Quedas – Após investigações PC descobre que morte que foi tratada como suicídio na verdade era feminicidio
Na noite de 9 de maio de 2022, uma jovem foi encontrada morta em sua residência localizada no bairro lagoda, em Quedas do Iguaçu.
A ocorrência aparentemente tratava-se de suicídio. Na sequência do ocorrido, a Polícia Civil de Quedas do Iguaçu iniciou diligências investigativas no intuito de apurar algumas informações trazida por familiares da jovem MARIAN BRAGA, de que a morte poderia ter sido um feminicídio, e não suicídio.
A Polícia Civil, após inúmeras diligências investigativas, concluiu que o crime não foi suicídio, e sim feminicidio seguido de fraude processual (alteração da cena do crime). O ex namorado, C., é o investigado e indiciado pelo crime. Na época dos fatos, o indivíduo afirmou que estava na cidade de Campinas-SP no dia do crime.
Todavia, a investigação apurou que o investigado estava em Quedas do Iguaçu, e que inclusive, foi até a residência da vítima na noite do crime. Cumpre destacar que o investigado, após a vítima ter sido morta, saiu da residência e trancou a porta, com intuito de desviar e induzir em erro as investigações, fazendo com que toda a comunidade local acreditasse se tratar de um suicídio.
Após o crime, quando tomou conhecimento de que a Polícia obteve registros de passagens de seu veículo em diversos pontos no estado do Paraná e São Paulo, como também imagens de seu veículo se deslocando pelo bairro lagoda na noite do crime, informações que evidenciam o deslocamento do veículo até Quedas do Iguaçu e a indiciar C. pelo delito de homicídio triplamente qualificado, inclusive pelo feminicídio, e representar pela conversão da prisão temporária em prisão preventiva, a fim de que o criminoso aguarde preso até eventual realização de júri popular, caso seja pronunciado.
Destaca-se que, nos últimos dias, mais de 20 testemunhas foram ouvidas no inquérito policial, além de inúmeros outros indícios de provas que foram colhidos na investigação.
O Delegado Emanuel acredita que o investigado será pronunciado e enfrentará o júri popular na cidade de Quedas do Iguaçu. Em seu relatório, afirmou que:
"Marian, à toda evidência, foi morta por C. por ser mulher e por querer tomar suas próprias decisões existenciais", considerando que o motivo do crime foi o fato de que Marian pôs fim ao relacionamento (conturbado e com demonstrações descontroladas de ciúmes por parte de C.) e estava reatando com seu antigo companheiro.
Constou, ainda, do relatório que o fato de Marian possivelmente reatar com seu ex companheiro e pai de seu filho foi mola propulsora para o cometimento do abjeto crime de homicídio qualificado, o que fez o investigado fazer bate-e-volta de São Paulo a Quedas do Iguaçu com o único desiderato de ceifar a vida de Marian".
Agora a justiça analisará o pedido da Autoridade Policial para conversão da prisão temporária em prisão preventiva. Além disso, o Ministério Público deve denunciar o suspeito nas próximas horas ou dias.
Por - Policia Civil