Paraná apresenta experiência sobre fim da vacinação contra aftosa em fórum nacional

O gerente de Saúde Animal (GSA) da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias, apresentou nesta quarta-feira (22), no VI Fórum Nacional de Vigilância para Febre Aftosa, a experiência do Paraná na interrupção da vacinação contra a febre aftosa e na conquista do reconhecimento internacional de área Livre de febre aftosa sem vacinação.

O fórum aconteceu na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), em Campo Grande (MS), e abordou temas como a retirada da vacinação no MS, ocorrida em abril deste ano. Também foram pautas do evento o reconhecimento internacional pela atuação contra a enfermidade e os desafios após a conquista do status de área livre de aftosa.

Rafael Dias compartilhou a experiência do Paraná nos últimos anos destacando benefícios e desafios da retirada da vacinação contra a doença no Paraná. Segundo ele, apresentar a experiência do Paraná para outros estados é uma medida significativa para as regiões que buscam alcançar o status de livre da doença sem vacinação. Esse processo, de acordo com ele, envolve uma série de desafios e decisões estratégicas, e compartilhar experiências com outros estados pode trazer muitos benefícios.

“É importante principalmente no que se refere à troca de conhecimento técnico, à padronização dos protocolos de vigilância, monitoramento e controle da doença e ao fortalecimento da colaboração entre as diversas entidades envolvidas na erradicação da febre aftosa”, afirmou.

EXPERIÊNCIA – Com o trabalho do governo estadual junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária, setor privado e organismos internacionais, a imunização contra a aftosa foi interrompida em 2019 no Paraná e a campanha de vacinação, que acontecia duas vezes por ano, foi substituída pela de atualização de rebanhos. Atualmente o cadastro é obrigatório para garantir a rastreabilidade e a sanidade dos animais.

Em maio de 2021, o Paraná obteve o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação. Essa conquista possibilitou abertura de mercados para as proteínas animais paranaenses e faz da defesa agropecuária do Estado uma referência.

 

 

 

 

 

 

 

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 Ação da PM resulta na prisão de quatro homens após tentativa de roubo em Foz do Iguaçu

Uma ação rápida de policiais militares do 14º Batalhão de Polícia Militar (14º BPM) resultou na prisão de quatro pessoas por tentativa de roubo a uma empresa na noite desta quarta-feira (22), em Foz do Iguaçu, na região Oeste do Estado.

Dez funcionários foram feitos reféns durante a ocorrência no barracão que funciona como centro de distribuição de mercadorias compradas na internet.

Após o início do assalto, os policiais militares foram acionados por vizinhos e se dirigiram até o endereço da empresa, no bairro Portal. Eles foram recebidos a tiros e reagiram. As equipes especializadas da Polícia Militar (Batalhão de Choque e Rotam) foram acionadas para ajudar no cerco e na negociação.

Após cerca de uma hora de contato, os reféns foram liberados e os quatro homens se entregaram. Com eles, foram apreendidas uma pistola, um revólver, uma metralhadora e um fuzil HK. Ninguém se feriu na ocorrência. 

"Conseguimos reagir rapidamente a esse episódio, fizemos o cerco ao prédio e começamos a estabelecer os protocolos de negociação. Após cerca de uma hora eles libertaram os reféns e se renderam", afirmou o major Márcio Skovronski, que está respondendo pelo comando do 14º BPM.

Os suspeitos foram levados para a Delegacia de Foz do Iguaçu. Eles responderão por roubo agravado, sequestro e cárcere privado e tentativa de homicídio. 

 

 

 

 

 

 

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 Governador negocia instalação de fábrica multinacional de sementes no Paraná

O Paraná pode sediar a primeira fábrica da Petkus, uma gigante mundial de processamento de sementes da Alemanha.

O assunto foi debatido nesta quinta-feira (23) em uma visita da comitiva paranaense, liderada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, à sede da empresa, na cidade de Wutha-Farroda, na região central do país europeu.

Atualmente, a Petkus possui escritórios de representação em 16 países, incluindo o Brasil, onde está presente há 10 anos, mas sem uma unidade industrial instalada. O objetivo da delegação estadual é tentar convencer a empresa alemã, que estuda a implantação de seu primeiro parque fabril no País, a escolher o Paraná como destino.

