Quedas - MP processa prefeita e secretário por placa de obra com críticas a ex-gestores
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) entrou com uma ação contra a prefeita de Quedas do Iguaçu, no sudoeste do estado, Marlene Fátima Revers (Pros), e o secretário de administração, Vitório Revers, por causa de umaplaca de reinauguração de uma obra com críticas a dois ex-prefeitos.
Na ação, que começou a tramitar em 31 de maio, a 2ª Promotoria da Comarca de Quedas do Iguaçu afirma que houve prática de improbidade administrativa com "gravidade significativa" e pede que haja perda da função pública, suspensão de direitos políticos e pagamento de multa.
O G1 entrou em contato com o assessor de imprensa da prefeitura e aguarda retorno. Eles não têm advogado constituído no processo.
Na placa de reinauguração do Parque Aquático Municipal, reaberto em dezembro de 2018, encomendada pelo secretário - que já foi prefeito -, os ex-prefeitos Gelmar Chmiel e Edson Prado são apontados como os responsáveis pelo abandono e pela destruição do local, respectivamente.
Na mesma placa, Vitório aparece como o idealizador e construtor do parque, e a atual prefeitura e esposa dele como a responsável pela reconstrução.
“Aquilo foi um crime. As pessoas precisam saber o que foi feito com o patrimônio público. Fiz isso para que nenhum outro prefeito volte a fazer o que foi feito. Vou defender a placa como meu sangue, se for preciso”, comentou o secretário, na reinauguração.
Conforme o MP-PR, a placa foi retirada após decisão liminar da Justiçaconcedida depois de um mandado de segurança impetrado pelo ex-prefeito Gelmar Chmiel.
"Ocorre que, para a população, pouco importa quem fez a melhoria, sendo essencial que o espaço público esteja bem preservado. Assim, por certo, a conduta dos requeridos, para além de desnecessária, fere a ordem jurídica", diz trecho da ação.
A promotoria entende que houve autopromoção da prefeita e do secretário ao denegrir a imagem "de seus desafetos eleitorais". Para o MP-PR, houve violação dos princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa.
A ação tramita na Vara da Fazenda Pública de Quedas do Iguaçu.
O que disseram os ex-prefeitos
À época da reinauguração, o ex-prefeito de Quedas do Iguaçu entre 2005 e 2008, Gelmar Chmiel, disse que acreditava que Revers tomou a atitude por alguma desavença política. Ele negou o abandono do espaço público.
“Fui vice-prefeito dele entre 2000 e 2004. Logo depois que assumi a prefeitura, levei para praça pública todo o maquinário da prefeitura que estava sem condições de uso. Isso deve ter causado alguma mágoa nele, que agora está revidando”, apontou.
Já o ex-prefeito Edson Prado não quis se manifestar sobre o caso e afirmou que acionaria a Justiça. (Com G1)
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