A Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciará na quarta (29) a Operação Corpus Christi 2024 no Paraná. Com cinco dias de atividades operacionais, a operação terminará no domingo (2 de junho).
Os objetivos da operação são reduzir a violência no trânsito, promover mobilidade nos corredores logísticos, potencializar ações de educação para o trânsito e intensificar ações que promovam a livre circulação durante todo o período da operação.
A PRF direcionará seu foco para as condutas que matam no trânsito, como as ultrapassagens em locais proibidos e os atropelamentos de pedestres, além da mistura de bebida alcoólica e direção, as velocidades excessivas, o uso do celular, além de um cuidado especial com a utilização do cinto de segurança e dos dispositivos de retenção para crianças. Motociclistas também farão parte das fiscalizações.
Comparativo de mortes por ultrapassagem irregular e atropelamentos em maio de 2023 e 2024
Um levantamento realizado em cima de colisões frontais (resultantes de ultrapassagens mal sucedidas em locais proibidos) e atropelamentos de pedestres registrados em maio de 2023 e de 2024, nas rodovias federais paranaenses, aponta crescimento no número de vítimas mortas em decorrência desses tipos de acidente, conforme tabela:
| Mortes por tipo de acidente | 2023 | 2024 | % |
| Colisões frontais | 60 | 74 | +23% |
| Atropelamento de pedestres | 28 | 36 | +28,5% |
Diante deste cenário, a PRF pede que os motoristas e pedestres obedeçam à sinalização e a legislação de trânsito, uma vez que as escolhas feitas por esses personagens estão os atingindo diretamente e, indiretamente, suas famílias e demais usuários das rodovias.
Informações em tempo real sobre condições das rodovias
No Paraná, um canal no WhatsApp, que já conta com mais de 35 mil seguidores, foi lançado com o objetivo de fornecer, em tempo real, informações relevantes que impactem diretamente os usuários que transitam pelas rodovias federais no estado, sendo mais uma ferramenta para auxiliar o planejamento de viagens para profissionais, empresas e toda a população. Com foco prioritário em informar interdições de pista e lentidões de tráfego, o canal é uma ponte direta entre o setor operacional da PRF e a população.
A ferramenta é oferecida de modo gratuito. O Canal da PRF Paraná está disponível para ser acessado e seguido clicando aqui ou acessando o link disponível na bio das redes sociais da instituição (Instagram e Facebook).
Além do canal da PRF, concessionárias de rodovias também adotaram esse tipo de comunicação.
Restrição de tráfego para trechos rodoviários de pista simples
Para melhorar a segurança nas rodovias federais, o tráfego de alguns veículos de carga será restringido em rodovias de pista simples. Não podem transitar veículos ou combinações de veículos, passíveis ou não de autorização especial de trânsito (AET) ou autorização especifica (AE), cujo peso e dimensões excedam qualquer um dos seguintes limites:
2,6m de largura; 4,4m de altura; 19,8m de comprimento; 58,5 toneladas de PBTC.
Datas, horários e locais:
29/05/2024 | quarta-feira | 16 às 22 horas |
30/05/2024 | quinta-feira | 6 h ao meio-dia |
02/06/2024 | domingo | 16 às 22 horas |
Orientações para quem vai pegar a estrada
Antes de viajar, o motorista deve verificar as condições do carro. A manutenção deve estar em dia, em especial em relação aos itens de segurança, como sistema de freios, pneus e sistemas de iluminação e sinalização;
A viagem deve ser planejada de modo que o condutor não dirija por mais de quatro horas ininterruptas. Ele deve estar descansado e em condições físicas e psicológicas para conduzir o veículo. Deve haver planejamento para abastecimento e alimentação também;
O veículo só pode levar até a capacidade máxima de passageiros. Todos os ocupantes devem usar o cinto de segurança ou, em caso de crianças, o dispositivo de retenção equivalente;
As bagagens devem ser levadas em compartimento próprio, para evitar lesões em caso de envolvimento em acidentes. Se forem levadas em compartimento de passageiros, elas podem se deslocar e ferir os ocupantes do carro;
Os motoristas devem respeitar a sinalização e legislação de trânsito e, em relação às ultrapassagens, somente realizar a manobra em locais permitidos e quando houver tempo e distância para concluir a manobra sem colocar o trânsito em risco. Ressalta-se que ultrapassagens mal realizadas são responsáveis por um terço das mortes em rodovias federais.
