Paraná

Para pressionar o Governo, servidores em greve fazem novo protesto por reajuste salarial

Para pressionar o Governo, servidores em greve fazem novo protesto por reajuste salarial

Os servidores estaduais fazem nesta terça-feira (9) uma grande mobilização no Centro Cívico, em Curitiba, para pressionar o Governo do Paraná. Eles rejeitaram a proposta de 5,09% em quatro parcelas até 2022 e se organizam em novo protesto. No começo desta manhã, caravanas do interior, com professores, funcionários de escolas e servidores se concentraram na Praça 19 de Dezembro e seguiram em caminhada até a Praça Nossa Senhora da Salete, em frente ao Palácio Iguaçu.

 

Em greve desta a última quarta-feira, 26 de junho, servidores estaduais fazem um ato unificado um dia após o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano, anunciar que os trabalhos do primeiro semestre legislativo serão encerrados nesta semana e que a proposta de reajuste dos servidores do Executivo, encaminhada à Assembleia na semana passada, será discutida somente a partir de agosto.

 

“A ideia era pautarmos esse projeto ainda nesta segunda-feira (8), mas parece que há um processo de negociação com o governo e a liderança do governo me pediu para que a gente não colocasse na pauta”, relatou ontem. “Imagino que vamos tratar deste assunto só no mês de agosto. Os entendimentos estão ainda em fase de construção e eu não colocarei em pauta esta matéria neste período”, completou Traiano.

 


Aceno do Governo

 

O Governo do Paraná acenou, nesta segunda-feira (8), para uma nova proposta aos servidores estaduais. Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o líder do governo Hussein Bakri (PSD) disse que uma contraproposta do Fórum das Entidades Sindicais (FES) foi recebida e prevê um parcelamento no reajuste, mas com a primeira reposição de 2% acontecendo em janeiro. Os servidores, porém, pedem para ela aconteça ainda em outubro deste ano.


Segundo Bakri, o pagamento em outubro teria um impacto direto no 13° salário dos servidores, o que ocasionaria um impacto de R$ 500 milhões. “O governo tem colocado que não tem condições de pagar esse valor neste ano. O FES trouxe a contraproposta de seguir o projeto original, mas com esse pagamento sendo feito em outubro. É preciso deixar claro que o Estado não está sendo omisso e está conversando em um momento em que não tenho conhecimento de nenhuma outra discussão de data-base pelo país”, disse.

 

Na semana passada, o governo fez uma proposta de reajuste em etapas, sendo 0,5% a partir de outubro deste ano; 1,5% a partir de março de 2020; 1,5% a partir de janeiro de 2021 e 1,5% a partir de janeiro de 2022. Estas duas últimas parcelas ficariam condicionadas ao crescimento mínimo de 6,5% e 7%, respectivamente, da receita corrente líquida em relação ao ano anterior. Os servidores, porém, contestam datas e retirada de outros direitos conquistados pelas categorias.

 

Impasse

 

De acordo com o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, o governador Ratinho Júnior tem colocado muitos impasses na negociação, o que mantém a greve. “É um período que a sociedade já entende a necessidade da nossa greve e com o que vem sendo colocado, não há como prosseguir. Temos um entendimento que o governo pode sim apresentar os 4,94%, que é o mínimo”, afirmou. (Com Banda B)

 

 

 

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