Paraná

Justiça nega nulidade de laudo psiquiátrico de marido acusado de matar advogada no Paraná

Justiça nega nulidade de laudo psiquiátrico de marido acusado de matar advogada no Paraná

Justiça negou, nesta quinta dia 16, o pedido de nulidade do laudo psiquiátrico do professor Luis Felipe Manvailer acusado de matar a mulher dele, a advogada Tatiane Sptizner, em Guarapuava, na região central do Paraná.

 

Tatiane foi encontrada morta depois de cair do 4º andar do prédio em que eles moravam, na madrugada de 22 de julho. Imagens de câmeras de segurança do prédio mostram Manvailer agredindo a mulher minutos antes da queda.

 

O G1 entrou em contato com a defesa de Luis Felipe Manvailer e aguarda retorno.

 

O que se sabe do caso de Tatiane Spitzner


A avaliação psiquiátrica foi solicitada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) depois que a defesa do professor pediu que ele fosse transferido para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

 

Segundo os advogados do jovem, ele tentou tirar a própria vida dentro da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), onde está detido.

 

A juíza Liliane Graciele Breitwisser, da Vara de Corregedoria dos Presídios de Guarapuava, disse que não cabe à Justiça avaliar a técnica médica utilizada pelo especialista na avaliação psiquiátrica.

 

Conforme o documento, foi indicado tratamento para o preso, e o medicamento já foi fornecido. Ainda segundo o despacho, o laudo não indicou necessidade de internação médica ou psiquiátrica, e Luis Felipe já está realizando normalmente as atividades dentro do presídio, como banho de sol e recebimento de visita.

 


A magistrada contesta a criação de prova “sem a participação da defesa técnica” em relação ao atendimento médico e determina o arquivamento do processo, aberto para avaliar a necessidade de transferência de Manvailer.

 

“Uma vez que este [a avaliação psiquiátrica] se prestou, exclusivamente, a instruir procedimento administrativo instaurado perante esta Corregedoria dos Presídios com o escopo de verificar a higidez física / psíquica do segregado no interior da unidade prisional – não se relacionando com a ação penal que tramita acerca dos fatos delitivos imputados a este”, diz o despacho.

 

A avaliação psiquiátrica


O laudo médico relata que Luis Felipe Manvaile disse que "não lembra do que ocorreu" na madrugada em que a mulher morreu. Na avaliação psiquiátrica, ele disse achar que a mulher pulou da sacada, afirma o laudo.

 

No documento, o médico responsável pela avaliação também informa que Manvailer tem uma marca no pescoço que parece ter sido causada por barbeador, "sem aparentes riscos para alguém que é formado em biologia e deve saber onde e como pode lesionar-se de uma forma fatal".

 

Ainda conforme o laudo, Luis Felipe Manvailer argumentou "todos já o julgam como se tivesse assassinado a esposa".

 

Réu no processo


Luis Felipe Manvailer foi denunciado pelo MP-PR pelos crimes de homicídio com quatro qualificadoras (meio cruel, dificultar defesa da vítima, motivo torpe e feminicídio), cárcere privado e fraude processual.


Uma perícia constatou que ela teve uma fratura no pescoço, característica de quem sofreu esganadura. Para os promotores, o professor é responsável pela morte da mulher. (Com G1)

 

 

SICREDI 02