Governo do Paraná pede trégua e Policiais Civis aceitam negociar; outras categorias devem parar
Na última segunda-feira, 24, policiais civis e demais servidores públicos iniciaram uma greve em protesto pelo pagamento do reajuste de 4,94% referente à inflação dos últimos doze meses. As informações são da Banda B.
Os policiais acabaram aceitando dar uma trégua de uma semana ao Governo, mas as demais categorias como policiais militares, professores e agentes penitenciários ainda vão avaliar o pedido de trégua feito pelo Executivo por uma semana.
Entre as categorias que devem parar nesta terça estão os professores da rede estadual, que anunciaram que vão cruzar os braços a partir de hoje. Ao todo, são cerca de 2.100 escolas que podem ser afetadas. A orientação para os pais de alunos é para que busquem informações nas escolas dos filhos para saber se haverá aula ou não.
Já os policiais civis, após um protesto que levou viaturas para a frente da sede do Governo nesta segunda-feira, decidiram dar um prazo de uma semana para que o Executivo faça uma proposta. Os policiais civis iriam trabalhar apenas a carga horária de 40 horas semanais, sem serviços extras, fazendo uma espécie de “greve branca” a partir de hoje.
Agora, resolveram esperar uma semana imaginando que poderá haver um acordo. Há a possibilidade, não confirmada oficialmente, de que o Governo poria acenar com uma reposição de 4% feita em parcelas.
Em entrevista à Banda B nesta terça-feira, a presidente do Fórum das Entidades Sindicais (FES), Marlei Fernandes, informou que uma avaliação será feita entre todas as categorias às 9 horas. Um grande ato está marcado na sequência com concentração em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba.
Por sua vez, o Governo do Paraná afirmou que continua aberto ao diálogo, mas ameaça suspender as negociações, caso a paralisação se confirme.
Com data-base em maio, os servidores estão com os salários congelados desde 2016 e acumulam perdas de 17%. Desde abril, foram feitas oito rodadas de negociação entre Governo e representantes do funcionalismo, mas nenhum acordo foi fechado. O governador Ratinho Júnior (PSD) afirmou que o governo não tem dinheiro para conceder o reajuste, porque representaria quase R$ 1 bilhão a mais de gastos.
Neste clima, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), afirmou que, caso o reajuste dos servidores seja de fato zero, não colocará em votação na Casa o reajuste dos demais poderes como Tribunal de Justiça, Ministério Público, Tribunal de Contas e do próprio Legislativo, mesmo com orçamentos próprios.
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