Paraná

Delegado: Miss Altônia morreu porque estava no lugar errado com o cara errado. Alvo era só empresário

Delegado: Miss Altônia morreu porque estava no lugar errado com o cara errado. Alvo era só empresário

A execução da Miss Altônia Bruna Zucco, de 21 anos, e do empresário Valdir Brito Feitosa, de 31 anos, no dia 22 de março, em Altônia, no noroeste do Paraná, pode ter relação com disputas entre traficantes e contrabandistas de cigarro, segundo o delegado da Polícia Civil de Umuarama, Osnildo Carneiro Lemes.

 

Em entrevista por telefone à RICTV Maringá, Lemes, que faz parte da força policial envolvida na apuração do crime, contou que ao que tudo indica o alvo da execução era apenas Valdir, mas Bruna também acabou sofrendo as consequências. “A Miss Altônia, infelizmente, estava no lugar errado, com o cara errado e na hora errada. Ela não seria alvo desses marginais que assassinaram os dois”, disse ao apresentador do Cidade Alerta.

 

DISPUTA ENTRE TRAFICANTES E CONTRABANDISTAS.

 

“A linha de investigação que está sendo seguida pelo Dr. Izaías Cordeiro Lima, delegado que preside o inquérito, na verdade, está adentrando por uma divergência que existe na fronteira entre traficantes e cigarreiros. Todo mundo sabe que aquela região de fronteira ali, ela é muito explorada por esse pessoal que faz contrabando de cigarro e pelos traficantes de drogas e armas. E, surgiram algumas pistas nesse sentido” afirmou o policial.

 

No dia do crime, o namorado de Bruna não pôde buscá-la no ponto de ônibus e, por isso, os investigadores supõem que a ela possa ter pego uma carona com o empresário, já que câmeras de segurança de comércios locais flagraram o momento em que a jovem desce do veículo. Nas imagens também é possível identificar dois carros, um deles, o de Valdir - que foi encontrado incendiado e com os dois corpos na manhã seguinte - e um outro até o momento não divulgado pela polícia.

 

 

Ainda de acordo com Lemes, a polícia está se aprofundando nessa linha de investigação e ele acredita que será possível chegar até os executores e mandantes do crime.

 

O EMPRESÁRIO.

 

Valdir era dono de uma tabacaria em Altônia que fica a 86 km de Guaíra, cidade fronteiriça com o Paraguai. E para Lemes, ele seria o alvo da execução. “Embora ele exerça uma atividade aparentemente legal de comerciante com a tabacaria que fazia shows, estão surgindo indícios de que ele também estava ligado com o contrabando de cigarros. E por essa razão, alguém do outro lado, ligado ao tráfico de drogas não estava muito contente com alguma atuação deles e houve esse desentendimento que, na verdade, já existe antecedentes de um tempo atrás”.

 

O CRIME.

 

Dois corpos foram encontrados carbonizados na caçamba de uma caminhonete na manhã do dia 22 de março. Apesar de Bruna e Valdir estarem desaparecidos desde a mesma data e de familiares terem reconhecido pertences das vítimas, a confirmação oficial só foi dada na tarde desta segunda-feira (9) quando o laudo do Instituto Médico Legal de Curitiba divulgou o resultado dos exames de DNA.

 

“O Laboratório de Genética, da Polícia Científica de Curitiba, acabou de nos enviar os dois laudos, o da Bruna e do Valdir, confirmando que se tratam dos dois corpos. Como já se suspeitava desde o início”, contou Lemes na ocasião.

 

SEPULTAMENTO.

 

Os corpos das vítimas foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) nesta terça dia 10 e sepultados, ainda no fim da tarde, no Cemitério Municipal de Altônia. (Com RicMais).

 

 

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