Polícia Científica acerta 100% de teste de identificação de substâncias químicas

O Laboratório de Química Forense da Polícia Científica do Paraná (PCP) obteve 100% de acerto em um ensaio de proficiência em drogas coordenado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) com laboratórios de todo o Brasil.

Os testes têm como objetivo promover a melhoria dos procedimentos e a qualidade dos serviços prestados pelos laboratórios forenses que atuam na análise de drogas brutas e no auxílio à justiça criminal.

Laboratórios de todo o Brasil receberam três amostras desconhecidas de substâncias sólidas na forma de pó. Após a realização das análises químicas, os resultados foram submetidos ao Inmetro para avaliação. No caso da PCP, todas as amostras encaminhadas foram identificadas corretamente.

Segundo a chefe da Seção de Química Forense da PCP, Raquel Vilhena, os ensaios de proficiência, que estão em sua 3ª edição, são uma importante ferramenta de controle de qualidade para o laboratório. Ela destaca que instituição paranaense também foi aprovada nas edições anteriores dos testes, realizados em 2022 e 2023.

“Os ensaios do Inmentro contribuem para avaliar o desempenho dos laboratórios e demonstrar a confiabilidade dos resultados gerados que são gerados por eles na análise de substâncias”, afirmou Raquel.

MODERNIZAÇÃO TECNOLÓGICA – Entre os fatores que ajudam a explicar a eficiência do laboratório da PCP, estão a aquisição, em dezembro de 2023, de dois novos equipamentos de cromatografia gasosa acoplados à espectrometria de massas (CG-MS). Eles permitem a separação e identificação de compostos desconhecidos em uma mistura para determinar substâncias químicas relacionadas a crimes.

Em abril deste ano, a Polícia Científica do Paraná recebeu um novo aparelho que permite a determinação de composição química de amostras recolhidas pelos peritos. O Espectrômetro Portátil de Fluorescência de Raios X (XRF) de alto desempenho contribui com o aprimoramento da qualidade dos laudos periciais.

ENSAIOS DE PROFICIÊNCIA – O Laboratório de Análise Orgânica do Inmetro é responsável pela organização das avaliações. Em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Polícia Federal, são disponibilizadas rodadas anuais de ensaios de proficiência na área forense, incluindo a análise de drogas.

Além de proporcionar ferramentas para os laboratórios de Química Forense e avaliar seu desempenho na detecção de drogas, o Ensaio de Proficiência busca cumprir metas de cooperação estabelecidas e contribuir para o aumento da confiabilidade e aprimoramento contínuo dos laboratórios forenses nacionais. A iniciativa visa, também, aprimorar continuamente os métodos analíticos utilizados pelos laboratórios.

 

 

 

 

Por - AEN

Passageiro de carro morre em batida com caminhão na BR 277

Entre Guarapuava e Cantagalo, no quilômetro 374 da BR 277, caminhão e carro bateram, na manhã desta quarta-feira (31).

A motorista do carro e o condutor do caminhão foram encaminhados para atendimento médico em Guarapuava.  O passageiro do  veículo de passeio morreu no local.

Rodovia permanece com interdição total,  será liberada primeiramente a pista no sentido decrescente Foz do Iguaçu para Curitiba e depois o sentido crescente Curitiba para Foz do Iguaçu. 

 

 

 

 

 

Por - Catve

 Homem com dois transplantes e criança com coração novo: sistema paranaense salva vidas

Nilson José Dybas completará 52 anos no próximo dia 10 de outubro. Isso oficialmente.

Desde 2015 ele também celebra aniversário no dia 15 de setembro e 3 de novembro. O empresário, que mora no em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, precisou passar por dois transplantes de fígado no intervalo de cinco anos depois de ser diagnosticado com esteatose hepática e ter uma trombose biliar.

Além de ser um caso raro por precisar de dois transplantes, Nilson tem sangue AB+, considerado o mais raro de todos os tipos. No primeiro procedimento, foram 33 dias de espera. No segundo, 37.

