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A pílula do dia seguinte é abortiva? Saiba mais

A pílula do dia seguinte é abortiva? Saiba mais

Ginecologista quebra o mito de que a pílula do dia seguinte é abortiva e explica de que forma o medicamento age no corpo da mulher; entenda

 

Métodos contraceptivos e pílula do dia seguinte (PDS) são temas que ainda causam muitas dúvidas entre as mulheres. A pílula do dia seguinte é abortiva? Pode ser combinada com o anticoncepcional? Essas são apenas alguns dos questionamentos. Uma leitora do Delas nos enviou um e-mail relatando que tomou a PDS, mas está se sentindo muito culpada, pois não entende muito bem como ela funciona.


No relato, a leitora conta que leu que a pílula do dia seguinte é abortiva e que age após a fecundação e quer saber se essas informações são verdadeiras. Para responder a pergunta e quebrar outros mitos sobre PDS, Renato de Oliveira, ginecologista da Criogênisis, falou sobre o tema.

 

Afinal, a pílula do dia seguinte é abortiva?


Não, a pílula do dia seguinte não é abortiva. De acordo com Renato de Oliveira, ela age antes de acontecer a gravidez, portanto, não aborta. “Se a fecundação ainda não aconteceu, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozoide com o óvulo ou postergar a ovulação, caso ainda não tenha acontecido”, explica.

 

“Nos casos que a paciente ovulou próximo à relação desprotegida, o mecanismo de ação é retardar a velocidade de encontro dos possíveis gametas, dificultando que isto ocorra, além de alterar a receptividade do endométrio, nome da parte interna do útero que se prepara para receber uma gravidez”, completa.

 

Dessa forma, diminui-se a chance de formação de embriões e impede uma possível implantação. Portanto, como não há a implantação, não é possível falar em gravidez nem em aborto. 

 

No entanto, se houve sexo desprotegido e a fecundação já aconteceu, a pílula do dia seguinte não causará dano algum ao embrião a gravidez seguirá normalmente.

 

Como usar a pílula do dia seguinte?


É preciso lembrar que a PDS deve ser ingerida apenas em situações de risco, como o estouro da camisinha ou em episódios de violência sexual, por exemplo. “A informação e a prevenção ainda são as melhores maneiras de se evitar uma gravidez indesejada”, ressalta o ginecologista. Ou seja, a pílula do dia seguinte não substitui o uso de métodos contraceptivos convencionais. E quem faz o uso correto da pílula tradicional, está protegida e não precisa fazer o uso da pílula do dia seguinte.

 

O médico explica que ela pode ser utilizada nos primeiros cinco dias após a relação sexual, mas recomenda-se o uso em até 72 horas após o ato sexual. “Quanto antes a pílula for tomada, maior a chance de sucesso. Estudos relatam que, nas primeiras 24 horas, por exemplo, a eficácia da pílula é em torno de 90%”, fala.

 

Cuidados


Renato de Oliveira ainda comenta sobre os cuidados que o medicamento exige. “Mulheres com distúrbios metabólicos, principalmente insuficiência hepática, problemas hematológicos e vasculares, hipertensão ou obesidade mórbida devem evitar o medicamento”, explica.

 

Efeitos colaterais

 

A PDS pode causar alguns efeitos colaterais após o seu uso, como alteração no ciclo menstrual, diarreia, vômito, náuseas, dores de cabeça e no corpo, além de aumento de retenção de líquido. (Com Delas - iG)

 

 

 

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