Caminhoneiro flagra ciclistas ‘pegando rabeira’ na BR-277; PRF alerta sobre riscos

Um caminhoneiro flagrou, nesta terça dia 14, três ciclistas ‘pegando rabeira’ atrás de uma carreta na BR-277 sentido Ponta Grossa. Segundo Anselmo Gequelin, de 40 anos, essa é uma prática bastante comum nas rodovias do estado.

  

“Isso acontece todos os dias e hoje deu certo de eu gravar. Esse tipo de coisa é mais frequente no trecho da serra, que liga Curitiba e Paranaguá, principalmente nos fins de semana. É raro eu seguir viagem sem ver nenhum ciclista pegando rabeira em caminhão”, comentou Anselmo, que é caminhoneiro há 22 anos, em entrevista à Banda B.

 

Ele defende que as rodovias são lugares muito perigosos para os ciclistas, que se arriscam compartilhando as estradas com carros e caminhões. “Volta e meia eles ultrapassam pela faixa dos automóveis e a gente tem que fazer manobras arriscadas para evitar acidentes. Eu acho que falta conscientização, porque também sou ciclista nos fins de semana, mas procuro andar mais no interior, longe das rodovias”, completou.

 

A Associação de Ciclistas Cicloiguaçu concorda que pegar rabeira ou vácuo em outros veículos é uma atitude perigosa e desnecessária. O técnico de edificações Josué Valério, de 50 anos, que integra o grupo, defende que o ciclista deve priorizar a segurança sempre. “No caso flagrado, o trio está atrás de uma carreta que pode estar a 90 ou 100 km/h. Se, por um momento, o caminhoneiro pisar no freio, eles serão engolidos. É muito perigoso”, afirmou.

 

De acordo com ele, no entanto, esse tipo de prática é feita apenas por alguns ciclistas, enquanto a maioria não se arrisca e segue as regras de trânsito. “Nós sempre passamos as orientações de segurança, mas claro que sempre haverá pessoas que tomam ações inadequadas. Apesar disso, acredito que as coisas já melhoraram muito, com as discussões sobre mobilidade e os carros dando espaço para a bicicleta nas ruas, e devem melhorar ainda mais”, comentou.

 

Dicas de segurança


O policial rodoviário federal Fernando Oliveira alertou sobre os perigos de pegar rabeira, principalmente nas rodovias. “É uma situação que acontece eventualmente, não apenas o ciclista pegando rabeira, mas também o vácuo de alguns veículos em alta velocidade. Isso quer dizer que, com qualquer frenagem abrupta, a pessoa corre o risco de colidir contra a traseira do caminhão. Ou até mesmo uma pedra ou buraco no caminho podem derrubar o ciclista”.

 

A orientação, então, é usar o acostamento sempre o mais próximo à direita possível. “Além disso, é melhor evitar que grupos grandes andem lado a lado, mesmo no acostamento, porque quem estiver mais à esquerda corre maior risco de ser atingido por um carro”.

 

É preciso prestar atenção também em saídas ou alterações das rodovias, onde o acostamento se confunde com as alças de acesso, ou em trechos em que as margens viram faixas adicionais de trânsito. “Embora não haja multa ou uma forma efetiva de coibir esse tipo de ação, é preciso tomar cuidado”, finalizou. (Com Banda B)

 

 

 

 

 

Homem é detido ao tentar matar irmão a facadas

O homem de 32 anos foi detido ao ferir o irmão na Rua Eiffel no Bairro Interlagos em Cascavel na noite desta terça dia 14.

 

Durante a discussão, ele atingiu o irmão com golpe de faca.

 

O homem foi abordado pela equipe UPS (Unidade Paraná Seguro) Norte e encaminhado à 15ª SDP (Subdivisão Policial). A faca foi apreendida. (Com Catve)

 

 

 

 

 

PF prende duas pessoas em operação de combate aos crimes contra a Previdência

A Polícia Federal, em ação conjunta com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, deflagrou nesta terça dia 14, a Operação Octopus, nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa (Orcrim) especializada em fraudar aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e pensões por morte.

