Brasileiros estão preocupados com privacidade dos dados dos filhos
Pesquisa da AVG revela que os pais no Brasil expressam preocupação sobre os danos que os dispositivos inteligentes podem causar na segurança e na privacidade dos dados das crianças, e até na própria intuição com relação aos seus filhos.
Uma pesquisa global do provedor de software de segurança online, AVG, descobriu que 36% dos pais no Brasil temem que os dispositivos inteligentes incentivem as crianças a compartilhar imagens e dados pessoais no universo digital. Com a crescente popularidade dos smartwatches e rastreadores fitness para crianças, a pesquisa AVG Digital Diaries buscou descobrir as atitudes dos pais com relação à cultura cada vez mais centrada nos dispositivos e à enorme quantidade de dados novos e pessoais gerados por seus filhos.
Segurança de dados e preocupação com a privacidade
Seja um smartwatch conectado com um telefone ou um rastreador fitness que monitora o peso e a quantidade de exercícios, a pesquisa da AVG descobriu que há uma crescente preocupação entre os brasileiros sobre como esses dados são mantidos de forma protegida pelos dispositivos e as implicações que poderiam haver quanto à segurança e à privacidade das crianças.
Mais de 44% dos pais no Brasil acreditam que esses dispositivos podem fazer com que os dados de seus filhos sejam roubados. Além disso, 36% deles concordam que a posse desses dispositivos aumentará a pressão sobre os seus filhos para compartilhar informações em redes sociais, colocando em risco a sua privacidade online.
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Pais passam a ser dependentes dos dados na criação dos filhos?
Enquanto oito em cada dez (83%) dos pais no Brasil disseram que os dados gerados por esses dispositivos poderiam dar a eles informações valiosas, caso tivessem alguma preocupação com seus filhos, como sobre seu paradeiro, há também a questão de que isso possa impactar negativamente a criação das crianças. 29% dos brasileiros disseram que o uso desses dispositivos pode ser algo ruim, já que os pais podem confiar de forma excessiva nas informações geradas por eles e menos em sua própria intuição.
“Esses dispositivos podem nos ajudar a monitorar e organizar o nosso dia a dia e as nossas atividades, porém precisamos estar cientes quanto às implicações das crianças em utilizá-los”, disse Jas Dhaliwal, especialista em Segurança do Consumidor da AVG.
O especialista da AVG ainda acrescentou: “Essencialmente, esses dispositivos carregam as nossas identidades digitais e, sem o nosso conhecimento, nossos dados pessoais podem estar sendo compartilhados. Por exemplo, muitos aplicativos são automaticamente vinculados com sites de mídia social, compartilhando imediatamente detalhes da localização exata do usuário. Caso os pais permitam que os seus filhos possuam esses dispositivos, eles devem garantir que as crianças não apenas estejam protegidas contra ameaças, mas que saibam como manter os seus dados seguros e privados, informando os pais caso verifiquem que algo não esteja certo no mundo online".