Defesa de Manvailer pede suspensão do processo que investiga morte de Tatiane
A defesa de Luís Felipe Manvailer solicitou a suspensão do processo que investiga a morte da advogada Tatiane Spitzner, ocorrida no dia 22 de julho, na região central de Guarapuava.
A advogada morreu após sofrer uma queda da sacada do quarto andar do prédio onde residia com Manvailer, com quem era casada há cinco anos. Ele é suspeito de ter empurrado a vítima da sacada, após tê-la agredido por cerca de 20 minutos.
De acordo com a nota enviada pela defesa do réu, o pedido de suspensão alega a “ausência de materialidade de provas no que tange o argumento da denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná”. A nota diz, ainda, que todas as acusações apresentadas pelo MP-PR são baseadas em “argumentos inconsistentes”.
“Em resumo, toda a construção da acusação é feita em hipóteses, opiniões, especulações de possibilidades, mas, em momento algum, em uma base pericial, científica e forense. Desta forma, a defesa solicitou que o processo seja suspenso até que se tenha elementos periciais, fatos reais e elementos materiais para que se possa promover uma acusação e uma defesa conforme os ritos da lei”.
Para os advogados da defesa, o procedimento agora é aguardar a suspensão do processo e, segundo a nota, aguardar, ainda, a conclusão das perícias para que o processo possa ser retomado. A defesa da família de Tatiane ainda não se manifestou sobre o pedido.
LAUDO PSIQUIÁTRICO
O pedido de anulação da avaliação psicológica e psiquiátrica realizada com Manvailer na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), por parte da defesa do réu, foi negado pela Justiça. Conforme despacho emitido pela juíza Liliane Graciele Breitwisser, da Vara de Corregedoria dos Presídios de Guarapuava, a justiça manifestou compreender que não cabe à ela avaliar a técnica médica utilizada pelo especialista na avaliação psiquiátrica.
O pedido de avaliação psiquiátrica de Manvailer ocorreu juntamente com a solicitação de transferência do réu para o Complexo Médico Penal, em Pinhais, e com a informação de que, dentro do presídio, o acusado teria tentado suicídio.
De acordo com o laudo psicológico de Luís Felipe, que foi anexado no processo de execução penal, o professor universitário disse “achar” que Tatiane pulou da sacada. Ele não explicou porque ele decidiu fugir para o Paraguai, mas alegou ter esperança em recomeçar a vida em outro país.
Juntamente com o posicionamento de negação a nulidade do laudo, o documento reitera que todos os procedimentos solicitados pelo médico foram atendidos, como o fornecimento do medicamento indicado para o tratamento de Manvailer. Ainda segundo o despacho emitido pela justiça, o professor já retomou as atividades normalmente dentro da PIG, como o recebimento de visitas e o banho de sol.
No documento, a juíza determina, ainda, o arquivamento do processo aberto com o intuito de avaliar a necessidade ou não da transferência de Manvailer, solicitada pela defesa.
A justiça não determinou ainda, pela concordância ou não da transferência solicitada. (Com RSN)
Veja Também: