Serviço aeromédico do Consamu completa 5 anos
Há exatos 5 anos decolava pela primeira vez em operação aeromédica, o helicóptero do PROGRAMA PARANÁ URGÊNCIA da SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE, operacionalizado pelo CONSAMU, em uma missão para transferência de um Recém-Nascido prematuro da cidade de Assis Chateaubriand até uma UTI NEONATAL em Ivaiporã, logo após a entrega do equipamento em evento na Prefeitura Municipal de Cascavel, com presença de autoridades do Estado e Região Oeste do Paraná.
A aeronave fica baseada no Aeroporto de Cascavel, realizando atendimentos do nascer ao por-do-sol, com abrangência por todo o Oeste, Sudoeste, Fronteira, região Central do Estado e parte do Noroeste.
Foram 282 acionamentos em 2014, 304 em 2015, 389 em 2016, 455 em 2017 e 474 em 2018 (até o dia 21/01/2019). A operação é fortemente caracterizada por transferências inter-hospitalares de urgência, em busca de locais com maior recurso / complexidade / leitos de UTI, muitas vezes em outras regiões do Estado, o que faz com que, eventualmente, um único atendimento dure praticamente um plantão completo. Realizamos ainda dezenas de intervenções primárias, sobretudo em acidentes nas rodovias da região.
Até hoje foram 1906 missões realizadas, perfazendo 3050 horas de voo, sendo 61% dos pacientes do sexo masculino. 15% eram neonatos (até 28 dias de vida), 10% crianças até 14 anos, 35% adultos até 59 anos e 38% da população atendida era composta por idosos. 12 transportes de órgãos e/ou equipes cirúrgicas de transplante foram realizados.
As doenças do aparelho cardiovascular foram as mais prevalentes, representando 29% de todos os casos transportados, seguido das causas externas (20%), eventos relacionados a agravos à saude do recém-nascido (15%), doenças respiratórias graves (13%), comprometimento neurológico (10%), e outras causas ocuparam 13% dos acionamentos.
Os pacientes grandes queimados foram a terceira causa externa mais transportada (65 casos), superado pelos politraumatizados (104) e pacientes com traumatismo craniano (99 vítimas).
As cardiopatias congênitas e prematuridade foram as maiores causas de transporte na faixa etária menor de 28 dias, perfazendo 68% dos transportes. Pacientes de baixo peso, com origem em locais que não tinham condições técnicas de mante-los por muito tempo, sendo necessária a transferência em busca de leitos de UTI Neonatal ou cirurgia cardíaca infantil.
60% dos eventos cardiovasculares atendidos tinham diagnóstico de Insuficiência Coronariana Aguda (316 pacientes), enquanto que 92% destes já tinham infartado. Pacientes com insuficiência cardíaca grave representaram 12% dos atendimentos, enquanto 9% dos casos cardiovasculares necessitaram de transferência para implante de marcapasso.
68% dos pacientes com doença do sistema nervoso central foram vítimas de Acidente Vascular Encefálico (AVC). Se levarmos em consideração a soma de pacientes vítima de doença coronariana com os AVCs atingimos a marca de 25% de todos os pacientes atendidos até hoje.
78% dos pacientes transportados (1438) necessitaram de suplementação de oxigênio durante o vôo, sendo que 53% destes estavam sob ventilação mecânica e 21% estavam dependentes de drogas vasoativas.
A equipe é formada por 2 comandantes, 2 mecânicos, 4 enfermeiros e 12 médicos, que se revezam em turnos de plantão garantindo o atendimento nestes 5 anos de forma ininterrupta, além de todo o suporte da Central de Regulação do SAMU Regional do Oeste do Paraná e suas equipes de suporte Básico e Avançado. Em caso de atendimento em outras regiões, contamos também com o apoio do SAMU Regional correspondente.
Ao longo destes 5 anos, não temos dúvidas de que muitos paranaenses estão VIVOS graças ao investimento e disponibilidade deste recurso na região, que reduz o tempo de atendimento e deslocamentos. Após ter sido pioneiro neste modelo de operação com a base de Cascavel, o projeto foi multiplicado pelo Estado, que hoje conta ainda com bases operacionais com helicópteros em Maringa, Londrina, Ponta Grossa e Curitiba, além de um avião UTI para missões de maior distância, também baseado em Curitiba.
Agradecemos a Deus pela proteção, pela habilidade dos comandantes, pelos cuidados dos mecânicos e ao empenho técnico, humanização e amor ao paciente de médicos e enfermeiros que compõem a equipe.
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