Macaco bugio entra em apartamento pela sacada e deixa bebê de um ano gravemente ferida
Uma bebê de um ano e nove meses ficou gravemente ferida após ser atacada por um macaco bugio na manhã desta quarta dia 14, em Araucária, na região metropolitana de Curitiba.
A pequena estava dentro de casa, no condomínio Araucária Park, quando o animal entrou pela janela e arrancou parte do couro cabeludo.
De acordo com o pai dela, Fernando Henrique Balardim, a menina só não sofreu algo mais grave porque a mãe agiu rápido. “Minha esposa estava ajudando minha outra filha, de sete anos, com a tarefa de casa e saiu da sala só para buscar um material. Foi nesse momento que as duas pequenas ficaram em casa e o macaco entrou pela sacada. Só não foi pior porque minha esposa ouviu os gritos e conseguiu ajudar”, comentou.
Balardim conta que foi possível ver parte do crânio da pequena por causa do corte. A família rapidamente levou a bebê ao pronto-socorro.
Pedido antigo
Segundo o síndico do condomínio, Edie Dimas da Cunha, a administração tenta uma solução há mais de um mês e nada é feito. “Temos procurado os meios legais e sempre um órgão acaba jogando para o outro. Agora, infelizmente, essa fatalidade aconteceu”, lamentou.
Balardim disse ter medo de que mais alguma coisa possa acontecer. “Minha filha maior não quer voltar de casa de medo. Ontem a tarde, ele estava ali de novo observando meu apartamento, mas ninguém faz nada”, lamentou.
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Outro lado
Em nota, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) informou que aparecimento desses animais em área urbana acontece, principalmente, devido ao desmatamento realizado pelo ser humano, na qual acaba invadindo a área que seria de território deles. Também porque as pessoas constroem suas residências próximo ao ambiente natural deles e porque as pessoas oferecem alimentação, fazendo com que o animal continue frequentando o local em busca de comida.
Isso ocorre mais onde há a preserva de mata, mais provavelmente em região metropolitana, perto de sítios, fazendas, unidades de conservação, entre outros.
“O IAP orienta que, nesses casos, o condomínio contrate um profissional habilitado (consultoria ambiental/biólogo) para a retirada deste animal quando ele está oferecendo risco ou a situação é recorrente. Na maioria das vezes, não é feito a retirada desse animal, pois ele está no seu ambiente natural”, informou o órgão.
O correto é não deixar cachorros e crianças próximos desses animais, e também não oferecer alimentos para animais de vida livre, pois além de fazer ele retornar ao local, o alimento pode lhe fazer mal. E ter consciência que pode ser um animal que oferece riscos para as pessoas, portanto, não se aproximar.
O IAP é responsável pelo recebimento, tratamento e destinação adequada de animais silvestres oriundos de fiscalizações e entregas voluntárias.
Para receber orientações, a pessoa pode ligar no IAP, no (41) 3213-3700, e entrar em contato com o setor de fauna. (Com Banda B)