição e manutenção, mas com muita tecnologia embarcada. Logo que o governador Ratinho Junior assumiu, em 2019, fomos aos Estados Unidos para ver o que tinha de melhor em tecnologia e implantar no Paraná. Chegamos ao Projeto Falcão, que será um divisor de águas na segurança pública, um exemplo para o País”, disse o coronel Júlio César Pucci, comandante do Batalhão de Operações Aéreas (BPMOA) da PMPR e responsável pelo projeto.

“Optamos pelo aluguel para poder ter atualização tecnológica rápida e não deixar nenhum elefante branco para o Estado”, completou.

Ele explicou que sete militares também já foram formados para poder operar as aeronaves. Outros dois começaram o curso, com duração de seis meses, neste primeiro semestre. A intenção é chegar a 20 profissionais. Um drone com farol de luminosidade e alto-falante, adquirido por meio de convênio com o Instituto Água e Terra (IAT), também está em operação. Outros cinco em processo de licitação para serem comprados. Cada aparelho custa em média R$ 400 mil.

“Nos garante muita autonomia. Drones fazem menos barulhos e podem chegar mais rápidos, por exemplo. Já o helicópteros são completos e podem mapear o Paraná de ponta a ponta, de uma maneira muito ágil”, disse o comandante. “É a estratégia adequada para essas novas modalidades de crimes, como o novo cangaço e o cerco à transportadora de valores de Guarapuava”.

OLHO VIVO – No Olho Vivo o investimento é de R$ 42 milhões. Como o próprio nome da proposta deixa claro, a intenção é espalhar olhos eletrônicos pelo Paraná, coordenados por grandes bases de operação da PMPR instaladas em 29 regiões diferentes do Estado, o que abrange cerca de 65% da população do Estado. Entre outros avanços, a tecnologia vai permitir o reconhecimento facial para a identificação de bandidos e a leitura da placa de veículos, facilitando a busca por carros roubados.

“Essa interligação de 29 centrais de monitoramento com inteligência artificial embarcada são essenciais para a redução dos indicadores de violência. Dará mais capacidade de organização, fiscalização e atuação para a PM, bem como de investigação para a Polícia Civil, além de colaborar com os setores de inteligência das forças de segurança da Secretaria da Segurança Pública. O cruzamento de informações permite emitir vários alertas, facilitando as investigações e a atualização do planejamento estratégico”, explicou o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita.

Até o momento estão funcionando mais de 2 mil sensores e câmeras espalhados pelos 29 municípios, todos integrados por meio de convênios de cooperação técnica e atuação conjunta. Do total, 251 câmeras são de parcerias estaduais; 635, federais; e a ampla maioria, 1.183, entre Secretaria estadual da Segurança e municípios.

A ferramenta, desenvolvida pela Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico e Qualidade – Seção de Telecomunicações da Polícia Militar, em parceria com a Celepar, conta com três diferentes mapas. O primeiro mostra a localização de cada uma das câmeras, o segundo é um mapa de calor, que apresenta o fluxo de veículos; já o terceiro apresenta a captura de informações (placas de veículos, cor e chassi, por exemplo).

Através da inteligência artificial do sistema, os dados auxiliam na recuperação de veículos roubados ou furtados e no cumprimento de mandados de prisão, entre outras questões.

A partir disso, a atuação policial se torna mais ágil e eficiente, se refletindo em um acréscimo de segurança para a população. “Os centros que integram o Olho Vivo foram escolhidos de forma estratégica. O conceito é o monitoramento por câmeras e sensores, com reconhecimento facial e inteligência artificial, que vão identificar indivíduos que possivelmente tenham mandado de prisão”, destacou o comandante-geral da PMPR, coronel Hudson Leôncio Teixeira.

As informações obtidas pelos equipamentos são automaticamente enviadas ao sistema da Polícia Militar, que repassa às equipes que estão em operação. “Se um veículo com alerta de furto estiver em uma área próxima a um policial militar, ele será avisado e poderá se preparar para a abordagem”, acrescentou o comandante-geral.

Além disso, lembrou o coronel, a inteligência da corporação usará os dados para melhor planejamento de ações, evitando a ocorrência de novos delitos. “Com o Olho Vivo a tendência é a redução de crimes, uma vez que os criminosos saberão que são monitorados e a população saberá que tem esta ferramenta à sua disposição”, afirmou.