“A Petkus é uma gigante da área de alimentos, a maior empresa de tecnologia na área de seleção de sementes e grãos para a produção de alimentos, com presença no mundo todo, por isso viemos, a convite dela, apresentar o Estado do Paraná, para que a gente possa ter uma indústria para atender o mercado brasileiro e da América do Sul”, contou Ratinho Junior.

Para ajudar nas negociações, o governador e equipe falaram sobre as vantagens competitivas do Paraná em relação a outros estados. Ele citou investimentos que têm sido feitos na melhoria da infraestrutura viária, incluindo o novo pacote de concessões rodoviárias, as melhorias no porto de Paranaguá e o projeto de instalação da Nova Ferroeste.

Além das melhorias na infraestrutura e logística, que reduzem o custo de transporte da produção local, o governador também falou sobre o ambiente favorável para a atração de novos negócios, com assessoria completa aos empresários interessados em investir no Paraná. “Os investimentos públicos e privados fizeram com que o Estado alcançasse recentemente o posto de quarta maior economia do Brasil”, defendeu.

AGROINDÚSTRIA – Ratinho Junior também mostrou números que demonstram o protagonismo do Paraná como um grande produtor agrícola com valor agregado. Segundo ele, a instalação de novas indústrias como a Petkus ajudam a avançar no objetivo de transformar o Estado no grande supermercado do mundo.

Atualmente, o Paraná lidera a produção nacional de carne de frango e de peixes e é o vice-líder na produção de carne de suínos, de leite. Apesar de estar atrás do Rio Grande do Sul em volume, o Estado também lidera o ranking nacional em valor de produção do mel de abelha.

Os municípios de Toledo, Castro, Cascavel, Arapoti, Nova Aurora, Guarapuava, Tibagi, São Mateus do Sul e Cerro Azul, por exemplo, estão na dianteira da agropecuária do Brasil, liderando, em 2022, a produção nacional de pelo menos 12 produtos que vêm do campo segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção estadual de cevada, feijão, mandioca e erva-mate, além de culturas como o triticale e o centeio, também são as maiores do produção.

O Valor Bruto da Produção Agropecuária, calculado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), aponta que 34 municípios paranaenses têm receita superior a R$ 1 bilhão no setor. Em nível estadual, a pecuária representa mais da metade da matriz financeira do agro.

PETKUS – Fundada em 1852, a empresa alemã é especializada em equipamentos para limpeza, secagem e classificação de sementes. Com 400 funcionários apenas na Alemanha, além de centenas em outros países, ela é uma referência na indústria agrícola pelo desenvolvimento de novas tecnologias para atender às crescentes demandas da agricultura moderna.

Os produtos são utilizados por agricultores, empresas de sementes e indústrias agrícolas em todo o mundo para melhorar a qualidade das sementes e otimizar o processo de produção. Isso inclui a remoção de impurezas, sementes defeituosas e outros materiais indesejados, garantindo que apenas as sementes de alta qualidade sejam plantadas.

MISSÃO INTERNACIONAL – A nova missão internacional paranaense ocorre entre os dias 21 e 27 de novembro, com a visita a diversas empresas alemãs. A primeira agenda da delegação liderada pelo governador foi na Krone, uma empresa especializada na produção de maquinário forrageiro e que inaugurou recentemente um centro de treinamento no Paraná.

A equipe, formada por secretários estaduais e representantes da Invest Paraná, além de ser acompanhada por empresários paranaenses, cumpre agendas de negócios nas cidades de Hanôver, Spelle, Kulmbach, Schwandorf, Ingolstadt, Munique, Eisenach e Wutha-Farnroda.

 

 

 

 

 

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 Estado fará estudos em mais 18 aldeias indígenas incluídas no traçado da Nova Ferroeste

Dezoito aldeias indígenas em quatro municípios do traçado proposto para a Nova Ferroeste foram incluídas nos estudos para mensurar os impactos do empreendimento proposto pelo Governo do Paraná.

A malha ferroviária prevê a ampliação e modernização da atual Ferroeste, entre Cascavel e Guarapuava. O novo desenho vai ligar Maracaju, no Mato Grosso do Sul, a Paranaguá, no Litoral do Paraná, com ramais para Foz do Iguaçu e Chapecó, em Santa Catarina.

