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Trânsito mata mais que crimes no Paraná

Trânsito mata mais que crimes no Paraná

Segundo um levantamento realizado pela Seguradora Líder, administradora do Seguro Dpvat, em nove estados brasileiros o trânsito provocou, em 2018, mais mortes do que os crimes de homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, os chamdos crimes violentos.

 

O levantamento compara o total de indenizações pagas por morte pelo seguro obrigatório e os dados das Secretarias Estaduais de Segurança Pública.

 

São Paulo e Minas Gerais lideram a lista, com 5.462 e 4.127 sinistros pagos por acidentes fatais no trânsito contra 3.464 e 3.234 óbitos por crimes violentos, respectivamente. O Paraná esté entre os estados na mesma situação, ocupando a terceira posição neste ranking de fatalidades. Em 2018 foram 2.712 mortes em acidentes contra 2.088 por crimes violentos. Estão na lista ainda Santa Catarina, Mato Grosso, Piauí, Mato Grosso do Sul, Tocantisne Rondônia.

 

Os nove estados somaram mais de 17 mil pagamentos do Seguro Dpvat destinados à cobertura por morte, representando 46% do total de sinistros pagos por acidentes fatais em todo o país no ano passado. Já os crimes violentos somaram 12.559 óbitos no mesmo período.

 

Em todos os estados, as motocicletas estiveram entre os veículos com maior participação nos acidentes fatais. No Piauí, elas foram responsáveis por 73% dos pagamentos de indenização do seguro obrigatório para este tipo de cobertura. Os números reforçam a distância do Brasil em relação ao cumprimento da meta fixada junto à Organização das Nações Unidas (ONU), em 2011.

 

Carro batido chama a atenção para os acidentes nas ruas

 

A Associação Comercial do Paraná, em conjunto com o Detran, Setran, Polícia Rodoviária Estadual e Federal e Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), realizou na manhã de ontem a abertura da semana alusiva ao movimento ‘Maio Amarelo’, que neste ano tem como tema “No Trânsito, o Sentido é a Vida”. Até a quinta-feira, uma barraca ficará instalada em frente à sede da ACP, na Rua XV de Novembro, 621, com a realização de várias atividades relativas ao tema, sempre das 9 às 17 horas.

 

A campanha Maio Amarelo, criada pela ONU como uma forma de tentar reduzir a quantidade de acidentes de trânsito em todo o mundo, é desenvolvida no Brasil pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, entidade sem fins lucrativos, que atua para tentar reduzir o número de acidentes de trânsito. Um carro e uma moto acidentados permanecerão em frente à sede da ACP até quinta-feira, ao lado da barraca de eventos da campanha.

 

O presidente da ACP, Gláucio Geara, falou na abertura do evento, destacando que o Brasil é um dos países campeões em número de acidentes de trânsito e que um dos motivos destes números estarem sempre crescendo são as punições brandas.

 

“Temos o caso emblemático, que completa dez anos neste dia 7 de maio (ontem), do acidente com o ex-deputado Carli Filho, que num acidente de trânsito, em excesso de velocidade, resultou na morte de dois jovens. Mesmo julgado e condenado, ele nunca foi preso. Sem uma punição exemplar nossos motoristas nunca dirigirão com a consciência e a cautela necessárias”, disse Geara. Outro ponto destacado pelo presidente da ACP foi a necessidade de renovação da frota de veículos.

 

 

 

 

SICREDI 02