Ainda durante a fase de testes, realizado nos cinco primeiros meses de 2022, a corporação já localizou mais de 100 veículos furtados ou roubados. “A eficiência se mostra em um outro dado: somente no primeiro dia de funcionamento em Guarapuava, recuperamos dois carros”, contou o responsável pelo sistema na Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico e Qualidade, capitão Eduil Nascimento Junior.

Em outra etapa, os dados são encaminhados aos setores de inteligência e investigação da Polícia Civil, que terão acesso a rotas e tráfego de veículos e pessoas, o que agilizará a elucidação de casos e a busca por procurados.

Neste primeiro momento, Curitiba e Região Metropolitana serão contempladas com cinco salas, uma por batalhão. Em seguida, serão instaladas outras oito: em São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Araucária, Campo Largo, Colombo, Campina Grande do Sul e mais sete em Curitiba.

Para o Litoral estão previstos três centros: Paranaguá, Pontal do Paraná e Guaratuba. Nos Campos Gerais, mais três: Ponta Grossa, Guarapuava e Irati. Noroeste, Norte e Norte Pioneiro receberão mais outros seis, a serem instalados em Maringá, Apucarana, Umuarama, Campo Mourão, Paranavaí, Arapongas e dois em Londrina. As regiões Oeste e Sudoeste, por sua vez, serão contempladas com quatro centros: Cascavel, Foz do Iguaçu, Toledo e Francisco Beltrão.

 

 

 

 

 

 

 

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 Governo prepara abertura de mais 99 leitos em nova etapa de ampliação de unidades

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), confirmou nesta quarta-feira (29) a abertura de mais 99 leitos para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná. 

É uma nova etapa da ampliação de leitos, medida que visa atender ao aumento da demanda de pacientes, sobretudo por conta das doenças respiratórias, agravadas com a chegada do inverno.

A abertura dos 99 novos leitos deve ter início já nos próximos dias. Apenas neste mês de junho, a Rede Hospitalar Estadual recebeu mais 138 leitos, sendo 95 UTI e 43 de enfermaria. 

“Estamos nos empenhando em expandir a cobertura de leitos no Estado para reforçar e garantir atendimento aos pacientes. Essa é uma importante medida devido ao período comum de doenças respiratórias, mas que fortalece também as áreas de urgência e emergência”, destacou o secretário estadual da Saúde, César Neves.

“Não estamos medindo esforços para atender a população. Este é um processo contínuo de ampliação que está sendo implementado em áreas de maior demanda mas que, progressivamente, deve ser levado a todo o Paraná”, afirmou o secretário.

Os novos leitos estão previstos para o Hospital Regional de Guarapuava (10 leitos de enfermaria); Hospital de Reabilitação de Curitiba (16 de enfermaria); Hospital São Sebastião da Lapa (20 de enfermaria); Hospital Universitário de Ponta Grossa (10 UTIs e 10 enfermarias) e Hospital Universitário de Cascavel (10 UTIs e 23 enfermarias).

 

 

 

 

 

 

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 VBP Agropecuário cresce 41% e alcança R$ 180,4 bilhões, maior valor da série histórica

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Paraná somou R$ 180,4 bilhões em 2021, de acordo com relatório preliminar publicado nesta semana no Diário Oficial do Estado e no site da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

É o maior valor já registrado na série histórica, iniciada há 25 anos, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), responsável pelo levantamento. Os números representam um crescimento nominal de 41% em relação ao VBP de 2020 (R$ 128,3 bilhões). Em termos reais, o acréscimo é de 5%.

O VBP contempla aproximadamente 350 itens diversificados, incluindo grãos, proteínas animais, fruticultura, floricultura, silvicultura e uma ampla gama de produtos da agropecuária paranaense. Os dados são levantados pelos técnicos do Deral ao longo do ano com pesquisas semanais de preços e das condições das lavouras nos municípios. Além do crescimento expressivo do rendimento dos grãos (49%) e da pecuária (36%) comparativamente a 2020, o setor florestal também mostrou avanço significativo (41%).

Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, os números sinalizam que o campo mostrou sua força, mesmo com desafios como as restrições da pandemia, o aumento de custos de produção e as dificuldades de abastecimento interno. “Apesar de grandes perdas por causa da estiagem e das geadas que tivemos em algumas culturas, é um crescimento muito representativo. E nossa pecuária continua despontando. Significa que estamos cada vez mais agregando valor aos nossos produtos”, afirma.