“Tentei manter a calma ao receber a notícia de que eu precisaria de um transplante e depois de cinco anos ter que passar por tudo novamente. Era o que precisava ser feito”, conta. “Mas eu posso dizer que me senti seguro em todas as etapas porque via a organização da equipe. Sei, por exemplo, que os órgãos vieram de outras cidades e que até aeronaves foram usadas para que eu pudesse estar aqui hoje”.

O Sistema Estadual de Transplantes conta com aproximadamente 700 profissionais, incluindo 23 equipes de transplantes. Além disso, o governo estadual disponibiliza infraestrutura aérea e terrestre para o transporte de órgãos, incluindo nove veículos próprios do SET e 12 aeronaves para transporte emergencial.

Em 2023, foram realizadas 137 missões aéreas para o transporte de 211 órgãos, número que já é superado em 2024, com 64 missões e 155 órgãos transportados até o momento.

De acordo com o ranking Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), divulgado há poucos dias, o Paraná se mantém na liderança entre os estados com mais doações de órgãos e transplantes. Entre janeiro e junho de 2024 foram registrados 648 notificações de potenciais doadores, que resultaram em 242 doações efetivas.

O número de transplantes registrou um crescimento de 12% em comparação com 2023: foram 431 transplantes de órgãos no Estado de janeiro a junho, enquanto 384 procedimentos aconteceram em 2023. Transplantes de fígado como os realizados por Nilson aconteceram 148 vezes nos primeiros seis meses do ano.

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Em agosto deste ano, Jalisson Duarte, de 14 anos, completará 11 anos como transplantado. Foto: Ricardo Ribeiro/AEN


CRIANÇAS – Há pouco mais de três semanas, Fernanda Nogueira, de 11 anos, ganhou um novo coração. Ela também é parte dessa grande rede de solidariedade. Foram três meses internada após descobrir uma insuficiência cardíaca.

“Eu fiquei nervosa e com um pouco de medo no começo. Mas quando acordei da cirurgia estava tudo bem. Agora não vejo a hora de voltar para a escola, conversar com meus amigos e estudar. Talvez eu seja professora ou enfermeira, porque quando fiquei internada vi as enfermeiras tratarem as crianças com muito carinho e pensei que eu poderia fazer isso também”, planeja.

Em 2024, entre janeiro e junho, houve quatro transplantes de coração em crianças de 0 a 18 anos. Além disso, outros nove transplantes de rim, cinco de fígado e 18 de córnea. Atualmente, são 51 crianças na lista de espera por algum órgão no Paraná.

De acordo com o médico Bruno Hideo, responsável clínico pelo transplante cardíaco pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe, o tempo de espera ainda é grande na fila dos pacientes pediátricos. “Temos pacientes que esperam por até um ano e meio, por isso é muito importante essa conscientização sobre a doação de órgãos. Essa é uma conversa que as famílias precisam ter, pois ela salva vidas”, afirma.

Em agosto deste ano, Jalisson Duarte, de 14 anos, completará 11 anos como transplantado. Ele recebeu um rim aos quatro anos de idade, depois de passar por sessões de hemodiálise três vezes por semana desde que tinha um ano. Da época, ele pouco se lembra, mas emociona-se ao falar sobre o que significa.

“É uma esperança de vida, uma alegria. Minha vida hoje é normal: jogo futebol, ando de bicicleta, de tudo um pouco. Por isso é importante doar, porque é um sonho”, afirma.

A mãe de Jalisson, Joice Duarte, conta que a vida da família mudou. Foi preciso sair de Itapejara D’Oeste (no Sudoeste do Estado) e deixar empregos para o tratamento do único filho. “Eu nunca vou esquecer o dia em que recebemos a ligação de que o rim havia chegado no hospital: dia 25 de agosto de 2013. É uma vida que recomeça, a gente largou tudo pra vir para acompanhar o tratamento. Temos muita gratidão aos médicos e aos envolvidos para que tudo isso acontecesse”, arremata.

 

 

 

 

 

Por - AEN

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