Paraná e o estado paraguaio do Alto Paraná firmam parceria para colaboração em saneamento

O Paraná e o estado paraguaio do Alto Paraná firmaram parceria para colaboração técnica em saneamento e sustentabilidade. Nesta terça-feira (14), o governador Carlos Massa Ratinho Junior e o governador Cesar Torres assinaram um memorando de entendimento entre os dois governos, que prevê parcerias entre a Sanepar e a Empresa de Serviços Sanitários do Paraguai (Essap).

Pelo acordo, a Sanepar poderá elaborar diagnósticos, projetos de pesquisa e estratégias interinstitucionais com a empresa de saneamento do país vizinho. “É um orgulho poder firmar uma parceria para levar o conhecimento, a experiência e a eficiência da Sanepar para o Paraguai, começando pelo estado do Alto Paraná. Aqui no Brasil, o Paraná está muito avançado nesta questão, com 83% do esgoto coletado e 100% desta coleta passando por tratamento. Por isso, estamos trabalhando parcerias para poder compartilhar esta experiência”, afirmou o governador.

O acordo é um desdobramento da missão do Governo do Paraná no Paraguai, realizada em agosto, durante a posse do presidente Santiano Peña, que teve como objetivo estreitamento das relações entre o país vizinho e o Estado.

O documento assinado abre possibilidade para políticas de colaboração entre os dois estados, com intercâmbio de informações, tecnologias e serviços, principalmente envolvendo projetos de infraestrutura e sustentabilidade.

“A Sanepar é reconhecida como uma referência na América do Sul pelo alto grau de qualidade nos seus projetos de saneamento, tanto na parte de obras, mas também na parte de gerenciamento e tratamento dos resíduos. O Paraguai quer muito evoluir nessa questão do saneamento básico e nós estamos aqui para colaborar”, disse Ratinho Junior.

As primeiras parcerias técnicas devem ser desenvolvidas, inicialmente, no estado do Alto Paraná, cuja capital é Cidade de Leste, pela proximidade e também semelhanças com o Paraná.

“Temos muitas características similares quanto à agricultura, ao solo, aos recursos naturais. Por isso é muito importante que uma empresa como a Sanepar, que nos últimos anos vem fazendo um trabalho muito importante no tratamento de água e no saneamento, possa compartilhar seu conhecimento conosco”, afirmou o governador de Alto Paraná, Cesar Torres.

EXPERIÊNCIA - Uma das parcerias estudadas pelos dois estados prevê que a Sanepar colabore com a Essap produzindo um diagnóstico sobre os investimentos programados pela companhia paraguaia. “Podemos oferecer nossa experiência para ajudá-los a programar os investimentos. Em um segundo momento, esta relação pode avançar para uma parceria empresarial, com a Sanepar levando seus serviços para o Paraguai”, disse o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile.

A aproximação entre as companhias é fruto do reconhecimento dos resultados e do trabalho desempenhado pela Sanepar. No início de novembro, a experiência da empresa paranaense foi compartilhada com a Embaixada da Bolívia para a adoção de processos de melhoria na gestão da água no país.

Neste ano, a Sanepar também foi reconhecida como a melhor empresa de saneamento do Brasil pelo Prêmio Valor 1000  e como a empresa de infraestrutura mais inovadora do País pelo Prêmio Valor Inovação Brasil.

PRESENÇAS - Também participaram da reunião em que aconteceu a assinatura do memorando o vice-governador Darci Piana; o presidente da Essap; Luis Fernando Bernal; o cônsul-geral do Paraguai em Curitiba, Celso Santiago Riquelme, o chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, e os deputados estaduais Gugu Bueno e Marcel Micheletto.

 

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Secretaria da Saúde reforça a importância da prevenção e controle do diabetes

Nesta terça-feira, 14 de novembro, Dia Mundial do Diabetes Mellitus, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) chama a atenção dos paranaenses para a importância de prevenir e controlar a doença, que não escolhe idade para ocorrer. O tema adotado para as campanhas no período de 2021 a 2023 é “Acesso aos Cuidados do Diabetes”.

O Diabetes Mellitus (DM) é causado pela produção insuficiente ou resistência à ação da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e responsável por metabolizar a glicose transformando-a em energia para a manutenção do funcionamento do nosso corpo.

Isso provoca altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente. Esse aumento dos níveis de glicemia pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos.

