Catanduvas - Município recebe quase R$ 3 milhões para obras de pavimentação pelo programa Asfalto Novo, Vida Nova

Deputado Gugu Bueno e prefeito Ademar Burckhardt celebram nova etapa de investimentos em infraestrutura urbana no município do Oeste paranaense

O município de Catanduvas foi contemplado com um novo repasse de quase R$ 3 milhões para obras de pavimentação asfáltica, dentro do programa estadual Asfalto Novo, Vida Nova. O anúncio foi feito nesta terça-feira (3) pelo governador Ratinho Junior.

Os recursos reforçam o compromisso do Governo do Estado com a universalização da malha viária urbana pavimentada em municípios de pequeno e médio porte. O programa garante não apenas o asfalto, mas também obras de drenagem, calçadas com acessibilidade e iluminação pública em LED, elevando os padrões de qualidade de vida da população.

“Estamos levando asfalto, galeria pluvial, calçada e iluminação de LED em todas as ruas dos municípios paranaenses. É levar qualidade de vida, retirando a lama e a poeira da frente da casa das pessoas e, acima de tudo, levando cada vez mais dignidade para elas”, afirmou Ratinho Junior.

O 1º secretário da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), deputado estadual Gugu Bueno, destacou a importância dos novos investimentos para a população. “Catanduvas viveu uma grande transformação nos últimos anos sob a gestão do antigo prefeito Moisés Souza. Tínhamos um compromisso com a cidade de, durante a gestão do prefeito Ademar, prosseguir com essa transformação”, afirmou.

O prefeito de Catanduvas, Ademar Luiz Burckhardt, destacou a relevância do apoio institucional para a viabilidade do projeto. “É uma grande honra e satisfação levar mais esse recurso para Catanduvas para beneficiar a população. Temos que ter o apoio do Governador e dos deputados para que esse recurso chegue aos municípios”, pontuou.

Segundo o prefeito, sem esse apoio seria inviável executar obras desse porte. “Somente com a arrecadação do nosso município não é possível fazer uma obra tão importante. Nosso deputado Gugu Bueno, que é da nossa terra, tem olhado com um olhar diferenciado para Catanduvas, não somente no asfalto, mas em todos os segmentos, como saúde e educação.”

Com essa nova etapa, Catanduvas se junta a outros municípios do Paraná que têm recebido investimentos diretos do Governo do Estado por meio do Asfalto Novo, Vida Nova, o maior programa de pavimentação urbana da América do Sul. Desde seu lançamento, em abril de 2023, a iniciativa já contemplou 377 cidades com até 100 mil habitantes e destinou mais de R$ 2,2 bilhões em recursos, promovendo dignidade, mobilidade, segurança e desenvolvimento regional.

O secretário de Estado das Cidades, Guto Silva, ressaltou que muitas das cidades não teriam como realizar um grande volume de pavimentação sem o apoio do programa. “Temos relatos dos prefeitos de que muitas vezes faz 10, 20 anos que a cidade gostaria de asfaltar essas ruas, mas não tem recurso suficiente para isso. Sabemos que no município pequeno a capacidade de investimento é baixa, então é necessário o apoio do Governo do Estado para poder, em parceria, realizar essas obras”, explicou.

 

 

 

 

 

Por - Assessoria

Quedas - Municipio é responsabilizado po morte de bebê morre em acidente com veículo da prefeitura

Uma viagem de volta para casa deveria ser, por definição, uma jornada de alívio. Um retorno ao conhecido, ao conforto do lar, à esperança cotidiana.

Mas para um grupo de mulheres e uma criança recém-nascida, essa travessia se transformou em trauma. No interior do Paraná, um acidente envolvendo um veículo da Secretaria de Saúde do Município de Quedas do Iguaçu deixou marcas profundas: vidas interrompidas, corpos feridos, e a memória de uma tarde que jamais deveria ter terminado assim.

A estatística por si só já é contundente: o Brasil registra cerca de 30 mil mortes por acidentes de trânsito por ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Dessas, uma parcela significativa envolve serviços de transporte público ou oficial. E entre os que sobrevivem, não raro, ficam as sequelas físicas e emocionais. Neste caso, havia esperança no ar. Um nascimento recente. Uma família que retornava do hospital com o brilho nos olhos de quem testemunhou a chegada de uma nova vida.

A condição humana é frágil. Vivemos sob a ilusão de controle, de que é possível planejar o próximo passo. Mas basta um desvio inesperado, uma escolha imprudente, para que a existência se desfaça em pedaços. E foi isso que aconteceu naquele dia, quando o motorista, segundo relatos, desviou a rota e demonstrava comportamento alterado. O carro bateu contra uma árvore. A nenêm, que havia nascido há poucos dias, morreu na hora. Uma senhora que também estava no carro faleceu dias depois, em decorrência dos ferimentos. As demais passageiras foram socorridas com ferimentos.

A mãe da bebê, descreveu a cena: “A minha filha faleceu. Ela faleceu na hora. Um homem pegou eu e a minha nenêm e levou para o hospital. […] O motorista estava com cheiro de álcool, ele entrou numa lanchonete. Quando nós passamos pela polícia, ele falou para nós colocar o cinto, aí ele falou para tirar o cinto. Não tinha nenhuma cadeirinha para a nenêm”.

Outra mulher que estava no carro reforçou os sinais de imprudência: “Ele soltava do volante para abrir a garrafa de água. Ele colocava a mão na nuca, parecia que estava cansado. Estava em alta velocidade. […] Ele não passou segurança em nenhum momento, pânico ele passou muito para nós”.

Esses testemunhos revelam mais que um acidente: mostram a negligência de um sistema que deveria proteger. O veículo era público. O motorista, um servidor. A responsabilidade, portanto, também é institucional.

A sentença judicial reconheceu essa culpa. A Justiça condenou o Município de Quedas do Iguaçu a indenizar as vítimas por danos morais, estéticos e materiais. A decisão fala da dor, mas também do direito de ser reparado. Ainda que nenhuma quantia seja capaz de devolver o que foi perdido.

Entre as cicatrizes físicas, uma mulher relata que não consegue mais trabalhar. A cirurgia no braço direito deixou sequelas permanentes. Entre as emocionais, há a ausência da filha, o medo de pegar um carro oficial novamente, a sensação de abandono.

Mas mesmo na dor, brota uma centelha de coragem. A mãe que perdeu a filha contou sua história. Buscou justiça. Resistiu. Como tantas outras mulheres que, diariamente, enfrentam os escombros de um sistema negligente com a firmeza de quem sabe que a verdade também é uma forma de amor.

Não se trata apenas de responsabilizar culpados, mas de aprender a olhar com mais cuidado. Porque cada trajeto rotineiro, cada volta para casa, carrega dentro de si o desejo humano mais essencial: chegar com vida.

 

 

 

 

 

 

Por - CGN

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