Ortigara explica que, além de mostrar um panorama da agropecuária paranaense, o VBP tem peso de 8% na distribuição do ICMS no Paraná. “É um grande avanço e contribui para que os municípios possam, com mais recursos, prestar melhores serviços à população”, diz. De acordo com ele, estuda-se aumentar para 10% a participação do VBP na distribuição do ICMS no Paraná. “Seria uma forma de contribuir para que municípios bastante agrícolas tenham ainda mais arrecadação”.

A partir da publicação das informações preliminares no Diário Oficial, os técnicos e gestores municipais analisam os números e, caso desejem, podem entrar com recurso fundamentado para questionar dados do desempenho agropecuário. “O prazo é de 30 dias a contar da publicidade oficial. Depois desse período, o Deral divulga o resultado final do VBP de 2021”, explica o chefe do Deral, Marcelo Garrido.

VALORIZAÇÃO – Segundo a economista do Deral Larissa Nahirny, responsável pelo relatório do VBP, a valorização dos preços fez a diferença nos resultados, já que o Paraná teve perdas significativas na safra de grãos 2020/2021, a exemplo das segundas safras de milho e feijão. A alta nos preços recebidos pelos produtores, tanto no mercado interno quanto no mercado externo, ajudou a garantir o rendimento, especialmente das commodities e das carnes. “Por outro lado, ao analisar o crescimento real, vemos como a inflação do período refletiu no VBP como um todo”, completa.

GRÃOS – O grupo dos grãos representa 45% do valor total do VBP paranaense, somando R$ 80,7 bilhões. A soja, que rendeu R$ 51 bilhões em 2021 – 75% a mais do que em 2020 –, é o produto com maior representatividade. “Essa cultura escapou de quebras na safra passada porque a colheita aconteceu antes do período de déficit hídrico e gerou 19,8 milhões de toneladas”, explica a economista do Deral.

A valorização dos preços contribuiu para equalizar as perdas decorrentes da quebra da segunda safra de milho. Mesmo com uma produção 41% menor (9,3 milhões de toneladas, somadas as duas safras), o VBP atingiu R$ 13 bilhões, crescimento de 9% em termos nominais.

O impacto dos preços fica mais evidente nos índices do café no ciclo 20/21. Enquanto os produtores receberam, em média, R$ 496,80 pela saca de 60 kg em 2020, em 2021 o preço passou para R$ 1.082,40, um aumento de aproximadamente 118%. Embora a produção tenha recuado 13% (50,5 mil toneladas), o VBP do café aumentou 89%, somando R$ 911,2 milhões.

PECUÁRIA – Na avaliação do Deral, os números da pecuária refletem a expansão do abate em 2021, aliada à valorização de preços e ao contexto do reconhecimento internacional do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação, que abriu mercados às proteínas animais. Esse setor rendeu R$ 86,7 bilhões ao Estado, valor 36% superior ao de 2020. O VBP do frango de corte, principal destaque entre os itens do grupo, ultrapassou os R$ 33 bilhões (+52%), com crescimento de 4% na produção.

PRODUTOS FLORESTAIS – O relatório indica recuperação e avanço do setor florestal, que equivale a 3% do VBP paranaense. Em 2020, o grupo havia perdido 2% de rendimento em relação a 2019. No ano passado, conseguiu uma valorização de 41% e chegou a R$ 6 bilhões. “Os preços favoráveis foram um estímulo para a indústria”, explica a economista do Deral.

Um dos destaques é a erva-mate, que ultrapassou, pela primeira vez, R$ 1 bilhão em rendimentos, aumento de 45% em relação a 2020. Já a produção cresceu 12% e somou 714 mil toneladas.

HORTALIÇAS E FRUTICULTURA – O grupo das hortaliças, com participação de 3% no VBP do Paraná, recuperou-se após a desvalorização registrada em 2020, mesmo sem grande expansão da produção. O crescimento de 19%, totalizando R$ 4,6 bilhões, pode ser explicado pela alta dos preços no mercado interno. Já a fruticultura cresceu 9% em termos de rendimento, atingindo R$ 2,1 bilhões.

Confira a versão preliminar do VBP por município.

 

 

 

 

 

 

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