DADOS - No Brasil, de acordo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 – a mais recente divulgada pelo Ministério da Saúde – o Diabetes Mellitus atinge 7,7% dos brasileiros entrevistados, sendo mais frequente entre as mulheres (8,4%) do que nos homens (6,9%). A incidência tende a ser maior com o aumento da idade, com 19,9% entre pessoas com 60 a 74 anos e 21,1% entre indivíduos com 75 anos ou mais.

No Paraná essa prevalência em pessoas com idade superior a 18 anos passou de 5,8%, em 2013, para 7,7% em 2019, segundo os dados da PNS. O que significa que em torno de 881 mil paranaenses apresentam o diagnóstico da doença.

Diversas situações e condições podem desencadear o diabetes – a maioria dos casos é classificada em Diabetes Tipo 1, Diabetes Tipo 2 e Diabetes Gestacional. A identificação do tipo é fundamental para o tratamento adequado.

TIPO 1 - O Diabetes Tipo 1 se dá quando o próprio sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina. Ocorre de forma mais frequente em jovens e crianças. Por esse motivo, o diagnóstico costuma ser feito na infância e adolescência.

O tratamento farmacológico para este tipo, previsto no SUS, envolve medicamentos cujo acesso se dá pelo Componente Básico da Assistência Farmacêutica (CBAF) - Insulina NPH 100U/mL suspensão injetável e insulina regular 100U/mL solução injetável.

Já pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) são ofertadas insulina análoga de ação rápida 100U/mL solução injetável e insulina análoga de ação prolongada 100U/ml e 300U/mL solução injetável.

Renata Orreda, servidora pública, convive desde 2002 com o Tipo 1. Ela era adolescente quando começou a emagrecer, ficar fraca e beber muita água. Uma semana depois desses sintomas, entrou em coma. Foi quando descobriu que teria de incorporar o tratamento para diabetes para o resto da vida.

“Foi tudo muito rápido e sentia muita sede. Em uma noite adormeci e não me lembro de ter acordado. Tinha 15 anos e a partir desse momento tive de mudar por completo meus hábitos. Mudei a alimentação, idas frequentes ao médico, além da aplicação diária de insulina, que tive de aprender. No início foi muito difícil, mas hoje convivo bem”, conta Renata.

TIPO 2 - É caracterizado por resistência à insulina e deficiência parcial de secreção de insulina pelas células pancreáticas, além de alterações na secreção. Esse tipo ocorre em cerca de 90% das pessoas com diabetes, sendo frequentemente associado à obesidade e ao envelhecimento.

DIABETES GESTACIONAL - Decorrente das mudanças hormonais, a ação da insulina pode ser reduzida durante a gestação, condição que não persiste após o parto.

Esse tipo é diferente do Diabetes Mellitus diagnosticado na gestação. Nesse caso, a sua descoberta é feita de forma oportuna na gestação e essa condição persiste após o parto.

Existe ainda a pré-diabetes, condição caracterizada pelo nível de açúcar no sangue acima do normal, mas não o suficiente para ser diagnosticado como diabetes. Serve de alerta, pois indica um risco grande de progressão da doença.

É fundamental que a gestante inicie o pré-natal o quanto antes para a identificação precoce e acompanhamento.

ATENDIMENTO NO SUS - A porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS) é a Atenção Primaria à Saúde, (APS), responsável pelo cuidado e o acompanhamento. No SUS Paraná, a Linha Guia de Diabetes Mellitus estabelece as diretrizes para o cuidado das pessoas com a doença.

O acompanhamento é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde tem seu risco estratificado e o cuidado em saúde é compartilhado com a atenção ambulatorial especializada, conforme a necessidade.

De janeiro a setembro de 2023, foram registrados no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) 20.124.231 atendimentos a pessoas com diagnóstico de diabetes no Paraná. Para o mesmo período de 2022 houve 15.531.745 registros.

PREVENÇÃO - Todos os hábitos saudáveis, incluindo uma vida com atividade física e a alimentação adequada, são aliados no controle e na prevenção de diversas doenças crônicas, entre elas o diabetes. Manter o peso corporal adequado também é um fator relevante para prevenção.

De acordo com a coordenadora de Promoção da Saúde da Sesa, Elaine Cristina Vieira, cuidar da alimentação todos os dias é importante tanto para a prevenção da doença quanto para quem já tem o diagnóstico.

“Para o controle da glicemia e do peso corporal é necessário manter uma rotina alimentar baseada em alimentos in natura ou minimamente processados, que incluem os vegetais, grãos e carnes, evitando o consumo de alimentos ultraprocessados, pois esses são ricos em açúcar, sal, gorduras e aditivos”, alertou Elaine.

