Hamas ameaça romper cessar-fogo em Gaza
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O Hamas ameaçou, neste sábado, 22, romper imediatamente o cessar-fogo estabelecido em Gaza. A advertência ampliou a pressão sobre as negociações mediadas pelos Estados Unidos (EUA). De acordo com a emissora saudita Al Arabiya, representantes do grupo disseram ao enviado norte-americano para o Oriente Médio, Steve Witkoff, que a trégua estaria encerrada.
“O acordo acabou e [o Hamas] está pronto para lutar”, disse uma fonte. Segundo a fonte, o cessar-fogo precisa ser respeitado pelas duas partes e acrescentando: “Gaza não se tornará outro Líbano”.
Autoridades dos EUA relataram ao site israelense Walla que, embora o Hamas não tenha abandonado completamente as tratativas, o movimento deixou claro que não aceitará novas ofensivas israelenses.
Uma dessas fontes declarou: “O Hamas ainda não desistiu, mas deixou claro que não poderá aceitar mais ataques israelenses”, afirmou o representante do grupo terrorista.
“Gaza não será o Líbano para eles, e espero que possamos conter a situação”. Outro interlocutor relatou que o próprio grupo afirmou: “É melhor para nós lutar e deixar que mil morram sob o fogo dos ataques israelenses do que pela inação”.
No campo diplomático, segundo o The Jerusalem Post, o gabinete do primeiro-ministro israelense informou que cinco integrantes de alto escalão do Hamas foram mortos em operações conduzidas no sábado.
O comunicado acusou o grupo de desrespeitar repetidamente o entendimento: “Israel cumpriu totalmente o cessar-fogo; o Hamas, não”.
Nesta semana, as Forças de Defesa de Israel (FDI) declararam ter bombardeado o complexo militar do Hamas em Ain al-Hilweh, no Líbano. O ataque matou 13 integrantes do Hamas, o que demonstra que, enfraquecido em Gaza, o grupo tenta transferir infraestruturas para o Líbano, em meio à suposta tentativa de o governo local desarmar grupos terroristas.
A nota do governo israelense também mencionou que terroristas atravessaram áreas controladas por Israel para atacar soldados e declarou que o Hamas executou civis palestinos em Gaza ao longo do período de trégua.
Governo de Israel pressiona por cobranças sobre o Hamas
O governo pressionou os mediadores a exigirem que o Hamas cumpra suas obrigações no acordo patrocinado pelos EUA, formalizado como a primeira parte do cessar-fogo, em outubro. Isso inclui finalizar a entrega dos corpos dos reféns que permanecem em Gaza (três ainda estão sob controle do grupo) e prosseguir com o processo de desarmamento que levaria à desmilitarização do território.
As FDI também relataram que, horas antes, eliminaram um terrorista que teria cruzado a chamada Linha Amarela, trecho utilizado para a entrada de ajuda humanitária no sul da Faixa de Gaza, e aberto fogo contra soldados israelenses. Segundo os militares, o agressor se aproveitou da movimentação de veículos de assistência humanitária para avançar contra as posições israelenses.
Outro terrorista, Abu Abdullah Al-Hudaydi, responsável pelo estado-maior operacional das Brigadas Izzadin al-Qassam, teria sido morto em um ataque israelense em Gaza., teria sido morto horas antes desse incidente, segundo a Al Arabiya. As FDI não confirmaram a morte.
Em paralelo, o analista Hani al-Dali, do canal libanês Al Mayadeen, informou que Khalil al-Hayya, dirigente de peso dentro do Hamas, seguia para o Cairo à frente de uma delegação do grupo. O objetivo da viagem seria fortalecer a coordenação com países árabes e ampliar o respaldo político palestino. Dali não esclareceu se o eventual fim do cessar-fogo deve integrar a pauta imediata das discussões.
Por Revista Oeste


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