Sete em cada 10 brasileiros gostariam de doar órgãos, mas maioria esquece de avisar a família
A importância de a família autorizar a doação dos órgãos e tecidos, em caso de morte cerebral, é lembrada pela campanha: Seja Doador, Avise sua Família, liderada pelo Instituto Brasileiro do Fígado em parceria com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.
Em todo o País, cerca de 45 mil pessoas aguardam na fila à espera de um transplante, de acordo com dados do Registro Brasileiro de Transplantes.
Uma pesquisa do Datafolha, encomendada pelo Instituto Brasileiro do Fígado, o Ibrafig, revela que sete em cada dez brasileiros gostariam de ser doadores, caso isso seja possível após seu falecimento.
No entanto, 46 por cento não informam esse desejo à família, que é quem deve autorizar a doação.
Não precisa deixar nada na carteira de identidade, nenhum documento assinado. A simples manifestação do seu desejo para os seus filhos, para os seus pais, irmãos, é suficiente para que a família, num momento de morte encefálica, morte encefálica essa que geralmente acontece decorrente de um acidente vascular cerebral, ou de um trauma craniano grave, ou de um projétil de arma de fogo na cabeça, ou de um acidente automobilístico, a família ao ter conhecimento dessa vontade da pessoa, ela costuma respeitar e efetivar a doação tão necessária para salvar essas 45 mil vidas que aguardam por um órgão.
Cerca de 70 por cento dos brasileiros querem doar seus órgãos. Essa vontade de ser doador não é homogênea em todo o Brasil. Na região nordeste, apenas 59% das pessoas desejam doar órgãos e essa queda nos números, a gente atribui à falta de informação. Países como, por exemplo, a Espanha, onde a população já vem sendo esclarecida há décadas, 95% dos espanhóis são doadores de órgãos. Então a gente tem muito o que melhorar no Brasil.
Os critérios são justamente realizados através da efetivação de exames que comprovem a ausência de sangue indo para o sistema nervoso central, normalmente isso é feito através de uma tomografia com contraste ou uma ressonância com contraste, ou através de um ultrassom com doppler transcraniano. E, também, através da realização de um exame chamado eletroencefalograma, que constata que não existe mais nenhum tipo de atividade elétrica no sistema nervoso central. Um cérebro que não tem atividade elétrica e não tem irrigação, ele não tem realmente mais vida. Essa avaliação, ela é feita em duas ocasiões, em momentos diferentes, por médicos diferentes, com intervalo mínimo de uma hora, entre um examinador e o outro.
Para saber mais sobre Campanha Seja Doador, avise sua família, para incentivar doação de órgãos, acesse a página do Ibrafig, no endereço @tudosobrefigado nas redes sociais.
Com Rádio 2