O 'lado traiçoeiro' da vitamina E nos cosméticos
A vitamina E tem uma forte ação antioxidante, protege o coração das doenças cardiovasculares, reforça o sistema imunológico, beneficia a saúde dos ossos e dos músculos e está diretamente associada a uma melhor saúde da pele, das unhas e do cabelo.
Por ter um impacto direto e positivo no exterior do corpo humano, a vitamina E marca presença num vasto leque de produtos cosméticos, especialmente em cremes de dia e de noite para aplicar no rosto, contudo, é preciso prestar atenção ao ingrediente sob a forma de vitamina E que é usado.
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De acordo com o Huffington Post, o óleo de vitamina E é o ingrediente muitas vezes incluído na composição dos cosméticos, contudo trata-se de “um ingrediente traiçoeiro”, pois, apesar de ser um “excelente antioxidante, é [um ingrediente] muito pesado, por isso, se a pessoa é propensa a ‘quebras’ de pele, [este ingrediente] pode fazer com que a pele quebre ainda mais”, alerta a especialista Joanna Vargas.
O risco de alergia associado ao óleo de vitamina E é apontado pela dermatologista Elizabeth Tanzi e o fato de alguns dos óleos de vitamina E terem mesmo a adição de soja na sua composição é revelado pelo cirurgião plástico Stafford R. Broumand, que alerta ainda que “a vitamina E existe em oito fórmulas químicas”, mas que apenas o tocoferol é a única que satisfaz as necessidades humanas. De acordo com o site HealthLine, o uso de óleo de vitamina E pode também agravar a aparência de cicatrizes e a sua aplicação frequente tem sido associada ao desenvolvimento de dermatite de contato.
Mas, devemos deixar de usar cremes com vitamina E ou óleo de vitamina E? Não necessariamente. Devemos, sim, passar a usar com cautela.
Em primeiro lugar (e como deve acontecer com qualquer outro tipo de cosmético), é importante procurar o aconselhamento de um especialista sobre o tipo de pele que se tem e o tipo de produtos mais adequados a usar, uma vez que o óleo de vitamina E é mais indicado para quem tem a pele muito seca e pouco ou nada sensível. As pessoas com algum tipo de alergia cutânea, oleosidade extra ou irritação devem procurar junto de um dermatologista se se trata de um ingrediente potencialmente nocivo para a pele.
Se os produtos com vitamina E são adequados ao tipo de pele que se tem, deve-se, então, optar por aplicar o creme com vitamina E ou o óleo em si apenas à noite e como substituto ao tradicional creme de noite, recomenda Broumand. Como alternativa ao comum creme de dia, o médico sugere o uso de produtos que combinem o óleo de vitamina E com vitamina C, uma mistura que se assume como a melhor forma de proteger a pele contra a radiação do sol, uma vez que a vitamina E atua como escudo protetor contra os radicais livres, mas necessita da vitamina C para atenuar os seus efeitos colaterais, como o tal risco de alergia.
Em casos de reação a um creme com óleo de vitamina E - rosto mais vermelho, irritação, comichão, ardor etc. -, o melhor é visitar um médico e possivelmente parar de aplicar esse mesmo creme.