Em caso de chuva, a velocidade deve ser reduzida, os faróis devem permanecer acesos e à distância de segurança entre os veículos deve aumentar.
No caso de emergência em rodovias federais, ligue 191.
Por - Assessoria
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) publicou uma Portaria nº 129/24 que estabelece procedimentos para a entrada de máquinas, implementos agrícolas e seus veículos transportadores no Paraná.
Segundo o documento, ela é permitida somente se todas as partes internas e externas estiverem livres de solo e de resíduos de vegetais.
Entre as ameaças está a planta daninha Amaranthus palmeri, presente no Brasil desde 2015, mas sem ocorrência registrada no Paraná. Relatos indicam que uma única planta pode produzir de 100 mil a 1 milhão de sementes. O controle ineficiente pode até mesmo inviabilizar a colheita, aumentando o uso de herbicidas e os custos de produção, com potencial de causar grandes prejuízos para a agricultura paranaense.
“Trata-se de uma espécie com grande capacidade competitiva, que pode levar a perdas significativas: nas áreas com ocorrência, pode reduzir a produtividade de soja, milho e algodão em aproximadamente 80% a 90%”, disse o chefe do Departamento de Sanidade Vegetal da Adapar, Renato Rezende Young Blood. Ela é considerada a praga de maior risco fitossanitário no documento , do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O trânsito de máquinas e implementos agrícolas com solo aderido, ou com presença de resíduos de vegetais, é uma das principais formas de disseminação de plantas daninhas resistentes a herbicidas no Brasil. Por isso, entre as hipóteses sobre a introdução da Amaranthus palmeri prevalece a de que os campos foram infestados pelo transporte de sementes em colheitadeiras vindas da Argentina.
Segundo o chefe da Divisão de Certificação, Rastreabilidade e Epidemiologia Vegetal da Adapar, Juliano Farinazzo Galhardo, a quantidade de prestadores de serviços de colheita aumentou consideravelmente nos últimos anos, havendo, inclusive, casos de pessoas que venderam propriedades rurais para investir na aquisição de colhedoras mais modernas e eficientes, e se especializaram na prestação de serviços de colheita de grãos.
Ainda de acordo com Galhardo, a discrepância nos períodos de colheita entre os diversos estados produtores de grãos do País possibilita que, após terminar a colheita em um Estado, o prestador de serviço trabalhe em outros sequencialmente, até que a safra seja finalizada em todo o Brasil, e então a máquina retorne ao estado de origem, onde será utilizada novamente, quando a colheita da próxima safra se iniciar.
O mesmo ocorre com produtores que possuem propriedades em diferentes estados e que utilizam as mesmas máquinas para a colheita. “Esses fenômenos contribuíram diretamente para um aumento substancial no trânsito interestadual de máquinas e implementos agrícolas para o Paraná, aumentando o risco de introdução de pragas, inclusive a Amaranthus palmeri”, acentuou Galhardo.
PLANO DE AÇÃO – O Departamento de Sanidade Vegetal da Adapar trabalha dentro de um plano de ação desde fevereiro do ano passado, quando houve detecção da planta daninha em algumas propriedades no Mato Grosso do Sul. O plano é fundamental para aumentar a proteção da agricultura paranaense e contribuir para a prevenção não só do Amaranthus palmeri, mas de populações de outras espécies de plantas daninhas resistentes, além de fungos, vírus, bactérias e nematoides.
