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Risco Brasil tem maior alta anual desde 2015

Risco Brasil tem maior alta anual desde 2015

O CDS (Credit Default Swap) de 5 anos, indicador que mede o risco país ou risco Brasil, alcançou 205,0 pontos na segunda-feira, 30 de dezembro de 2024. Em dezembro, o risco Brasil atingiu os níveis mais altos desde maio do ano anterior, subindo 72,53 pontos em relação a 2023, quando estava em 132,49 pontos.

Com esse aumento, o risco Brasil registrou a maior alta anual desde 2015, ano em que o país enfrentou uma recessão econômica durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Naquele ano, a alta foi de 287,9 pontos. Os dados são do Investing Brasil.

O risco Brasil subiu 43,5 pontos apenas em dezembro, período em que o governo e o Congresso discutiam um pacote fiscal com o objetivo de reduzir o ritmo de crescimento das despesas públicas. No entanto, parte dos agentes financeiros considerou que as medidas propostas eram insuficientes. Além disso, os congressistas realizaram modificações significativas na proposta, especialmente no que diz respeito às alterações no BPC (Benefício de Prestação Continuada).

As reações negativas do mercado financeiro contribuíram para que o dólar comercial superasse pela primeira vez a marca de R$ 6,00. O dólar fechou o ano a R$ 6,18, apresentando uma queda de 27,3%. O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), encerrou o ano aos 120.283 pontos, com uma queda de 10,36% no ano e de 4,28% em dezembro.

Risco Brasil no Governo Lula

O risco Brasil caiu 45,2 pontos no governo Lula. Em dezembro de 2022, o CDS estava em 250,3 pontos. O menor patamar durante o governo foi registrado em fevereiro de 2024, quando atingiu 122 pontos. No entanto, em abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a flexibilização do marco fiscal, tornando as metas de resultado primário menos ambiciosas. Essa decisão fez com que o risco Brasil aumentasse, atingindo 160 pontos no mês.

No último trimestre de 2024, o CDS subiu devido ao atraso do governo no envio de medidas para conter os gastos públicos. Além disso, a percepção de maior risco foi alimentada pelas medidas que ficaram aquém das expectativas do mercado.

 

 

 

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