A escolha dos povos indígenas a serem estudados foi definida pela Fundação Nacional do Povos Indígenas (Funai) e é condicionante à anuência do órgão concedida no início deste ano. O documento com o Plano de Trabalho para a realização dos estudos complementares foi protocolado pelo Governo do Estado  nesta semana junto à Funai e as atividades terão início após a aprovação pelo órgão federal. 

O Governo do Estado já realizou estudo semelhante ao solicitado agora pela Funai na Terra Indígena Rio das Cobras, em Nova Laranjeiras, com mais de 3 mil habitantes. Esta segunda etapa é condicionante da anuência concedida pela Funai em março deste ano.

Estão contidos neste roteiro, definido pela Funai, as Terras Indígenas Boa Vista, em Nova Laranjeiras, e Guasú Guavirá, em Guaíra, e os acampamentos Pakurity, em Dourados (MS) e Tupã Nhe Kretã, em Morretes. O Estudo do Componente Indígena (ECI) é parte do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Nova Ferroeste, fundamental para a emissão da Licença Prévia na área ambiental.

O processo para obtenção da Licença Ambiental está em andamento Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), desde 2021. Para obtenção do documento, é necessário o aval do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Funai.

O coordenador do Plano Ferroviário Estadual, Luiz Henrique Fagundes, lembra que já foram concluídos os levantamentos de possíveis áreas de interesse do patrimônio histórico, bem como estudos das comunidades quilombola. Os estudos receberam parecer favorável do Incra e do Iphan.

“A fauna e flora de áreas impactadas pelo projeto também foram alvo de audiências públicas e visitas técnicas e estamos concluindo análise de algumas contribuições surgidas nos debates públicos. O que falta agora é fazer esses estudos adicionais do componente indígena para finalizar as medidas exigidas para o licenciamento ambiental”, explica Fagundes.

Os locais para os estudos complementares foram definidos após vistoria técnica realizada no traçado proposto para a ferrovia, realizada em junho. Estão nessa relação áreas indígenas independente do status fundiário, incluindo áreas demarcadas e acampamentos localizados num raio de até cinco quilômetros de onde devem passar os trilhos da malha ferroviária.

ESTUDO ABRANGENTE – A execução do trabalho será responsabilidade da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), contratada pelo Governo do Paraná para realizar a atividade de campo e consolidar os dados. Duas equipes compostas por antropólogos, biólogos, historiadores e sociólogos vão atuar em paralelo. Uma delas vai atender a Terra Indígena Boa Vista, com duas aldeias, e os acampamentos Pakurity e Tupâ Nhe Kretã, com uma aldeia cada. O outro time vai se dedicar à Terra Indígena Tekohá Guasú Guavirá, com 14 aldeias.

Serão observadas as relações socioculturais das comunidades indígenas, organização política, territorialidade, práticas culturais, modo de vida, valores e conhecimentos tradicionais. Entrevistas e oficinas com os moradores vão auxiliar e fornecer subsídios para avaliar os impactos positivos e negativos da instalação e operação da Nova Ferroeste. A melhor compreensão do seu modo de vida destes cidadãos vai permitir a elaboração de propostas indicando medidas de prevenção, controle, mitigação ou compensação associadas a fim de garantir a proteção dos direitos indígenas.

O início das atividades de campo depende da aprovação do Plano de Trabalho junto à Funai. A etapa seguinte será o agendamento de uma reunião preparatória nas aldeias com participação dos governos federal, estadual e da Fipe.

NOVA FERROESTE – A linha férrea proposta pelo Governo do Paraná vai ligar por trilhos os estados do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná, que são produtores exportadoras de grãos (milho e soja) e proteína animal, facilitando reduzindo custos do transporte ao Porto de Paranaguá. Além disso, a malha ferroviária também vai fortalecer o trânsito de milho do Mato Grosso do Sul para o oeste catarinense, um dos principais produtores de suínos do País.

O Governo do Paraná vai levar a Nova Ferroeste a leilão após a emissão da Licença Prévia Ambiental pelo Ibama. A empresa ou consórcio vencedor vai executar as obras e explorar o empreendimento por 99 anos. “O investidor, quando olha para um projeto como este, a primeira análise que faz é sobre a segurança jurídica. A obtenção da licença ambiental vai impulsionar a atratividade desse empreendimento, porque proporciona segurança jurídica sobre questões tão complexas como as de natureza socioambientais”, diz Fagundes.

 

 

 

 

 

 

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