A Adapar possui mais de 30 Postos de Fiscalização do Trânsito Agropecuário instalados na divisa do Paraná com Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina, onde as inspeções de máquinas e implementos agrícolas serão intensificadas, objetivando verificar sua adequação ao previsto na Portaria 129/24.
“O produtor rural que vai receber uma máquina em sua propriedade, vinda de outro estado, tem papel fundamental exigindo do prestador de serviços que ela chegue limpa, sem solo aderido ou resíduos de vegetais, pois isso pode trazer pragas capazes de ocasionar graves prejuízos para ele e até mesmo depreciar o valor da sua terra”, arrematou Blood.
Por - AEN
Com apenas 3° C, Palmas amanheceu com a menor temperatura do dia no Paraná, de acordo com o Simepar.
A frente fria que cobre o Estado também impactou os termômetros de Inácio Martins (3,5° C), Laranjeiras do Sul (4,8° C), Guarapuava (4,9° C), Cascavel (5,4° C), Pato Branco e Santa Maria do Oeste (5,6° C), Guaíra (6,3° C), Francisco Beltrão (6,4° C) e São Mateus do Sul (6,9° C). Na segunda-feira (27), a menor temperatura também foi registrada em Palmas, mas de 8,2° C.
As temperaturas caíram após uma segunda-feira bastante chuvosa no Paraná. Segundo Elizandro Jacobsen, meteorologista do Simepar, o frio marca os três estados do Sul nesse momento. "Apesar do frio da manhã, o declínio ficará mais evidentes à tarde, mais para o fim do dia, com mínimas ainda mais severas. Há uma massa de ar polar na região, provocada por um ciclone extratropical que atua no litoral gaúcho, e a sensação fica mais fria em função dos ventos. As máximas não passam de 18° C no Norte Pioneiro nesta terça", afirma.
De acordo com o Simepar, essa condição permanece em todo o Estado nos próximos dias. Há chance de geada na quarta-feira (29) em uma área que vai da Capital a Cascavel, abrangendo também a região Sul, os Campos Gerais e o Centro-Sul. As máximas giram em torno de 21° C em Paranaguá e 19° C em Jacarezinho, Londrina e Paranavaí.
Na quinta-feira (30), feriado de Corpus Christi, o frio ainda permanece em todo o Estado, mas os riscos de geada são pequenos porque as temperaturas não ficam tão baixas (na média). A perda radiativa de calor em áreas de poucas nuvens, pode favorecer, de forma mais pontual, maior declínio no período noturno, até o amanhecer, com alguma geada fraca em regiões mais baixas nos Campos Gerais. As mínimas ficam em torno de 5° C em Rio Negro e União da Vitória e as máximas atingem 22° C em Paranavaí. Na Capital, a variação será entre 6° C e 17° C.
Confira a lista das mínimas do dia . Confira outras informações e as previsões dos municípios no site do Simepar.
Por - AEN
A Seção de Crimes Ambientais (SCA) da Polícia Científica do Paraná (PCP), por meio da Academia de Ciências Forenses (ACF), promove no mês que vem a quarta edição do Curso de Reciclagem em Perícias Ambientais.
A capacitação, voltada para servidores, aborda a parte teórica e prática dos exames feitos pela SCA, os equipamentos utilizados e a estrutura da seção, além de conceitos de legislação aplicadas na área: crimes contra a fauna e flora, bem-estar animal e crime de poluição.
O curso também apresenta as principais bases cartográficas utilizadas, contando com treinamento básico da ferramenta Google Earth Pro e Avenza. Além dos conhecimentos teóricos, há atividades práticas para elaboração de mapas e análise histórica de imagens de satélite, aplicação do protocolo de bem-estar animal para casos de maus-tratos e do formulário para classificação do estágio sucessional da vegetação do Bioma Mata Atlântica.
