APP faz pressão em audiência pública na Alep
Em luta para que o governador Beto Richa (PSDB) pague o que deve aos(às) servidores(as) paranaenses, dirigentes e representantes da APP-Sindicato estiveram na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), nesta segunda dia 05, para protestar durante audiência pública de apresentação do relatório fiscal do 3.º quadrimestre de 2017.
Mesmo registrando um excelente desempenho na arrecadação, o Governo do Estado mantém o calote e nega o reajuste previsto em Lei. O secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, apresentou os números e se esquivou das questões levantadas pelos deputados que apoiam a educação.
O Governo anunciou um superávit orçamentário de R$ 2 bilhões em 2017, somado a uma disponibilidade de caixa existente totalizando R$ 2,729 bilhões. Mesmo assim continua devendo os reajustes de 2017 que somam 1,7 bilhão; a hora-atividade (R$ 500 milhões), e cortou o salário PSS (outros R$ 74 milhões). Além disso não foi feita a complementação do auxílio transporte, alimentação e ao Piso regional aos(às) funcionários(as) de escola.
Veja Também:
Antes da audiência pública, a APP realizou entrega de documento aos(às) deputados(as) denunciando as ilegalidades do governo Beto Richa, comprovando que o Sindicato já vem debatendo desde 2016. “Há sim margem fiscal e financeira para negociar o reajuste salarial e o gasto com pessoal está abaixo do limite prudencial, o que falta mesmo é vontade do governo”, apontou Hermes Leão, presidente da APP.
Como tentativa de maquiar o calote foi realizado no dia 28 de fevereiro evento pomposo para distribuição de recursos insuficientes às escolas, dinheiro levantado às custas de um “ajuste fiscal” punitivo, com retirada de direitos e prejuízos à qualidade de ensino. “Em essência, o interior das escolas está desmontado com a redução do salário dos PSS e da jornada em hora-atividade, dois anos de congelamento de salário e da inflação. O governo faz uma forte propaganda, mas, desconsidera a pauta da educação, além de perseguir e atacar os trabalhadores que fazem o dia a dia das escolas. Temos um número de funcionários insuficientes e professores cada vez mais adoecidos”, enfatizou o professor Hermes. (Com APP)