Pesquisador da UFPR cria o primeiro detector de mentiras para o português do Brasil
Modelo utiliza diversos aspectos do português do Brasil para fazer a detecção.
Detectores de mentira estão presentes na cultura pop e no imaginário social há muito tempo. A história indica que os primeiros estudos que relacionam mudanças corporais e o ato de mentir surgiram na década de 1850. Essa antiga inquietação humana aparece com a utilização de dispositivos e também com técnicas de leitura de linguagem corporal em séries como “Engana-me se puder”, em cenas icônicas de filmes como “Infiltrado na Klan”, documentários como “The Lie Detector” e até em canais famosos como o do influenciador brasileiro “Metaforando”.
E foi com a mesma curiosidade dos pesquisadores de quase dois séculos atrás, que Alex Sebastião Constâncio, doutor em Gestão e Tecnologia da Informação pela Universidade Federal do Paraná, desenvolveu o primeiro Detector Multimodal de Mentiras para o português do Brasil.
O detector desenvolvido por Constâncio ainda não tem a exatidão necessária para ser usado em tribunal, mas é inovador ao ser o primeiro moldado para a nossa língua. O modelo utiliza diversos aspectos do português do Brasil, como os paraverbais que são o tempo das palavras e a presença de hesitações na fala e os fatores específicos, como números, quantidades, nomes próprios e vocábulos adverbiais. O pesquisador afirma que o desenvolvimento na área ainda é lento.
Mas e você, gostaria de ter um detector de mentiras?