A terceira edição do curso aconteceu entre os dias 22 e 24 de maio, apresentando aos participantes novos exames, como a necropsia de animais e a identificação de espécies florestais por meio de análise macroscópica da madeira, realizados na Capital e também em vestígios advindos do Interior. A parte teórica foi na Unidade de Execução Técnico-Científica do Tarumã, e a prática no Museu de História Natural de Curitiba.
A chefe da seção, Angela Andreassa, explica que o objetivo é padronizar o conhecimento para o atendimento em todo o Paraná. “Essa capacitação visa nivelar os conhecimentos na área, capacitar os peritos oficiais para a realização de exames periciais em locais de crimes ambientais, buscando um atendimento de excelência por parte da Polícia Científica do Paraná”, diz.
A perita oficial Omolabake Arimoro ressalta a importância da atualização constante. “É importante sempre nos atualizarmos e conhecermos as técnicas em diferentes tipos de perícias, como a de crimes ambientais, uma vez que os meios e modos de atuação divergem dos demais exames realizados rotineiramente, proporcionando maior segurança e autonomia aos peritos durante suas análises”, afirma.
SCA – A Seção de Crimes Ambientais atua desde 2019 realizando exames periciais em locais de crimes contra a flora, incluindo exames complementares (identificação de espécies arbóreas por análises dendrológicas e de anatomia da madeira); crimes contra a fauna, incluindo necropsias animais; crimes contra a administração ambiental; poluição; mineração; microvestígios de solo, dentre outros. No final de 2023 alcançou o seu milésimo laudo.
Por - AEN
O Paraná apresentou em 2023 a segunda maior taxa de crescimento do País na arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).
No ano passado, foram reunidos R$ 30,88 milhões com atividades de exploração mineral, em especial pela produção de minerais não metálicos como areia, brita, calcário para produção de cimento, corretivo agrícola e cal. O aumento foi de 13,8% se comparado aos R$ 27,14 milhões do ano anterior – apenas São Paulo, com incremento de 15,1%, apresentou desempenho superior.
O levantamento consta no primeiro , produzido pelo Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), divulgado nesta segunda-feira (27).
O valor arrecadado é dividido entre o Governo do Estado, os municípios locais produtores e órgãos do governo federal, como a Agência Nacional de Mineração (ANM), o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Nessa divisão, aproximadamente 53% dos recursos de 2023 foram repassados ao Paraná, totalizando R$ 16,52 milhões. Deste valor, R$ 3,3 milhões foram destinados ao Governo do Estado e o restante foi dividido por 191 municípios. Juntando essa quantidade com os royalties pela exploração de petróleo e gás, o Estado e os municípios receberam R$ 99,94 milhões pela exploração de recursos minerais no ano passado – R$ 16,4 milhões do Executivo Estadual e R$ 83,53 milhões transferidos aos municípios.
O montante é repassado ao governo para ações com caráter ambiental coordenadas pelo IAT aos municípios que possuem exploração de recursos minerais em seus territórios e também a localidades que são atingidas, de alguma maneira, pela atividade, como, por exemplo, pelo transporte de carga ou pelo recebimento de rejeitos da mineração, entre outras ações. No caso das cidades, os recursos são destinados a projetos que revertam em benefício da comunidade local.
O Informe Mineral é emitido pela Divisão de Geologia do IAT. O documento apresenta dados sobre quais setores mais representam a exploração mineral no Estado, assim como os produtos que mais influenciam nestes valores no Paraná. “No Paraná, os bens minerais explorados são principalmente encaminhados para o abastecimento da indústria da construção civil e para atender demandas da indústria agrícola”, apontou o geólogo do IAT, Marcos Vitor Fabro Dias.
MUNICÍPIOS – Apesar do total distribuído pela CFEM estar dividido entre 191 municípios, a maior parte do valor está concentrado em torno das grandes aglomerações urbanas, principais demandantes de bens minerais produzidos – as 20 cidades que mais arrecadaram responderam por 71,5% do total.
