'Se subir o óleo diesel, ministro, nós vamos parar', diz caminhoneiro paranaense a Onyx
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, trocou mensagens pelo WhatsApp com o caminhoneiro Wanderlei Alves, o Dedéco, ao longo dessa terça dia 16, dia no qual foram anunciadas medidas que beneficiam a categoria nesta terça dia 16.
Alves, que é de Curitiba (PR), participou da paralisação de maio de 2018 e afirma fazer parte de um grupo formado por várias lideranças de caminhoneiros.
Os dois discutiram sobre os líderes ouvidos pelo governo para criar o plano de ação. Para Alves, o governo não está falando com as pessoas certas. Desde o final de março, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem feito promessas para agradar a categoria e evitar uma nova paralisação.
"Nós, governo, tomamos atitudes em cima da pauta que dezenas de líderes de caminhoneiros de todo o Brasil nos apresentaram. Inclusive tu, Dedéco", afirma Onyx, em áudio obtido pela Folha de S.Paulo.
E continua, "não estamos aqui para mediar nem briga de caminhoneiro com caminhoneiro, e muito menos de quem se acha líder do A ou do B. Nosso negócio é respeitar e valorizar o caminhoneiro".
Na troca de áudios pelo WhatsApp, Alves respondeu que não apresentou nenhuma pauta ao governo.
"A pauta nossa é fazer valer o piso mínimo e não subir óleo diesel. A decisão do nosso grupo está tomada", diz.
O caminhoneiro também fala sobre a possibilidade de uma nova greve.
"Se subir o óleo diesel, ministro, nós vamos parar e ponto final".
O ministro responde agradecendo de forma irônica as "palavras de consideração". E diz: "Vamos trabalhar daqui e tu trabalha daí".
Após troca de áudios, o ministro bloqueou o caminhoneiro no WhatsApp. (Com FolhaPress)