Paraná

Sanepar monitora os mananciais em tempo real e garante qualidade da água distribuída

 Sanepar monitora os mananciais em tempo real e garante qualidade da água distribuída

Água segura. Esta é a premissa que baseia todas as atividades na operação dos sistemas de abastecimento de água da Sanepar, desde a captação nos rios, lagos e aquíferos, passando pelo tratamento, com análises de hora em hora, até a distribuição da água.  

O trabalho de monitoramento do ciclo completo do processo de abastecimento é realizado na Sanepar desde 2021, com ações qualitativas e quantitativas. Atualmente o Programa Água Segura (PSA) abrange os 643 sistemas de abastecimento operados pela Sanepar. O programa direciona a definição e a manutenção de estruturas de tratamento compatíveis com as necessidades de cada local, planejamento de ações de manutenção das redes e reservatórios de distribuição de água e de treinamento e capacitação de profissionais.

Com ferramentas, procedimentos e normativas, o PSA da Sanepar visa atender a Portaria 888/2021 do Ministério da Saúde (MS), metodologia da Organização Mundial da Saúde (OMS) e norma ABNT 17.080 de 02/02/2023. “Água segura é uma ideia tão elementar que todos nossos operadores estão preparados para atuar na manutenção da qualidade da água captada”, explica o diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley.

A consolidação dos procedimentos se dá pelo PSA como uma estratégia para mitigar riscos nos sistemas de abastecimento. “Temos um elevado rigor quando se trata de disponibilizar água para os nossos clientes. Atendemos 100% da legislação, monitorando o processo desde as fontes de onde retiramos a água até os cavaletes das residências, com análises de conformidade em modernos laboratórios da Sanepar”, diz Bley. “É um trabalho ininterrupto, pois é imprescindível para a saúde pública”.

A partir da capacitação e treinamento do programa os técnicos dos sistemas dominam as medidas de controle para reduzir ou eliminar riscos, além de facilitar a verificação da eficiência da gestão preventiva.

“Para além do que fazemos internamente, o Programa Água Segura prevê convênios e parcerias com diferentes instituições relacionados à proteção, recuperação e conservação de áreas de mananciais”, pondera a gerente de Recursos Hídricos da Companhia, Ester Mendes. “É assim que mantemos parcerias com o Simepar e Tecpar, por exemplo, para o monitoramento e alerta para situações de secas, cheias, segurança de barragens e qualidade ambiental dos mananciais, bem como para mapeamento, avaliação e gerenciamento de riscos relacionados à qualidade das águas”.

“Isto tudo tendo em vista que os mananciais de abastecimento são ocupados por diversas atividades, com usos múltiplos de suas águas, o que geram impactos nas águas de captação”, complementa Ester.

PARADAS EMERGENCIAIS – O gerente geral da Sanepar na Região Nordeste, Antônio Gil Gameiro, menciona que já vivenciou algumas situações de paradas emergenciais por alterações na água de mananciais. Acidentes com caminhões de óleo em rodovias, além da proliferação de algas e despejos irregulares diversos, em razão dos múltiplos usos dos mananciais.  

Ele explica que, se existe algum risco no processo, a captação é interrompida. São feitas análises necessárias para identificar que tipo de elemento está presente na água, além de uma equipe que percorre o rio visando detectar a origem do lançamento. Os sistemas ficam parados até a garantia, através das análises de água, de que a água bruta captada está oferecendo segurança para o tratamento. “Isso é um procedimento de segurança da Sanepar, de fazer isto todas as vezes que existe este risco”, explica.

Gameiro exemplifica a questão com uma ocorrência recente no Ribeirão Alambari, fonte de abastecimento da cidade de Cambará. “Quando nós detectamos que havia uma alteração, imediatamente nós suspendemos a captação, fizemos as coletas, as verificações, identificamos um ponto de lançamento e fizemos todas as análises”, conta.

“Verificamos que, neste caso, não era um produto que causava mal à saúde. Verificamos a sua origem, acionamos o órgão de defesa do meio ambiente”, diz o gerente geral. A situação foi um despejo acidental de uma indústria de tintas, que providenciou toda a limpeza do manancial. O processo foi devidamente acompanhado por técnicos do Instituto Água e Terra (IAT) junto com a Sanepar.

“Após toda a garantia dos resultados, retomamos a captação em regime normal”, destaca Gameiro. Segundo ele, a cidade não sofreu desabastecimento, pois o sistema é composto por outras fontes e, com apenas um dia de paralisação da fonte principal, foi possível dar suporte à distribuição de água com o auxílio de caminhões-pipa, completando os reservatórios.

 

 

 

 

 

Por- AEN

SICREDI 02