Os sete principais municípios arrecadadores foram: Rio Branco do Sul, com R$ 4,97 milhões (16,1%), Campo Largo com R$ 3,56 milhões (11,5%), Almirante Tamandaré, com R$ 1,89 milhão (6,1%), Figueira com R$ 1,47 milhão (4,8%), Adrianópolis, com R$ 1,27 milhão (4,1%), São José dos Pinhais, com R$ 1,13 milhão (3,7%) e Cerro Azul, com R$ 998 mil (3,2%).
O recolhimento é oriundo de 523 empresas de mineração, em 1.176 títulos concedidos pela ANM, que resultou num Valor da Operação de Venda, correspondente ao Valor de Comercialização, de R$ 2,34 bilhões, um aumento de 19,4% se comparado com o ano anterior.
Entre as 30 principais empresas mineradoras que recolheram CFEM em 2023, destacam-se a Votorantim Cimentos S.A., que participou com 12,1%, e a Cia de Cimento Itambé, com 6,3%.
Em termos de arrecadação da CFEM, a mineração de rochas carbonáticas liderou com 35,8%, seguida de rochas para produção de brita e revestimento (28,4%) e areia (9,8%). Destaca-se, ainda, a água mineral explorada para envase (consumo) e a estância hidromineral (turismo), com 7,2%, o carvão mineral (4,8%) e o ouro (4,2%).
ROYALTIES – No ano passado, o Paraná recebeu R$ 13,10 milhões de royalties pela exploração do xisto, petróleo e gás, e seus municípios outros R$ 70,31 milhões, totalizando R$ 83,41 milhões.
Araucária concentrou boa parte da arrecadação: R$ 56,36 milhões (80,2%). Na sequência, aparecem Guaratuba, com R$ 7,96 milhões (11,3%), São Mateus do Sul, com R$ 3,68 milhões (5,2%), Campo Largo, com R$ 1,2 milhão (2,4%), e Pitanga, com R$ 612 mil (0,9%).
Nesse ranking, Araucária, Guaratuba e Campo Largo receberam os royalties por possuírem estruturas ligadas ao petróleo, como terminais de tancagem e armazenamento, e instalações de embarque e desembarque. Já nos outros dois municípios, os royalties são pela exploração de minérios, sendo eles o xisto, em São Mateus do Sul, e o gás natural em Pitanga.
Por - AEN
Inspirado em modelos educacionais internacionais adotados em países como Estados Unidos, Inglaterra, Espanha e Coreia do Sul, o projeto-piloto do programa Parceiro da Escola, implementado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) em 2023, tem índice de aprovação acima de 90%.
O programa de gerenciamento das escolas da rede estadual por empresas parceiras atende 2,1 mil estudantes no Colégio Estadual Aníbal Khury, em Curitiba, e no Colégio Estadual Anita Canet, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
As duas pesquisas realizadas junto à comunidade escolar aconteceram no início de 2024. Para a realização do mapeamento, o IRG Pesquisa elaborou um questionário estruturado que abordou os aspectos relacionados à gestão escolar e às mudanças. As perguntas foram direcionadas especificamente para pais e responsáveis pelos alunos que estudam nos colégios. Os principais pontos investigados incluíram o conhecimento dos participantes sobre a mudança na gestão, suas percepções sobre eventuais melhorias ou mudanças observadas e seus sentimentos.
No Colégio Estadual Anibal Khury o projeto alcançou 81% de satisfação e 90% de aprovação por parte do coletivo escolar. No Colégio Estadual Anita Canet, os números foram ainda melhores, com 93% de satisfação e 96% de aprovação.
“A grande aprovação por parte da comunidade escolar em relação ao programa decorre dos resultados pedagógicos alcançados desde a implementação nas instituições participantes. Com a expansão do programa a expectativa é de que tais êxitos alcancem mais escolas, fortalecendo ainda mais o aprendizado dos nossos estudantes”, diz o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda.