 

Cerca de 70 policiais federais cumprem 17 mandados de busca e apreensão e duas de prisão temporária, expedidos pela 23ª Vara Federal de Curitiba, com o apoio de 10 servidores da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. As medidas judiciais estão sendo cumpridas nas cidades paranaenses de Curitiba, Araucária e Pontal do Paraná, além de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, Erechim e Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul. Foi determinado, ainda, o arresto de bens e bloqueio de contas bancárias dos envolvidos, bem como o afastamento dos servidores do INSS, de cargos de chefias e das atividades de concessão de benefícios previdenciários.

 

As investigações iniciaram em 2017 a partir de notícias recebidas pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (COINP) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, sendo identificado que a organização criminosa atuava pelo menos desde 2013.

 

Para o cometimento dos crimes, foram criados cerca de 800 vínculos empregatícios fictícios para mais de 500 trabalhadores. Os vínculos fraudulentos inseridos nos sistemas do INSS cobrem uma faixa de tempo de serviço de 1 a 15 anos.

 

As investigações revelaram que a organização estava sendo chefiada por um agenciador de aposentadorias, reincidente em crimes contra a Previdência. Há fortes indícios de que o esquema criminoso conte com a participação de dois servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), três contadores, dois advogados e outros intermediários de benefícios previdenciários.

 

Os criminosos criaram vínculos falsos para seus próprios familiares, de primeiro e segundo graus. Os que obtiveram benefícios irregularmente terão suas aposentadorias revisadas pela autarquia previdenciária.

 

A COINP estima o prejuízo em cerca de R$ 3,7 milhões com o pagamento de 52 benefícios obtidos de forma fraudulenta. Contudo, com a deflagração desta operação e o consequente desmantelamento da ORCRIM, o valor do prejuízo evitado à nação é de aproximadamente R$ 25,6 milhões, levando-se em consideração a expectativa de sobrevida da população brasileira.

 

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, estelionato majorado e inserção de dados falsos em sistemas corporativos do Governo Federal, com penas previstas de até 20 anos de prisão se somadas.

 

O nome Octopus foi escolhido em alusão aos tentáculos do polvo, assemelhando-se ao modus operandi utilizado pela ORCRIM para alcançar seus objetivos.

 

Os presos e o material apreendido foram encaminhados à Superintendência Regional da Polícia Federal no Paraná, onde permanecerão à disposição da justiça.

 

 

 

 

Para TCE faltou transparência da Sanepar ao pedir reajuste

O conselheiro Fernando Guimarães do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) comentou na manhã desta terça dia 14, a decisão de suspender o reajuste de 12,1% da tarifa de água e esgoto da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). O aumento estava previsto para vigorar a partir da próxima sexta dia 17.

 

Em seu despacho, o relator do processo acolheu os argumentos apresentados em Comunicação de Irregularidade feita pela Segunda Inspetoria de Controle Externo do TCE-PR (2ª ICE), responsável pela fiscalização da Sanepar. Guimarães ainda converteu o processo em Tomada de Contas Extraordinária, situação na qual são apurados fatos e penalizados eventuais responsáveis.

 

Por fim, o conselheiro também deferiu o pedido da unidade técnica para que seja constituída uma comissão de auditoria multidisciplinar integrada por servidores do Tribunal de Contas. O grupo analisará a metodologia e os cálculos que fundamentaram tanto o reajuste tarifário previsto para 2019 quanto outros realizados anteriormente pela empresa.

 

Apontamentos

 

De acordo com a avaliação da 2ª ICE, desde que se promoveu a revisão tarifária em 2017, o aumento acumulado da tarifa da Sanepar foi de 27,92%, contra uma inflação (IPCA), no mesmo período, de 12,06%. Os técnicos do Tribunal apontaram ainda que, enquanto em 2014 foram distribuídos aos sócios lucros de aproximadamente R$ 200 milhões, em 2018 os valores ultrapassaram os R$ 423 milhões, segundo informam os próprios relatórios da Sanepar.

