Especial Mês dos Namorados: O que é amor? Estudos, opiniões de especialistas e simbologia
Definir algo tão complexo e extraordinário não é uma tarefa simples nem mesmo através de estudos de especialistas. Há aqueles que o explicam o amor através de termos químicos e outros fazem dele apenas poesia, mas, o que se sabe verdadeiramente é que a maioria dos seres já experimentou o sentimento, embora ainda não tenha sido capaz de explicá-lo com precisão.
A simples definição do lider pacifista Mahatma Gandhi (1869 - 1948) que diz "onde há amor existe vida", é, sem dúvida, uma das mais simples e realistas, pois coloca o amor, em todos os seus aspectos, em contato com a realidade do mundo.
Você também já deve ter ouvido falar que existe no amor um certo componente biológico que desperta uma reação química composta de neurotransmissores como a dopamina, serotonina, oxitocina, entre outros hormônios. No entanto, as influências externas definidas pela cultura, sociedade e época as quais estamos inseridos, pesam muito na dinâmica desse sentimento.
"Uma vez aceita a compreensão de que mesmo entre os seres humanos mais próximos, distâncias infinitas continuam, a vida maravilhosa lado a lado pode crescer, se eles conseguirem amar a distância.”, disse o poeta e romancista alemão Rainer Maria Rilke (1875 - 1926).
A antropóloga e bióloga Helen Fisher, da Universidade Rutgers, estuda o comportamento humano e diz que o amor é um poderoso sistema de motivação, um impulso básico que nos permite satisfazer uma série de necessidades. Isso explica o desejo de se relacionar, de compartilhar a vida, os projetos, o prazer e tudo que traz satisfação pessoal para alcançar estabilidade e evoluir ao lado de alguém.
Do ponto de vista psicológico, o professor da Universidade de Yale, Robert Stenberg, definiu o amor como uma experiência emocional que envolve um conjunto de variáveis específicas. No seu livro “A teoria triangular do amor”, de 1986, ele diz que os relacionamentos estão baseados na intimidade, na paixão e no compromisso.
Richard Schwartz, professor associado de psiquiatria na Harvard Medical School (HMS) e consultor para hospitais McLean e Massachusetts General (MGH), diz que existem diferentes fases e humores para quem vive o amor. A fase inicial é bem diferente das fases posteriores. Após o primeiro ano, os níveis de serotonina gradualmente retornam ao normal, e os aspectos "estúpidos" e "obsessivos" da condição são moderados. Esse período é seguido por aumentos no hormônio ocitocina, um neurotransmissor associado a uma forma de amor mais calma e madura.
A Dra. Helen Riess, diretora do Programa de Empatia e Ciência Relacional do Hospital Geral de Massachusetts e autora do livro The Empathy Effect, contou em entrevista à revista TIME, que render-se ao amor pode ajudar sua saúde, tanto mental quanto física. De acordo com pesquisas científicas, se o amor te faz feliz, ele traz inúmeros benefícios ao corpo.
As expressões do amor
O amor é expresso através de ações, mensagens, declarações, poemas, cores, músicas e muitos outros símbolos. Por exemplo, o vermelho, a cor do amor, é usada na maioria das simbologias. O amor romântico é reconhecido por um coração perfurado pela flecha do Cupido. Filósofos e poetas exploram o tema em infinitas publicações ao longo do tempo.
Entre as flores, as rosas são as mais populares, principalmente as vermelhas que indicam o sentimento de paixão e romance. Existe até uma referência à palavra “rose”, em inglês, que se alterar a ordem das letras chega ao deus do amor “Eros”, o Cupido.
Outro símbolo marcante são os pombinhos brancos, pois acredita-se que este pássaro quando encontram seu par é para a vida inteira. Já os cadeados, famosos símbolos contemporâneos deste sentimento, podem ser vistos lotando pontos turísticos e românticos como símbolo do amor inabalável entre duas pessoas. Assim, a força do amor continua inspirando a humanidade, que procura as mais diferentes maneiras de expressá-la.
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