Quedas - Seis pessoas são presas na Operação realizada na terça-feira
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu 57 pessoas durante operações simultâneas contra o crime organizado na manhã desta terça-feira (17).
Entre os crimes investigados estão homicídios, tentativas de homicídio, tráfico de drogas e roubo de cargas. As três ações contaram com mais de 300 policiais e foram deflagradas em 22 cidades do Paraná, além dos estados de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.
Helicópteros deram apoio aérea e cães policiais atuaram na busca por drogas e armas de fogo. As ações contaram com a colaboração da Polícia Militar do Paraná, Polícia Penal do Paraná, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
OPERAÇÃO MANUTENTIA II - A PCPR e a PMPR prenderam em flagrante seis pessoas durante cumprimento dos mandados de busca e apreensão. Eles foram cumpridos em Quedas do Iguaçu e Espigão Alto do Iguaçu, no Oeste do Estado. Foram apreendidos pés de maconha, cocaína, duas armas de fogo, munições, rádios comunicadores e celulares.
"A operação Manutentia II é uma ação de saturação na cidade. No cumprimento dos mandados tivemos êxito em prender seis pessoas em flagrante. Entre os crimes estão posse ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e comunicação falsa de crime", ressalta o delegado da PCPR Emanuel Almeida.
Os alvos são suspeitos de crimes como tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, posse de arma de fogo e comércio ilegal de arma de fogo. Cerca de 30 policiais participaram da ação.
OPERAÇÃO CORTINA DE FUMAÇA - Em uma das operações, a PCPR e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prenderam 23 integrantes de organizações criminosas envolvidas em tráfico de drogas e roubo de cargas. Dezesseis foram presos preventivamente e sete foram autuados em flagrante por posse irregular de arma de fogo e tráfico de drogas. Três indivíduos estão foragidos.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão foram apreendidas 11 armas de fogo, nove veículos, R$ 100 mil em dinheiro e equipamentos de rastreamento.
A ação se estendeu por Francisco Beltrão, Marmeleiro, Renascença, Santo Antônio do Sudoeste, Dois Vizinhos, Quedas do Iguaçu, Toledo, Pato Bragado, Cascavel, Ubiratã, Medianeira e Curitiba, no Paraná, além de Mairinque, no estado de São Paulo. Também foram decretadas medidas patrimoniais de bloqueio de contas bancárias de 23 pessoas físicas e sete empresas como parte de uma estratégia para desmantelar financeiramente os grupos criminosos.
Durante as investigações, foi identificada uma organização criminosa que utilizava caminhões de uma empresa de transportes para distribuir entorpecentes do Oeste do Paraná para São Paulo e Rio de Janeiro. As cargas ilegais eram disfarçadas em mercadorias lícitas com o objetivo de despistar as autoridades.
A organização atuante no tráfico de drogas era chefiada por um empresário do ramo de transportes, que utilizava seus caminhões para o envio dos entorpecentes, transferidos temporariamente para nome de terceiros e encobrindo o real proprietário caso houvesse apreensão.
A delegada da PCPR Franciela Alberton explicou que eles faziam a troca de caminhões durante o percurso e utilizavam batedores visando despistar a polícia.
"Trocando os caminhões que traziam a carga da região Oeste para a região Sudoeste e do Sudoeste para o destino final, eles dificultavam o rastreamento pela polícia. A droga ficava alguns dias armazenada em barracões na região de Francisco Beltrão e depois era acondicionada em outros caminhões, e seguia para São Paulo e Rio de Janeiro", disse a delegada.
O delegado da PCPR Anderson Andrei Grosso destacou que as investigações foram iniciadas a partir de operações anteriores. "Estas investigações tiveram início por meio de operações realizadas anteriormente nas quais identificou-se a atuação do grupo criminoso voltado para o tráfico de drogas. Houve várias apreensões durante as investigações", afirma Andrei.
Durante a investigação, cinco grandes carregamentos de drogas foram apreendidos, totalizando mais de seis toneladas de maconha, 65 quilos de crack e quase 240 quilos de skunk, causando um prejuízo estimado em R$ 14 milhões à organização criminosa. Também foi preso um dos líderes da quadrilha, foragido do Rio Grande do Sul e condenado a diversos anos de prisão, que vivia em Francisco Beltrão com identidade falsa.
Além do tráfico de drogas, outra organização criminosa atuante no roubo de cargas ilícitas foi identificada. Utilizando rastreadores clandestinos, os criminosos monitoravam os caminhões para roubar mercadorias.
O policial rodoviário federal Rafael Favero ressaltou que a cooperação entre a PCPR e a PRF foi fundamental para o sucesso da operação, que resultou na desarticulação de duas grandes organizações criminosas.
"Em um trabalho conjunto, foram realizadas diversas apreensões durante as investigações. Elas ajudaram a identificar um padrão da organização e, por fim, culminaram na operação de hoje", afirma.
OPERAÇÃO CAIM E ABEL - A PCPR, em conjunto com a PMPR, Polícia Federal e a Polícia Penal do Paraná, prendeu 28 pessoas. Vinte e três por mandado de prisão preventiva e cinco em flagrante. Durante as buscas foram apreendidas duas armas de fogo e maconha.
Os mandados judiciais foram cumpridos com a missão de desarticular grupos envolvidos em homicídios e tentativas de homicídio no Oeste do Estado.
As diligências ocorreram simultaneamente nas cidades de Palotina, Maripá, Terra Roxa, Guaíra, Paranavaí, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guaratuba e Londrina, no Paraná; Balneário Camboriú, em Santa Catarina; Campo Grande, no Mato Grosso do Sul; e Volta Redonda, no Rio de Janeiro.
Os indivíduos são investigados por homicídio, tentativa de homicídio, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
"A operação se deu em virtude do tráfico de drogas, bem como organização criminosa e homicídios que ocorriam na cidade de Palotina. A investigação identificou que homicídios e tentativas de homicídios ocorridos em Palotina e região se tratavam de uma disputa entre facções criminosas. A ação em conjunto com a PF, PM e PPPR uniu forças em combate ao crime organizado na região Oeste", conta o delegado da PCPR Antonio Laercio Sousa.
As diligências revelaram que o líder da facção criminosa, preso no Paraguai, ordenava os homicídios que eram executados por membros do grupo. Em fevereiro de 2024, durante cumprimento de mandados judiciais em endereço utilizado como base de ações criminosas, foram apreendidas três armas de fogo, maconha, haxixe, cocaína e celulares.
"Nós estamos em uma região de fronteira, onde o crime organizado se faz presente. Por isso, ações como esta, que envolvem várias polícias, geram resultados expressivos", destaca o delegado da PCPR Alexandre Macorin.
Informações - AEN/Catve