Segundo ele, em ambas as entidades, os índices de matrículas, frequência e desempenho escolar dos estudantes apresentaram melhoras significativas entre 2023 e 2024. Também houve matrícula de 100% no Enem.
No Colégio Estadual Anita Canet, o êxito do modelo de gestão foi observado nos índices de matrículas e desempenho dos alunos. Em 2023, a escola contava com 895 alunos matriculados e as matrículas subiram para 965, um aumento de 8%. A frequência dos estudantes saltou de 84% para 88%. Em relação ao aprendizado, dados da Prova Paraná, exame aplicado periodicamente na rede, mostram que a média de acertos dos alunos da escola aumentou de 41% em 2022 para 45% em 2023.
Ao mesmo tempo em que houve mudança na gestão, o colégio, assim como toda a rede, seguiu recebendo investimento do Estado. No ano passado foi reformado o laboratório de informática, feitas adequações nas áreas externas, adquiridos 40 novos notebooks, instaladas câmeras de segurança nas salas de aula e nos corredores, comprados equipamentos esportivos e implementadas aulas de jiu-jitsu no contraturno.
No Colégio Estadual Anibal Khury os resultados são similares. Em 2020 a escola atendia cerca de mil alunos, número que subiu para 1.141 em 2024. Em relação à frequência, o número passou de 85% em 2022 para 87% em 2023. Outro dado relevante foi a redução das aulas vagas, que são aquelas que deixam de ser dadas por falta ou ausência do professor. Em 2022, 22% das aulas do ano não foram realizadas por tal motivo. Em 2023, a partir do modelo que garante a presença de docentes na escola, o número de aulas vagas caiu para 6%.
No ano passado o Estado reformou o refeitório e adequou o depósito de merenda da unidade. Também instalou um bicicletário, pintou as quadras coberta e descoberta, implementou sistema de segurança e câmeras de monitoramento e adquiriu 31 novos chromebooks.
Lindomar da Costa Amaral é pai de uma das alunas matriculadas no oitavo ano. Ele afirma que as mudanças no Colégio Estadual Aníbal Khury, após a implementação do projeto, foram visíveis não apenas nas notas da estudante, mas também na estrutura da escola que, com atendimento ampliado, tornou-se um ambiente de aprendizado ainda mais eficaz e seguro.
“Percebemos um cuidado especial com a escola. Graças à facilidade das contratações há na escola profissionais suficientes para atender, não somente nas salas de aula, mas também para realização de reparos, acompanhamento dos estudantes nos pátios, limpeza, etc. Tais fatores, juntos, contribuem para que um ambiente escolar ainda mais eficaz e acolhedor”, afirma.
PROJETO DE LEI – O Governo do Estado mandou nesta segunda-feira (27) o que oficializa o programa para a Assembleia Legislativa. Ele tem como intuito otimizar a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas mediante uma parceria com empresas com expertise em gestão educacional. Elas serão responsáveis pelo gerenciamento administrativo das escolas selecionadas na rede e pela gestão de terceirizados (limpeza/segurança).
O Parceiro da Escola será instalado mediante consulta pública junto à comunidade escolar, em modelo similar das consultas das cívico-militares, dentro de um processo democrático. A proposta é que a consulta aconteça em 200 escolas de cerca de 110 cidades, nas quais foram observados pontos passíveis de aprimoramento em termos pedagógicos, projetando inclusive uma diminuição da evasão escolar – o número corresponde a cerca de 10% da rede.
O programa não atinge escolas indígenas, aquelas em comunidades quilombolas e em ilhas ou as cívico-militares. Segundo as regras, o parceiro contratado deverá utilizar os Sistemas Estaduais de Registro Escolar, ficando a cargo da Secretaria de Estado da Educação a expedição de normativas para o uso. O parceiro contratado também poderá utilizar as plataformas digitais disponibilizadas pela Seed para aplicação de seu plano de trabalho.
Por -AEN


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