 

Na visão da unidade técnica, essa situação tem como base a própria metodologia de reajuste proposta pela companhia, que contém inconsistências. Mesmo assim, a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná (Agepar) limitou-se a acatar o cálculo apresentado pela empresa.

 

Em relação ao reajuste anual programado para 2019, a 2ª ICE detectou, na documentação encaminhada pela Sanepar, uma série de imprecisões, bem como a ausência da necessária motivação para a medida. Para os técnicos do Tribunal, os custos referentes ao Fundo Municipal de Saneamento Básico e Abastecimento (FMSBA) não poderiam ter sido repassados integralmente ao consumidor. Somente a correção dessa impropriedade reduziria o aumento previsto de 12,1% para 8,4%.

 

Finalmente, a unidade técnica indicou que a empresa não detalhou suficientemente a metodologia adotada para a revisão da tarifa, nem os valores considerados nos cálculos, ofendendo assim o princípio da transparência e impedindo o efetivo entendimento, por parte dos consumidores, dos procedimentos empregados para aumentar o valor da conta de água e esgoto.

 

Suspensão

 

No despacho desta segunda-feira, o conselheiro Fernando Guimarães, após oportunizar a defesa por parte da Sanepar e da Agepar, considerou que apenas a dúvida sobre a regularidade dos cálculos utilizados para efetuar o reajuste tarifário justifica a suspensão do aumento por meio de decisão cautelar. Ele apontou ainda como motivos para a adoção da medida: a falta de transparência acerca da metodologia adotada pela empresa; o fato de os últimos aumentos terem superado sensivelmente os índices inflacionários; e a evidente boa saúde financeira da companhia.

 

Entretanto, o relator destacou que não vê indícios de que houve improbidade, má-fé ou ação dolosa no caso. Para Guimarães, é necessário, em primeiro lugar, que sejam esclarecidos os critérios utilizados para efetuar os reajustes, para que se possa averiguar se eles estão obedecendo aos princípios da modicidade tarifária, da ampla proteção ao usuário e da capacidade de pagamento dos consumidores.

 

"Não somos contra a remuneração do capital, afinal a Sanepar, como empresa de economia mista, deve seguir as regras do mercado para atrair investidores. O que pode ser questionado é o patamar desta remuneração, pois é preciso que a definição do valor da tarifa atenda, ao mesmo tempo, aos interesses dos usuários, dos acionistas e do Estado, responsável pelas tarifas sociais e pela universalização do acesso ao sistema", afirmou ele.

 

Ainda de acordo com Guimarães, a intenção do TCE-PR é que a questão reja resolvida o mais rapidamente possível, por meio de um amplo diálogo entre o Tribunal, a Sanepar, a Agepar e a própria sociedade, evitando ainda a judicialização do caso. O conselheiro defendeu inclusive a realização de audiências públicas por parte das entidades interessadas, com o objetivo de realizar uma discussão aberta sobre os índices utilizados para os reajustes das tarifas de água e esgoto efetuados desde 2014.

 

 

 

 

 

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Pais são presos por agressão e morte de bebê em Toledo

Os pais do bebê de nove meses que morreu no Hospital Universitário de Cascavel em abril deste ano foram presos pela Polícia Civil na manhã de terça dia 14, em Toledo.

 

As investigações dão conta de que a morte não foi acidental, como foi informado inicialmente pelo casal. De acordo com a Polícia, a morte da criança foi provocada após uma discussão entre os dois suspeitos.

 

Segundo o delegado, o pai arremessou um objeto de cerâmica contra a mãe que estava perto do bebê, a cabeça da criança foi atingida.

 

O caso aconteceu em 10 de abril. O menino chegou a ser hospitalizado em Cascavel, mas não resistiu aos ferimentos e morreu depois de seis dias de acompanhamento médico. O bebê teve traumatismo cranioencefálico com perda de massa encefálica.

 

A criança era o segundo filho do casal.

 

Os pais, de 23 e 20 anos foram presos preventivamente e devem responder por lesão corporal seguida de morte. (Com Catve)

 

 

 

 

 

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