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Quem foi Antônio Conselheiro?

Quem foi Antônio Conselheiro?

Você sabe quem foi Antônio Conselheiro? E sua ligação com a Guerra dos Canudos? Esse é um assunto que aparece com frequência em provas e é um tópico importante em cursinho on-line para concurso.

 

Nesse artigo, contaremos um pouco mais sobre Canudos, e o homem por trás desse movimento, que culminou em uma verdadeira Guerra. Acompanhe!


Antônio Conselheiro: o peregrino


Antônio Conselheiro era o apelido de Antônio Vicente Mendes Maciel, que nasceu na cidade de Quixeramobim, no Ceará.

 

Ele perdeu a mãe muito cedo quando ainda era uma criança. Depois, aos 27 anos, também perdeu o pai. Antônio tinha quatro irmãs, e com o falecimento dos pais, tornou-se o líder da sua família.

 

Antônio cuidou do comércio dos pais, também estudou e anos depois se tornou escrivão do cartório da cidade. Tudo parecia ir muito bem, Antônio era casado, tinha um bom emprego, até que um acontecimento mudou toda a sua vida.

 

A esposa de Antônio o abandonou e fugiu com outro homem. Isso o deixou arrasado e sem esperanças. Movido pela tristeza, ele deixou tudo e começou a peregrinar pelo Nordeste.

 

Enquanto peregrinava, trabalhava nos serviços de obras para sobreviver, restaurando casas, capelas e cemitérios nas cidades pelas quais passava. Ele ajudou a restaurar igrejas, e nesse tempo, acompanhou muitas pregações e conheceu mais sobre as histórias da bíblia.

 

Através das leituras do evangelho, ele passou a falar dos ensinamentos de Cristo também para as pessoas que encontrava nos vilarejos, sempre dando conselhos. Assim, ficou conhecido como Antônio Conselheiro.


Curandeiro, conselheiro e com uma multidão de seguidores


Por seus conselhos e palavras sobre o evangelho, Antônio atraiu muitos seguidores, que o buscavam para receber milagres e palavras de conforto. Junto de seus seguidores, Antônio Conselheiro fundou o “Arraial do Bom Jesus”. Ali, ele e seus seguidores passaram então a viver.

 

Dois anos depois, Antônio foi preso acusado de ter assassinado a esposa, mas comprovou sua inocência e conquistou a liberdade. O período que passou na prisão ajudou a aumentar o seu prestígio, principalmente entre os mais pobres. Assim, mais pessoas começaram a segui-lo.

 

Em 1983, o líder e seus seguidores se firmaram numa fazenda no norte da Bahia chamada Canudos. Juntos, eles fundaram o povoado de Belo Monte. A prosperidade dessa vila não agradou

algumas pessoas e tornou-se um verdadeiro problema.


A Guerra dos Canudos


A Guerra dos Canudos é conhecida como um verdadeiro movimento de resistência no sertão nordestino, que foi marcado com sangue e miséria.

 

De um lado, um povo sofrido, que se arraigava em sua fé, e do outro: grandes proprietários de terras e autoridades da Igreja que se viram ameaçados por essa nova comunidade.
Motivo da Guerra


A comunidade criada por Antônio Conselheiro e seus seguidores se sustentava sozinha. Tudo pertencia a todos para não haver diferenças sociais, e isso atraia ainda mais milhares de sertanejos.

 

Diante dessa situação, padres se viam com ainda menos autoridade, pois seus fiéis procuravam a Antônio. Outras autoridades, como a polícia e o governo, também não estavam gostando desse movimento.

 

Cedido pela pressão das autoridades, o governo da Bahia autorizou que os militares invadissem o vilarejo. Mas como não conheciam bem a região da caatinga, acabavam sendo facilmente derrotados.


O fim da Guerra e de Antônio Conselheiro


Preocupado com a situação, o ministro da Guerra, Marechal Bittencourt, embarcou para a Bahia e assumiu o comando das operações. Agora, com mais força, uma nova expedição foi montada com 5 mil homens sob o comando do general Artur Oscar. A ordem era clara: destruir Canudos.

 

Em 05 de outubro de 1987, Canudos teve então o seu fim em uma batalha final. O lugar foi bombardeado e milhares de pessoas morreram entre camponeses e soldados.

 

Porém, não foi na batalha final que o líder foi derrotado. Dias antes de ela acontecer, Antônio Conselheiro foi decapitado.


Curiosidade: Euclides da Cunha e a Guerra de Canudos


A história da Guerra de Canudos e do líder Antônio Conselheiros chegou ao conhecimento de todos através do livro “Os Sertões” de Euclides da Cunha publicado em 1902.

 

 

 

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