Quedas - Vereadores votaram pelo afastamento de prefeita que gastou R$ 270 mil em salgadinhos

Os vereadores votaram, em sessão extraordinária, o afastamento da prefeita de Quedas do Iguaçu, Marlene Revers.

 

A votação ocorre em regime de urgência, após a maioria dos vereadores aprovarem a instauração da Comissão Processante.

 

A denúncia foi formalizada por um eleitor, onde aponta infração administrativa, por conta de excesso de gastos do poder público, com bolos, doces, salgados que seriam utilizados em reuniões do Conselho Municipal de Assistência Social.

 

Os gastos passam de R$270 mil.

 

Após polêmica na sessão, o regime de urgência foi aprovado, com quatro votos contrários.

 

Na sessão das 19h, os vereadores devem deliberar sobre o decreto de lei, que pede o imediato afastamento da prefeita.

 

 

 

 

 

Quedas - Prefeita consegue liminar que evita afastamento aprovado pela Câmara

A prefeita de Quedas do Iguaçu Marlene Revers, obteve uma decisão liminar a seu favor na última segunda dia 03, contra o processo de afastamento que está sendo movido pela Câmara de Vereadores. As informações são do Jornal Correio do Povo do Paraná e do O Paraná.

 

Segundo o presidente da Câmara, Eleandro da Silva, a prefeita estaria fazendo corriqueiramente gastos excessivos, “notadamente com a justificativa de reuniões do Conselho Municipal de Assistência Social, com a aquisição de quantias extremamente elevadas, por exemplo, de bolos, tortas, salgadinhos, canapés, doces", cita a denúncia.

 

De acordo com os vereadores de oposição, a denúncia por infração político administrativa foi motivada diante de gastos excessivos pelo poder público, que se comprovados, podem levar ao fim o mandato da prefeita.

 

Durante a sessão ordinária que garantiu a confirmação de nove vereadores a favor do afastamento da prefeitura e quatro votos contra, a notícia da liminar foi confirmada. Mesmo assim, o presidente da Câmara deu continuidade à votação. No entanto a prefeita não foi afastada até o julgamento do mérito do mandado de segurança.

 

Em trecho da decisão liminar, sustenta que “o afastamento provisório decidido pela Câmara Municipal não encontra amparo no art. 4º do Decreto-Lei nº 201/67, sendo ilegal mesmo que exista previsão dessa medida em lei municipal, diante da competência legislativa privativa da União nessa matéria, razão pela qual pugna pelo deferimento de tutela provisória de urgência para fins de suspender qualquer deliberação oriunda da COMISSÃO PROCESSANTE n. 001/2019 e da Câmara de Vereadores de Quedas do Iguaçu/PR, em especial que implique na apreciação de QUALQUER MEDIDA DE AFASTAMENTO DA IMPETRANTE, PREFEITA MUNICIPAL, até o julgamento definitivo do mandado de segurança”.

 

"A denunciada é Prefeita Municipal desde a data de 01/01/2016 e vem desempenhando uma gestão bastante perdulária no município de Quedas do Iguaçu, tornando-se corriqueiros gastos excessivos, notadamente com a justificativa de reuniões do "Conselho Municipal de Assistência Social", com a aquisição de quantias extremamente elevadas, por exemplo, de bolos, tortas, salgadinhos, canapés, doces", cita a denúncia.

 

Conforme o documento disponibilizado pela comissão processante, ao longo dos anos de 2017 e 2018 o montante destinado a essa finalidade supera R$ 270 mil. A denúncia relata ainda que em alguns meses, a prefeitura chegou a pagar por cerca de 300 quilos de bolo e que o Conselho é formado por somente cinco integrantes.

 

A Comissão Processante tem o prazo de cinco dias para a entrega de documento à prefeita Marlene Revers. "A Comissão foi estabelecida em princípio com o Regimento Interno da Câmara de Vereadores e procederemos com a investigação. A prefeita após ser comunicada teve o prazo de dez dias para se manifestar", afirma o presidente da Câmara de Vereadores, Eleandro da Silva. (Com Central Sul News)

 

 

 

 

 

Quedas - Câmara de Vereadores pode afastar Prefeita Marlene nesta segunda dia 03

A Câmara de Vereadores se reuniu numa Sessão Extraordinária, na manhã desta segunda dia 03, para a aprovação do regime de urgência do Decreto Legislativo, que trata do afasta da prefeita Marlene Revers, após denúncia feita por um cidadão comum e acatada pelo legislativo.

 

Foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (C.P.I.), começando uma investigação sobre supostos superfaturamentos referentes a uma licitação para fornecimento de bolos e salgados.

 

A Sessão seria realizada ainda na sexta dia 31, porém como nem todos os vereadores puderam ser comunicados acabou sendo marcada para hoje.

 

A defesa da prefeita tentou cancelar a Sessão, acusando o presidente da C.P.I. vereador Ivar Eleutério, tentar fazer um “acerto” para renunciar ao cargo no valor de 500 mil reais. A acusação foi proferida pelo vereador Rodolfo Revers, através de requerimento, sendo protocolado e levado ao conhecimento dos vereadores que por votação não acataram.

 

“Fizemos o pedido de nulidade dos atos praticados pela comissão processante em razão desta suspensão do vereador Ivar, o plenário rejeitou por 9 a 4 o meu pedido, aí foi colocado em votação o regime de urgência e aprovado, já combinado a Comissão de Constituição e Justiça pra fazer o parecer ainda hoje, pra na Sessão de hoje a noite votar o afastamento da prefeita”. “Se não está sendo atropelado tudo eu não sei o que está acontecendo” desabafou Rodolfo.

 

O presidente Eleandro ressaltou que “a partir do momento que a Comissão decidiu pelo encaminhamento da denúncia, pela Lei Orgânica, artigo 70 parágrafo único, a prefeita já fica afastada, o que estamos votando aqui é o processo de afastamento que será publicado, isso que estamos deliberando”. Sobre as palavras da defesa de “atropelamento dos fatos”, disse “não ver isso”. “Visto que os vereadores já receberam esse decreto legislativo quarta-feira e quinta-feira da semana passada, todos os vereadores com exceção do Rodolfo, por isso a Sessão foi transferida pra hoje”. “O Decreto Legislativo está sendo votado para que a gente possa cumprir a Lei”.

 

Não conseguimos falar com o vereador Ivar sobre as acusações, no uso da palavra, Ele negou e chamou de “maldades contra a sua pessoa”. Sobre o contato como ex-vereador Josmar Cavazoto, citado na sessão disse ser amigo do Cavazzoto, “não tenho inimizade com ninguém”. Batendo na mesa de certa forma exaltado, disse que “estão falando no rádio que estamos prendendo a prefeita, estamos apenas no início de uma comissão, quem vai julgar é os senhores aqui, não sou eu”. Sobre vender o mandato ressaltou ser “seu último”, “vou honrar até o fim”. Perguntou (se referindo ao secretário Vitório Revers), “porque que o secretário não vai cuidar as coisas dele?” saindo em defesa de seu sogro Vanir Goin. Sobre as relações com o secretário ou Cavazzoto afirmou que se alguém tiver prova de qualquer relação entre Eles renuncia na hora, “eu rasgo o meu diploma aqui”.

 

Depois da decisão em favor do regime de urgência tudo leva a crer que a prefeita será afastada. (Com Jornal Expoente)

 

 

 

 

 

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