Acidente fatal na PR-170, reacende discussão sobre perigo na rodovia
O acidente fatal que vitimou a zootecnista Luciane Silvestri Araújo na noite dessa quinta dia 21, no KM 389 da PR-170, trouxe à tona um debate sobre o perigo da rodovia que liga Guarapuava a Pinhão, passando por Entre Rios.
A notícia da morte de Luciane foi recebida pela comunidade guarapuavana com grande comoção. Ela era esposa do fotógrafo Almir Soares Júnior e trabalhava na Cooperaliança Carnes Nobres.
De acordo com informações preliminares do acidente, repassadas ainda nesta quinta dia 21, pelo Corpo de Bombeiros, Luciane capotou o carro que dirigia após deslizar o veículo em um carregamento de soja que havia sido derrubado no trecho por um caminhão. Apesar de ser necessário uma perícia da Polícia Civil para confirmar a possível causa do acidente, nas redes sociais, diversas pessoas mencionaram que já passaram por situações semelhantes no caminho para a colônia.
Uma usuária mencionou ter passado por situação parecida, porém, em um trecho diferente da PR-170, próximo a pedreira.
"Tinha muita soja mas graças a Deus consegui parar o carro no acostamento da pista contrária."
Um carreteiro mencionou que no quilômetro onde o acidente ocorreu, os caminhões precisam andar em velocidade reduzida devido ao trecho “ser pesado”. Devido a isso, segundo o motorista, muitas vezes a carga não chega a ser derramada pela estrutura do caminhão, mas sim por pessoas que tentam saquear a carga.
Devido o trecho ser pesado os caminhões andam em uma velocidade extremamente baixa, por isso ali ficam pessoas abrindo as carretas pra derramar carga e eles saquearem. Eu por exemplo quando carrego a noite prefiro dormir na Agromalte do que fazer uma viagem de uma hora por causa de bandidos.
BALANÇO
Números da Polícia Rodoviária Estadual indicam um aumento do número de acidentes de trânsito na PR-170. Entre os KM 387 e 392, por exemplo, o acidente de Luciane foi o nono registrado pela polícia apenas neste ano. No mesmo trecho, em 2017, foram 13 acidentes e, em 2016, outros 13.
O balanço da PRE mostra também que, em 2017, dois capotamentos também foram registrados no trecho onde Luciane se acidentou.
“Existem vários fatores que podem influenciar em acidentes naquela região, entre eles, a estrutura da pista e, também, a velocidade”, informou o primeiro-tenente Zarpelon, da PRE.
No levantamento da PRE, ainda entre os KM 387 e 392, só foi registrado um derramamento de carga neste trecho da rodovia. Porém, não é descartada a possibilidade de que outros já possam ter acontecido no mesmo local.
“Geralmente nós ficamos sabendo quando há derramamento porque precisamos acionar quem faça a limpeza desse material. Porém, pode acontecer de haver carga na pista e o próprio caminhoneiro providenciar a retirada desse material”. (Com RSN)
Veja Também: