Laranjeiras do Sul

Laranjeiras - Conseg emite Nota de Repúdio contra racismo nas redes sociais

Laranjeiras - Conseg emite Nota de Repúdio contra racismo nas redes sociais

O presidente do Conselho de Segurança de Laranjeiras do Sul, Ariel José Oro, assina “Nota de Repúdio” em nome da entidade emitida nesta quarta-feira, 10, contra a atitude de um perfil no Twitter, supostamente vinculado a uma acadêmica a UFFS onde ela emite frases de cunho racista contra a população de Laranjeiras do Sul, município localizado no centro-sul do Estado. Segue a nota:

 

NOTA DE REPÚDIO

 

Em face da importância do trabalho do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança de Laranjeiras do Sul) para a segurança pública da sociedade, vimos a público manifestar nosso repúdio ao ato de racismo praticado por uma acadêmica do campus local da Universidade Federal da Fronteira Sul, vinda de outro Estado, contra a população laranjeirense.

 

Em um momento que o povo brasileiro clama pela paz, e luta contra qualquer tipo de preconceito, não podemos aceitar que situações como esta, que incitam o ódio e denigram a imagem dos cidadãos, possam ocorrer em nossa cidade ou em qualquer outro lugar.

 

Laranjeiras do Sul é conhecida como “cidade acolhedora, da amizade” por receber bem seus visitantes e abraçar as pessoas que escolheram aqui para viver. Aqui temos por cultura receber bem e reconhecer como “laranjeirenses natos”, todos que escolhem a nossa cidade para viver, trabalhar ou no caso da acadêmica, estudar.

 

Lamentamos que a aluna, vinda de outro Estado, tenha esta equivocada impressão. Nós, do Conseg, nos solidarizamos com toda a população laranjeirense, seja branca, parda, negra ou de qualquer outra etnia. Somos todos humanos, perante a Lei e perante a Deus.

 

Por isso, repudiamos veemente todas as formas de racismo, e lutamos pela promoção da igualdade de todas as pessoas.

 

ARIEL JOSÉ ORO

PRESIDENTE - CONSEG - LARANJEIRAS DO SUL”.

 

Entenda o caso

 

A Polícia Civil de Laranjeiras do Sul, no centro-sul do Paraná, instaurou inquérito para apurar crime de racismo de uma postagem do Twitter no dia 07/04/2019, onde se refere às pessoas da cidade como “branquelo sem sal, crescidos a base de uma pseudo cultura de superioridade, burros pra carai e ouvidores de eletrofunk”.

 

A polícia tomou conhecimento do fato após ser registrado boletim de ocorrência, decorrente a postagem tomar repercussão nas redes sociais e em blogs da cidade. Os “prints” da postagem também foi incluso na abertura do inquérito. A conta do Twitter foi deletada.

 

Caso seja identificada a autoria da postagem, o suposto autor(a) poderá responder por crime de racismo qualificado no artigo 20 da Lei 7.716/1989, após conclusão do inquérito policial. Caso seja indiciado(a), o autor(a) poderá ter pena de reclusão de um a três anos e multa.

 

 

 

 

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