“Além disso, a prática regular de atividades físicas também melhora o controle glicêmico, além de reduzir os fatores de risco cardiovascular, contribuir para a perda de peso e aumentar a sensação de bem-estar”, concluiu.

 

 

 

 

 

 

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 Vigilância Sanitária reduz em mais da metade o tempo médio para emitir licenciamentos

Estudo do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) confirmou a redução do tempo para emissão de licenciamentos sanitários, um dos principais documentos exigidos pelo poder público para funcionamento de empresas industriais, de comércio, de serviços e instituições de saúde.

O tempo médio de tramitação de protocolos e liberação de alvarás no Estado passou de 50 dias, em 2018, para 22 dias em 2023. 

Para o estudo, que foi entregue pelo Instituto à equipe da Sesa, foram utilizados dados fornecidos pela Junta Comercial do Paraná (Jucepar). Foi calculado um tempo médio entre o protocolo do pedido do licenciamento por parte do empreendedor e a emissão do alvará sanitário, considerando os registros desde 2018 e até agosto de 2023.

Conforme informações da secretaria estadual da Saúde (Sesa), a redução é resultado do planejamento e organização do processo de trabalho nas Regionais de Saúde e vigilâncias sanitárias municipais, levando em conta as realidades locais e a priorização da inspeção de acordo com o grau de risco sanitário de cada atividade econômica.

As ações de vigilância sanitária abrangem um conjunto de medidas que tem por finalidade eliminar, reduzir e prevenir riscos à saúde e intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente.

O diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, lembra que a redução do tempo de emissão de alvarás nesta área faz parte da estratégia adotada pelo Estado para desburocratizar as suas estruturas e dar mais velocidade aos processos, de forma a beneficiar o empreendedor, sem risco de não atendimento às regras e sem prejuízo à população. A principal ferramenta para desenvolvimento dessa política é o programa Descomplica Paraná.

ESFORÇO - O diretor-geral da Sesa, César Neves, destaca que o esforço para agilização do licenciamento de empresas vem sendo realizado pela Coordenadoria de Vigilância Sanitária da Sesa desde 2020. Em agosto daquele ano, a coordenadoria propôs a simplificação de processos de licenciamento aplicados a vários segmentos comerciais, industriais e prestadores de serviços, além de instituições como hospitais e laboratórios.

Em 2020, a Resolução Estadual nº 1034/20 regulamentou a licença sanitária de acordo com a classificação do grau de risco das atividades econômicas. Dentro das demandas, os atendimentos passaram a ser priorizados a partir dos segmentos de alto risco, que abrangem atividade que exigem inspeção prévia; médio risco, que compreendem emissão de licença sanitária simplificada; de risco condicionante, que dependem de questões adicionais, e baixo risco, compreendendo atividades econômicas dispensadas do licenciamento sanitário.

A iniciativa permitiu dar celeridade ao processo do licenciamento sanitário, sem que o empreendedor deixe de cumprir todas as normas pertinentes e que o estabelecimento ou produto venham a causar dano ao usuário e consumidor. “Essa simplificação foi possível devido a um trabalho conjunto, entre as vigilâncias sanitárias de todo o Estado. Adotamos mecanismos para a redução do tempo necessário para o licenciamento e também para a renovação do documento. Agora temos a comprovação de que deu certo”, ressalta César Neves.

TRABALHO PERMANENTE - A Resolução Estadual 1034/2020 prevê maior agilização de todas as etapas da concessão da licença para que a operação de empresas e novos negócios se desenvolvam de forma mais rápida, gerando mais empregos e serviços para a população.

“Refinamos nosso escopo nas fiscalizações, aprimoramos o atendimento aos prazos estabelecidos e fomentamos a necessidade de continuar trabalhando com qualidade. Há mais de três anos trabalhamos para essa redução e esse estudo mostra que conseguimos melhorar o processo”, enfatizou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

MODERNIZAÇÃO – Para o diretor-presidente do Ipardes, a diminuição do tempo médio da emissão de alvará sanitário reflete a modernização em curso das estruturas públicas estaduais, além das mudanças legais, focadas na desburocratização, sendo destaque o Programa Descomplica Paraná.

Ele lembra que os processos de desburocratização em andamento não se limitam ao objetivo de conferir maior velocidade ao atendimento do empreendedor, sendo prioritária também a manutenção da segurança do funcionamento das empresas. “O Governo do Paraná vem procurando facilitar a operação do setor produtivo, reconhecendo a importância da desburocratização em processos de desenvolvimento econômico”, afirma.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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