Moraes dá 24 horas para defesa de Bolsonaro explicar violação de tornozeleira
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Em uma sequência de eventos que se desenrolaram na madrugada e ao longo deste sábado, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido à prisão preventiva e sua defesa foi intimada a se manifestar sobre a violação da tornozeleira eletrônica que utilizava. A decisão partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que agiu com base em um relatório técnico e um vídeo que detalham a tentativa do ex-presidente de abrir o dispositivo com um ferro de solda.
O caso veio à tona após um alerta de violação ser emitido pela tornozeleira às 0h07 de sábado. De acordo com um relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape), tornados públicos por Moraes, Bolsonaro inicialmente teria dito aos agentes que o equipamento foi danificado ao bater em uma escada. No entanto, uma vistoria técnica detalhada constatou que não havia sinais de impacto, mas sim "marcas de queimadura em toda a sua circunferência", inconsistentes com a versão inicial.
Questionado diretamente pela responsável pela vistoria, Bolsonaro admitiu ter usado um ferro de solda na tentativa de abrir o aparelho. O equipamento foi substituído, mas o fato foi crucial para a decisão do ministro Moraes, que, horas depois, decretou a prisão preventiva do ex-presidente. O magistrado citou a violação da tornozeleira e a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como justificativas para a medida, visando "garantia da ordem pública".
Enquanto Bolsonaro aguarda na Superintendência da Polícia Federal por uma decisão sobre um pedido de visita de sua família, sua esposa, Michelle Bolsonaro, se manifestou publicamente. Em vídeo gravado no Ceará, onde estava durante a prisão do marido, a ex-primeira-dama classificou o momento como uma "guerra espiritual" e afirmou que "estão tentando calar a voz dele agora, mas ele levantou um exército".
O ministro Alexandre de Moraes deu um prazo de 24 horas para que a defesa de Bolsonaro se manifeste formalmente sobre o ocorrido. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se pronunciará em seguida. Além disso, cópias dos documentos sobre o caso foram enviadas para os autos da Ação Penal 2668, na qual o ex-presidente já foi condenado por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.


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