Estado já enviou aos municípios R$ 11,8 milhões do programa de construção de creches

Municípios do Paraná já estão recebendo do Governo do Estado os recursos do Programa Infância Feliz, que prevê a construção de 300 creches para abrigar, cada uma, até 66 crianças de zero a 3 anos, em turnos alternados ou de forma integral, de acordo com a realidade dos municípios. São contemplados 258 municípios.

Lançado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior no começo do mês, o programa recebe investimento de R$ 391,4 milhões. É o maior pacote da história voltado à infraestrutura de educação infantil do Paraná e o maior do País, com a previsão de atender entre 10.200 e 13.800 crianças.

Receberam o dinheiro os municípios que já tiveram a documentação analisada e corrigida. Foram transferidos R$ 11.873.608,95, referentes à primeira parcela para a obra. O custo de construção de cada creche é calculado em R$ 1,3 milhão. “Por ser um ano atípico, devido ao período eleitoral, estamos dando agilidade aos nossos processos, a fim de que essas construções saiam do papel o mais rápido possível”, declarou o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.

Os 258 municípios elencados de acordo com os critérios Potencial de Creche por Município (PCM) já encaminharam suas documentações e o processo segue normal, para que em breve todos tenham a primeira parcela paga. 

Os recursos para o programa são fruto de uma parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Social e Família (Sedef) e a Casa Civil, com aporte do Tesouro Estadual, do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA) e da Assembleia Legislativa do Paraná. O dinheiro é depositado diretamente nos fundos municipais e as prefeituras serão responsáveis pela licitação. Cada unidade deve receber cerca de R$ 1,3 milhão.

O programa atende um pedido das prefeituras para reduzir o déficit de vagas na educação infantil paranaense. Há mais de 20 anos que o Governo do Paraná não lançava um pacote de construção de creches desse porte para apoiar os municípios.

Todos os atos que envolvem o Programa Infância Feliz, em especial a construção das creches, estão publicados nos Diários Oficiais do Governo do Paraná, com a listagem de cidades, critérios de seleção e outras informações.

PRIMEIRA INFÂNCIA – O investimento também vai fortalecer a Política da Primeira Infância no Paraná, conforme a Lei Estadual 21.870/2023, que prevê a implantação do programa Infância Feliz e que, entre outras ações, trata da construção desses espaços. O Estado tem um dos menores índices do País de crianças de 0 a 3 anos que não frequentam a creche, além de ter o segundo melhor índice de alfabetização de crianças do País.

“A primeira infância, que vai do zero aos 6 anos, é uma idade propícia para desenvolver conexões neurais e a capacidade de se relacionar com as pessoas no mundo”, explicou a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), Juliana Sabbag.

“Tem uma frase que eu gosto muito, que diz que ‘o berço da desigualdade é a desigualdade no berço’. Então, quando a gente começa uma vida sem ter a oportunidade de ter o desenvolvimento garantido, isso influencia lá na frente. Nosso objetivo é garantir que todas as crianças tenham condição de se desenvolver igualmente”, destacou.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Saúde promove capacitação de profissionais e mutirão da pessoa idosa na região Oeste

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou nesta quarta e quinta-feira (26 e 27) uma capacitação para profissionais que integram a 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu e a 10ª Regional de Cascavel, no Oeste do Paraná.

Os encontros são voltados para o cuidado e atenção às pessoas com mais de 60 anos, mais uma ação do Governo do Estado direcionada a esta faixa etária, seguindo as políticas públicas para idosos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Mais de 500 pessoas participaram do evento que aconteceu nos municípios de Cascavel e Medianeira. As equipes da Rede de Atenção à Saúde das regiões visam a expansão do conhecimento sobre a Linha de Cuidado da Pessoa Idosa.

Os eventos estão previstos como etapa do PlanificaSUS Paraná, discutido no Planejamento Regional Integrado e programados na agenda estratégica do projeto “Envelhecer com Saúde no Paraná”.

“As ações de saúde para a pessoa idosa precisam estar voltadas para a manutenção e a recuperação da autonomia e da independência. Não basta só cuidar de doenças, precisamos promover o envelhecimento com autonomia, independência e qualidade de vida”, ressaltou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

“Esses encontros ajudam a colocar em prática essas mudanças inovadoras no processo de trabalho das equipes de saúde e no perfil assistencial”, acrescentou.

MUTIRÃO – Além da capacitação técnica, os profissionais participaram também do Mutirão de Saúde da Pessoa Idosa. Em Cascavel, a ação contou com a presença de aproximadamente 60 pessoas, que puderam colocar em dia a caderneta de saúde da pessoa idosa e ainda serem atendidas pela equipe multiprofissional. Em Medianeira, a iniciativa reuniu 150 pessoas.

O mutirão é uma das estratégias utilizadas no Paraná para identificar os riscos de saúde das pessoas idosas, capacitar as equipes de saúde e educar o público-alvo da região sobre cuidados necessários à saúde e sobre seus direitos.

Os profissionais de saúde colocam em prática muitos dos conteúdos abordados durante o encontro, como, por exemplo, a estratificação de risco, que permite definir priorizações necessárias para o cuidado ideal.

