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Aranhas em Marte? Sonda flagra manchas estranhas sob o gelo marciano

Aranhas em Marte? Sonda flagra manchas estranhas sob o gelo marciano

A sonda Trace Gas Orbiter (TGO) da Agência Espacial Europeia (ESA) captou manchas debaixo do gelo marciano que lembram "aranhas" na região polar sul do planeta vermelho. O registro foi compartilhado pela instituição em comunicado nesta quarta-feira (24). 

Mas, claro, não há de fato aracnídeos em Marte. O que parecem "aranhas" são, na verdade, características escuras que se formam quando o sol da primavera marciana incide sobre camadas congeladas de dióxido de carbono (CO2) depositadas no inverno.

O sol transforma em gás o gelo de CO2 na parte inferior da camada. Esse gás posteriormente se acumula e rompe placas de gelo sobrejacentes. Então, ele se liberta e arrasta o material escuro para a superfície, criando pontos escuros de 45 metros até 1 km de diâmetro de espessura.

 

Uma “cidade Inca” em Marte?

Outra imagem (abaixo), tirada pela missão Mars Express, da ESO, também mostra as manchas escuras — embora desta vez não pareçam "aranhas" — em colinas imponentes e planaltos extensos. A foto foi tirada nos arredores de uma parte de Marte apelidada de "cidade inca".

Manchas escuras na imagem da Mars Express da ESA — Foto: ESA/DLR/FU Berlin
Manchas escuras na imagem da Mars Express da ESA — Foto: ESA/DLR/FU Berlin

"A razão para este nome não é nenhum mistério, com a rede linear, quase geométrica de cumes, lembrando as ruínas incas", explica a ESA. "Mais formalmente conhecida como Angustus Labyrinthus, a 'cidade Inca' foi descoberta em 1972 pela sonda Mariner 9 da Nasa".

 

Os cientistas ainda não sabem como essa "cidade" se formou em Marte. É possível que dunas de areia tenham virado pedra ao longo do tempo. Ou talvez materiais como magma ou areia estejam vazando através de camadas fraturadas de rocha marciana. Outra hipótese é que as cristas na paisagem poderiam ser “eskers”, estruturas sinuosas relacionadas com geleiras.

Outra teoria sobre a formação das "paredes" dessa área em um grande círculo, com 86 km de diâmetro, seria que a "cidade" pode estar dentro de uma grande cratera criada por uma colisão de uma rocha espacial. Esse impacto provavelmente causou falhas na planície circundante, que foram preenchidas com lava ascendente e se desgastaram ao longo do tempo.

 

 

 

 

Por - Revista Galileu

SICREDI 02