Região da Cantu tem quase 600 caso de Dengue
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou em boletim epidemiológico até a última terça dia 14, mais 27 óbitos por dengue, que estavam em investigação.
As mortes ocorreram desde o início de fevereiro, mas somente nos últimos dias tiveram a conclusão da causa definida como dengue. Os dados do boletim semanal mostram 114.711 casos confirmados da doença no período, 12% a mais que o boletim anterior, que trazia como total 102.427. Em todas as 22 regionais de saúde já há casos confirmados.
No total, 333 municípios registraram pessoas com a doença. Isso representa 83% dos municípios paranaenses. “Reafirmamos que a dengue é um dos principais focos de atenção da Vigilância do Estado. A doença mata e combate-la é uma responsabilidade de todos”, afirma o secretário da Saúde, Beto Preto. “Os criadouros do mosquito estão nas residências e a melhor forma de acabar com a transmissão é a retirada mecânica destes focos. Um a um eles devem ser eliminados. Convocamos a todos para este combate”, afirmou.
A diferença entre o período anterior de 2018/2019 mostra um incremento de 3.475% no número de casos, ou seja, 111.503 a mais em comparação ao mesmo período do ano passado.
Situação:
Em situação de alerta estão 31 municípios paranaenses, três deles entraram esta semana para a lista: Santo Antônio do Sudoeste, Kaloré e Ribeirão Claro.
Em epidemia por dengue há 195 cidades, seis a partir desta semana: Matelândia, Farol, São Manoel do Paraná, Bom Sucesso, Ribeirão do Pinhal e Cambará. O boletim desta semana mostra que três municípios registraram casos de dengue grave: Lupionópolis, Jacarezinho e Ivaiporã.
Óbitos:
Os números da dengue são os maiores já registrados em toda a série histórica da Secretaria da Saúde, que investiga e monitora a doença desde 1991. O último surto de dengue ocorreu no período epidemiológico 2015/2016, com 56 mil casos confirmados em 322 municípios, e 63 óbitos. No período 2019/2020 os números de confirmados são maiores que 100 mil casos e 105 pessoas perderam a vida em decorrência da dengue. Destas 105 mortes, 54 foram homens e 51 mulheres, representando 50,5% do total.
Duas meninas e um menino com idade entre zero a nove anos perderam a vida pela dengue. Cinco jovens, entre 10 e 19 anos e outras quatro pessoas com idade entre 20 e 29 faleceram por alguma complicação da doença. Na faixa de idade entre os 30 e 59 anos há registrado 22 óbitos, sendo seis homens e 16 mulheres. Embora a incidência maior seja em pessoas acima dos 70 anos (foram 53 no total, 24 homens e 29 mulheres), há 10 mulheres e oito homens com mais de 60 anos que tiveram como causa morte a dengue.
Na Cantu:
Na Cantu, os números da dengue apresentam contrastes. Oito municípios não registraram nenhum caso confirmado: Candói, Cantagalo, Diamante do Sul, Goioxim, Laranjeiras do Sul, Pinhão, Reserva do Iguaçu e Rio Bonito do Iguaçu.
Na contramão, Quedas do Iguaçu tem um índice alarmante: 530 casos confirmados desde agosto de 2019. A segunda cidade com maior incidência de casos é Espigão Alto do Iguaçu, com 17 casos. Depois, aparece Três Barras do Paraná, com 5 casos confirmados.
Coincidentemente, os dois últimos municípios fazem divisa com Quedas. Eles estão situados em uma região próxima aos municípios onde os casos de dengue batem recorde.
Ainda na Cantu, os demais municípios que registraram casos foram: Campo Bonito (4), Catanduvas (37) , Foz do Jordão (2), Guaraniaçu (5), Ibema (5), Marquinho (2), Nova Laranjeiras (1), Porto Barreiro (1), Quedas do Iguaçu (530) e Virmond (1). (Com J. Correio do Povo).