“O cuidado individualizado é uma das diretrizes do Projeto Envelhecer com Saúde no Paraná, que tem na Atenção Primária a porta de entrada da assistência, e por isso a necessidade de qualificação e atualização de todos os profissionais envolvidos, sejam dos municípios ou do Estado. Um trabalho conjunto refletirá em melhores atendimentos e maior resolubilidade”, destacou a chefe da Divisão de Atenção à Saúde do Idoso da Sesa, Giseli Rocha.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Humanização: Saúde leva cuidados paliativos ao domicilio dos pacientes

O cuidado paliativo, prestado por equipes multiprofissionais que trabalham na assistência do paciente e familiares diante de doenças que ameacem a continuidade da vida, é uma principais vertentes da atenção primária e atenção especializada, para reforçar o atendimento humanizado, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). 

No Paraná, de acordo com levantamento da Diretoria de Atenção e Vigilância em Saúde, 3.958 pessoas receberam esse tipo de atendimento entre janeiro e maio deste ano, dentro da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Os dados foram extraídos do Sistema de Informação da Atenção Básica (Sisab), do Ministério da Saúde.

“Historicamente, no Paraná os cuidados paliativos são ofertados de forma predominante na área hospitalar, com foco na oncologia. Entretanto, é necessário avançar para a prática desse cuidado em outros níveis da Rede de Atenção da saúde pública, considerando que muitos usuários com doenças ameaçadoras da vida estão nos domicílios”, diz a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a maioria das pessoas vivendo o processo ativo de adoecimento está em casa, sendo a família a provedora de aproximadamente 85% dos cuidados em saúde. Estima-se que mais de 56 milhões de pessoas ao redor do mundo e 625 mil, somente no Brasil, tenham necessidade desse tipo de cuidado.

Do total de atendimentos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em cuidados paliativos, de janeiro a maio deste ano, 1.200 foram realizados na atenção primária (prestada nos municípios) e 2.758 na atenção especializada, que envolve atendimento domiciliar e ambulatorial. Esse cuidado integra profissionais de diversas áreas, como enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, médicos, psicólogos e fisioterapeutas. Em todo o ano de 2023 foram registrados 13.099 atendimentos em cuidados paliativos na atenção primária (4.150) e atenção especializada (8.949).

O Governo do Estado acompanha essa necessidade e tendência mundial de atendimento domiciliar. Nesse contexto, a Sesa instituiu, em outubro do ano passado, por meio da Resolução nº 1477/2023 , o Grupo Condutor, responsável pela elaboração e monitoramento do Plano Estadual de Cuidado Paliativo no Estado.

No início deste mês de junho, cerca de 100 profissionais das Regionais de Saúde se reuniram para aperfeiçoarem seus conhecimentos no tema, a fim de replicarem aos demais profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e ambulatórios dos municípios. O encontro fez parte de mais uma etapa do PlanificaSUS, projeto estratégico de reorganização e metodologias do SUS.  

VISITAS - No Noroeste do Paraná, no município de Iguaraçu, de abrangência da 15ª Regional de Maringá, Luriko Tsukamoto, 86 anos, faz parte deste recorte, e recebe acompanhamento multiprofissional, feito pela equipe de saúde da família da unidade Copacabana. O atendimento domiciliar teve início em 2022. As visitas são realizadas, em média, uma vez por mês pelo médico e semanal ou quinzenal por equipe formada por técnica de enfermagem, enfermeira e fisioterapeuta, além do acompanhamento no município, com o geriatra. Ela tem hipertensão arterial e doença de Alzheimer.

EXPERIÊNCIA DOS HOSPITAIS - Esta humanização no cuidado com o paciente também é uma busca dos hospitais, que contam com equipes ou mesmo centros de cuidados paliativos. Em 2023 houve 7.488 atendimentos, em 18 unidades hospitalares, visando proporcionar uma experiência mais digna e confortável para os pacientes. A comissão de cuidados paliativos dos Hospitais Zona Norte e Sul de Londrina, no Norte do Estado, acompanhou 226 pacientes.

Aqueles elegíveis para cuidados paliativos são do próprio município ou referenciados da Macrorregião Norte. No total são 16 leitos exclusivos, das duas unidades hospitalares. Todos os pacientes internados recebem atendimento multiprofissional, contando com médico exclusivo, psicóloga, nutricionista, fisioterapeuta, assistente social e equipe de enfermagem.

“A enfermaria possui horário de visita ampliado, permitindo um número maior de visitantes por paciente. Isso visa humanizar o ambiente hospitalar, tornando-o mais acolhedor e impactando positivamente a experiência e o conforto dos pacientes”, disse Reilly Lopes, diretor-geral do Hospital Zona Norte.

Para o diretor-geral do Hospital Zona Sul, Geraldo Júnior Guilherme, trata-se de um trabalho maravilhoso, acolhedor e que envolve muitas pessoas. “Humanizamos a assistência em pacientes com pouca perspectiva terapêutica. Esse cuidado evita medidas invasivas e agressivas. A terminalidade da vida deve ser digna para todas as pessoas. É uma forma moderna de tratar e cuidar das pessoas”.

EFETIVIDADE - Em dezembro de 2023, o Ministério da Saúde anunciou a implantação da Política Nacional de Cuidados Paliativos, com a adesão de estados e municípios. A Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP) e a Frente Paliativista têm mapeado diversos lugares que ofertam esses cuidados, mas a autodeclaração dos serviços ainda é incipiente.

“Essa política pública está em andamento no Paraná, assim como em todo o país. Estamos expandindo esse cuidado e capacitando os profissionais para identificarem quem são esses pacientes e quais são elegíveis. Nossa prioridade é sempre, valorizar a vida”, finaliza Maria Goretti.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

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